Os tipos de hiper excitabilidades:
Psicomotora: é uma excitabilidade aumentada do sistema neuromuscular. Essa intensidade psicomotora inclui uma "capacidade de ser ativo e enérgico", amor ao movimento por seu próprio bem, excesso de energia demonstrado pela fala rápida, entusiasmo zeloso, atividade física intensa e necessidade de ação.
Sensual: é expressado como uma experiência aumentada de prazer ou desagrado sensual que emana da visão, do cheiro, do toque, do gosto e da audição.
Aqueles com hiper excitabilidade sensual têm uma experiência muito mais expansiva de sua entrada sensorial do que a pessoa média. Eles têm uma apreciação aumentada e precoce dos prazeres estéticos, como música, linguagem e arte, e derivam infinitas delícias dos gostos, odores, texturas, sons e pontos turísticos. Mas devido a essa sensibilidade aumentada, eles também podem se sentir mais estimulados ou desconfortáveis com a entrada sensorial. Quando emocionalmente tensas, alguns indivíduos de alta sensacionalidade podem comer demais, continuar comprando ou procurar a sensação física de ser o centro da atração.
Intelectual: A hiper excitabilidade intelectual é demonstrada por uma necessidade marcada pela busca da compreensão e verdade, adquirir conhecimento e analisar e sintetizar (Dabrowski & Piechowski, 1977; Piechowski, 1979, 1991) [suposta ou inicialmente]. Aqueles que são altos em inteligência intelectual têm mentes incrivelmente ativas. Eles são intensamente curiosos, leitores freqüentemente ávidos e geralmente observadores afiados. Eles são capazes de se concentrar, envolver-se em esforço intelectual prolongado e são tenazes na resolução de problemas quando eles escolhem. Outras características podem incluir um planejamento elaborado e um recall visual notavelmente detalhado. As pessoas com maior hiper excitabilidade intelectual freqüentemente adoram a teoria, pensam sobre o pensamento e sobre a moralidade. Este foco na moralidade geralmente se traduz em fortes preocupações sobre questões morais e éticas - equidade no campo de jogos, falta de respeito pelas crianças ou preocupação com questões de "adultos", como os sem-teto, AIDS ou guerras. As pessoas intelectualmente excitáveis também são bastante independentes do pensamento e às vezes parecem críticas e impacientes com outras pessoas que não podem sustentar o seu ritmo intelectual. Ou eles podem ficar tão entusiasmados com uma ideia que eles interrompem em momentos inadequados.
Imaginativa: A hiper excitabilidade imaginativa reflete um jogo intenso da imaginação com uma rica associação de imagens e impressões, uso freqüente de imagem e metáfora, facilidade para invenção e fantasia, visualização detalhada e sonhos elaborados (Dabrowski & Piechowski, 1977; Piechowski, 1979, 1991). Muitas vezes, as crianças de alto nível de hiper excitabilidade imaginativa misturam a verdade com a ficção, ou criam seus próprios mundos privados com companheiros imaginários e dramatizações para escapar do tédio. Eles acham difícil ficar atento a uma sala de aula onde a criatividade e a imaginação são secundárias para aprender currículo acadêmico rígido. Eles podem escrever histórias ou desenhar, em vez de fazer trabalho de escritório ou participar de discussões em classe, ou podem ter dificuldade em completar tarefas quando alguma ideia incrível os envia em uma tangente imaginativa.
Emocional: hiper excitabilidade emocional é frequentemente a primeira a ser notada pelos pais. Isso se reflete em sentimentos intensos, extremos de emoções complexas, identificação com os sentimentos dos outros e forte expressão afetiva (Piechowski, 1991). Outras manifestações incluem respostas físicas como dor estomacal e rubor ou preocupação com a morte e a depressão (Piechowski, 1979). As pessoas emocionalmente hiper-excitadas têm uma capacidade notável de relacionamentos profundos. Eles mostram fortes vínculos emocionais com pessoas, lugares e coisas (Dabrowski & Piechowski, 1977). Eles têm compaixão, empatia e sensibilidade nas relações. Aqueles com forte hiper excitabilidade emocional estão conscientes de seus próprios sentimentos, de como eles estão crescendo e mudando, e muitas vezes realizam diálogos internos e praticam o auto-julgamento (Piechowski, 1979, 1991). As crianças de alta emoção, muitas vezes são acusadas de "reação exagerada". Sua compaixão e preocupação pelos outros, seu foco em relacionamentos e a intensidade de seus sentimentos podem interferir com tarefas cotidianas, como lição de casa ou fazer a louça.
Fonte: http://sengifted.org/overexcitability-and-the-gifted/
Sexual: a hiper excitabilidade sexual, bem, dispensa maiores explicações, ;)
De 0 a 1
Estimativas
Psicomotora: 0,3
Sensual/sensorial/artística: 0,8
Intelectual: 0,8
Imaginativa: 0,8
Emocional: 0,8
E eu adicionei a sexual: 0,8
Estimativa comparativa para um ser humano médio
Psicomotora: 0,5
Sensual/sensorial/artística: 0,3
Intelectual: 0,3
Imaginativa: 0,2
Emocional: 0,5
Sexual: 0,5
Antes de me atirarem pedras por, provavelmente, estarem pensando que eu seja muito arrogante ou petulante. Baixa auto estima e humildade não são a mesma coisa.
A humildade intelectual também não é fazer pouco das próprias habilidades ou capacidades cognitivas e intelectuais. A humildade intelectual é a capacidade de reconhecer os próprios limites, uma faceta importante do/para o autoconhecimento.
A honestidade intelectual, que como eu já devo ter comentado, não é a mesma coisa que a humildade intelectual, e que também é uma faceta importante para o autoconhecimento, apesar de atrelar-se harmoniosamente, em condições perfeitas de temperatura e pressão, à humildade, por ser ou por buscar ser honesto consigo mesmo no que tange as próprias potencialidades.
Primeiro a honestidade: eu quero saber a verdade [sobre mim mesmo, sobre as minhas próprias potencialidades]
Segundo a humildade: eu reconheço/reconheci os meus limites.
A baixa auto estima se consiste em um sentimento generalizado/distorcido de inferioridade. A humildade é a capacidade de reconhecer os próprios defeitos ou erros, que costumam ser produtos dos primeiros. A honestidade é a capacidade ou virtude de se ser intrapessoal e interpessoalmente factual.
É esperado que a maioria dos superdotados pontuem alto ao menos em metade das hiper-excitabilidades de Dabrowski. De acordo com as descrições acima de cada uma, desprezando a que adicionei por conta própria, eu percebo em mim que me encaixo em seus mais altos níveis.
Eu sou emocional, intelectual, imaginativo, ''sensual'' e sexualmente hiper-ativo, hiper-reativo. Isso necessariamente não quer dizer que todos aqueles que apresentarem o mesmo perfil serão capazes de desenvolverem excelente compreensão factual, por exemplo, porque estamos falando mais sobre intensidade do que sobre a qualidade dessa intensidade, ou sobre como que as controlamos, as direcionamos e as moldamos.
Portanto eu estaria sendo pseudo-humilde ao negar que isso se consista na verdade e ainda de lambuja desonesto. Isso não significa que eu seja o ''maioral'' porque ninguém é, mas em tempos de virtuosismos excessivos ou mal-compreendidos, é sempre bom explicar, até porque já apareceu um comentarista me criticando ou me ''acusando'' de arrogância.
E sim, eu não estou ''na média'' em uma série de características psicológicas e cognitivas, assim como muita gente também não está. E em muitas ''virtuosidades'' especialmente na parte psicológica e intelectual/mentalista-abstrato, eu estou muito bem.
É intelectualmente desonesto e pseudo-humilde auto-avaliar como ''na média, junto à maioria'', quando não se está, claro, dependendo da faceta que estiver sendo analisada. Isso não me faz milhões de vezes melhor em relação a ninguém, dependendo da perspectiva, mas sim, pode-se dizer que eu seja um ''produto'' que deveria ser mais valorizado, que poderia contribuir muito mais para a sociedade.
Outro aspecto que é bom salientar é que parece óbvio vermos uma menor hiper excitabilidade geral entre as pessoas normais ou comuns do que entre outliers/outsiders.
Agora vou especular muito rapidamente que ser ''excessivo' nas hiper excitabilidades pode ter impactos negativos também.
Hiper excitabilidades generalizada e errante: Psicoses*
Este conjunto de intensidades re-ativas que tendem a caracterizar uma personalidade muito inteligente pode não ter um desenvolvimento sadio e acabar resultando em desordens mentais mais explícitas ou menos auto-ajustáveis. Por exemplo, excesso de hiper-excitabilidade emocional e sem controle, pode aumentar o desequilíbrio nas respostas emocionais e pode estar ligado, parece óbvio, com o transtorno bipolar. Mesmo a hiper-excitabilidade intelectual, sem controle e excessiva, pode resultar em apofenia sofisticada, isto é, uma apreensão generalizada, sem critérios lógicos, de ideias, teorias ou informações, transformando o que era pra ser um guia de compreensão do mundo, em um labirinto difícil de sair. Um excesso em hiper-excitabilidade imaginativa e sem controle parece estar fortemente relacionada com a psicose esquizomórfica, resultando em uma espécie de apofenia sensorial ou primária, diferente da apofenia intelectual, porque ao invés de se relacionar com a verdade subjetiva [abstrata: ideias, teorias, hipóteses], se relacionará com a verdade objetiva [apreensão perceptiva imediata OU do ''imediato concreto''], vendo, ouvindo ou sentido ''coisas'' que não existem no mundo real. Um excesso em hiper-excitabilidade sensorial [e sem controle] pode ter um efeito desorganizador na vida do indivíduo, transformando-o em um caçador impulsivo de sensações estéticas/''artísticas', e possivelmente reduzindo a sua capacidade de se organizar. Também não é incomum, e na verdade é consideravelmente esperado que essas hiper-excitabilidades possam se combinar de maneira hipo-harmoniosa e resultando em comorbidades desta natureza. Um excesso e sem controle na hiper-excitabilidade sexual e teremos como resultado a impulsividade, com riscos para a saúde e dependendo da combinação ou comorbidade, também com riscos para cometer condutas moralmente desaprováveis. Um excesso e sem controle na hiper-excitabilidade motora e um diagnóstico de TDAH é o mais provável de se obter, e novamente com possíveis complicações quando se alia com outra hiper-excitabilidade desgovernada.
Também seria interessante pensar sobre as ''hipo-excitabilidades''
A hipo-excitabilidade motora, que eu pareço exibir, se consistiria obviamente no oposto de sua homônima-antônima, em uma espécie de fraqueza física ou preguiça para se engajar em atividades físicas com grande constância, ou mesmo com média frequência. Eu já comentei que, quem pensa muito, pode ser mais propenso a ser mais preguiçoso, e especulei se essa relação não seria causal... mas também correlativa, no meu caso por exemplo, eu acho que além de pensar muito, que tende a nos inibir para a tomada de ações, isto é, nossa razão nos convencendo que ser preguiçoso também pode ter lá as suas virtudes, o tipo de corpo também pode ter um efeito.
A hipo-excitabilidade ''sensual'' ou estética seria justamente o típico ''bronco'' que tem mínimo interesse nas artes, enfim, na consciência estética.
A hipo-excitabilidade imaginativa obviamente se caracterizaria pela incapacidade MAS/OU também a falta de motivação intrínseca para imaginar.
A hipo-excitabilidade intelectual, muito comum, diga-se, se consistiria na incapacidade e/ou falta de motivação intrínseca para pensar, para raciocinar além do básico que comumente todas as pessoas [e seres vivos] tendem a se engajar.
A hipo-excitabilidade emocional, tal como eu tenho comentado com frequência, só que usando outros termos, se caracterizaria, obviamente, por um desânimo OU incapacidade de demonstrar sentimentos. Neste caso, há de se diferenciar a falta de motivação que necessariamente não quer indicar falta, da própria. Inclusive, acho equivocado dizer que ''psicopatas não tenham emoção'', mas que, eles, caracteristicamente falando, não tendem a apresentar capacidade para sentir as emoções alheias, ou empatia afetiva, que o faz consigo mesmo, isto é, o psicopata é possível que seja tão ou mesmo intra-emotivo, e esta talvez seja uma das razões para que tenha um amor próprio ou egocentrismo tão desmedido.
A hipo-excitabilidade sexual, natural ou adquirida, também dispensa maiores considerações descritivas, por ser óbvia demais. No mais é isso, quem tem pouco desejo sexual, assim o será: assexuais de nascença e aqueles que passaram a apresentar alguma disfunção hipo-sexual ao longo da vida.
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