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terça-feira, 27 de junho de 2017

Seleção K --- R aplicada em humanos não leva em consideração a ''auto'-domesticação

São os cachorros mais K ou R orientados* E os lobos* 

Desde que Phillipe Rushton introduziu as estratégias evolutivas/reprodutivas entre/para os seres humanos que a sua teoria tem se discutida com frequência e mesmo, pra variar, de maneira aflorada. Phillipe deduziu que entre as macro-raças humanas os leste asiáticos seriam os mais K-orientados e os negros africanos os mais R-orientados, em outras palavras, os primeiros seriam mais propensos a ter poucos filhos mas cuidar muito bem deles, provavelmente porque são de desenvolvimento ''extrínseco'' [ao corpo da mãe] lento enquanto que os segundos teriam a ''estratégia'' oposta, de ter muitos filhos, mas de não cuidar muito bem deles, provavelmente por serem de desenvolvimento ''extrínseco'' rápido ou precoce. A teoria, na primeira vez que a li, realmente foi subjetivamente impressionante, e também parece ter agraciado muitos outros por aí, especialmente dentro do espectro HBD e '''alt-right'''. No entanto uma série de pontos mistos, favoráveis e desfavoráveis à teoria, obviamente que começaram a ser pautadas, de maneira honesta/''científica' ou desonesta/''ideológica'. Independente das motivações ulteriores, é fato que a teoria não parece ser tão boa assim, provavelmente porque o autor não a detalhou, criando uma espécie de ''teoria geral absoluta'', forçosamente vulnerável à falhas. 

É fato que, especialmente hoje em dia, a maioria das populações eurasiáticas tem sido forçadas a adotar um padrão-K de reprodução, diga-se, extremo, e chegando ao ponto da sub-fertilidade. E que a África é o único continente que não passou pela maioria das fases da ''transição demográfica''. É fato que o tamanho dos órgãos sexuais tendem a variar entre as macro-raças humanas, não apenas em relação ao órgão sexual masculino e que os negros africanos parecem deter as maiores médias, diversamente seguidos pelos europeus caucasianos, e por último os leste asiáticos. É fato que a incidência de DSTS é muito maior entre os negros africanos e diáspora e muito menor entre os leste asiáticos e diáspora. No entanto uma série de pontos sem nó tem aparecido para tornar a teoria geral de Rushton mais complexa a ponto de ser parcial a predominantemente descreditada. Vou tentar expor alguns desses pontos que a meu ver são importantes. 

- K e R na natureza se referem a extremos reprodutivos

A maioria das espécies que tem sido alocadas para uma dessas estratégias evolutivas/reprodutivas parecem se consistir em extremos reprodutivos. E o ser humano parece bem mais ponderado, ao menos sem as interferências artificiais severas com as atuais. Então, é possível de se concluir que, se existe um espectro entre a estratégia K e a estratégia R, o ser humano [de todas as populações] em média se encontrará no miolo.

A estratégia R na natureza parece se manifestar em seus níveis mais altos por meio de ''ninhadas'', quando uma única gravidez já resulta em muitos descendentes.

- Os valores de fertilidade que foram usados para comprovar a teoria rushtoniana são atuais e expressam diferentes fases da ''transição demográfica''

Durante boa parte de sua história, a China tem apresentado elevados valores de fertilidade. Não sei se tão altos quantos os da África, mas ainda assim nada perto do nível abaixo da reposição mínima que exibe atualmente. Não apenas a China, é claro, mas todo continente asiático, do extremo oriente ao oriente médio. Seria interessante analisar os valores reprodutivos das populações humanas ANTES da ''modernidade'' e ao longo de suas histórias. Se os chineses, até então, tem tido uma média de 7 filhos mas ''os africanos'' tem tido uma média de 14 filhos, então ainda pode ser possível reviver parcialmente este ponto da teoria rushtoniana. Os valores atuais e em especial entre os eurasiáticos, são totalmente aberrantes e não podem ser levados em consideração.

- Se a estratégia K favorece o melhor [''alfa'' **] então a estratégia R irá favorecer o ''menos-melhor''.

Este é um dos pontos mais importantes [se é que podemos denominá-lo assim] porque de fato, se a estratégia K é sobre qualidade, então não faria sentido chamarmos muitos dos homens africanos de ''alfas'', como eu tenho feito, de acordo com a minha teoria da hiper-masculinidade para explicar as tendências anti-sociais de comportamento dessa população. No entanto eu acho que a estratégia K e R pode se modelar a diferentes ambientes, e ter diferentes resultados. O que importa a priore é o estilo estratégico em si. Os resultados serão dependentes do tipo de ambiente. Por exemplo, pode-se selecionar por guerreiros ou ''professores ''de alta qualidade'', claro que, em diferentes ambientes ou culturas. Portanto também temos o fator qualidade interferindo nessa situação. E aí que a ''auto'-domesticação humana aparece para, provavelmente, solucionar parte desse paradoxo, porque se é verdade que os leste asiáticos são mais K/qualidade-orientados, especialmente se for comprovado que cuidam melhor dos seus filhos, que eles demoram mais tempo para maturar e que tem menos filhos [especialmente de acordo com os valores reprodutivos de antes da ''transição demográfica''], então por que ao menos em termos de aparência, eles não estão entre os mais ''alfas'' [características sexuais mais desenvolvidas}* 

Oras, porque eles são os mais ''auto'-domesticados entre os seres humanos. A domesticação é um fator que não foi levado em conta por Rushton, pelo que parece, mas é essencial para explicar as diferenças de comportamento entre as populações humanas. É tal como compararmos as populações da sociedade distopicamente utópica de Admirável Mundo Novo com os ''selvagens''. 

A ''auto'-domesticação humana tem sido essencial para que sociedades complexas pudessem ser construídas, mantidas e ''melhoradas'. A domesticação caracteriza-se por uma ênfase seletiva pela docilidade que tende a se relacionar com mudanças no aspecto físico, mais juvenil, ainda que dependendo do nível de sofisticação da seleção, pode ser possível de se criar tipos que reúnam características físicas ''mais desejadas'', subjetivamente falando, com as características psicológicas de igual preferência. Muitos anos de civilização podem resultar em uma progressiva docilização da população. Tudo leva a crer que a seleção sexual, que parece ter sido e ser mais forte entre africanos mas especialmente entre os europeus, foi ''precocemente' substituída por outra ênfase seletiva, resultando no aumento ''geral' da inteligência, especialmente em seus aspectos mais cognitivos, e concomitante a uma redução em seus aspectos mais psicológicos, que parecem ser mais requeridos na seleção sexual. Portanto poder-se-ia dizer que, se existe uma espécie de ''transição evolutiva'', da sobrevivência/seleção natural, passando pela seleção sexual, e chegando à ''seleção antropomórfica'', então os negros africanos ''ainda' estão na seleção sexual, os europeus caucasianos a meio termo, e os leste asiáticos na seleção antropomórfica, com ênfase por características psicológicas minimalistas e pragmaticamente cognitivas. 

Quando se atinge ao nível da ''seleção antropomórfica'', força física ou beleza são substituídos pela inteligência. 

Seleção natural = o ambiente natural ''te seleciona''
Seleção sexual = você seleciona as características sexualmente desejáveis
Seleção antropomórfica [tipo 1*] = ambiente artificial humano ''te seleciona''

Asiáticos são mais misto K-R-orientados por causa de uma maior densidade demográfica*

Baseado nesta confusão acima, eu concluí que os [leste] asiáticos são mais misto K-R orientados, porque um ambiente densamente povoado tende a diminuir ou a minimizar o cuidado parental ou a selecionar por tipos mais pragmáticos, e ao mesmo tempo selecionar por uma espécie de ''qualidade minimizada''.

Europeus são mais K-orientados e os africanos são mais R-orientados, discretamente falando.

Os europeus também seria mais K-R orientados, aliás, todas as populações humanas, e bem mais orientadas para a estratégia-K, já que ''ninhadas humanas'' em cada gravidez parecem ser extremamente raras.

No entanto por se localizarem justamente entre uma possível fase intermediária entre a seleção sexual e a seleção antropomórfica então os europeus parecem ser mais propensos a selecionar por uma maior diversidade qualitativa. 

Possível evidência de caminho evolutivo para duas das três principais macro-raças humanas: a incidência de gêmeos e gravidez múltiplas

A incidência de gravidez múltipla ou de gêmeos parece ser bem maior entre os africanos [e diáspora] do que entre europeus e especialmente em relação aos leste asiáticos [e pelo que parece, em relação ao tronco mongoloide].. ainda que no final o ser humano seja em média, independente da procedência genético-geográfica, mais K-orientado, de qualquer maneira. No entanto este fato parece indicar que, já em termos biológicos, e em relação essa perspectiva ou dimensão, os negros africanos tem ''puxado'' mais para a estratégia-R e os leste asiáticos mais para a estratégia-K, ainda que por causa da densidade demográfica historicamente grande + maior ''auto'-domesticação eles também tenham, pelo que parece, caminhado para um modelo mais minimalista de estratégia-K, emulando em alguns aspectos o modelo típico da estratégia-R, que parece se consistir em uma tendência de redução da ''qualidade' em prol da quantidade. 

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