Eu sei quais são as capitais de alguns países ''obscuros'' como a Eritreia e a Mauritânia e isso possivelmente pode ser categorizado como um ''conhecimento inútil'', porque ao menos até agora não tem me ajudado muito, apenas para impressionar algumas pessoas. Percebam que aquilo que denominamos de ''conhecimento inútil'' geralmente não tem qualquer grande ou decisiva relevância prática ou utilitária em nossas vidas. Se eu não soubesse a capital da Eritreia isso não me afetaria, não mudaria em quase nada, até mesmo porque tende a funcionar como uma recreação, pra mim e para os outros.
Melhor que nada ... mas se eu não soubesse, também não faria falta.
Este tipo de ''conhecimento inútil'', que é geralmente mais ''isolado'', ''insulado'', pode até não ser tão inútil assim, mas apenas em situações extraordinárias, que não acontecem com frequência, isto é, no cotidiano, por exemplo, participar de um programa de ''conhecimentos gerais'' e essa pergunta cair em um momento decisivo.
No entanto, alguns tipos de conhecimentos polemicamente qualitativos podem ser decisivos de maneira negativa ou problemática na vida das pessoas, ainda que, paradoxalmente, por causa do predomínio da estupidez em nossas sociedades, também possam trazer muitas vantagens. Por exemplo, algumas teorias e pontos de vista estapafúrdios [geralmente] de tez esquerdista que são praticamente forçados goela abaixo para quem deseja construir uma carreira acadêmica, especialmente nas áreas das ciências humanas. Apesar de se consistirem em conhecimentos, predominantemente equivocados ou que se tornam errados a partir de seus desenvolvimentos teóricos, é possível galgar boas posições na sociedade, e alcançar um status quo ''de respeito'', a partir do momento em que se alia à motivação para prosseguir por esse caminho, por meio da repetição da narrativa imposta em trabalhos acadêmicos, estando ela factualmente correta ou não. Por outro lado, aquilo que é vantajoso hoje, especialmente no mundo aleatório e instável em que vivemos, pode se tornar desvantajoso amanhã, mesmo que não resplandeça de maneira explícita ou constante. Novamente o exemplo dos pseudo-conhecimentos que tem sido sumariamente pregados nas universidades, especialmente nos departamentos das ciências humanas. Enquanto que a repetição da narrativa imposta, tendo consciência ou não de suas incongruências, pode te levar à uma boa situação sócio-econômica, por outro lado, também pode te fazer refém em situações de risco. Por exemplo, hipoteticamente falando, você, como um professor universitário de história, pode defender que a única ou a principal razão para a desproporção de pobreza e criminalidade entre as pessoas de raça negra seja o racismo [''branco'] e a segregação sócio-espacial. Então você luta para que, ao menos em seu ambiente de trabalho, todos possam frequentar, incluindo ''aqueles' que você define como ''totalmente injustiçados''. Então em um belo e ensolarado dia, você é assaltado justamente por um desses anjinhos. Percebe-se que esse pseudo-conhecimento [ou fatos incompletos], apesar de exibir as suas vantagens, em situações que, da teoria se vai para a prática, é muito provável que se deparará com uma assimetria entre aquilo que acredita ser e aquilo que é. São cada vez mais numerosos os exemplos de esquerdistas, mas também de qualquer tipo que se assemelhe em sua vulnerabilidade esquizotípica, que se defrontam com a realidade que teorizam como a verdade factual, e tendo como resultado o choque de realismo.
Portanto, saber a capital da Eritreia pode sim ser denominado como um conhecimento inútil, porque com ou sem ele, não me fará tanta falta. No entanto, pior do que ter um conhecimento inútil cristalizado na mente, é ter um sistema de pseudo-conhecimentos ou fatos incompletos e deturpados, direcionando as nossas mentes, em que, ao invés de nos proteger, é mais provável de nos tornar frágeis, especialmente quando não mais tivermos as proteções ''implícitas'' que nos isolam dos problemas que mal-compreendemos. Não parece haver exemplo melhor do que o professor universitário de ideologia esquerdista, encastelado na universidade e no condomínio onde mora, que não precisa lidar diariamente com os seus ''protegidos', e que na maioria das vezes não o faz.
A sabedoria é o utilitarismo benigno e holístico
Eu sou um grande crítico do utilitarismo, especialmente quando é pragmático, porque acima de qualquer outra verdade, na minha opinião enviesada em filosofia, reina a perspectiva existencial, que encapsula a todos, à todas as vidas e portanto nossos modos de vidas devem ser principiados pelo existencialismo e não pelo utilitarianismo ou utilitarismo, especialmente o de tez pragmática. Finalmente reorganizados a partir deste ordenamento hiper-lógico, o utilitarismo pode se tornar menos equivocado ou brutalmente eficiente, e é aí que a possibilidade de sabedoria aparece mais lúcida e nítida. Por seu caráter intensamente benigno e holístico, a sabedoria também é utilitária, se precisamos continuar a sustentar e a perpetuar a vida, de preferência, com base em seu melhoramento e em sua ''pegada'' no meio em que vive. Sem a sua faceta utilitária, a sabedoria orquestraria o definhamento demográfico de uma população humana, e é justamente o que está acontecendo no ocidente, em que apenas a faceta existencialista que tem sido culturalizada entre as pessoas, resultando no egoísmo existencial, de viver a vida como se não houvesse o amanhã, de celebrar cada momento, no hedonismo, e sim, de subjetivizar ou de relativizar, se não ''tudo'', quase tudo. Como resultado a estrutura que sustenta a perpetuidade biológica se esfacela, enquanto que ela é de extrema importância para a sua sustentação, por razões óbvias.
Portanto como conclusão, alguns tipos de conhecimentos inúteis na verdade não são apenas inúteis mas também extremamente nocivos, se não ao seu agente de expressão, a priore, também àqueles que estão sob a sua influência e mesmo em relação aos que não tem qualquer convívio direto com ele, o [particularmente] estúpido com poder.
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