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sábado, 21 de setembro de 2024

Falácias morais e mentiras usadas em defesa do multiculturalismo/imigração em massa/Moral fallacies and lies used in defense of multiculturalism/mass immigration

 1. Todo país rico tem a obrigação moral de receber "os pobres do mundo"


A priori, nenhum país tem a obrigação de abrir suas fronteiras para receber pessoas de fora, nem de maneira seletiva e muito menos sem critério. Cada país*, com base no princípio da autonomia nacional, deveria estar livre para decidir sobre suas próprias políticas, ainda mais se forem razoáveis ou racionais. Idealmente falando, toda política pública deveria ser mediada pelo diálogo constante do governo com a população, inclusive com direito a plebiscitos para saber a opinião ou a vontade da mesma e de, se possível, respeitá-la, especialmente se for bem embasada.

* Mas também serve para cidade, estado, região...

1.1 Todo país tem a obrigação moral de receber refugiados e/ou imigrantes 

Novamente, nenhum país deveria ser obrigado a receber refugiados ou imigrantes. A obrigação moral só seria potencialmente indiscutível em casos mais específicos. Mas mesmo em situações extremas, tal como em um conflito armado, esse tipo de decisão deveria ser da alçada de todos os envolvidos e não apenas de alguns grupos (ativistas, políticos...)

2. Devemos ser a favor da livre circulação de pessoas no mundo, por ser um direito humano, nosso, acaso quisermos ou precisarmos

Primeiramente, devemos ser a favor do respeito à autonomia das nações e não de achar que o mundo é o nosso quintal. Segundo, devemos ser a favor da moderação que só é possível pela ponderação. Pois esse pensamento é radical e insensível às pessoas que sofrerão ou já estão sofrendo com os efeitos negativos do multiculturalismo, bem como com os problemas ecológicos causados por turistas, imigrantes, empresas estrangeiras...

2.1 Devemos ter empatia ou sermos mais solidários com os mais necessitados, nos tornando mais receptivos, especialmente em relação aos refugiados 

Mas ser empático não significa tolerar abusos e crimes cometidos por imigrantes ou refugiados, ainda mais se forem hediondos. E já é notória a correlação positiva entre criminalidade e certos grupos de imigrantes. Idealmente, em um contexto de imigração inevitável, deve haver pelo menos um controle de qualidade, para detectar sujeitos cronicamente anti sociais antes que entrem no país e cometam crimes. E, com base no que a ciência, de fato, tem compilado sobre o comportamento humano, é possível fazer essa detecção a partir dos padrões relacionados com comportamentos anti sociais e suas frequências.

Mas mesmo se for possível ou decidido receber refugiados, deve haver um controle com base na real capacidade de recepção e integração (temporária??) deles ao país que os acolher, afinal, nenhum país é capaz de receber todos os "necessitados" do mundo. 

3. A imigração é importante para combater problemas demográficos, como o envelhecimento 

O maior problema não é o aumento da expectativa de vida, mas as taxas de fecundidade muito baixas, que só pode ser resolvido combatendo-as de frente, ao invés de relegar a uma outra solução, diga-se, falsa. 

3.1 A imigração é importante para a economia 

Depende muito do imigrante. Imigrantes vindos de países subdesenvolvidos, geralmente, causam mais problemas sociais (como o aumento da violência e do vandalismo) e, consequentemente, prejuízos econômicos.

4. A imigração ou multiculturalismo é importante para combater o racismo 

Então, destruir a homogeneidade cultural e étnica de uma cidade, estado/região ou país é o mesmo que combater o racismo??? 

5. Se você for descendente de imigrantes ou de um país com histórico de emigração, então, não pode criticar imigrantes ou refugiados 

Nenhum país tem a obrigação de ser um país "de imigrantes" para sempre ou durante toda sua história. E não, nem mesmo se você for um imigrante, nada impede que possa criticar imigrantes ou imigração, ainda mais se forem, respectivamente, sobre imigrantes que causam problemas e imigração em massa/sem controle... 

6. A culpa pela pobreza e/ou conflitos dos países subdesenvolvidos é principalmente dos habitantes dos países ricos ou dos "descendentes" dos colonizadores. Por isso que os países desses antigos colonizadores devem ser receptivos à imigração, como compensação por seus crimes 

Os diretamente envolvidos com o colonialismo não são as pessoas comuns que vivem em países outrora metrópoles coloniais, mas seus governos, ou suas "elites" política e econômica, principalmente. Acreditar que o cidadão médio de um país, como o Reino Unido, por exemplo, deve ser responsabilizado ou mesmo penalizado pelos crimes do colonialismo é injusto e falacioso (falácia da atribuição indevida). 

Além disso, os problemas sociais dos países pobres tendem a ser resultados da corrupção generalizada de suas "elites" e também de parcelas nada desprezíveis de suas próprias populações. Pois se as ruas da minha cidade pequena estão sempre sujas, a culpa é minha por ser branco e também dos europeus que não vivem aqui?? A culpa é sempre e primariamente do culpado e não de bodes expiatórios...


7. A livre circulação de pessoas é um processo inevitável da globalização 

Ou do globalismo?? 

Se a tendência é de nos tornarmos mais globalizados, isso pode ser feito com moderação, respeitando a autonomia das nações e os direitos dos nativos. 

8. A recepção de imigrantes econômicos e de refugiados é uma medida humanitária 

É sim, mas de curto prazo e paliativa, pois não ataca os problemas principais que estão resultando nesses fluxos migratórios. É como jogar baldes de água para apagar um fogaréu, além de causar problemas também aos países de imigração. Pois uma das razões para os problemas sociais dos países subdesenvolvidos está em seus próprios governos e com envolvimento de parcelas nada desprezíveis de suas próprias populações e, por isso que, os países mais ricos e socialmente desenvolvidos deveriam ajudar na administração e organização deles, inclusive com a possibilidade de intervenção, caso seja necessário, uma espécie de pseudo colonialismo benevolente (que seria o ideal... mas não para os ignorantes e/ou perversos que defendem o multiculturalismo).




1. Every rich country has a moral obligation to welcome "the world's poor"

A priori, no country has the obligation to open its borders to welcome people from outside, not even selectively and much less without criteria. Each country*, based on the principle of national autonomy, should be free to decide on its own policies, especially if they are reasonable or rational. Ideally speaking, all public policy should be mediated by constant dialogue between the government and the population, including the right to plebiscites to find out their opinion or will and, if possible, respect it, especially if it is well-founded.

* But it also applies to cities, states, regions...

1.1 Every country has a moral obligation to welcome refugees and/or immigrants

Again, no country should be obliged to welcome refugees or immigrants. The moral obligation would only be potentially indisputable in more specific cases. But even in extreme situations, such as an armed conflict, this type of decision should be made by all those involved and not just by a few groups (activists, politicians, etc.)

2. We should be in favor of the free movement of people around the world, because it is a human right, ours, whether we want or need it

First, we should be in favor of respecting the autonomy of nations and not of thinking that the world is our backyard. Second, we should be in favor of moderation, which is only possible through consideration. This thinking is radical and insensitive to the people who will suffer or are already suffering from the negative effects of multiculturalism, as well as from the ecological problems caused by tourists, immigrants, foreign companies, etc.

2.1 We should have empathy or be more supportive of those most in need, becoming more receptive, especially towards refugees

But being empathetic does not mean tolerating abuses and crimes committed by immigrants or refugees, especially if they are heinous. And the positive correlation between crime and certain groups of immigrants is already well-known. Ideally, in a context of inevitable immigration, there should be at least some quality control to detect chronically antisocial individuals before they enter the country and commit crimes. And, based on what actualscience has actually compiled about human behavior, it is possible to make this detection based on the patterns related to antisocial behavior and its frequencies.

But even if it is possible or decided to receive refugees, there should be a control based on the real capacity of reception and integration (temporary??) of them in the host country, after all, no country is capable of receiving all the "needy" people in the world.

3. Immigration is important to combat demographic problems, such as aging

The biggest problem is not the increase in life expectancy, but the very low fertility rates, which can only be solved by combating them head on, instead of relegating them to another, let's say, false solution.

3.1 Immigration is important for the economy

It depends a lot on the immigrant. Immigrants from underdeveloped countries generally cause more social problems (such as increased violence and vandalism) and, consequently, economic losses.

4. Immigration or multiculturalism is important to combat racism

So, destroying the cultural and ethnic homogeneity of a city, state/region or country is the same as combating racism???

5. If you are a descendant of immigrants or from a country with a history of emigration, then you cannot criticize immigrants or refugees

No country has the obligation to be a country of "immigrants" forever or throughout its history. And no, even if you are an immigrant, nothing prevents you from criticizing immigrants or immigration, especially if they are, respectively, about immigrants who cause problems and mass/uncontrolled immigration...

6. The blame for poverty and/or conflicts in underdeveloped countries lies mainly with the inhabitants of rich countries or the "descendants" of colonizers. That is why the countries of these former colonizers should be receptive to immigration, as compensation for their crimes.

Those directly involved in colonialism are not the ordinary people who live in countries that were once colonial metropolises, but their governments, or their political and economic "elites", mainly. To believe that the average citizen of a country, such as the United Kingdom, for example, should be held responsible or even punished for the crimes of colonialism is unfair and fallacious (fallacy of wrongful attribution).

In addition, the social problems of poor countries tend to be the result of the widespread corruption of their "elites" and also of not insignificant portions of their own populations. Because if the streets of my small town are always dirty, is it my fault for being white and also that of the Europeans who do not live here? The blame is always and primarilyof the guilty and not of scapegoats...

7. Is the free movement of people an inevitable process of globalization

Or of globalism??

If the trend is to become more globalized, this can be done in moderation, respecting the autonomy of nations and the rights of natives.

8. The reception of economic immigrants and refugees is a humanitarian measure

Yes, it is, but it is short-term and palliative, as it does not address the main problems that are resulting in these migratory flows. It is like throwing buckets of water to put out a fire, in addition to causing problems for the countries of immigration. Because one of the reasons for the social problems of underdeveloped countries lies in their own governments and the involvement of not insignificant portions of their own populations, and that is why the richest and most socially developed countries should help in their administration and organization, including the possibility of intervention, if necessary, a kind of benevolent pseudo-colonialism (which would be ideal... but not for the ignorant and/or perverse people who defend multiculturalism).

sábado, 10 de agosto de 2024

Um exemplo de falácia de "lugar de fala" que conservadores de direita adoram usar.../An example of the "place of speech" fallacy that right-wing conservatives love to use...

 "Você não pode criticar o capitalismo se você não trabalha ou se é economicamente dependente de alguém. Por isso que só eu, que sou um trabalhador, que posso falar sobre o capitalismo"

Uma falácia de lugar de fala consiste na imposição da vivência ou experiência pessoal como condição necessária para falar ou compreender sobre certa perspectiva ou realidade. Um exemplo absurdo: de que uma pessoa só pode compreender ou falar sobre uma doença se passar pela experiência de adoecer dela. Um exemplo comum: de que uma pessoa só pode compreender ou falar sobre uma perspectiva legítima de opressão se estiver nessa mesma perspectiva. Mas isso vai literalmente contra valores básicos da ciência, da filosofia, enfim, do conhecimento, que é a capacidade de observar, analisar e julgar com objetividade e imparcialidade, isto é, com racionalidade. 

"You can't criticize capitalism if you don't work or if you are economically dependent on someone. That's why only I, a worker, can talk about capitalism"

A place of speech fallacy consists of the imposition of personal experience as a necessary condition to speak or understand a certain perspective or reality. An absurd example: that a person can only understand or talk about a disease if he experience falling ill from it. A common example: that a person can only understand or talk about a legitimate perspective of oppression if he is in that same perspective. But this literally goes against basic values ​​of science, philosophy, in short, knowledge, which is the ability to observe, analyze and judge with objectivity and impartiality, that is, with rationality.

O anti branquismo do ativismo "anti racista" pode ser inteiramente resumido por uma (nova) falácia/The anti-whiteness of “anti-racist” activism can be entirely summed up by a (new) fallacy

 Falácia de atribuição indevida 


De culpar contemporâneos pelos crimes dos seus 'antepassados" ou de culpar cidadãos comuns pelas ações dos "seus' governos ou de "suas elites' e/ou de culpar indivíduos por ações de grupos específicos com base em uma relação vaga de identidade ou associação...

Misattribution fallacy

Of blaming contemporaries for the crimes of their 'ancestors' or of blaming ordinary citizens for the actions of 'their' governments or 'their elites' and/or of blaming individuals for the actions of specific groups based on a vague relationship of identity or association. ..

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Mais um exemplo de pseudo jornalismo e como seria se fosse um verdadeiro jornalismo/Another example of pseudo journalism and what it would be like if it were true journalism

 "Mulheres negras são vítimas desproporcionais de estupro no Brasil"


PONTO.

Uma notícia que circulou durante um tempo na mídia brasileira. 

Pois se trata de um pseudo jornalismo, forjado partir de uma narrativa ideológica, baseada em uma falácia de evidência suprimida, se não diz qual é o grupo que mais estupra mulheres, incluindo as mulheres negras, por ser "politicamente incorreto"...


Agora, como seria o jornalismo verdadeiro nesse caso


"Mulheres negras são vítimas desproporcionais de estupro no Brasil... E são os homens negros os que mais estupram mulheres negras" (dedução lógica com base no padrão de relacionamentos em que os intrarraciais tendem a ser mais comuns que os interraciais, e potencialmente confirmável pelas estatísticas).

Aí sim, temos a informação completa, os fatos mais relevantes informados, sem distorções ou falácias ideologicamente induzidas, tal como essa, mostrada acima e que visa transmitir ou reforçar uma ideia de vitimização de mulheres negras e omissão do papel de protagonismo dos homens negros nesse processo de vitimização. 

Isso não é racismo ou preconceito, ainda que possa ser usado para se fazer generalizações de causalidade entre raça e comportamento (conceito mais objetivo para o racismo). Até porque não significa que todos os casos de estupro de mulheres negras no Brasil têm como perpetrador um homem negro ou que todos os homens negros são estupradores em potencial. 

"Black women are disproportionate victims of rape in Brazil"

POINT.

A piece of news that circulated for a while in the Brazilian media.

Because it is pseudo journalism, forged from an ideological narrative, based on a fallacy of suppressed evidence, if it does not say which group rapes women the most, including black women, because it is "politically incorrect"...


Now, what would true journalism look like in this case?


"Black women are disproportionate victims of rape in Brazil... And it is black men who rape black women the most" (logical deduction based on the pattern of relationships in which intraracial relationships tend to be more common than interracial relationships, and potentially confirmable by statistics).

So yes, we have complete information, the most relevant facts informed, without ideologically induced distortions or fallacies, such as the one shown above and which aims to convey or reinforce an idea of ​​victimization of black women and omission of the leading role of black men in this victimization process.

This is not racism or prejudice, although it can be used to make generalizations about causality between race and behavior (a more objective concept for racism). Because it does not mean that all cases of rape of black women in Brazil have a black man as the perpetrator or that all black men are potential rapists.

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Toda falácia é uma mentira, distorção ou um exagero. Mas...

 ... toda falácia tem a sua exceção, que é justamente quando se trata de uma verdade. 


Por exemplo, se é falacioso ofender uma pessoa durante um debate, isto é, de usar a falácia do ad hominem, dependendo do que for dito a ela pode não ser, porque pode ser verdade. Tal como de acusar o oponente em um debate que, claramente, demonstra ter pensamentos bastante tendenciosos, de ser tendencioso. Especialmente no caso do ad hominem, muitas vezes, uma análise da pessoa em si e não apenas do que está dizendo pode ser necessária ou útil, se é comum que o ser humano desenvolva seu raciocínio e construa seu sistema de crenças com base em seus preconceitos cognitivos, enquanto tenta racionalizar ou, dar um verniz de imparcialidade e objetividade aos mesmos. Aí, o que diferencia uma análise imparcial e objetiva de uma afirmação falaciosa é justamente o nível de precisão factual do que é dito sobre a pessoa. Portanto, em resumo conclusivo, acusar uma pessoa tendenciosa de estar sendo tendenciosa, de chamar atenção para isso, definitivamente não é falacioso.  

domingo, 2 de abril de 2023

Falácias "anti racistas"

 1. Brancos não podem sofrer racismo



Racismo é um tipo de tribalismo, um comportamento universal que indivíduos de qualquer grupo racial podem praticar ou sofrer. Pois mesmo que o racismo contra brancos tenha sido historicamente menos comum, ainda não dá para dizer que não exista ou que não seja possível. Esse tipo de racismo também não pode ser confundido com a heterofobia, um tipo de preconceito logicamente possível, mas praticamente inexistente. 


Aliás, dizer que brancos não podem sofrer racismo...  é racismo. 


2. Todo branco é privilegiado por ser branco


O racismo estrutural existiu, integralmente, na época da escravidão, no Brasil e em outras regiões do mundo, e se irradiou por muitas décadas depois da abolição. Mas, hoje em dia, não dá para dizer que continua intacto, que não tem havido muitas melhorias em termos de combate ao racismo. Além disso, o racismo estrutural está intrinsecamente associado ao classismo, do contrário, não existiriam (muitos) brancos pobres e remediados, explorados ou oprimidos por "elites" inescrupulosas (a maioria)...


Quanto às relações de poder e privilégio, a raça nunca é o único parâmetro, se existem outras vias de identificação e tratamento, como a orientação sexual e a classe social, que também são muito importantes. Por isso que, não é nada incomum que um indivíduo branco possa ser menos privilegiado que os de outras raças. Aliás, por uma perspectiva individual, é muito fácil encontrar "não-brancos" que são muito mais privilegiados que brancos. Por exemplo, um branco LGBT e pobre ou classe média baixa versus um negro ou um oriental heterossexual e rico. 


3. Ser contra ou ter uma opinião cautelosa sobre o multiculturalismo//imigração em massa é racismo


Na verdade, não é, e nem xenofobia, se nenhum país é ou deveria ser obrigado a abrir suas fronteiras para a imigração, ainda mais se for "em massa". Enquanto que a xenofobia e o racismo existem, ser mais interessado na própria cultura e/ou povo e querer preservá-los não é xenofobia, mas uma espécie de autoctonofilia. Essa é a diferença entre "odiar estrangeiros" e "preferir pelo próprio povo", ainda que pareça comum apresentar uma combinação dessas tendências ao invés de expressar apenas uma delas.


No caso da xenofobia, como é um termo ainda mais vago que racismo, então, é possível dizer que existem casos de "medo de estrangeiros" que são mais racionalmente justificáveis que outros. 


4. Raças humanas não existem 


Pode chamar de variações fenotípicas (que não se limitam aos aspectos físicos) ou populações, porque dá no mesmo. Não existiriam se não existisse qualquer diferença entre populações humanas. O simples fato de existirem pessoas negras, brancas e orientais, por exemplo, já é uma forte evidência... 


5. Racismo é preconceito de cor


Racismo não é colorismo ou "biologismo", preconceito unicamente com base em aspectos físicos ou biológicos (tal como o albinismo... e a homofobia). Ainda que o colorismo seja uma parte importante do racismo, é muito comum que as pessoas discriminem racialmente com base em comportamento do que "apenas' por diferenças físicas.


6. Acreditar que as raças humanas apresentam diferenças médias e intrínsecas de comportamento e inteligência é racismo 


Racismo é generalizar um grupo racial, tanto no sentido negativo quanto no positivo. Também é racismo legítimo afirmar que a raça de um indivíduo é causal ao seu comportamento. Isso é atribuir causalidade à raça o que lhe é correlativo (uma correlação interseccional ou não-paralela). Isso é dar muita ênfase à raça (ismo).


Qualquer forma de preconceito irracional (porque também tem aquele que é mais racional) é um exagero, uma injustiça e, portanto, uma mentira. 


Verdades ideologicamente inconvenientes, tais como as diferenças raciais em comportamento, cultura e capacidades cognitivas, não são racistas, porque não são mentirosas ou injustas, especialmente quando é enfatizado que se tratam de correlações e que, consequentemente, contribui para evitar generalizações.


7. Vítimas de racismo alegado têm sempre razão 


Depende do contexto, porque tem casos complexos em que, por exemplo, o indivíduo que denunciou a injúria racial ofendeu antes...


8. Ser contra ou cauteloso à miscigenação racial é racismo e ser a favor é legitimamente anti racista 


Pois um mestiço ser a favor da miscigenação e contra a endogamia racial ou étnica não é muito diferente de um heterossexual homofóbico ou de um homem misógino. 


Uma pessoa querer que pessoas brancas de origem europeia e negras de origem africana não se misturem, por preferir que preservem suas respectivas diversidades, mas compreender que sempre existirão cônjuges interraciais e mestiços é, por acaso, racismo?? 


9. Pobreza e conflitos armados na África são resultantes do colonialismo europeu 


Não apenas na África, mas em praticamente todas as regiões em que existe uma população negra de origem subsaariana, aleatoriamente selecionada e predominante, assim como em relação à qualquer outro grupo não-branco. 


Só que não, porque, geralmente, a culpa de boa parte do que acontece em qualquer lugar é dos que vivem lá... 


10. Os brancos são culpados pela escravidão africana


Todos?? De todas as idades?? 


Mesmo que a maioria dos seus ancestrais tivessem participado ativamente no tráfico de escravos negros e no sistema escravagista, não é moralmente correto culpar o filho pelos crimes do pai. Mas nem isso, porque os maiores responsáveis pela escravidão africana também foram os um dos que mais se beneficiaram dela: as "elites" monárquicas.


Ainda é possível atribuir culpa histórica, mas nunca individualmente. Na verdade, nem coletivamente, se durante os quatro séculos de escravidão africana nas Américas, a maioria dos europeus também era explorada e oprimida por suas "elites".

terça-feira, 14 de março de 2023

Proposta de uma nova falácia: condição de autonomia como estado não-opressivo

 Somos sempre autossuficientes?? 


Não.

Porque, para sermos, precisaríamos ser todos seguramente racionais (se nem mesmo os mais racionais são sempre sensatos).

Portanto, não é sempre que a autonomia individual expressa uma situação positiva, de bem-estar, segurança... aliás, é possível concluir que, é muito comum que as pessoas não consigam usufruir de suas liberdades sem cometer equívocos, inclusive em relação à si mesmas. Então, é conclusivamente possível a auto-opressão, geralmente inconsciente, quando o desejo e/ou a prática de autonomia não é acompanhado por um bom discernimento.

sábado, 21 de janeiro de 2023

O "neolamarckismo" é uma falácia da inversão de fatores

 (Neolamarckismo: crença pseudocientífica no determinismo absoluto do meio sobre o desenvolvimento ou evolução e o comportamento de seres humanos e estendível às outras espécies)


É a falácia de "colocar a carroça na frente dos bois". 
 
Por exemplo, o caso de uma hipótese, desenvolvida pela neurocientista brasileira, Suzana Herculano-Houzel, para explicar o aumento extraordinário do tamanho do cérebro humano e particularmente do número de neurônios no nosso córtex cerebral. Pois essa hipótese se sustenta na ideia de que foi graças ao cozimento de alimentos, especialmente da carne animal, principal fonte de proteína, que os cérebros dos nossos ancestrais teriam se tornado maiores e complexos. 

Como se tivessem aprendido a dominar o fogo e a cozinhar alimentos antes de terem se tornado inteligentes o suficiente para desenvolver essas inovações.

Já a minha hipótese é justamente o oposto desta ordem, em que o aumento da inteligência humana, por causa de uma forte pressão seletiva, possibilitou aos nossos ancestrais o domínio do fogo, a invenção de estratégias de caça e de armas que auxiliam nessa atividade, a percepção de que comer carne crua pode ser um risco à saúde além da digestão lenta e, por fim, a descoberta de uma solução para o problema percebido, cozinhar alimentos, em especial a carne. 

O aumento do cérebro está geograficamente associado ao cozimento de alimentos, mas não significa que o consumo de carne em si teve ou tenha um efeito causal direto. Claro que, mediante o grande consumo calórico do cérebro humano, estamos mais dependentes da carne cozida, por ser uma fonte abundante de proteína, mas ainda não significa que, se pararmos de consumi-la, nossos cérebros diminuirão dramaticamente, vide veganos e vegetarianos, atualmente, que estão há um bom tempo sem consumir carne, que buscam compensar a carência proteica resultante e não perceberam qualquer declínio significativo em suas capacidades cognitivas, além da existência de dietas tradicionais que não são baseadas em um grande consumo de proteína animal, como a do mediterrâneo.

A necessidade é a mãe da invenção

Pode ser então que, o aumento do cérebro humano, mas especialmente do número de neurônios no córtex cerebral, de acordo com a hipótese de Suzana Herculano-Houzel, ao ter um efeito causal no aumento da capacidade cognitiva, possibilitou à inovações cruciais à sobrevivência dos nossos ancestrais, mas também os pressionou a encontrar fontes ou meios para alimentar seus cérebros desproporcionalmente grandes e complexos, tal como o cozimento de alimentos (uma dessas inovações).  

Qual é uma das falácias mais praticadas por grupos político-ideológicos??

 É a falácia da evidência suprimida ou incompleta (cherry picking).


Um exemplo polemizado de ambos os lados: 

Esquerda

"Negros e pardos são, desproporcionalmente, as principais vítimas de violência no Brasil"

(Falta dizer que eles também são, de maneira desproporcional, os que mais a praticam e também entre eles mesmos)

(Extrema) Direita 

"Negros e pardos são, desproporcionalmente, os que mais praticam atos de violência (e entre eles mesmos) no Brasil" 

(Falta dizer que eles também são, de maneira desproporcional, os que mais sofrem violência)

terça-feira, 7 de junho de 2022

O que é e o que não é um apelo à ''falácia do escocês''?? Com exemplos: conservadorismo, filosofia e religião

 "Douglas declarou que os escoceses não colocam açúcar no mingau. Adam disse que é escocês e coloca açúcar no mingau. Então, Douglas, furioso, disse que ele não é um escocês verdadeiro"


Douglas está errado porque, na verdade, não colocar açúcar no mingau não é uma condição absoluta para se ser um escocês.

Um outro exemplo de falácia do escocês

"Segundo um famoso filósofo inglês, o conservadorismo verdadeiro prega e pratica a empatia e não o egoísmo"  

Mas de acordo com a prática histórica e atual do conservadorismo, tem sido o exato oposto.
 
Pois seria o mesmo que dizer que a verdadeira consequência da chuva é secar e não molhar.

O que não é:

''O verdadeiro filósofo nunca pode negar uma verdade''

Se a filosofia é a busca pela sabedoria, então é condicional que alguém que se diz filósofo sempre busque pela verdade, mesmo se lhe for, ou aos outros, inconveniente.

''A verdadeira religião é sobre as verdades existenciais''

Se todas as religiões buscam e acreditam ter encontrado as respostas sobre a origem do universo ou da existência, o sentido da vida, etc..

Agora, se todas religiões têm fabricado essas respostas, então, seria o mesmo se todos os médicos, que se comprometeram a cuidar da saúde alheia, aprendessem técnicas que, na verdade, comprometessem a saúde e mesmo assim as considerassem como totalmente adequadas. Portanto, não há falácia aqui se é condicional à religião buscar por essas verdades, mesmo que todas as religiões já inventadas pelo ser humano tenham se desviado desse propósito.  

sábado, 14 de novembro de 2020

A falácia de todas as falácias

 É  a de se pensar que são absolutas, se para toda regra existem exceções.


Por exemplo, de quando uma pessoa, durante um debate, acaba tendo que apelar pra sua legítima autoridade no assunto abordado e, preferencialmente, de maneira mais explicativa do que arrogante. Nesse caso hipotético, a pessoa não está sendo falaciosa.