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domingo, 19 de novembro de 2017

Gagueira na leitura da mente, mais um relato pessoal

"Do nada" eu comecei a ter tiques nervosos a partir do momento em que passo a olhar para faces alheias, em sua maioria. Encontrei algumas possibilidades de explicações ou ao menos para falar sobre os mecanismos anatômicos que seguiram essas mudanças. Agora pego novamente a ideia de que este meu problema atual tenha uma base emocional acoplada à uma tendência da minha mente de se tornar obsessiva em relação a assuntos intelectuais ou interpessoais, tendo como aspecto característico o mesmo problema que resulta na gagueira. Pois então, tal como o gago pensa que a fluência dá-se com base no controle consciente ou voluntário da fala, que não se consiste em sua verdade, eu passei a me tornar obsessivo com a possibilidade de controlar conscientemente ou deliberadamente as minhas reações emotivas às interações interpessoais de todas as magnitudes especialmente quando passei a prestar atenção ansiosa a qualquer uma delas na rua ou em casa. E quando parei de achar que todo mundo é importante nesse aspecto diga-se essencial da vida, a minha ansiedade na reciprocidade interpessoal simplesmente reduziu [ainda que não muito] como tem acontecido por agora.


Intolerância à opiniões//e ações subjetivamente diferentes e consequente conflito ou empatia interpessoal defensiva excepcionalmente ansiosa



Creio eu que os meus níveis de estresse subiram tanto que comecei a ter esses tiques, enfim, como eu já revelei, eu também sou um ''snowflake'', só que ao contrário da maioria deles, eu não me irrito por qualquer coisinha, não se consiste em um estado pré-histérico embasado em besteiras ou em ideias//informações predominantemente equivocadas...

Agora eu preciso começar a lutar contra esse estado extremo de neurose que acabei por me encontrar nas últimas semanas, se não acredito que terei problemas no futuro, se já não estou tendo-os no presente...

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Novas auto observações sobre gagueira

Gagueira = multi tarefa 

Ao menos no meu caso, eu sinto que quando gaguejo, é também porque a minha "default network" está ativa, fazendo com que faça duas atividades ao mesmo tempo e consequentemente fracionando a eficiência das duas. Talvez...

sábado, 21 de outubro de 2017

A luta entre o meu subconsciente e o meu consciente

Aquilo que o meu subconsciente/instintos concluiu e quer me forçar a fazer. 

O meu subconsciente é:


não-confrontativo;
atipicamente medroso [que eu já tentei explicar];
tendenciosamente depressivo;
sincero;
honesto/transparente...

porém...

intolerante com dissidências;
super-prático.


O meu subconsciente concluiu que eu devo me afastar de qualquer situação/interações com pessoas que agridem à minha epiderme existencial inclusos:

- os meus irmãos
- a maioria das pessoas, especialmente se forem: de classe social baixa, homens, negros ou mulatos, jovens e muito extrovertidos/potencialmente irresponsáveis a desrespeitosos, com ''valores morais'' distintos...

....

Quando me deparo com comportamentos não-verbais que já se tornaram alvos preferenciais de minha empatia defensiva [e de lambuja a agressiva], ou mesmo com uma pessoa específica (exemplos: um tio paterno, meu irmão do meio...), este meu sistema reativo identifica, se prepara e dispara reações não verbais/faciais de repulsa e/ou alerta, por exemplo, piscar de olhos, evitar olhar para o rosto da pessoa.

O meu sistema empático (defensivo) também sobre-reage/antecipa para qualquer expectativa de abordagem ou interação que for menos rotineira.

Exatamente como acontece com a gagueira mas que se dá através de meu comportamento ou expressividade recíproca facial.


Super-preparação para ação/ansiedade e como resultado uma reação excessiva.

Sim eu acho que estou ficando [de novo] disfluente na arte de lidar com o outro, especialmente se for consideravelmente ''outro'', em relação a mim.

O meu consciente sabe mas pouco pode conter as pré-concepções de procedimento a que fui habituado, diga-se, excessivamente, pelo próprio meu subconsciente, via memória autobiográfica e sistema empático de defesa/e se possível de ataque. Claro que isso se relaciona com a minha timidez interpessoal. 

O meu subconsciente acumulou muitas de minhas (auto) atualizações morais/idealistas e reage de maneira lógica tentando me proteger das interações que por ventura poderão desencadear possíveis decepções ou perigos. Enfim me transformou em um floco de neve ''especial'', para o meu próprio bem, diz ele.


O meu subconsciente/instinto/empatia defensivos age tal como naqueles filmes-desastre em que uma nave espacial alienígena acaba de destruir um prédio importante de uma cidade americana e uma mulher, ao invés de sair correndo desesperada, titubeia a fuga e fica ''admirando'' os "fogos de artifícios" que avançam em sua direção, enquanto que a sua filha, anos luz mais esperta, puxa com força a sua camisa para que corram da morte certa no local em que estão. A ''filha'' é análoga ao meu subconsciente. A ''mulher/mãe'' é análoga ao meu consciente ou a mim mesmo.

O meu subconsciente está me alertando que é hora de dar tchau e cair fora do lugar onde estou se eu já tenho como bagagem/conhecimento cultural muitas das causas e efeitos factuais, esperados desta (((implosão explosiva))) arquitetada por aqueles (((anjinhos caídos))). 


O meu subconsciente é assim mesmo, como eu falei no início do texto. E eu, ou, o meu consciente, luta contra ele todo dia.

Portanto o meu subconsciente quer me isolar e me afastar de problemas já identificados. Só que, como eu não tenho condição alguma para fazer isso, então eu fico cá mesmo onde estou.

Nossos conscientes são sempre minimamente idealistas ou lógicos, em relação a nós mesmos, mas os instintos [e neo-instintos diretamente relacionados ou expandidos dos instintos] que herdamos, algumas ou muitas vezes, estarão aquém de nossas necessidades conscientes, resultando neste hiato ou briga entre subconsciente e consciente.

OU

NÃO

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Por que os autistas e afins agem socialmente bem dentro de um contexto espontâneo mas não em um típico contexto inter-pessoal ...

ou GAGUEIRA SOCIAL

Eu tenho a impressão de que os autistas sejam em média mais propensos a serem mais socialmente articulados em eventos inter-pessoais espontâneos, isto é, que não obedeça à regras subjetivas de comportamento que são prévia e intuitivamente compreendidas e internalizadas.

Tal como o gago em fluência oral tende a ser manual na mesma resultando em sua gagueira, o autismo parece ser uma espécie de gago social, ou manual, isto é, que não nasceu intuitivamente equipado para ''entender'' de maneira rápida e superficialmente eficiente as regras sociais.

Acho que já falei sobre isso... enfim.