É verdade que o problema também é cultural, além de também ser econômico (custo de vida alto, insegurança financeira, falta de recursos para sustentar uma família...). Também é verdade que a crença religiosa se correlaciona com maior natalidade. Mas a atual crise demográfica não está unicamente relacionada com a falta de religião, ainda que também possa ou pareça estar tendo um efeito, porque outros fatores, como o domínio de uma ideologia muito individualista e materialista*, também tem contribuído para inibir iniciativas natalistas em larga escala, afinal, são muitos os que estão mais preocupados em acumular bens materiais e preservar ou aumentar o status social do que ter filhos biológicos.
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quarta-feira, 1 de maio de 2024
"É a falta de religião a principal causa para as baixas taxas de fecundidade"/"The lack of religion is the main cause of low fertility rates"
* Uma ideologia associada ao materialismo e ao individualismo "modernos" é o feminismo, com o diferencial de estar diretamente direcionado às mulheres, pelo qual acontece um incentivo praticamente unilateral a um modo de vida "independente" ou "não-tradicional", cuja máxima satisfação estabelecida é a realização profissional e pessoal, não incluindo a constituição familiar, o matrimônio e/ou a maternidade, enquanto que seria mais adequado se fosse primariamente enfatizado como feminismo o direito de escolha da mulher, inclusive por um modo de vida mais "tradicional" ou ao menos sem associá-lo ao oposto de autonomia ou independência feminina.
It is true that the problem is also cultural, in addition to being economic (high cost of living, financial insecurity, lack of resources to support a family...). It is also true that religious belief correlates with higher birth rates. But the current demographic crisis is not solely related to the lack of religion, although it may or appears to be having an effect, because other factors, such as the dominance of a very individualistic and materialistic* ideology, have also contributed to inhibiting natalist initiatives in large scale,after all, there are many who are more concerned with accumulating material goods and preserving or increasing their social status than having biological children.
* An ideology associated with "modern" materialism and individualism is feminism, with the difference of being directly aimed at women, through which there is a practically unilateral encouragement of an "independent" or "non-traditional" way of life, whose biggest established satisfaction is professional and personal fulfillment, not including family formation, marriage and/or motherhood, whereas it would be more appropriate if women's right to choose, including a more "traditional" way of life, were primarily emphasized as feminism. " or at least without associating it with the opposite of female autonomy or independence.
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domingo, 12 de fevereiro de 2023
O principal fator que está causando a crise demográfica atual
Feminismo? Laicismo? Ideologia LGBT? Imigração em massa?
O primeiro até pode estar tendo um efeito, mas, no máximo, secundário e sem ter uma culpa direta. O segundo, mesmo sendo verdade que muitos dos mais "férteis" sejam de religiosos, a maioria dos casais jovens gostaria ter ao menos dois filhos. O terceiro, sem comentários, se se refere a uma minoria da população. Já o quarto tem sido usado justamente como uma solução para o problema da crise demográfica, uma suposta solução que, na verdade, está gerando outro problemão..
Mas, então, qual é o fator mais importante??
Tem mais de um:
Salários baixos, alto custo de vida, jornadas exaustivas de trabalho (exploração econômica), nenhum ou pouco suporte a longo prazo àqueles que desejam ter filhos... e mesmo que o governo dê dinheiro pensando em incentivar o aumento da fecundidade, ainda não é suficiente para equilibrar com os problemas citados e todos causados exclusivamente pelas irregularidades inerentes ao sistema capitalista.
Mas, se não bastasse o capitalismo conspirar contra uma demografia saudável e equilibrada, ainda tem como piorar porque o mesmo também tem inculcado na cabeça da maioria das pessoas que, ter coisas* é tão ou mais importante que ter filhos (ideologia materialista ou consumista), além da situação em que um jovem casal se sente pressionado a escolher entre ter filhos ou segurança financeira...
Portanto, o culpado é um velho conhecido.
* Diferente da "santidade máxima" da igreja católica que, errônea e maliciosamente, culpou os animais não-humanos que adotamos pela crise demográfica e, claro, se esqueceu de citar sobre o capitalismo, talvez porque convenha à política daquele antro de luxúria, mentira e ódio chamado "Vaticano"...
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domingo, 20 de novembro de 2022
Uma possível razão para a relação entre fecundidade, conservadorismo e homofobia
Por acaso, conservadores de direita seriam, em média, mais parecidos com os animais não-humanos e, portanto, menos evoluídos??
Fundamentalistas religiosos são significativamente mais propensos a se declararem como ultraconservadores. Eles também tendem a produzir mais descendentes que religiosos moderados e, especialmente, que ateus e agnósticos, pelo menos na atualidade. A priori, eles são motivados pelas narrativas pró-natalistas de suas crenças. Mas, talvez, não seja apenas por isso, pois pode ser que tenha algo de mais profundo que os induza ao ímpeto reprodutivo. E a resposta pode estar nele mesmo, num ímpeto para procriação mais intacto que o de outros humanos e que se alinha ou se justifica por essas narrativas. Pois além dessa característica que parece ser mais intrínseca do que produto de alguma influência do meio, eles também são "campeões" na adoção de pensamentos preconceituosos, particularmente, a homofobia, produto de um estilo de pensamento mais intuitivo do que analítico. Isso sugere que esse ímpeto reprodutivo mais intacto pela evolução da complexidade comportamental humana pode ter maiores repercussões, além de um desejo irreflexivo em produzir bebês, que pode ser o reflexo de um nível menos evoluído de humanidade, menos racional ou mais tribal e instintivo, mais próximo dos outros animais, já que um dos pontos cruciais da evolução de nossa espécie, que nos diferencia, é a capacidade reflexiva, de "livre arbítrio" ou "julgamento complexo-reflexivo", e parece que, especialmente, os indivíduos mais conservadores, apresentam uma menor capacidade de tomar decisões com base na razão.
Portanto, um desejo instintivo de passar os genes adiante mais uma capacidade limitada para refletir pensamentos e ações podem ser um dos fatores intrínsecos que, em combinação, predispõem certos (ou muitos) indivíduos à homofobia e que também se associa a qualquer tipo de preconceito contra práticas ou justificativas anti-natalistas, além da inclinação homossexual.
A crença religiosa como reflexo de um atavismo evolutivo
Eu também já levantei a hipótese de que a "religião", pelo menos tal como tem evoluído, historicamente, consiste numa perspectiva autocêntrica, em que o indivíduo humano percebe, analisa e julga a realidade de acordo com a sua própria perspectiva, limitando-se à mesma do que de buscar compreendê-la de maneira mais imparcial e objetiva. Também disse que essa perspectiva de autocentrismo está presente e determinante em todas as outras espécies e que, portanto, a crença religiosa seria a expressão de um atavismo, de um traço muito primitivo e universal, porém "sofisticado" pela imaginação e linguagem humanas.
Então, além de um ímpeto reprodutivo mais intacto pela evolução, os mais conservadores também compartilhariam com animais de outras espécies essa tendência imperativa de compreender a realidade a partir de sua própria perspectiva, de maneira muito subjetivamente enviesada do que objetiva e imparcial; no nosso caso, antropocêntrica. Daí a forte correlação entre conservadorismo e crença religiosa, e também com baixa empatia (de se colocar em outras perspectivas).
Lembrando que, os indivíduos mais racionais não seriam exatamente os mais progressistas, mas aqueles que sempre buscam por posicionamentos ponderados: sensatos, factuais e/ou justos, independente de que lado no espectro político-ideológico em que estão sendo defendidos. Por isso que, é logicamente inevitável que acabem se tornando mais progressistas do que conservadores. Porém, aqueles que são demasiado progressistas também são antropocêntricos, tal como os conservadores, mas de maneira distinta, pois apesar de haver uma tendência de rejeição à crença religiosa entre eles, a substituem por outra de natureza similar, em que a humanidade é percebida como uma espécie totalmente à parte das outras, unicamente moldada pela cultura, e não como uma continuidade mais excêntrica do reino animal.
Resumindo: o conservadorismo tende a exagerar o que temos em comum com os outros animais. Aliás, nos incentiva a "se comportar como eles", em relação ao que consideram "o mais natural", como a heterossexualidade e a constituição de uma "família tradicional", enquanto nos diz que somos especialmente distintos por sermos "filhos de deus". Já o progressismo, apesar de colocar em dúvida a narrativa religiosa, da existência de divindades e metafísica, exagera no nível de singularidade da complexidade comportamental humana, tratando o "homem" como um "animal sem natureza", totalmente moldado pelo seu meio cultural.
Enfim, o que quase toda ideologia tem em comum: contradições superficiais gritantes, mas que, em essência, são mais internamente coerentes.
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sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Comer carne aumenta a fertilidade??
Ou??
...
Alguns estudos descobriram um aumento no número de gêmeos nascidos nas últimas décadas. Então, um estudo encontrou que as mães que seguiam dieta vegana, foram menos propensas a terem gêmeos do que as que comiam "carne". O que isso poderia significar??
Que comer carne aumenta a fertilidade??
Ou que, mulheres que aderem à dietas diferentes (diferencial de personalidade) apresentam biologias diferentes??
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terça-feira, 27 de junho de 2017
Seleção K --- R aplicada em humanos não leva em consideração a ''auto'-domesticação
São os cachorros mais K ou R orientados* E os lobos*
Desde que Phillipe Rushton introduziu as estratégias evolutivas/reprodutivas entre/para os seres humanos que a sua teoria tem se discutida com frequência e mesmo, pra variar, de maneira aflorada. Phillipe deduziu que entre as macro-raças humanas os leste asiáticos seriam os mais K-orientados e os negros africanos os mais R-orientados, em outras palavras, os primeiros seriam mais propensos a ter poucos filhos mas cuidar muito bem deles, provavelmente porque são de desenvolvimento ''extrínseco'' [ao corpo da mãe] lento enquanto que os segundos teriam a ''estratégia'' oposta, de ter muitos filhos, mas de não cuidar muito bem deles, provavelmente por serem de desenvolvimento ''extrínseco'' rápido ou precoce. A teoria, na primeira vez que a li, realmente foi subjetivamente impressionante, e também parece ter agraciado muitos outros por aí, especialmente dentro do espectro HBD e '''alt-right'''. No entanto uma série de pontos mistos, favoráveis e desfavoráveis à teoria, obviamente que começaram a ser pautadas, de maneira honesta/''científica' ou desonesta/''ideológica'. Independente das motivações ulteriores, é fato que a teoria não parece ser tão boa assim, provavelmente porque o autor não a detalhou, criando uma espécie de ''teoria geral absoluta'', forçosamente vulnerável à falhas.
É fato que, especialmente hoje em dia, a maioria das populações eurasiáticas tem sido forçadas a adotar um padrão-K de reprodução, diga-se, extremo, e chegando ao ponto da sub-fertilidade. E que a África é o único continente que não passou pela maioria das fases da ''transição demográfica''. É fato que o tamanho dos órgãos sexuais tendem a variar entre as macro-raças humanas, não apenas em relação ao órgão sexual masculino e que os negros africanos parecem deter as maiores médias, diversamente seguidos pelos europeus caucasianos, e por último os leste asiáticos. É fato que a incidência de DSTS é muito maior entre os negros africanos e diáspora e muito menor entre os leste asiáticos e diáspora. No entanto uma série de pontos sem nó tem aparecido para tornar a teoria geral de Rushton mais complexa a ponto de ser parcial a predominantemente descreditada. Vou tentar expor alguns desses pontos que a meu ver são importantes.
- K e R na natureza se referem a extremos reprodutivos
A maioria das espécies que tem sido alocadas para uma dessas estratégias evolutivas/reprodutivas parecem se consistir em extremos reprodutivos. E o ser humano parece bem mais ponderado, ao menos sem as interferências artificiais severas com as atuais. Então, é possível de se concluir que, se existe um espectro entre a estratégia K e a estratégia R, o ser humano [de todas as populações] em média se encontrará no miolo.
A estratégia R na natureza parece se manifestar em seus níveis mais altos por meio de ''ninhadas'', quando uma única gravidez já resulta em muitos descendentes.
- Os valores de fertilidade que foram usados para comprovar a teoria rushtoniana são atuais e expressam diferentes fases da ''transição demográfica''
Durante boa parte de sua história, a China tem apresentado elevados valores de fertilidade. Não sei se tão altos quantos os da África, mas ainda assim nada perto do nível abaixo da reposição mínima que exibe atualmente. Não apenas a China, é claro, mas todo continente asiático, do extremo oriente ao oriente médio. Seria interessante analisar os valores reprodutivos das populações humanas ANTES da ''modernidade'' e ao longo de suas histórias. Se os chineses, até então, tem tido uma média de 7 filhos mas ''os africanos'' tem tido uma média de 14 filhos, então ainda pode ser possível reviver parcialmente este ponto da teoria rushtoniana. Os valores atuais e em especial entre os eurasiáticos, são totalmente aberrantes e não podem ser levados em consideração.
- Se a estratégia K favorece o melhor [''alfa'' **] então a estratégia R irá favorecer o ''menos-melhor''.
Este é um dos pontos mais importantes [se é que podemos denominá-lo assim] porque de fato, se a estratégia K é sobre qualidade, então não faria sentido chamarmos muitos dos homens africanos de ''alfas'', como eu tenho feito, de acordo com a minha teoria da hiper-masculinidade para explicar as tendências anti-sociais de comportamento dessa população. No entanto eu acho que a estratégia K e R pode se modelar a diferentes ambientes, e ter diferentes resultados. O que importa a priore é o estilo estratégico em si. Os resultados serão dependentes do tipo de ambiente. Por exemplo, pode-se selecionar por guerreiros ou ''professores ''de alta qualidade'', claro que, em diferentes ambientes ou culturas. Portanto também temos o fator qualidade interferindo nessa situação. E aí que a ''auto'-domesticação humana aparece para, provavelmente, solucionar parte desse paradoxo, porque se é verdade que os leste asiáticos são mais K/qualidade-orientados, especialmente se for comprovado que cuidam melhor dos seus filhos, que eles demoram mais tempo para maturar e que tem menos filhos [especialmente de acordo com os valores reprodutivos de antes da ''transição demográfica''], então por que ao menos em termos de aparência, eles não estão entre os mais ''alfas'' [características sexuais mais desenvolvidas}*
Oras, porque eles são os mais ''auto'-domesticados entre os seres humanos. A domesticação é um fator que não foi levado em conta por Rushton, pelo que parece, mas é essencial para explicar as diferenças de comportamento entre as populações humanas. É tal como compararmos as populações da sociedade distopicamente utópica de Admirável Mundo Novo com os ''selvagens''.
A ''auto'-domesticação humana tem sido essencial para que sociedades complexas pudessem ser construídas, mantidas e ''melhoradas'. A domesticação caracteriza-se por uma ênfase seletiva pela docilidade que tende a se relacionar com mudanças no aspecto físico, mais juvenil, ainda que dependendo do nível de sofisticação da seleção, pode ser possível de se criar tipos que reúnam características físicas ''mais desejadas'', subjetivamente falando, com as características psicológicas de igual preferência. Muitos anos de civilização podem resultar em uma progressiva docilização da população. Tudo leva a crer que a seleção sexual, que parece ter sido e ser mais forte entre africanos mas especialmente entre os europeus, foi ''precocemente' substituída por outra ênfase seletiva, resultando no aumento ''geral' da inteligência, especialmente em seus aspectos mais cognitivos, e concomitante a uma redução em seus aspectos mais psicológicos, que parecem ser mais requeridos na seleção sexual. Portanto poder-se-ia dizer que, se existe uma espécie de ''transição evolutiva'', da sobrevivência/seleção natural, passando pela seleção sexual, e chegando à ''seleção antropomórfica'', então os negros africanos ''ainda' estão na seleção sexual, os europeus caucasianos a meio termo, e os leste asiáticos na seleção antropomórfica, com ênfase por características psicológicas minimalistas e pragmaticamente cognitivas.
Quando se atinge ao nível da ''seleção antropomórfica'', força física ou beleza são substituídos pela inteligência.
Seleção natural = o ambiente natural ''te seleciona''
Seleção sexual = você seleciona as características sexualmente desejáveis
Seleção antropomórfica [tipo 1*] = ambiente artificial humano ''te seleciona''
Asiáticos são mais misto K-R-orientados por causa de uma maior densidade demográfica*
Baseado nesta confusão acima, eu concluí que os [leste] asiáticos são mais misto K-R orientados, porque um ambiente densamente povoado tende a diminuir ou a minimizar o cuidado parental ou a selecionar por tipos mais pragmáticos, e ao mesmo tempo selecionar por uma espécie de ''qualidade minimizada''.
Europeus são mais K-orientados e os africanos são mais R-orientados, discretamente falando.
Os europeus também seria mais K-R orientados, aliás, todas as populações humanas, e bem mais orientadas para a estratégia-K, já que ''ninhadas humanas'' em cada gravidez parecem ser extremamente raras.
No entanto por se localizarem justamente entre uma possível fase intermediária entre a seleção sexual e a seleção antropomórfica então os europeus parecem ser mais propensos a selecionar por uma maior diversidade qualitativa.
Possível evidência de caminho evolutivo para duas das três principais macro-raças humanas: a incidência de gêmeos e gravidez múltiplas
A incidência de gravidez múltipla ou de gêmeos parece ser bem maior entre os africanos [e diáspora] do que entre europeus e especialmente em relação aos leste asiáticos [e pelo que parece, em relação ao tronco mongoloide].. ainda que no final o ser humano seja em média, independente da procedência genético-geográfica, mais K-orientado, de qualquer maneira. No entanto este fato parece indicar que, já em termos biológicos, e em relação essa perspectiva ou dimensão, os negros africanos tem ''puxado'' mais para a estratégia-R e os leste asiáticos mais para a estratégia-K, ainda que por causa da densidade demográfica historicamente grande + maior ''auto'-domesticação eles também tenham, pelo que parece, caminhado para um modelo mais minimalista de estratégia-K, emulando em alguns aspectos o modelo típico da estratégia-R, que parece se consistir em uma tendência de redução da ''qualidade' em prol da quantidade.
Desde que Phillipe Rushton introduziu as estratégias evolutivas/reprodutivas entre/para os seres humanos que a sua teoria tem se discutida com frequência e mesmo, pra variar, de maneira aflorada. Phillipe deduziu que entre as macro-raças humanas os leste asiáticos seriam os mais K-orientados e os negros africanos os mais R-orientados, em outras palavras, os primeiros seriam mais propensos a ter poucos filhos mas cuidar muito bem deles, provavelmente porque são de desenvolvimento ''extrínseco'' [ao corpo da mãe] lento enquanto que os segundos teriam a ''estratégia'' oposta, de ter muitos filhos, mas de não cuidar muito bem deles, provavelmente por serem de desenvolvimento ''extrínseco'' rápido ou precoce. A teoria, na primeira vez que a li, realmente foi subjetivamente impressionante, e também parece ter agraciado muitos outros por aí, especialmente dentro do espectro HBD e '''alt-right'''. No entanto uma série de pontos mistos, favoráveis e desfavoráveis à teoria, obviamente que começaram a ser pautadas, de maneira honesta/''científica' ou desonesta/''ideológica'. Independente das motivações ulteriores, é fato que a teoria não parece ser tão boa assim, provavelmente porque o autor não a detalhou, criando uma espécie de ''teoria geral absoluta'', forçosamente vulnerável à falhas.
É fato que, especialmente hoje em dia, a maioria das populações eurasiáticas tem sido forçadas a adotar um padrão-K de reprodução, diga-se, extremo, e chegando ao ponto da sub-fertilidade. E que a África é o único continente que não passou pela maioria das fases da ''transição demográfica''. É fato que o tamanho dos órgãos sexuais tendem a variar entre as macro-raças humanas, não apenas em relação ao órgão sexual masculino e que os negros africanos parecem deter as maiores médias, diversamente seguidos pelos europeus caucasianos, e por último os leste asiáticos. É fato que a incidência de DSTS é muito maior entre os negros africanos e diáspora e muito menor entre os leste asiáticos e diáspora. No entanto uma série de pontos sem nó tem aparecido para tornar a teoria geral de Rushton mais complexa a ponto de ser parcial a predominantemente descreditada. Vou tentar expor alguns desses pontos que a meu ver são importantes.
- K e R na natureza se referem a extremos reprodutivos
A maioria das espécies que tem sido alocadas para uma dessas estratégias evolutivas/reprodutivas parecem se consistir em extremos reprodutivos. E o ser humano parece bem mais ponderado, ao menos sem as interferências artificiais severas com as atuais. Então, é possível de se concluir que, se existe um espectro entre a estratégia K e a estratégia R, o ser humano [de todas as populações] em média se encontrará no miolo.
A estratégia R na natureza parece se manifestar em seus níveis mais altos por meio de ''ninhadas'', quando uma única gravidez já resulta em muitos descendentes.
- Os valores de fertilidade que foram usados para comprovar a teoria rushtoniana são atuais e expressam diferentes fases da ''transição demográfica''
Durante boa parte de sua história, a China tem apresentado elevados valores de fertilidade. Não sei se tão altos quantos os da África, mas ainda assim nada perto do nível abaixo da reposição mínima que exibe atualmente. Não apenas a China, é claro, mas todo continente asiático, do extremo oriente ao oriente médio. Seria interessante analisar os valores reprodutivos das populações humanas ANTES da ''modernidade'' e ao longo de suas histórias. Se os chineses, até então, tem tido uma média de 7 filhos mas ''os africanos'' tem tido uma média de 14 filhos, então ainda pode ser possível reviver parcialmente este ponto da teoria rushtoniana. Os valores atuais e em especial entre os eurasiáticos, são totalmente aberrantes e não podem ser levados em consideração.
- Se a estratégia K favorece o melhor [''alfa'' **] então a estratégia R irá favorecer o ''menos-melhor''.
Este é um dos pontos mais importantes [se é que podemos denominá-lo assim] porque de fato, se a estratégia K é sobre qualidade, então não faria sentido chamarmos muitos dos homens africanos de ''alfas'', como eu tenho feito, de acordo com a minha teoria da hiper-masculinidade para explicar as tendências anti-sociais de comportamento dessa população. No entanto eu acho que a estratégia K e R pode se modelar a diferentes ambientes, e ter diferentes resultados. O que importa a priore é o estilo estratégico em si. Os resultados serão dependentes do tipo de ambiente. Por exemplo, pode-se selecionar por guerreiros ou ''professores ''de alta qualidade'', claro que, em diferentes ambientes ou culturas. Portanto também temos o fator qualidade interferindo nessa situação. E aí que a ''auto'-domesticação humana aparece para, provavelmente, solucionar parte desse paradoxo, porque se é verdade que os leste asiáticos são mais K/qualidade-orientados, especialmente se for comprovado que cuidam melhor dos seus filhos, que eles demoram mais tempo para maturar e que tem menos filhos [especialmente de acordo com os valores reprodutivos de antes da ''transição demográfica''], então por que ao menos em termos de aparência, eles não estão entre os mais ''alfas'' [características sexuais mais desenvolvidas}*
Oras, porque eles são os mais ''auto'-domesticados entre os seres humanos. A domesticação é um fator que não foi levado em conta por Rushton, pelo que parece, mas é essencial para explicar as diferenças de comportamento entre as populações humanas. É tal como compararmos as populações da sociedade distopicamente utópica de Admirável Mundo Novo com os ''selvagens''.
A ''auto'-domesticação humana tem sido essencial para que sociedades complexas pudessem ser construídas, mantidas e ''melhoradas'. A domesticação caracteriza-se por uma ênfase seletiva pela docilidade que tende a se relacionar com mudanças no aspecto físico, mais juvenil, ainda que dependendo do nível de sofisticação da seleção, pode ser possível de se criar tipos que reúnam características físicas ''mais desejadas'', subjetivamente falando, com as características psicológicas de igual preferência. Muitos anos de civilização podem resultar em uma progressiva docilização da população. Tudo leva a crer que a seleção sexual, que parece ter sido e ser mais forte entre africanos mas especialmente entre os europeus, foi ''precocemente' substituída por outra ênfase seletiva, resultando no aumento ''geral' da inteligência, especialmente em seus aspectos mais cognitivos, e concomitante a uma redução em seus aspectos mais psicológicos, que parecem ser mais requeridos na seleção sexual. Portanto poder-se-ia dizer que, se existe uma espécie de ''transição evolutiva'', da sobrevivência/seleção natural, passando pela seleção sexual, e chegando à ''seleção antropomórfica'', então os negros africanos ''ainda' estão na seleção sexual, os europeus caucasianos a meio termo, e os leste asiáticos na seleção antropomórfica, com ênfase por características psicológicas minimalistas e pragmaticamente cognitivas.
Quando se atinge ao nível da ''seleção antropomórfica'', força física ou beleza são substituídos pela inteligência.
Seleção natural = o ambiente natural ''te seleciona''
Seleção sexual = você seleciona as características sexualmente desejáveis
Seleção antropomórfica [tipo 1*] = ambiente artificial humano ''te seleciona''
Asiáticos são mais misto K-R-orientados por causa de uma maior densidade demográfica*
Baseado nesta confusão acima, eu concluí que os [leste] asiáticos são mais misto K-R orientados, porque um ambiente densamente povoado tende a diminuir ou a minimizar o cuidado parental ou a selecionar por tipos mais pragmáticos, e ao mesmo tempo selecionar por uma espécie de ''qualidade minimizada''.
Europeus são mais K-orientados e os africanos são mais R-orientados, discretamente falando.
Os europeus também seria mais K-R orientados, aliás, todas as populações humanas, e bem mais orientadas para a estratégia-K, já que ''ninhadas humanas'' em cada gravidez parecem ser extremamente raras.
No entanto por se localizarem justamente entre uma possível fase intermediária entre a seleção sexual e a seleção antropomórfica então os europeus parecem ser mais propensos a selecionar por uma maior diversidade qualitativa.
Possível evidência de caminho evolutivo para duas das três principais macro-raças humanas: a incidência de gêmeos e gravidez múltiplas
A incidência de gravidez múltipla ou de gêmeos parece ser bem maior entre os africanos [e diáspora] do que entre europeus e especialmente em relação aos leste asiáticos [e pelo que parece, em relação ao tronco mongoloide].. ainda que no final o ser humano seja em média, independente da procedência genético-geográfica, mais K-orientado, de qualquer maneira. No entanto este fato parece indicar que, já em termos biológicos, e em relação essa perspectiva ou dimensão, os negros africanos tem ''puxado'' mais para a estratégia-R e os leste asiáticos mais para a estratégia-K, ainda que por causa da densidade demográfica historicamente grande + maior ''auto'-domesticação eles também tenham, pelo que parece, caminhado para um modelo mais minimalista de estratégia-K, emulando em alguns aspectos o modelo típico da estratégia-R, que parece se consistir em uma tendência de redução da ''qualidade' em prol da quantidade.
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domingo, 14 de agosto de 2016
O ser humano precisa de uma macro-organização sócio-comportamental E NÃO de pseudo-religiões ou cultos (cultura)
O que está subjacente à religião é a cultura que por sua vez encontra-se uma camada acima da base que sustenta qualquer sociedade, a organização social/comportamental e econômica.
Para os ''xaropes'' que adoram dizer que ''sem a 'religião' a sociedade não sobrevive'' compreendam de uma vez por todas que a sua ''fé'' e nem mesmo a cultura por si mesma que sustentam uma sociedade, desde à sua base, mas a sua própria organização, a sua estrutura.
Os europeus (dentre outros) mais seculares não estão tendo mais o mesmo número de filhos que os seus avós e bisavós especialmente por causa das transformações sociais e econômicas e sim, é possível que uma nação de ''ateus'', mas creio eu, especialmente de ''agnósticos'', possa sobreviver demograficamente sem a necessidade de um culto esquizofrênico dizendo que papai do céu fica feliz em vê-los procriando como coelhos.
A ''religião'' tem algum papel ao alavancar a fertilidade mas não é esta relação intrínseca, absolutamente causal que claro, os ''xaropes'' 'religiosos' adoram usar como proto-argumento.
Para os ''xaropes'' que adoram dizer que ''sem a 'religião' a sociedade não sobrevive'' compreendam de uma vez por todas que a sua ''fé'' e nem mesmo a cultura por si mesma que sustentam uma sociedade, desde à sua base, mas a sua própria organização, a sua estrutura.
Os europeus (dentre outros) mais seculares não estão tendo mais o mesmo número de filhos que os seus avós e bisavós especialmente por causa das transformações sociais e econômicas e sim, é possível que uma nação de ''ateus'', mas creio eu, especialmente de ''agnósticos'', possa sobreviver demograficamente sem a necessidade de um culto esquizofrênico dizendo que papai do céu fica feliz em vê-los procriando como coelhos.
A ''religião'' tem algum papel ao alavancar a fertilidade mas não é esta relação intrínseca, absolutamente causal que claro, os ''xaropes'' 'religiosos' adoram usar como proto-argumento.
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