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quarta-feira, 30 de abril de 2025

O fanatismo ideológico e o fundamentalismo religioso são expressões atávicas do comportamento humano

 Pois refletem deficiências ou incapacidades crônicas, atreladas ao pensamento mais avançado que o ser humano pode alcançar, que é o pensamento racional: reflexivo, autocrítico, autoconsciente, objetivo, imparcial, ponderado... Que mais nos capacita quanto ao potencial de melhorarmos nossa compreensão verdadeira sobre o mundo... Pois refletem instintos emotivos projetados na linguagem, em que os mesmos assumem a forma de palavras e conceitos e emulam a inteligência humana, escondendo sua natureza muito mais simples e vestigial: um atavismo da mente, tal como se um animal de outra espécie adquirisse a capacidade de aprender nossa linguagem complexa só que a usasse apenas para reforçar seus ímpetos instintivos. Nesse caso, no mundo real, tratando-se do próprio humano, um descompasso muito comum e pouco compreendido, frequentemente considerado como um fenômeno exclusivo do social ou da cultura e não ou principalmente como um fenômeno cognitivo e evolutivo, de algo mais profundo que não nos acomete igualmente se isso também depende das predisposições que apresentamos, em que alguns, ou muitos, mostram-se mais suscetíveis que outros. Portanto, mais irredutível é o indivíduo quanto às suas crenças pessoais, especialmente as que são categoricamente irracionais, mais guiado ou dominado pelos seus instintos emotivos, ele está. Se não haveria razão lógica de acreditar em desvarios que podem ser até facilmente refutados ou ao menos severamente problematizados, da crença pela fé na vida eterna e na existência divina à crença secular na igualdade humana absoluta, por exemplo. Se a única razão lógica, que eu tenho encontrado, para explicar esse suporte à crenças irracionais, é o benefício pessoal aparente ou sentido de fazê-lo, mas também por refletir uma auto projeção de expectativas e traços de personalidade da própria pessoa, de algo que ela acredita como um reflexo dela mesma, como um estado inebriante de autoconfiança excessiva, que leva a um estado menos sóbrio. Por isso ser tão caro a uma pessoa acometida por esse delírio de grandeza, criticar, testar e/ou abdicar mesmo de suas crenças mais irracionais, se para ela seria semelhante a mutilar seu próprio corpo, de cortar e jogar fora seus próprios pedaços de esperança, sonhos, motivação de vida e senso de realidade, mesmo se falsificado, e abrir espaço para fatos ou verdades que não gostaria de ter em sua mente como parte de seu sistema pessoal de crenças, que não comungam com o seu jeito de ser e pensar.

domingo, 13 de agosto de 2023

As forças que estão condenando o futuro de um Brasil realmente desenvolvido

 I. O capitalismo, particularmente o tardio


Por ser um sistema (sócio)econômico que gira em torno do lucro individual sobre o bem-estar coletivo e, também, por causa disso, gerar acumulação desigual de riquezas e aumento do custo de vida, também sacrifica casais de classe média, forçando-os a diminuir suas taxas de fecundidade, atualmente para bem abaixo do limite de reposição demográfica. E como a classe média tradicional corresponde à maior parte da "fração inteligente" da população de um país, isto é, dos indivíduos com as maiores capacidades cognitivas; e como as capacidades cognitivas são primariamente hereditárias, desprezando mutações ou combinações que geram maiores discrepâncias de capacidades entre os progenitores e seus descendentes, sugerindo que apenas uma educação de qualidade não é suficiente para aumentar a inteligência, se é necessário que exista um potencial subjacente... e, só para piorar um pouco, também tem havido uma correlação negativa entre nível de escolaridade e fecundidade...


* Usando QI como parâmetro superficial de inteligência, aquilo que é. 


II. O predomínio  da "esquerda" identitário-burguesa ou "woke"


... especialmente na educação, na mídia e na política, impondo suas crenças ideológicas, geralmente divorciadas de um rigor científico e, também, filosófico (ou lógico-racional), entoando relativismos sobre moralidade e verdade, ao mesmo tempo que impõe seus dogmas ou "verdades absolutas": suposto anti-racismo, que é tacitamente racista contra brancos, e outros divisionismos, como o suposto feminismo, que incita animosidade entre os sexos, inclusive um ódio implícito aos homens, até os seus negacionismos de ciência, principalmente o das diferenças intrínsecas ou genéticas de grupos e indivíduos humanos, também baseado na crença da tábula rasa, no determinismo absoluto do meio sobre os nossos desenvolvimentos e comportamentos. 


Então, a partir desta lavagem cerebral, de imposição de suas falácias, tal como as anti-racistas (que eu já comentei mais especificamente no texto: "falácias anti-racistas") e de suas pseudociências de estimação, especialmente a tábula rasa, muitos brasileiros têm sido doutrinados a acreditar que se tratam de fatos e agido de acordo, sendo que, um de seus efeitos mais notórios tem sido um aumento aparentemente significativo das relações interraciais. Pois se as mesmas sempre aconteceram e se também não são intrinsecamente imorais, é sim um problema que o seu aumento aconteça com base em uma doutrinação por mentiras sobre essa questão e de maneira tão generalizada. Outro fator que problematiza uma visão excessivamente positiva sobre a miscigenação é a existência de diferenças estatísticas de comportamento e inteligência entre grupos raciais e étnicos e que sua mistura tende a resultar no predomínio dos traços dos grupos "menos inteligentes', se parece que são mais "geneticamente dominantes". Eu já comentei sobre esse tópico muito polemizado por autodeclarados progressistas no texto "A complexidade de uma verdade muito inconveniente às esquerdas" e que não é preciso se tornar um neonazista para defendê-la. Já em relação aos caucasianos brancos, a mistura racial quase sempre significa a eliminação dos seus fenótipos, que são únicos na espécie humana...


Então, mantidas essas tendências disgênicas e, acreditando que apenas o "milagre da educação" irá desenvolver este país, também uma crença ideológica típica de esquerda, amplamente imposta nos setores acadêmicos, dominados por indivíduos ditos progressistas e suas crenças ideológicas, é provável que ocorrerá, a longo prazo, uma diminuição absoluta da proporção de brasileiros dotados de maiores capacidades cognitivas, que são aqueles com maior potencial de contribuição ao país, issp se já não estiver acontecendo, sem falar do aumento dos que estão mais propensos a causar do que a solucionar problemas (positivamente relacionado com baixa capacidade cognitiva), e sem desprezar a emigração de muitos dos nossos ''cérebros'', motivados pelo sucateamento das universidades públicas.


(Recomendo bastante a leitura dos textos destacados para melhor entender os meus apontamentos neste texto)


III. O fundamentalismo religioso


... mais especificamente a ascensão meteórica do protestantismo neopentecostal no país, que tem potencial para estender sua influência moral e intelectualmente corrupta para muito além dos seus limites atuais, especialmente se mantiver esse ritmo de crescimento nas próximas décadas, além de expressar por si mesmo um nível de racionalidade inequivocamente baixo. 


A sua ascensão também significa um aprofundamento da corrupção generalizada neste país "abençoado". Pois, desprezando países árabes pequenos com muito dinheiro acumulado de suas reservas de petróleo, a grande maioria dos países mais desenvolvidos não estão dominados por fundamentalistas religiosos, enquanto que essa é a realidade de muitos dos mais pobres ou atrasados. A escolher...


Percebam que, tanto a direita quanto a esquerda, tem culpa no comprometimento da evolução social, econômica e civilizacional do nosso país nas próximas décadas. 


domingo, 20 de novembro de 2022

Uma possível razão para a relação entre fecundidade, conservadorismo e homofobia

 Por acaso, conservadores de direita seriam, em média, mais parecidos com os animais não-humanos e, portanto, menos evoluídos??


Fundamentalistas religiosos são significativamente mais propensos a se declararem como ultraconservadores. Eles também tendem a produzir mais descendentes que religiosos moderados e, especialmente, que ateus e agnósticos, pelo menos na atualidade. A priori, eles são motivados pelas narrativas pró-natalistas de suas crenças. Mas, talvez, não seja apenas por isso, pois pode ser que tenha algo de mais profundo que os induza ao ímpeto reprodutivo. E a resposta pode estar nele mesmo, num ímpeto para procriação mais intacto que o de outros humanos e que se alinha ou se justifica por essas narrativas. Pois além dessa característica que parece ser mais intrínseca do que produto de alguma influência do meio, eles também são "campeões" na adoção de pensamentos preconceituosos, particularmente, a homofobia, produto de um estilo de pensamento mais intuitivo do que analítico. Isso sugere que esse ímpeto reprodutivo mais intacto pela evolução da complexidade comportamental humana pode ter maiores repercussões, além de um desejo irreflexivo em produzir bebês, que pode ser o reflexo de um nível menos evoluído de humanidade, menos racional ou mais tribal e instintivo, mais próximo dos outros animais, já que um dos pontos cruciais da evolução de nossa espécie, que nos diferencia, é a capacidade reflexiva, de "livre arbítrio" ou "julgamento complexo-reflexivo", e parece que, especialmente, os indivíduos mais conservadores, apresentam uma menor capacidade de tomar decisões com base na razão.

Portanto, um desejo instintivo de passar os genes adiante mais uma capacidade limitada para refletir pensamentos e ações podem ser um dos fatores intrínsecos que, em combinação, predispõem certos (ou muitos) indivíduos à homofobia e que também se associa a qualquer tipo de preconceito contra práticas ou justificativas anti-natalistas, além da inclinação homossexual. 

A crença religiosa como reflexo de um atavismo evolutivo

Eu também já levantei a hipótese de que a "religião", pelo menos tal como tem evoluído, historicamente, consiste numa perspectiva autocêntrica, em que o indivíduo humano percebe, analisa e julga a realidade de acordo com a sua própria perspectiva, limitando-se à mesma do que de buscar compreendê-la de maneira mais imparcial e objetiva. Também disse que essa perspectiva de autocentrismo está presente e determinante em todas as outras espécies e que, portanto, a crença religiosa seria a expressão de um atavismo, de um traço muito primitivo e universal, porém "sofisticado" pela imaginação e linguagem humanas. 

Então, além de um ímpeto reprodutivo mais intacto pela evolução, os mais conservadores também compartilhariam com animais de outras espécies essa tendência imperativa de compreender a realidade a partir de sua própria perspectiva, de maneira muito subjetivamente enviesada do que objetiva e imparcial; no nosso caso, antropocêntrica. Daí a forte correlação entre conservadorismo e crença religiosa, e também com baixa empatia (de se colocar em outras perspectivas).

Lembrando que, os indivíduos mais racionais não seriam exatamente os mais progressistas, mas aqueles que sempre buscam por posicionamentos ponderados: sensatos, factuais e/ou justos, independente de que lado no espectro político-ideológico em que estão sendo defendidos. Por isso que, é logicamente inevitável que acabem se tornando mais progressistas do que conservadores. Porém, aqueles que são demasiado progressistas também são antropocêntricos, tal como os conservadores, mas de maneira distinta, pois apesar de haver uma tendência de rejeição à crença religiosa entre eles, a substituem por outra de natureza similar, em que a humanidade é percebida como uma espécie totalmente à parte das outras, unicamente moldada pela cultura, e não como uma continuidade mais excêntrica do reino animal. 

Resumindo: o conservadorismo tende a exagerar o que temos em comum com os outros animais. Aliás, nos incentiva a "se comportar como eles", em relação ao que consideram "o mais natural", como a heterossexualidade e a constituição de uma "família tradicional", enquanto nos diz que somos especialmente distintos por sermos "filhos de deus". Já o progressismo, apesar de colocar em dúvida a narrativa religiosa, da existência de divindades e metafísica, exagera no nível de singularidade da complexidade comportamental humana, tratando o "homem" como um "animal sem natureza", totalmente moldado pelo seu meio cultural.

Enfim, o que quase toda ideologia tem em comum: contradições superficiais gritantes, mas que, em essência, são mais internamente coerentes.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

O laço mais básico que une as pessoas à crença religiosa, especialmente as fundamentalistas

 O medo.


Apenas perceba quando e por qual meio elas tentam "convencer" aqueles que não têm crença, justamente por aquilo que mais as convence, o medo da "punição divina"...

Pois também é possível perceber que, os religiosos mais empáticos* tendem a associar sua crença em Deus ao amor que "ele teria por toda a humanidade".

* aqui, me referindo particularmente aos cristãos, mas que serve para qualquer outra designação.

domingo, 15 de maio de 2022

Sobre esquerda, ciência e "religião"

 Quando você debate com um cientista, de fato: imparcial, objetivo, transparente e ético, ou com um indivíduo mais racional, você debate com quem está realmente preocupado em buscar pela verdade objetiva, que não teria maiores dificuldades em aceitar que está errado e de mudar de opinião, se necessário. 


Já quando você debate com um fundamentalista religioso, você debate com alguém que está convicto quanto à veracidade de suas crenças, imune a evidências ou fatos e que, portanto, dificilmente mudará de opinião. 

Pois se esperaria que uma pessoa que se diz de esquerda, é a favor do estado laico e da ciência, independente se acredita ou não em deus, pensasse mais parecido com um cientista do que com um fundamentalista religioso. Mas, apesar desta relativa ausência de uma crença religiosa ditando o quê ou como pensar, esta pessoa, se mais identitária ou marxista, tende a se comportar da mesma maneira que um fundamentalista, por estar absolutamente convicta sobre a veracidade de todas as suas crenças (político-ideológicas) e, portanto, raramente mudar de opinião, mesmo quando é exposta à evidências contrárias ou a argumentos melhores, pois está sempre racionalizando-as. Em outras palavras, mesmo se ela não tem uma crença em deus/eternidade, ela adota outras crenças pré-estabelecidas que quase nunca são criticadas ou testadas, por ela, para ver se realmente batem com a realidade. 

Interessante observar que, fundamentalistas religiosos e esquerdistas tendem a compartilhar os mesmos valores (ideologia/parcialidade//politização, empatia, emoção, abstração, relativismo e subjetividade) que são variavelmente opostos aos da ciência (empirismo, imparcialidade, lógica//racionalidade, transparência/ética e objetividade), com a diferença de que o fundamentalista jamais admitiria que os defende, pois acredita que suas crenças são verdades absolutas ou a própria sabedoria.

Mesmo nesta comparação, o esquerdista típico tende a ser menos fundamentalista que um fundamentalista religioso. 

Então, quando os dois se enveredam em campos científicos, ao invés de priorizarem a ciência, eles tendem a priorizar suas crenças ideológicas, resultando em trabalhos que são, em média ou desproporcionalmente, de qualidade duvidosa, trabalhos que são produzidos com o principal objetivo de confirmá-las, como se fossem fatos dados.  

Vale ressaltar que, ciência e religião também são ideologias, tal como a esquerda, porque são conjuntos de valores, ideais e crenças. A diferença é que a ciência é sobre a busca pela verdade via comprovação empírica. A religião, originalmente, como um núcleo da cultura humana e da verdadeira filosofia, também deveria ser sobre a busca pela verdade, por uma perspectiva existencial. E a esquerda, pois não há verdadeira justiça que seja com base na mentira.

Em relação à esquerda, acredito que é a crença no igualitarismo, na igualdade intelectual, psicológica e moral, primariamente entre os seres humanos, a principal responsável por sua deficiência científica. Veja, por exemplo, o absurdo que é defendido por muitos acadêmicos progressistas, de acusar a ciência de ser inerentemente racista, como se, por exemplo, a sua imparcialidade fosse uma imposição cultural do "homem branco". E ainda elevam à condição de conhecimentos mesmo mitos e crendices de povos indígenas, colonizados ou que tiveram suas terras tomadas pelos europeus. Com certeza que não fazem isso com base no pensamento científico e sem desprezar os conhecimentos legítimos que esses povos, historicamente, têm construído. 

Pois até parecem pensar que existe uma dicotomia entre ciência e esquerda, mas, enquanto a ciência, a priori, não tem um lado político (ainda que também seja uma ideologia), a esquerda que, diferente do conservadorismo tradicional, não tem como núcleo a "religião", alinha-se mais naturalmente com a primeira... 

Então, o que está provocando este descompasso paradoxal entre as duas??

Uma das causas é a natureza mercadológica da produção científica, que pressiona pesquisadores a priorizar quantidade sobre qualidade. Outra causa, talvez, a mais importante, se encontra no próprio desenvolvimento histórico das humanidades**, que tem sido mais divorciado dos fundamentos da ciência, do que em outras áreas, marcado pela valorização excessiva de abstrações, como se palavras fossem mais importantes do que seus significados ou relevância no mundo real, e pela imposição de crenças ideológicas tomadas como verdades absolutas, sem terem sido analisadas e comprovadas de maneira empírica, imparcial e objetiva.

** Se tem ocorrido um desvio no desenvolvimento das humanidades em relação aos valores ou ideais da ciência, isso se deve em boa parte pelo desvio da própria filosofia, primeiro de si mesma, de sua essência, como busca pela sabedoria.

Aproveitando essa crítica, eu também poderia me perguntar por que cientistas autodeclarados de direita tendem a não ser bons filósofos ou, mais propensos a serem de "anti-humanistas"?? 

segunda-feira, 15 de março de 2021

Sobre o fundamentalismo secular



Geralmente, quando falamos de fundamentalismo (ou autoritarismo extremista), nos referimos ao "religioso". Mas, qualquer tipo de imposição ideológica, autoritária e injusta, pode ser considerada fundamentalista. Por isso que é possível dizer que esse conjunto de valores, ideias e ideais (ideologia), que tem emergido à cena política a partir da secularização parcial da sociedade, primária e principalmente no mundo ocidental, pode ser considerado como uma espécie de ''fundamentalismo secular'', porque têm sido impostos como "verdades absolutas" e, claro, sem maior preocupação com o seu nível de veracidade, honestidade, coerência e, portanto, de justiça.