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terça-feira, 2 de maio de 2017

Red pilhados: Achismos e verdades

Aquilo que os red-pillhados pensam que é a verdade

"A moralidade é uma ilusão humana"


Moralidade pra mim, não pra você.

Primeiro, a moralidade não é apenas humana, porque tudo aquilo que criamos tem origens intrínsecas, em nós mesmos, e naturais, em conluio com o ambiente em que estamos, o que entendemos desta relação e o que extraímos dele para a própria sobrevivência. 

A moralidade também existe na natureza não-humana, também existe no mundo inanimado e fenomenológico. A moralidade pode ser denominada primitivamente falando como um conjunto de forças características ou comportamentos: destruição, conservação e/ou construção. E que, para o reino dos seres vivos, podem ser denominadas como: malignidade ou egoísmo [ativo], conservação ou inércia inter-pessoal (egoísmo passivo) e benignidade ou altruísmo

Segundo, não é porque a maioria dos seres humanos não são muito espertos em termos morais e especialmente quando visam por sua idealidade conceitual e prática, que a moralidade será uma ilusão.


 A moralidade não é apenas uma construção social, porque como já foi dito, basicamente se consiste no comportamento, em outras palavras, permeia o comportamento, lhe é onisciente. É como dizer que o fator g do comportamento [moralidade] é uma ilusão. A moralidade é o valor que damos ao comportamento, é a sua consciência estética. 

Engraçado que, tanto os red-pilhados quanto os esquerdos (leia-se: doidos e/a pedantemente intelectuais, em sua maioria) adoram relativizar a moralidade


O primeiro grupo diz que a moralidade é uma prisão, especialmente quando eles argumentam que a mesma seja uma ilusão

O segundo grupo diz que a moralidade é relativa. Menos quando a moralidade é ocidental, branca, cristã e tradicional

Ambos tem razões distintas para relativiza-la mas os efeitos são parecidos. Engraçado pensar que, quando o red-pilhado tenta bancar o filósofo ao dizer esses aforismos populares, ele se esquece de pensar que quando falamos em moralidade nós também estamos falando dele, levando-lhe em conta. 

Muito parecido com a hipocrisia galopante dos doentes esquerdistas (a maioria em maior ou menor grau), os red-pilhados também entram em contradição ao tentar aconselhar os outros a se "libertarem" da moralidade. É uma espécie de reciclagem das muitas bobagens que Nietzsche pregou. Só que, sem explicar o porquê e exemplos concretos de como se fazê-lo, que inevitavelmente os fará mais imorais aos olhos de outrem, e não amorais, como parecem desejar. 

Quando vemos vídeos de red-pilhados nervosos, algo diga-se, correlativamente comum, pelas mídias sociais, podemos ter alguma noção das concepções pobres de "libertação da moralidade" que tanto apregoam. Se esquecem que, mesmo quando acreditam ter negado a moralidade eles a reforçam sem perceber.  Mesmo por exemplo os ensinamentos de como "cortejar" uma garota/mulher pelo Chateau Heartiste, "ainda" está salpicado de cuidados morais, e num verdadeiro cenário "moralmente libertador" ele basicamente ensinaria a tratar a mulher como um objeto sexual, a ser enganada, usada e 'descartada'. 

Seja moralmente "livre", mas nem tanto.

Todo aquele que relativiza a moralidade, se esquece que, existem práticas culturais próximas da boçalidade absoluta, e/ou que, ele também será envolvido por esse cenário. 

Quando o homem se legitima a enganar a mulher para obter sexo, ele não pode dar um pio, se for honesto, acaso a sua namorada ou mesmo a sua esposa, resolver lhe colocar um belo par de chifres, ou se ele for vítima do próprio veneno. 

Quando um esquerdo intelectualmente pedante argumenta sobre a relatividade cultural e portanto moral ele terá que aceitar ou incluir em seu rol, práticas extremamente vis, por exemplo, da remoção do clitóris em alguns buracos subsaarianos, e é surpreendentemente patético que muitos ainda tenham a audácia agonizante de tentar justificá-las.

Ele só quer que os outros tenham uma boa impressão sobre a sua inteligência e nível de moralidade, mas com este "apenas", ele termina por legitimar o sofrimento de milhões de pessoas. Estupido é um termo muito ameno pra descrever este tipo. Estupido universal preserva um pouco da amenidade mas nos dá uma imagem mais verdadeira dele, que é estruturalmente estupido, que entra em constantes e explícitas contradições sem perceber. A sua estupidez é genotípica, essencial, brota das origens dos seus pensamentos.

"O instinto é a verdade"

"Os animais são mais realistas que nós"


Eu já comentei por meio destes textos, quanto à defesa pelo naturalismo por parte boa parte dos red-pilhados, e que eu achei melhor denominar de animalismo. A ideia de que os seres humanos, por serem animais, devam agir como tal, novamente, se "libertando" da moralidade, ''que é uma ilusão artificial'', porque os seres vivos não-humanos são mais instintivos e portanto mais realistas que nós. Você entendeu bem, eles são mais realistas. Não é porque a "evolução" humana tem dado errado ou descambado pra esse nível, porque temos milhões de humanos esquizomórficos, que não existem humanos racionais e portanto mais realistas. 


Moralidade é uma esquizossomose 

O red-pilhado pensa que a moralidade é apenas ou especialmente: religião, ideologia e/ou cultura. Eu já comentei que as três irmãs gêmeas não idênticas são tão parecidas em conceito e prática que fica difícil de se vê-las sob luzes mais diferenciadoras e que talvez pudéssemos entende-las como versões conceitualmente discretas de um mesmo fenômeno: a preservação genética e cultural de doses homeopáticas de psicose em mentes humanas. As 3 expressam a moralidade, só que enfatizada sob pontos de vistas: factualmente incompletos e misturados com fantasias que são tomadas como ''pré-fatos'', por exemplo, a moralidade cristã em termos de comportamento e também em relação à estória central, de Jesus, que constrói a sua cultura. 

O red-pilhado típico e talvez, mesmo a sua ala mais intelectualizada, parece padecer de um probleminha no departamento da semântica, de se dar ou de ter em mãos os conceitos mais corretos sobre os fenômenos que abordam
.

 Moralidade é o valor do comportamento. 

Religião, cultura e ideologia são sofisticações esquizomórficas da moralidade ou comportamento, intra a interpessoal, intelectual e situacional. A ideologia pode inclusive ser considerada como uma espécie de pré cultura ou pré religião. A religião pode ser entendida como o aspecto mais importante da cultura, que a estruturaliza. A religião também pode ser denominada de pseudo a proto filosofia paroquial, enquanto que a verdadeira filosofia é inquestionavelmente universal, inquestionável a quem a entende como se deve.

O red-pilhado pede para que você se liberte de sua moralidade, só que não o faça com ele tá

Ele acredita, de acordo com a sua tendência politicamente incorreta ''estilo Nutella'', que devemos tratar as pessoas com deficiência, por exemplo, de maneira frígida, fria, ao invés de buscarmos atenuar a situação, de buscar por ''subterfúgios'' conceituais, chamando uma pessoa com síndrome de Down de ''especial''. É a pseudo-filosofia do troglodita que confunde instinto com a verdade. Pura bobagem.

No mais, o único ponto indiscutível é que, a maioria deles, como bons representantes da objetividade truculenta de homens mais másculos, são pouco vulneráveis a cair em certa tentação e a sair por aí acreditando em teorias belamente constituídas mas vazias de significados concretos. No resto, é quase isso que eu escrevi, tortuosamente, neste texto, se não exagerei no ponto, e que poderia facilmente resumir em apenas uma palavra, animalismo

Red-pilhado: esqueci, vejam só, de conceituar o termo aqui, tão falado. O red-pilhado, muitos que são de leitores/seguidores do blogue Chateau Heartiste e de seu blogueiro, se consiste no relativista moral da direita. Assombrado por um mundo supostamente hiper-feminilizado, ele é partidário pela volta da velha moralidade ocidental [diga-se: encardida]. É do tipo que define ''depressão'' e/ou ''bullying'' como ''frescura'' e que tende a ter sentimentos nada amistosos em relação à homossexualidade, por exemplo, ou aos movimentos sociais anti-especistas

Eles seriam tal como ''desumanitários'', em fraco contraste com [a maioria de tolos ideólogos, infelizmente] os ''humanitários''. 

Red-pilled ou ''red-pilhado'' se refere a um famoso trecho do filme Matrix, em que o protagonista Neo precisa escolher entre duas pílulas, sendo que uma delas é a ''pílula vermelha'', que representa ''o caminho da verdade''. Em outras palavras, acreditam ser de ''realistas predominantes, se não, completos''.

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