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terça-feira, 25 de abril de 2017

Não existem múltiplas inteligências... Existem sistemas psico-cognitivos

Toda estrutura tem o seu fator g. Tudo aquilo que existe tem o seu centro, o seu núcleo. O fator g de uma célula, por exemplo, é o seu núcleo. Para que haja equilíbrio ou sustentação, é necessário que exista um fator g, a "ligação-mor"/ o padrão primordial subjacente, que reúne toda uma entidade e a torna possível de existir, de estar agrupada e coesa. E com a inteligência não seria diferente. 

A inteligência é um macro-conceito que apresenta muitas perspectivas, lados ou facetas. De fato, estruturalmente falando, só existe uma inteligência, tal como só existe um organismo humano, por exemplo. No entanto o organismo humano, é a soma ''ou' a média de um todo, e este todo é composto por vários sistemas que colaboram uns com os outros, ou se complementam, mas que também apresentam funções próprias. Não existe tal coisa como "organismos do organismo", mas "sistemas/sub-organismos do organismo". Assim como também não existe "inteligências da inteligência" mas sim "sub-inteligências ou habilidades da inteligência", e que eu estou preferindo denominar de "sub-sistemas", e que também não é o mesmo que habilidades, mas em uma união entre aquelas que apresentam complementaridades entre si. 


Nesses dois casos, o todo, novamente, é a soma de suas partes. Assim como um organismo humano, a inteligência também apresenta sistemas que apresentam funções específicas ou próprias e que também colaboram ou complementam uns com os outros. 

A inteligência, apesar de ter a sua raiz concreta ou forma/ fisiologia, também é uma expressão, e na verdade nós só podemos defini-la com base em seu comportamento. Talvez todos os tipos de comportamentos e em especial aqueles que podem ser denominados como ''mais inteligentes'', tenham as suas respectivas e específicas assinaturas fisiológicas/neurobiológicas. Por exemplo, entre acreditar em deus, não importa a religião, e a de se tornar mais agnóstico [caracteristicamente falando, e não apenas da ''boca pra fora''], a 'escolha'' que é a mais ou unicamente inteligente será a segunda. Se existem assinaturas neurológicas específicas que resulte nesses comportamentos, crença ou agnosticismo, e de fato é muito provável de haverem, então esta assinatura os ''representará'', ou melhor, o comportamento [reação secundária] será forjado com base na interação entre o organismo [que já apresenta as suas características] e o seu ambiente, isto é, somos expostos, agimos e reagimos [interagimos], resultando disso em efeitos específicos, como os exemplos usados. E como eu sempre gosto de salientar, esses ''efeitos'' geralmente tendem a obedecer às suas respectivas ''causas''. É o que já falei rapidamente em um texto anterior, sobre a relação entre maior disposição para o pensamento literal e o ceticismo [quase conclusivo] aos sistemas de crenças de apelo metafísico.


 Não usamos os nossos cérebros apenas por usar mas também ou especialmente para entender a realidade, de preferência, principiando pelo que mais importa, a espinha dorsal da macro-realidade, para sobreviver e/ou nos conservar o máximo que pudermos, e se possível, passar os nossos genes adiante. Entre rezar e esperar por milagres e de fato buscar pela solução concreta de um paradigma, é muito mais preferível o segundo. No quesito "compreensão factual" da realidade, trocar um ceticismo saudável pela internalização acrítica de um conjunto de crenças, especialmente em um cenário perigoso, pode ter graves consequências porque se estará trocando uma relação direta de compreensão entre o ser e o seu meio, por um sistema de crenças que se sobrepõe à realidade. Mas o caráter da inteligência não é apenas utilitário e portanto o simples fato de não nos deixarmos dominar por pensamentos estapafúrdios, já se consiste em uma importante vitória e que, pode não ser útil a curto prazo, mas que poderá ser a longo prazo. De qualquer maneira é sempre bom se basear em fatos, palpáveis, observáveis e comprováveis ou comprovados, para não cometermos erros que possam ser fatais para a conservação da vida e especialmente de nossas próprias vidas. É claro que, inevitavelmente acabaremos nos engajando em comportamentos de risco, com maior ou menor frequência, dependendo da pessoa e de suas disposições comportamentais ou ''gratificações existenciais''. O mais importante é, ter consciência ou conhecimento do grau de risco de cada ação, isto é, sabendo diferenciar correlação de causalidade, e causa de efeito, antes sabendo identificá-los, é claro. Este pode ser considerado como o núcleo da inteligência, se se consiste em duas das capacidades mais íntimas, basais e/ou estruturais ao reconhecimento de padrões. 

Múltiplas inteligências

O modelo das múltiplas inteligências, como eu tenho falado, não está totalmente equivocado, porque o seu autor apenas especificou algumas das facetas mais importantes que compõem a inteligência, muitas dessas que os testes cognitivos tradicionais tem sumariamente desprezado. O problema é que ele [e muito de seus entusiastas] tem tomado cada uma dessas facetas como se fossem inteligências por seus próprios domínios, como se fossem independentes entre si, e não parece ser plenamente verdade que seja assim. De fato existe um modelo básico de inteligência que a priore todos aqueles sem graves sequelas ou anomalias apresentam a nível basal. Todos nós, superficialmente falando, estamos equipados com as mesmas "ferramentas" psico-cognitivas. No entanto nos diferimos nos dois aspectos fundamentais, psicológico e cognitivo, e por três vias: Tipo/combinação da arquitetura ou hierarquia, qualidade/autenticidade e quantidade/ intensidade. 


Existe um modelo basal de inteligência tal como existe um modelo basal ou pretensamente ideal de corpo humano, moderadamente alto, musculoso e simetricamente construído. No entanto a diversidade biológica faz com que existam diferentes tipos de corpos assim como também em relação à mente. 

Eu acredito sim que o cérebro seja mais descentralizado, e não necessariamente dividido em domínios independentes. Isto é, quando pensamos a partir de um certo estilo de pensamento, tendemos a nos enfatizar nele, obviamente falando, mas isso não significa que outros estilos ou recursos psico-cognitivos não estarão sendo secundariamente usados/ como auxiliares. É possível de se afirmar que, quanto mais pura ou homogeneamente carregada for uma tarefa, maior será a ênfase para certa função/parte do cérebro ou ''circuito'' da psico-cognição/inteligência. Por exemplo, quando estamos escrevendo um texto, ou quando estamos estudando gramática ou ortografia. No primeiro, é requerida uma abordagem mais integrada de vários recursos psico-cognitivos diferentes, desde a imaginação, até ao pensamento lógico. No segundo, a criatividade, por exemplo, será, tradicionalmente falando, menos requerida.

Os entusiastas da teoria das múltiplas inteligências, pelo que parece, dizem que o cérebro é modular, que existe mais de uma inteligência, porque existem diferentes ''circuitos'' e ''partes'' do cérebro que são independentes entre si, dando liga à ideia de ''múltiplas inteligências''. Se isso for mesmo verdade, e eu não vou pesquisar mais a fundo, então eu não concordarei porque parece claro que, nós temos um modelo, eu não diria ideal mas basal de inteligência, e que a partir dele, que a mesma se diversificará. Tal como dizer que, porque temos diferentes raças humanas, então devemos tratá-las como ''humanos literalmente diferentes'' ou ''espécies'' [''múltiplas espécies humanas'']. Percebam que todo o ser humano tem ''humanidades'' em comum, que lhes/nos são universais. Existe um modelo universal do que é ser humano, do nível humano de ser, que define e delimita a humanidade da ''não-humanidade''. Claro que esse modelo pode e geralmente muda. Por exemplo, o que se consistia em ser humano há 100 mil anos atrás, ou ''proto-humano'', hoje em dia, já não seria considerado como tal. Este fator g da humanidade faz com que não seja possível termos diferentes espécies humanas dentro de seu seio, claro, apenas se de fato, elas existissem, aí não teria como dizer o contrário. O mesmo para a inteligência humana, e talvez para qualquer outra espécie ou ser vivo. Não existem múltiplas inteligências humanas, porque o que de fato acontece é uma diversificação do seu modelo universal ou basal. Todo ser humano é capaz de aprender uma língua. Mas alguns são capazes de aprender várias línguas. Outros terão dificuldade para aprender ''idealmente'' o seu próprio idioma ou língua-materna. Existem ''múltiplas' combinações do mesmo modelo, em relação ao tipo dominante [ habilidades verbais, por exemplo], aos seus valores quantitativos [intensidade/ maiores habilidades verbais =grande vocabulário] e qualitativos [autenticidade/ melhores habilidades verbais = maior capacidade de ideações verbalmente criativas].

Deste modo existe uma estrutura que sustenta ou que interliga o cérebro/e o sistema nervoso periférico, fazendo-os aptos para funcionarem de maneira basal. E dentro desta estrutura existe o "comportamento inteligente", que por sua vez, revela outro sistema, o sistema da inteligência. Esta mesma estrutura também tende a mostrar-se de maneira mai polimórfica ou diversa, tanto a nível individual quanto a nível coletivo. Então temos a forma ou as características fisiológicas do sistema nervoso central/cérebro e sistema nervoso periférico/ligações nervosas nas outras partes do corpo. E em relação ao primeiro, mais particularmente falando, nós temos o sistema da inteligência intelectual ou psico-cognitiva, em contraste à cinestésica, que já se baseia no sistema que promove o comportamento desta natureza/sistema nervoso central. 

Quando o indivíduo realiza uma ação inteligente, que pode ser baseada em qualquer uma das facetas do sistema-inteligência [criatividade, racionalidade, cognição, memória, etc] e a priore destituída de julgo moralmente benigno, ele está acessando o seu próprio sistema, agindo e reagindo. Dependendo do tipo de comportamento ele pode estar acessando mais ''os circuitos emocionais'' ou, sei lá, verbais, do sistema-inteligência. Sabe-se que a natureza do sistema-inteligência é onisciente ao comportamento, isto é, em cada ação nossa, precisamos acessá-lo, de modo que, como eu já falei algumas vezes, mediante certas perspectivas mais primordiais, inteligência e comportamento podem ser tratados como sinônimos.

O sistema-inteligência divide-se em muitas facetas/perspectivas/partes, algumas que já foram bem capturadas pela teoria das múltiplas inteligências: verbal, matemática ou numérica, musical, intrapessoal, interpessoal, corporal, naturalística (impessoal ou científica?)... No entanto eu resolvi propor uma maneira diferente de entender esse sistema, acoplando possíveis "novos" sub-sistemas e reunindo os já existentes só que dentro das mesmas categorias que, a meu ver, lhes são mais pendentes, e claro, me afastando da ideia de ''múltiplas'' inteligências, porém preservando a diversidade psico-cognitiva.



Vamos então à minha proposta semi-alfabetizada..



Sistema sensitivo:

5 sentidos

Primeiro ''sentimos''.

De acordo com a wikipédia, os órgãos dos sentidos é um conjunto de órgãos receptores externos de estímulos sensoriais. As suas funções são transformar os estímulos (luz, som, calor, pressão, sabor) em impulsos nervosos, onde esses percorrem as células nervosas até o centro nervoso, o cérebro (receptor interno).

Agora eu vou usar um pouco da teoria do cérebro trino para fomentar o que seria um desses sub-sistemas psico-cognitivos. 

Sistema perceptivo:

- ''instintivo'',
-límbico ou emocional,
- lógico a racional

As ''3 percepções''** 

Primeiro temos os tijolos ou sentidos, depois nós temos uma construção com tijolos e argamassa, ou percepções. Dos comportamentos mais básicos, mais oniscientes, tal como a constante percepção sensitiva ou via cinco sentidos, até aos que já começam a se tornar mais elaborados, como as percepções ''instintivas'', emocionais ou lógico/a racionais. Antes de tudo há de se dar nomes mais corretos a esses ''bois''. Como eu tenho falado, o instinto não é necessariamente ou especialmente a expressão de medo ou de qualquer outro sinal que nos avise de perigo iminente, fazendo com que busquemos por nossas sobrevivências. Ainda que essas expressões sejam universalmente presentes entre os seres vivos e que, quase todos eles sejam muito instintivos/não-reflexivos.

 O que de fato se constitui o instinto é a sua natureza comportamental inata, isto é, que não pode ser apreendida. Se consiste no comportamento auto-projetado, isto é, expressando as ''intrinsecabilidades'', os traços intrínsecos em direção ao ambiente de vivência, pela forma, se projetando em comportamentos que apenas expressam as suas características. Existe uma grande relação entre instinto e agressividade, justamente porque esta tem sido uma das estratégias individuais mais bem sucedidas para a sobrevivência. Isto é, em um ambiente constantemente perigoso, muitos se não boa parte das espécies, e em especial as mais bem sucedidas, tem sido selecionadas para uma maior agressividade.

 O potencial humano para aprender uma ou mais línguas, é instintivo ou apresenta bases instintivas. Em compensação a ou as línguas que aprendemos, não são intrínsecas ou instintivas, porque não nascemos sabendo falá-las, apesar de apresentarem bases ou raízes instintivas de qualquer maneira. A razão é muito simples, ''nós'' inventamos as línguas ou idiomas, e precisamos ser expostos aos mesmos para que possamos aprendê-los, aprendizado que tende a ser veloz/intuitivo, especificamente se acontecer durante a primeira infância.

 Em compensação, haverá maior variedade e menor instintividade ou intrinsecabilidade para aprender a ler e a escrever, porque a influência ou dependência do ambiente, e não de si mesmo, será ainda maior. Não há a necessidade de lápis ou de escrita, para aprender uma língua, especialmente se, desde os primeiros meses de idade, já for sendo exposto a ela. Maior é a dependência pelas criações do homem, menor será a sua intensidade instintiva, ainda que, como todo comportamento [cognitivo ou psicológico/afetivo], tenha como base o instinto [geneticabilidade].

Em relação às nossas capacidades de detecção de perigos e instinto, por essa capacidade ser de extrema importância para a sobrevivência, então tem havido esta correlação extrema e talvez continue a haver, só que de maneira cada vez mais sofisticada, em um cenário futurista benigno em que a humanidade finalmente começará a deixar de chafurdar na lama da ignorância [rezem].



Sistema cognitivo [mecanicista]

As cognições ou ''roldanas''

- comunicativo/descritivo [verbal]
- comparativo/quantitativo [numérico]
- manipulativo/ dimensional [espacial]

- memória
  - autobiográfica [mentalista]
  - semântica [mecanicista]

  - curto prazo ou de trabalho
  - longo prazo


- raciocínio
   - fluido 
   - cristalizado

   - convergente
   - divergente
   - transcendente/criativo

Interagimos, sentimos, percebemos, analisamos, criticamos, julgamos e internalizamos... 

Eu enfatizei nesta ordem, do sistema sensitivo ao sistema cognitivo, para mostrar a origem e a finalização do pensamento, que brota pela simples sensação, e se finaliza, já de maneira bem mais elaborada, com base nos outros ''dois' sistemas, perceptivo e cognitivo.

Por exemplo, eu estou olhando para uma camisa amarela. Primeiramente eu estou ''sentindo'' ou reconhecendo com os olhos, a sua cor, se está amarrotada ou não, a sua textura, enfim, eu estou reconhecendo padrões via foco sensitivo, focando com a visão em uma determinada particularidade do ambiente em que estou despojado. Como é um objeto inanimado e que apresenta um nível excepcionalmente baixo de periculosidade ou de qualquer outra outra possibilidade mais aflorada, então o meu sistema perceptivo está em um estado emotivo, digamos assim, neutro. A existência de uma camisa amarela na cama dos meus pais, é um fato frio pra mim, é um fato porque é real, porque existe, e é frio, porque eu sou indiferente a ela. Se a camisa fosse minha, se eu lhe tivesse grande apreço e se um dos meus irmãos a estivesse usando, então é muito provável que a minha abordagem perceptiva se daria de maneira menos neutra e mais emocional. Em ambas as situações, eu estou reconhecendo padrões e os julgando de maneira emocional, que pode variar, desde a neutralidade até à grande importância pessoal. Em ambas as situações eu estou apenas usando a níveis mais básicos a minha compreensão factual, em relação à verdade objetiva, concreta ou imediata, assim como também a minha consciência estética, apregoando valor. Eu gosto da cor amarelo-esverdeado dessa camisa, especialmente quando está exposta à luz fraca de uma tarde nublada. 

Os sistemas sensitivo e perceptivo apreendem ''impressões'' [realidades não-verbalizadas], o sistema cognitivo as transforma em verbalizações OU aumenta os seus níveis de nitidez. No entanto, este, a meu ver, seria o primeiro passo deste processo de análise-crítica. Isto é, o exemplo novamente: eu estou vendo a camisa amarelo-esverdeado amarrotada na cama dos meus pais, reconhecendo os seus padrões, e pelo fato de se consistir em uma interação não-dinâmica ou menos dinâmica, então isso não está aumentando a minha carga responsiva [''instintiva'', emocional ou neutra/lógica], que também pode ser denominado de ''estado emocional de descanso''. Depois do reconhecimento de padrões, inevitavelmente virá o julgamento do mesmo via sistema perceptivo. O sistema cognitivo talvez [parece evidente que sim] trabalhe de maneira integrada com os outros sistemas, ao invés de fazê-lo por último como pareço ter deixado a entender. Eu vejo a camisa, associo o seu formato à palavra ''camisa'', a sua cor à palavra ''amarelo'', percebo que tem um tom mais puxado pra verde, e a re-qualifico como ''verde-esverdeada''. A minha memória de longo prazo pode tentar lembrar dela, se a minha mãe já a usou outras vezes. A minha memória de curto prazo ou de trabalho pode ou não internalizá-la associando-a a um pertence de minha mãe. Se eu não tivesse a linguagem humana, talvez ainda pudesse ser capaz de entendê-la como um objeto específico/individual pertencente a uma classe específica de objetos [reconhecimento de similaridades e organização das mesmas em classes de elementos] assim como também pertencente à uma pessoa. O reconhecimento de padrões, então parece necessitar de todos os sistemas, enquanto que a consciência estética ou julgamento de valor, parece ter como ''última palavra'' o sistema perceptivo. O sistema cognitivo parece ser ao mesmo tempo auxiliar em relação aos demais, assim como também adicional, e claro que também me refiro ao sistema cognitivo avançado que apenas os humanos apresentam e que se manifesta com base em nossas tecnologias culturais como por exemplo os idiomas.

Autoconsciência e pensamento reflexivo, repensando o instinto...

Todos os seres vivos de uma maneira ou de outra: interagem/vivem, sentem, analisam e julgam. É na capacidade qualitativa/diversidade e quantitativa/tamanho de memorização + a autoconsciência alargada que se encontra parte importante do diferencial humano. E ambos estão diretamente relacionados com a redução do predomínio do instinto ou auto-projeção comportamental via impulsos inatos. O ser humano tem maiores horizontes de aprendizagem, enquanto que a maioria dos outros seres vivos não tem. O ser humano pode julgar a si mesmo de maneira mais sofisticada, pode repensar os seus atos com maior frequência e qualidade. O ser humano pode ficar mais vezes em segunda pessoa, como se pudesse sair do próprio corpo e se analisar. A grande maioria, se não a quase totalidade dos outros seres vivos não podem fazê-lo, ao menos em termos menos instintivos. Ressaltando que eu não acredito que o ''instinto foi reduzido'', mas sim o seu predomínio [sem falar que também tem sido deslocado para o lado social], porque se pensarmos nele como um potencial psico-cognitivo [tamanho e qualidade], então o instinto humano será dos maiores e mais sofisticados/ cérebros maiores. 

Sistema mentalista**

Sentimos [sistema sensitivo], percebemos [sistema perceptivo], verbalizamos/ associamos a símbolos, analisamos, criticamos e julgamos [sistema cognitivo e perceptivo]... no entanto também combinamos os três, e disso pelo que parece resultará no sistema mentalista, que seria uma espécie de ''sistema-fantasma'' por não ser um domínio em si mesmo, por se consistir na mescla das 3 macro-estruturas que, supostamente, definem as nossas capacidades psico-cognitivas. Aí residiria a ''teoria da mente'' ou empatia. Usamos o reconhecimento sensitivo de padrões [reconhecer uma pessoa pelos cinco sentidos, mas primeira e geralmente pela visão], perceptivo e cognitivo, para realizá-la, que aliás se consiste em uma das atividades mais essenciais da mente, não apenas a humana. Não reconhecemos apenas o estado da mente dos outros seres humanos, mas também da própria realidade [seres de outras espécies, padrões impessoais, por exemplo, reconhecer a temperatura de um elemento não-humano, etc]. Claro que, quase sempre usamos abordagens integradas para entender a realidade [de maneira ideal], que deveria ser a nossa missão ''não-escrita'' e totalmente onisciente, se vivos, o que mais precisaríamos fazer seria justamente isso. No entanto, como eu já falei acima, dependendo da atividade, se poderá enfatizar mais em um desses sistemas, ''descentralizando'', ainda que no final, todas as abordagens serão de uma maneira ou de outra integradas.

Por enquanto é ''só'' isso... 


 



sexta-feira, 24 de março de 2017

Não existem múltiplas moralidades, existe um fator g da moralidade, a moralidade objetiva ou universal





Pentelhos cientificistas ADORAM relativizar a moralidade, eles ADORAM...

Um exemplo de relativização moral pode ser bem observado por meio da negação da teoria das ''múltiplas' inteligências em prol do fator g e QI.

Sem essa teoria, pensam eles, pode-se livremente denominar a inteligência apenas por sua parte cognitiva. Confere Arnaldo*

Assim, a moralidade se relativiza e a inteligência se mecaniciza porque o lado psicológico ou afetivo da segunda passa a ser tratado de maneira separada do lado cognitivo, como se não fosse importante ou mesmo parte da inteligência. Só que não...

Para entender um sistema como um todo você precisa de todas as suas partes. Por exemplo, você não pode entender o organismo humano apenas por meio do sistema nervoso.

Eu concordo que a teoria das múltiplas inteligências não está de todo certa se, só existe uma inteligência, que pode ser bem mensurada por testes cognitivos, que existe um fator g [psicométrico... e total] 

MAS TAMBÉM

... que se consiste em um sistema e que apresenta subsistemas, e que portanto, não pode haver ''a inteligência da inteligência ou sistema do sistema'', 

... e que esta inteligência varia de tamanho, qualidade e tipo.

 Criatividade e racionalidade por exemplo encontram-se sob o domínio da inteligência. A sabedoria por sua vez, se consistiria em sua ''alma'', em parte essencial de sua estrutura, que lhe dá vida e que poucos a tem muito bem desenvolvida, que seria essencial e oniscientemente qualitativa, e ainda assim, sob o seu domínio, justamente por se consistir em um tipo e nível de pensamento

Esta se diferenciaria em nível e em qualidade em relação à racionalidade. A racionalidade usa de maneira mais eficiente a lógica, isto é, também o lado afetivo, enquanto que a sabedoria usa de maneira mais eficiente a racionalidade, também o lado existencial.

Tal como existe um fator g [reconhecimento de padrões] da inteligência também existe um fator g para a moralidade [ reconhecimento de padrões morais que em seu ideal universal basicamente emula a verdade da existência, que sempre pende para a harmonia para que possa se sustentar, para que possa simplesmente existir], de maneira que, não existem múltiplas inteligências, nem múltiplas moralidades, mas dois sistemas, e ambos apresentam evidentemente variações, tanto de ''quantidade'' ou de tamanho, quanto de qualidade, e não preciso me alongar em demasia para constatar que: os seus ideais [especialmente de qualidade] são inenarravelmente melhores ou mais importantes do que o restante de suas variações. Como eu tenho falado, eles são mais característicos, mais autênticos. A inteligência é mais inteligência, mais autêntica, se ''também'' for racional, sábia e criativa [valores de tipo e de qualidade do sistema-inteligência]. Mais do que sistemas independentes, moralidade  e inteligência não apenas convergem, porque o primeiro já se consiste no produto do segundo.

 A inteligência ideal pode ser superlativa em tamanho ou ''quantidade'', qualidade e tipo [nível de exoticidade, por exemplo]. Evidente que uma inteligência finalmente ideal seria excepcionalmente correta em todas essas variáveis, em tamanho/qi, qualidade e tipo. O mesmo para a moralidade.

No entanto enquanto que a primeira é mais difícil de ser ser conquistada, a segunda me parece ser mais fácil justamente por necessitar mais da racionalidade, de uma das partes do sistema-inteligência, do que de seu todo. Bastaria ''incutir'' de maneira eugenicamente artificial a racionalidade [emoção + lógica] nas mentes humanas do que tentar criar seres com inteligência de simetria ideal, que são excepcionais em tudo [em tudo mesmo]. 

E ainda parece que existe a necessidade de haver uma sobreposição moralmente perfeccionista, porque se não, é possível que apenas repetiremos as falhas humanas. Esta sobreposição funcionaria tal como um guia preferencialmente agudo, que determinaria o comportamento, ao invés de dar-lhe a escolha de errar e de maneiras diversamente grosseiras e permanentes, como tem sido o costume humano. No entanto isso não significa que o mundo se tornaria um lugar chato, extremamente certinho, porque como eu tenho comentado, há de se preservar e incentivar pela celebração da individualidade [não confundir com individualismo] bem como também dos prazeres que a vida pode oferecer. O que não poderia acontecer, e que acontece, é que este êxtase tende a avançar para além das fronteiras do ser, do indivíduo, provavelmente causando problemas a outros seres. 

Comportamento É moralidade

Se não tivessem inventado a palavra ''moralidade'', eu não duvido que a palavra ''comportamento'' a substituiria de maneira satisfatória. Tudo aquilo que fazemos tem um quê de moral, mesmo a tarefa mais puramente cognitiva, que está mais distante de uma interação inter-pessoal [ou intra-pessoal] ainda terá forte carga moral. Por exemplo, a partir do momento que você repete uma tarefa técnica, em seu trabalho, supostamente não existe nada de moral aí, só que tem sim, porque se você não estivesse se dedicando, se não estivesse concentrado nesta tarefa, isto é, usando o seu julgamento moral, é provável que não a executaria ou que seria desleixado. E mesmo na possibilidade de não fazê-la. Em tudo o que fazemos, a moralidade encontra-se embutida.

Não existem múltiplas moralidades... 

A moralidade é um sistema universal, tem um fator g, se manifesta de maneira diversa, porque se manifesta em diferentes níveis ''quantitativos'', qualitativos e de tipos, porque está compartimentada com diferentes ''peças'' mas que tem os seus ideais de operacionalidade, tal como a inteligência.. ;)


sexta-feira, 10 de março de 2017

Você não tem múltiplas personalidades, mas múltiplas médias de temperamento porque só existe uma personalidade...

Tal como a inteligência.

Só existe uma inteligência e ela é capturada pelo fator g (psicométrico), dizem os psico-matemáticos. Só que não. Sim só existe uma inteligência. Não, o fator g não a captura em sua totalidade de facetas ou perspectivas, apenas o seu aspecto cognitivo e sem contextos reais. Portanto sim, só existe uma inteligência que varia de intensidade quantitativa/intensidade por si mesma e qualitativa/ tipo e eficiência. E não, a inteligência não é apenas uma porque é capturada pelo fator g psicométrico, mas porque se consiste em um sistema integrado que se subdivide em subsistemas, tal como o organismo/sistema humano.

Existe um modelo auto-evidente de como que se compõe a inteligência: Verbal, espacial, aritmético [subsistema cognitivo secundário}, memória, criatividade (subsistema psico-cognitivo secundário**), racionalidade {subsistema psico-cognitivo primário*). E existem tipos ou variações predominantes deste modelo basal (''ou'' padrão de inteligência. 

Da mesma maneira que não existem múltiplas personalidades ou tipos de personalidades e pelas mesmas razões que a inteligência, porque só existe um sistema de personalidade ou modelo de personalidade. Assim como acontece com a inteligência a personalidade varia de tipos.


Ou

ou

não...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Múltiplas inteligências = diferentes perspectivas ou lados da mesma entidade "inteligência", mais o fator G...

O fator g [psicométrico] seria uma [tentativa de] representação geral da entidade "inteligência", em que o "reconhecimento de padrões" será subjacente. Mas todas as entidades são multidimensionais, com diferentes perspectivas, diferentes lados e / ou todas as entidades são estruturalmente sistematizadas, isto é, são sistemas e todos os sistemas têm diferentes lados, perspectivas (órgãos) para diferentes funções / diferentes campos de compreensão.

Não podemos dizer que "existem múltiplos organismos dentro de um único organismo", mas podemos dizer que "há 'múltiplos" lados / perspectivas / órgãos dentro desse mesmo organismo ".

Com base nessa tentativa de entender parte deste assunto concordo que não há tal coisa como "inteligências múltiplas", mas isso não significa que não existem combinações diferentes deste mesmo sistema ou diversidade psico-cognitiva.

domingo, 2 de outubro de 2016

''Inteligência GERAL''* primária/basal e um bom teste: política

Resultado de imagem para fator g

fonte: wikipedia

Como eu entendo (quase) tudo de maneira literal então eu resolvi usar o adjetivo GERAL da inteligência de maneira mais histriônica ou mais correta do que o habitual.

Ok, baseado em minha ideia sub-divisiva de ''características/capacidades cognitivas primárias'' (tipo de pensamento) e secundárias (tipo de abordagem: verbal, lógico-quantitativa, etc), então deve existir uma inteligência geral primária/basal, diretamente relacionada ao pensamento, em sua qualidade, eficiência e valor ou natureza

A capacidade de pensamento: intuitivo, analítico, crítico, conclusivo e psicológico, enfim, de prover o encaixe perfeito para cada ou para uma boa parte das interações intelectuais, resultando em uma proporção constantemente prevalente de respostas/julgamentos racionalmente corretos, e possivelmente expansiva ou crescente, no caso da sabedoria, pode ser integralmente analisada ou de maneira poli-facetada (via ''múltiplas' perspectivas), por meio da política, pois a mesma exige de muitas áreas do cérebro (e da mente) trabalho integrado, eficiente, racionalmente ideal, além de se pensar também em possibilidades especulativas de ação, ou pensamento divergente qualitativo (criativo). Política é principalmente estratégia e você não precisa ser político para pensar estrategicamente sobre ela.

O fator g da inteligência geral, que é diretamente atrelada ou oriunda das operacionalidades mentais básicas, ou do pensamento (análise, crítica e julgamento), portanto, pode ser capturado a partir de uma constância de bons julgamentos, por meio de considerações e escolhas políticas, deixando a entender que aquele com olho afiado/preciso e racional em relação a esses assuntos, é provável de apresentar, a priore, maiores capacidades cognitivas primárias ou basais, que se expressam por meio de pensamentos, ideias, enfim, por meio da cognição pura, sem as invenções culturais humanas como complementos (mesmo sem números ou palavras), o pensar puro. 

Eu ainda me pergunto se as capacidades cognitivas primárias ou espectro do pensamento (ilógico ao sábio) não teria maior carga de intrinsicabilidade ou intensidade instintiva/genotípica de expressão (ação primária) do que as demais cognições ou ramificações cognitivas humanas como o raciocínio fluido/cristalizado verbal, lógico-quantitativo ou espacial, em outras palavras, se não são mais genotípicas e portanto puramente emanadas da ''genética'', do que as capacidades cognitivas secundárias (novamente, verbal, matemática ou lógico-quantitativa, espacial ..... interpessoal, intrapessoal)

E uma outra pergunta. 

Inteligências ''ou'' cognições interpessoal e intrapessoal (especialmente as de natureza teórica) seriam mais intrínsecas, genotípicas (menos culturalmente afetadas) do que as cognições/raciocínios verbais, matemáticos e espaciais**

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Qi?? Pensamento basal lógico, objetivo, crítico e/ou neurótico para explicar algumas diferenças qualitativas de inteligência

Minha família é um laboratório interessante. Pois bem, os meus pais são muito inteligentes em termos cognitivos ou especificamente laborais, que eu já falei antes. Eles exibem uma constelação de características psico-cognitivas que se complementam harmoniosamente para os seus respectivos fins cognitivos/laborais e apenas o fator Brasil que os impossibilita de realizações e reconhecimento merecidos à altura de seus talentos e capacidades cognitivas. Presume-se então que pontuarão mais alto em testes cognitivos. Eu tenho apostado que a minha mãe pontuaria mais alto em especial em testes de qi verbal e que apresentaria a maior média geral. Tenho previsto ou imaginado logicamente que o meu pai pontuaria alto em capacidades não-verbais e que apresentaria um perfil relativo a predominantemente oposto ao de minha mãe. Minha mãe é fraca porém remediável em matemática e pelo que parece especialmente em geometria. O meu pai é o oposto. Também tenho pensado que os meus irmãos mais velhos pontuariam mais  alto em testes cognitivos do que eu. O meu irmão mais velho eu presumi que pontuaria mais alto tanto no quesito verbal quanto no quesito não-verbal. Ficaria páreo a páreo com a minha mãe em qi performance e acho, é o que tudo indica, seria menos cognitivamente inteligente no quesito puramente verbal, o relativo oposto de minha mãe, e se daria melhor naquilo que ela é mais fraca, matemática e geometria. O meu irmão do meio também pontuaria mais alto do que eu, em especial ''no'' 'qi performance'. 

Existe uma análise interessante que pode nos ajudar a entender o porquê de eu ser novamente um outlier ''também'' neste quesito e dentro da 'minha' própria família direta. Meus dois irmãos gostam e jogam jogos de vídeo game complexos. Eu não. Existe claro uma mistura de nostalgia pelos velhos jogos nomeadamente do Super Nintendo mas também uma incapacidade natural para acompanhar a dificuldade dos jogos mais realistas. O único jogo que não é 2D que consegui jogar muito bem foi o super Mario 64. Talvez por falta de prática ou motivação...

 Eu também percebo em mim que costumo aprender com a prática, errando e ao longo do caminho sanando os erros já cometidos. Seria bobo pensar que aprender com os erros fosse uma característica rara e presente especialmente em mim, novamente exaltando de modo proto-megalomaníaco as minhas idiossincrasias, mas em um mundo, onde de fato, as pessoas não parecem aprender com os seus erros e em especial de modo minimamente racional, até que faz algum sentido pensar nesta possibilidade e sem ser de maneira debochada ou super-pedante. 

Voltando.


 Eu que sou o caçula é provável de ''ter'' a média de qi mais baixa da família apesar de acreditar que me sairia muito melhor na parte de qi verbal puro (vocabulário, compreensão verbal, etc). O mundo é mais complexo do que uma rígida curva de sino e é muito comum que a mesma despreze os valores qualitativos. 

Em um mundo em que a moralidade é relativa, todo mundo tem a sua própria opinião sobre tudo, enfim, em um mundo muito niilista, seria difícil a priore compreender essas diferenças de qualidade intelectual. Só que basta jogar no lixo este véu ideológico e contextualizar opiniões pessoais com lógica e se possível racionalidade para perceber que não é tão difícil assim. E na verdade é até muito mais lógico porque testes cognitivos tendem a avaliar a capacidade cognitiva pura sem contextos reais intimamente relacionados com a sobrevivência enquanto que a inteligência, de fato, assim como a vida, não existe sem cenário e não vivemos ou ''temos'' inteligência apenas para nos sairmos bem na escola ou para ganharmos mais dinheiro ou para passarmos na faculdade.

 A vida e a inteligência não é só isso. Ainda que possa existir uma sobreposição entre nível de qi e inteligência real que eu também gosto de chamar de espectro da racionalidade e da sabedoria, ainda não significa que serão causais ou intrínsecos um em relação ao outro. E de fato o meu exemplo autobiográfico aqui irá nos mostrar o porquê de não ser.

De acordo com a teoria hierárquica da curva de sino eu deveria ser o menos inteligente na minha família. Com um qi médio entre 105-120, no máximo, extremamente ruim em matemática, que eu já comentei, idade mental cognitiva de 12 anos, também era pra ser o mais irracional. 


Todo racional é inteligente. Mas nem todo "alto qi" (''inteligente'') que será racional ( na verdade...). Se qi é uma prova superficialmente correta de capacidade "quantitativa" ( horizontalmente acumulativa) de cognição então em termos puramente cognitivos todo aquele que pontuar alto nos testes será nesta perspectiva inteligente. Mas nem todos e na verdade pelo que parece uma importante proporção deles não será qualitativamente inteligente ou racional. 

Dentro da minha família, assim como também acontece com todas as outras, existe uma distribuição de características diversas que compõe nossos corpos e mentes... e as características separadas abaixo evidenciarão o que tenho para dizer aqui...

Meu irmão mais velho e eu somos mais lógicos, ideacionalmente objetivos, críticos e neuróticos do que em relação aos meus pais e ao meu irmão do meio. Nós pensamos de modo mais lógico (e eu ainda sou bem mais racional), isto é, apresentamos mais semelhanças na maneira de pensar. Mas o lógico se consiste em um ''proto-racional precoce ou racional abortado'', porque não pesa a sua análise fria e mais superficial dos fatos e caminha para se tornar menos sábio e nisso nós dois nos diferenciamos de modo significativo, porque ele é bem mais lógico do que eu, que sou bem mais racional e sábio, e novamente, sem ter qualquer ou remota motivação de auto-engrandecimento ou auto-elogio. 

Somos mais ideacionalmente lógicos, nuance que tende a aderir com naturalidade ao pensar lógico se a lógica sempre é espectralmente exata e portanto objetiva. 

Por sermos mais neuróticos do que os nossos pais e nosso irmão do meio, nós criticamos com maior frequência e qualidade o ambiente em que estamos, enfim, o estado de coisas em que estamos. Por isso tendemos a desenvolver mapas lógicos da realidade e quando a mesma não se encaixa com aquilo que deveria ser, idealmente falando, tendemos a nos tornar mais ácidos, críticos. Somos menos "bovinos" neste sentido ainda que me considere e de fato eu sou ainda mais afastado da mundanidade costumeira do ser humano do que ele.


A consciência estética e sobreposição com elitismo 


Também somos mais esteticamente conscientes ainda que por causa de um maior gradiente de racionalidade por minha parte isto tenda a nos direcionar para caminhos distintos porque eu completo o meu pensar com toda forma de beleza enquanto que ele tende a aterrissar no nível superficial da mesma, novamente comprovando a sua natureza primordial e epicentricamente lógica.

Eu sou muito mais ''capaz'' em inteligência verbal e estilo psico-cognitivo mentalista (entender as pessoas, os seres e seu emaranhado de inter-relações, do que entender as ''coisas'', ainda que também extrapole para essa área) do que ele. Sou muito mais emocionalmente inteligente do que ele. Naquilo que ele é bom eu sou abaixo da média a péssimo, por exemplo, em matemática e vice-versa, mas este padrão não é generalizado, se não não teríamos qualquer semelhança.

Além de apresentarmos essas semelhanças, em relação à lógica (que se evidencia extrapolada em sabedoria/supra-racionalidade no meu caso), objetivismo inquisidor ou compreensão factual (saber de fato) e neuroticismo/inconformidade, também nos assemelhamos àquilo que chamo de ''desinibição moral ideacional'', isto é, enquanto que ele, ao ver o mundo de modo lógico (o mesmo nome mas com significado distinto, empatia cognitiva= reconhecer a realidade, colocando-se subconscientemente em ''seu'' lugar, o ''verdadeiro conhecer'', aceitar, internalizar e compreender, encontrar qualquer utilidade daquilo pra si), despreza a moralidade subjetiva/religião, ideologia, cultura ... eu, faço o mesmo só que não me estagnar dentro do ''nível lógico/naturalista'' de entendimento da realidade, resultando em grandes diferenças de conclusões e julgamentos, em especial, os de natureza moral, entre nós.

Ao principiar-se e ao finalizar-se no pensar lógico, o meu irmão mais velho tende a entender o mundo de maneira fria e portanto pouco afetivamente empática, julgando a moralidade como uma farsa, e claro, confundindo toda sorte de moralidades subjetivas que o ser humano já foi capaz de criar, com aquela que de fato é. Isto é, o lógico, bem exemplificado pelo meu irmão, tende a ser lógico em relação a tudo, mas quando chega em áreas que exigem a empatia afetiva, ele continua a processar aquilo que está interpretando de modo calculista/naturalista/lógico. Ou, o lógico apresentaria uma lógica seletiva em que nas áreas que exigem de empatia afetiva, a sua capacidade para encontrar padrões lógicos seria instantaneamente desligada. Como eu já falei, não sei onde, a empatia É lógica. Pode não ter sempre como resultado produtos ou comportamentos lógicos, mas parte do mesmo princípio em que a lógica encontra-se estacionada, o reconhecimento de padrões. Se colocar no lugar do outro, sentir a sua dor, acaso for necessário, enfim, a reciprocidade comportamental, não é apenas lógica, mas racional. Portanto, faz mais sentido pensar que a lógica do tipo que eu defini como ''lógico'', em contraposição ao ''racional'', seja seletiva e quando é necessário a empatia afetiva, ele desliga o seu faro por padrões e age de modo irracional ou ''logicamente inapropriado''. Talvez as duas possibilidades estejam corretas, cada uma com os seus acertos.

E muitas vezes, aquilo que funciona, superficial porém eficientemente, não será sempre aquilo que apenas é. 

Se fôssemos depender apenas de ''qi'' ou mesmo de ''comparações de tipos de personalidades'', talvez não teríamos chegado a esta análise que considero como bem mais correta, e por que**

Apenas porque eu a estou contextualizando, isto é, ao determinar que o meu irmão mais velho seja mais lógico do que o meu irmão do meio, eu o faço por comparação com o mundo real e tirando disto o melhor julgamento analítico-crítico possível.

Testes de qi estão parcialmente desenraizados de contexto ainda que sejam produtos culturais do estágio atual da sociedade, em especial, das sociedades mais tecnologicamente avançadas da Eurásia.

Para entender as diferenças qualitativas entre as pessoas há de se jogar fora ou neutralizar todos esses véus de ideologia, cultura ou religião, porque estaremos lidando basicamente com a minha hierarquia racional de inteligência: intrapessoal ou autoconhecimento -- emocional, naturalista ou lógica, interpessoal, verbal, lógico-matemática...

Como conclusão, apesar de termos ''qi's'' bem distintos, perfis psico-cognitivos bastante diferenciados, algumas semelhanças no estilo de pensamento fazem o meu irmão mais velho e eu muito mais próximos do que em comparação aos meus pais e também ao meu irmão do meio, claro que, mediante algumas perspectivas. 

Qi não é suficiente pra mensurar diferenças e semelhanças intelectualmente qualitativas entre indivíduos e extrapolavelmente entre diferentes tipos de grupos (subgrupos, grupos grandes, quermeces, etc)... isso já sabíamos. Agora eu busquei com base neste breve e quase-sempre recorrente auto-relato ou autobiografia.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Inteligência ou resiliência emocional* e Ápice de qualidade moral/comportamental

Antes da inteligência ser:

- capacidade adaptativa
- capacidade abstrata
-capacidade de julgamento moral
- capacidade de compreensão factual
- capacidade de lidar com as pessoas
- capacidade de lidar com a complexidade,

enfim,

de se ser ''capacidade'',

antes de ser tudo isso, a inteligência principia-se em sua raiz enquanto  PERCEPÇÃO. É a partir da percepção sensorial e interpretação daquilo que está sendo percebido que a inteligência passa a ser composta.... quando inicia-se simples e ao mesmo tempo decisiva em sua raiz.

Tal como a nascente de um rio, que geralmente nasce tímida em regiões montanhosas, a inteligência é essencial ou primordialmente uma ''micro-tendência'' que por sua vez desaguará em muitas outras macro-tendências, da origem do pensar até ao comportamento. O tal fator g ou reconhecimento (minimamente correto a consistentemente correto) de padrões basais até aos mais complexos . 

Recentemente eu me deparei com um teste de ''inteligência emocional'' e logo percebi que provavelmente pontuaria baixo. 

Mas eu não consigo me ver como alguém 'com' ''baixa inteligência emocional''. A partir daí eu comecei a perceber algumas obviedades sobre a mesma tal como a sua grande multidimensionalidade de tipos e eu pensei em alguns deles:


- resiliência emocional 

 capacidade de se resistência emocional às intempéries ou simplesmente controle emocional.

- compreensão factual intrapessoal (autoconhecimento)


capacidade de autoconhecimento ou auto-reconhecimento de padrões (fator g intra-vertido)

- compreensão factual interpessoal (reconhecimento sofisticado de padrões no comportamento e temperamento das outras pessoas e/ou seres)


capacidade de reconhecimento de padrões extra-pessoais, isto é, direcionado para as outras pessoas (e no caso de uma conurbação com inteligência naturalista: ... também em relação aos seres não-humanos).

- Inteligência emocional prática

capacidade, auto-conhecida ou não, de conviver com os ''outros'' pares de interação, que eu já comentei que geralmente depende das condições demográficas do ambiente de interação. Geralmente aqueles que são adaptáveis aos seus respectivos ambientes sociais tendem a ser 

Os  inteligentes emocionais práticos costumam ser adaptáveis a qualquer ambiente social, muitas vezes de modo pragmático ( ou o único jeito de se ser adaptável a qualquer ambiente social).

- Inteligência emocional teórica

São os ''cognitivamente inteligentes'' em compreensão factual emocional, intra e interpessoal. A ''inteligência emocional'' por si mesma. Se consiste na real capacidade de se compreender as próprias emoções bem como também as emoções dos demais e de inferir as melhores respostas. No entanto, por ser puramente teórica, muitas vezes os emocional-teoricamente inteligentes apresentarão grande resistência por parte de seus ''pares de interação'' para transformar este atributo em prática ou ação literal e efetiva e uma das principais razões é a de que a maioria dos seres humanos são principalmente de ''internalizadores individualmente bio-lógicos'' do que de pensadores reflexivos, isto é, que não são sábios ou perfeccionistas comportamentais e acabam acatando de modo subconsciente as suas próprias necessidades biológicas do que a de buscarem pela evolução pessoal, neste sentido.

- Dominância emocional

Novamente, encontra-se relacionada com as circunstâncias ambientais, de interação interpessoal e portanto não está decisivamente relacionada com a manifestação literal da inteligência emocional, especialmente em termos ideacionais e potencialmente ativos (ser/pensar emocionalmente inteligente). É muito comum que os mais emocionalmente dominantes, na verdade, sejam desprovidos de capacidades emocionais plenamente desenvolvidas. Fatores correlacionantes como as características biológicas (maior estatura, maior testosterona e portanto comportamentos dominantes, etc) tendem a influenciar na dominância emocional interpessoal e a afetar esta relação.

Analogamente falando, é como se tivéssemos matemáticos teoricamente/ideacionalmente inteligentes e os matemáticos socialmente dominantes que escolhem e impõe a sua maneira de entender esta realidade específica sobre os outros, em especial sobre o matemático ideacionalmente inteligente. 

Estamos lidando com internalizadores bio-lógicos de longo prazo que raramente mudarão radicalmente ou ao menos numa espiral exponencialmente perfeccionista de atualizações comportamentais/morais voluntárias (sabedoria) ou involuntárias ( proxy para a sabedoria). Novamente voltamos à magnânima, final porém serena supremacia dos mais sábios, que apenas nascem mais ideais em termos morais (o comportamento decisivo ou julgamento moral). E eles são uma raridade entre os seres humanos. 

Como eu já falei diversas vezes esta crença de que as pessoas racionalizam diretamente aquilo de 'correto' que ouvem ou que interagem modificando o seu comportamento de modo moralmente qualitativo ou basicamente, de se serem mais racionais, não parece se consistir na plena verdade, se a maioria não costuma nem constante nem inteligente neste quesito. Pode-se dizer que a maioria dos seres humanos sempre acabam parando em algum ponto, metaforicamente falando, tomando-o como o ideal e passando a avançar muito pouco, isto é, todo mundo tem o seu ápice de qualidade moral/comportamental, enquanto que o sábio seria dos poucos que de fato buscariam de maneira constante e exponencialmente qualitativa/moralmente perfeccionista a melhoria de seu comportamento, produzindo um ápice de qualidade moral/comportamental muito mais superlativo do que do ser humano médio.



terça-feira, 16 de agosto de 2016

"Não existe inteligência emocional", afirmam pedras de gelo

Breve relato autobiográfico sobre a suposta inexistência da inteligência emocional 

Algumas pessoas se viciam em drogas, outras se viciam em cigarro, outras se viciam em futebol... Eu me viciei em "hbd", quase tão ruim. Pior do que interagir com típicos estúpidos é a de fazê-lo com os "inteligentos", termo que cunhei e que se refere a qualquer ser (humano) dotado de maiores capacidades cognitivas mas com déficit qualitativo ou em sabedoria. É irritante ouvir um estupido clássico se vangloriando sobre aquilo que pensa que é. Ainda pior é ter de lidar com o inteligento, o idiota cognitivamente inteligente, a maioria daqueles que "determinamos" como "mais inteligentes" porque além de cantar vitória (dar valor a essas bobagens de competição/distração) sobre a sua suposta superioridade e de opinar sobre quase tudo (a síndrome do polímata), geralmente sem um pingo de humildade, o inteligento também gosta de bancar o "gênio criativo" escarrando insights que corroborem com a sua máquina auto alienadora e egocentrada que ele pincela malandramente de ''a verdade dos (seus) fatos''.

A tal "comunidade" "hbd" está lotada deste tipo. Geralmente o inteligento, assim como acontece com a maioria dos seres humanos, ou será mais deslocado para o tipo-empatizador ou para o tipo-sistematizador. O sábio, que devo comentar mais especificamente em outro texto e espero que seja um texto curto, tende a ser justamente uma combinação harmoniosa e equilibrada entre os dois tipos ainda que penda mais para o lado da empatia.


Na psicologia os dois termos se referem a perfis psico-cognitivos em que o sistematizador será aquele que geralmente apresentará maiores capacidades empático-cognitivas e o empatizador tenderá a esboçar maiores capacidades empático-afetivas. Basicamente, o sistematizador analisa, o empatizador sente. Supostamente os autistas seriam em média de sistematizadores extremados, bem demonstrado por suas habilidades lógicas (vagamente falando) acima da média e déficits na ''leitura da mente'', na capacidade de se antecipar aos pares de interação em termos emocionais, por exemplo, identificando corretamente a emoção que está sendo esboçada em expressões faciais.

A maioria dos "hbds" parecem cair no tipo  mais sistematizador e este tende a ser menos emocionalmente inteligente e ainda tem, é claro, o pior, porque este tipo geralmente não sabe que apresenta déficits emocionais, e mesmo quando desenvolve alguma consciência é comum que não ache importante, resultando em seu desprezo habitual pela ''inteligência emocional''.

Uma das razões pra ver a matemática, por exemplo, sob uma perspectiva mais acidamente crítica também se dá por não ser nem mediano neste quesito.


Se não gostamos de algo então tenderemos a desprezá-lo. 


No entanto eu tenho consciência quanto aos meus preconceitos, ainda que isso não reduza a minha crítica à matemática assim como também a minha ênfase filosófica (mais para a empatia/ser/vitalista do que para a sistematização-lógica/"coisa"/materialista) a meros produtos dos meus preconceitos cognitivos, porque eu (também) sei que estou certo. Na verdade em termos logicamente práticos e ''uber-holísticos'' ou filosóficos, eu acredito estar muito bem obrigado, até porque eu tenho tentado estruturar parte da realidade que me assentei, de maneira racional, por exemplo principiando pela inteligência intrapessoal em termos de comportamento e de hierarquia cognitiva, seguindo a regra física da propagação de ondas (comportamento/expressão) que se origina a partir do seu epicentro (ser/forma). 

Poucas pessoas desenvolvem ou são capazes de desenvolver esta autocrítica de modo constante e exponencialmente correto e não seria diferente com a grande maioria dos "hbds". 

Como resultado os sistematizadores hbds, subconscientes sobre as suas próprias fraquezas e preconceitos cognitivos, resolvem endossar com outros colegas sistematizadores  a suposta inexistência da "inteligência emocional". 

Eu poderia negar a existência da inteligência matemática mas eu sei que ela existe e portanto eu não vou ser leviano de cometer a mesma bobagem que os sistematizadores hbd tem feito e teimado. Tal como acontece com a inteligência matemática também é possível notar ou perceber com óbvia clareza a existência de uma inteligência/cognição emocional se manifestando em nós.

No entanto parece comum que muitos sistematizadores tendam a perceber a realidade de modo tão enviesado em sua frieza "puramente' analítica que os fazem desprezar o papel ou a importância dos aspectos psicológicos da/na inteligência. E o mesmo também costuma acontecer com os empatizadores neurotipicos só que em relação à lógica.


Sem primeiro a inteligência intrapessoal/autoconhecimento, desastres de qualquer magnitude serão prováveis de se tornarem realidade. E é o que está acontecendo com aqueles que negam a existência da inteligência emocional...


É pela sutileza que se encurrala charlatões



"Não existe outra inteligência a não ser àquela que é expressada pelo fator g (psicométrico)." 

Mas quando falamos sobre "inteligência", "cognição" ou habilidades matemáticas, verbais ou espaciais também estaremos falando sobre inteligências. Isto deveria ser uma obviedade para os auto declarados experts com toda pompa e circunstância acadêmica. Mas não. 

Então os negadores da inteligência emocional dizem que apenas uma inteligência que pode existir e até fazem graça sugerindo novos e cômicos tipos de inteligência, por exemplo a "gastro intestinal".

No entanto estes mesmos mentecaptos não perdem tempo para falar especificamente sobre a inteligência humana, isto é, sobre habilidades musicais, verbais, matemáticas ou espaciais... Eles negam que exista mais de um tipo de inteligência mas não perdem tempo para falar sobre, e na verdade acabam sempre se esbarrando naquilo que negam, isto é, a diversidade psico cognitiva. 

Eu concordo que existe "um" fator g. E concordo que o fator g tende a estruturar todo nosso comportamento. Mas como eu já falei, e acho que vagamente, eu não acredito que o fator g se consista naquele artefato psicométrico tão alardeado por seus defensores mais inflamados, mas no pensamento essencialmente basal.


Por exemplo, o meu próprio caso. O pensamento divergente se consiste em uma tendência extremamente comum à minha mente de tal forma que eu não acho equivocado ou precipitado determiná-lo como o meu ''pensamento basal'', isto é, desde quando eu começo a pensar, a base do meu pensar já se delineia divergente (e lógico).

Qi versus múltiplas inteligências ... novamente 

A grande maioria dos defensores da teoria das múltiplas inteligências são: esquerdistas, "anti racistas", e a usam para corroborar com o sistema ideológico que seguem porque a mesma tem servido para desmontar a hierarquia cognitiva enviesada nos testes cognitivos que apresentam forte apelo "racista". Se os testes cognitivos provassem qualquer igualdade racial eu não duvido que a maioria dos esquerdistas passassem a acreditar e a defender os testes....

A grande maioria dos defensores da teoria da inteligência-fator g são: direitistas, conservadores e usam esta teoria para refutar o lado de seus algozes assim como também para corroborar ou se alinhar com os seus preconceitos cognitivos. 

Em ambos os lados existem fatores pessoais e políticos/ideológicos interferindo na maneira com que tentam entender este assunto. Poluídos por vieses destas naturezas, ambos os lados encontram-se errados até mesmo porque, ao menos pra mim, vê-se com certa clareza que não se consiste numa ''dicotomia água & óleo'', mas em uma complementaridade dos dois lados.


Pedras de gelo confirmam: Não existe inteligência emocional.



Sistematizadores são tendenciosos para afirmar que não existe inteligência emocional, que apenas a "inteligência-fator g" que existe... {e "capacidades" verbais e não-verbais, matemáticas, espaciais...} Eles são tendenciosos porque tendem a apresentar déficits severos neste aspecto e o pior porque todas as distrações humanas em especial as de natureza tecnológica terminam por produzir um verniz poderoso que os fazem pensar que o conhecimento matemático seja absolutamente superior a todos os outros, isto é, conspiram para alimentar as suas crenças racionalmente embotadas. O homem pode viajar pelo sistema solar com naves que só foram possíveis de serem construídas graças ao conhecimento matemático... Logo a matemática é superior a todos os outros?? 

Não, ainda que por meio da lógica pragmática, utilitarista e anti- filosófica esta máxima pareça muito verdadeira. Internalizadores predominantemente lógicos/sistematizadores tendem a desprezar justamente aquilo em que são piores, o quesito emocional. Os empatizadores também são engenheiros, só que empáticos/sociais. São engenheiros... assim como os engenheiros  materiais. 



''Hbds'' e o tribalismo cognitivo


Onde ''eles'' vira ''nós''

''Eu sou muito inteligente em matemática... e as pessoas que são iguais a mim são mais inteligentes que aqueles que apresentam déficits neste quesito...

Veja só 'o que já fizemos', Newton por exemplo foi um grande gênio da matemática.

Nós somos os melhores''

Eu já comentei sobre a narrativa (e psicologia) tribalista em que ocorre uma espécie de ''coletivização de feitos individuais ou individualização de qualidades coletivas''. De uma maneira ou de outra se consiste em uma apropriação indevida. Pois então, este mesmo tribalismo também acontece no caso da ''inteligência''.

O tribalismo cognitivo, assim como qualquer outro tipo de tribalismo, não contribui em nada para que possamos entender melhor o comportamento humano e pelo que parece por causa das perspectivas existenciais psico-cognitivas, tanto dos sistematizadores quanto dos empatizadores, apenas aqueles que forem mais equilibrados nos dois tipos de padrões/pensamento-padrão/basais que poderão fazer os julgamentos menos unilateralmente preconceituosos.


Se não existe inteligência emocional então eu não tenho irmãos...


A minha família direta é cognitiva inteligente, como eu já relatei algumas vezes. No entanto, em termos emocionais, todos apresentam déficits e que foram ampliados por causa de alguns fatores ambientais que tem nos afetado desde a muito tempo, por exemplo, a redução de nosso padrão de vida desde quando mudamos de cidade.

No entanto é fato que em termos emocionais não apenas os meus pais e irmãos mas também uma parcela bastante significativa da população, brasileira e humana, apresentará déficits ou dificuldades para desenvolver a inteligência emocional com excelência.

A maioria das famílias desenvolvem parco conhecimento mútuo, dos pais em relação aos filhos, entre irmãos, etc... de si mesmos. A partir daí todos os problemas familiares e/ou de convivência, brilhantemente explicados pela metáfora dos porcos espinhos de Schoppenhauer passarão a se manifestar de modo constante e sem prazo de validade pra acabar. Não sabemos lidar com a intimidade interpessoal porque somos em sua maioria de emocionalmente embotados.

Quando leio em algum recanto obscuro da ''comunidade 'hbd''' que não existe tal coisa como '''inteligência emocional'' eu me pergunto então qual que seria a deficiência que, especialmente os meus 'irmãos', apresentam, se não é matemática, verbal, espacial, musical... qual seria** Lógica comportamental**

Mas o comportamento não tende a se relacionar com a emoção*

A falha comum deles (em especial dos meus irmãos) não se encontra especialmente na ''empatia afetiva''** (mas também na empatia cognitiva)

Enfim, dizer que não existe inteligência emocional ''por causa do fator g... porque só existe uma inteligência'', é uma grande bobagem, é perda de tempo, é perda de tempo de minha parte ter de redigir textos como este para mostrar o óbvio, mas este parece ser o principal papel do sábio, de teimar em lutar contra a estupidez humana, sempre exuberante, constante, dominante e prepotente...

Como eu já falei antes uma das razões mais fortes para rejeitar a inteligência emocional por parte dos neoconservadores ''hbd'' (e outros similares) é porque a mesma tem sido utilizada juntamente com as ''múltiplas inteligências'' para refutar a ''teoria dos testes cognitivos como únicos métodos para se demonstrar a inteligência'' e também como contraponto de neutralidade em relação aos resultados discrepantes em testes cognitivos entre as raças humanas.

Eu tenho apenas que gargalhar que algumas pessoas continuem teimando toscamente ao negar a existência da inteligência emocional porque eu mesmo tenho vivenciado a falta literal da mesma dentro de casa, além do fato de que todo sábio genotípico seja emocionalmente inteligente, eu sei mais sobre este assunto do que a maioria dessas pessoas que negam aquilo que não entendem. que não tem de maneira mais desenvolvida e/ou que desprezam.

Os ''hbds'' comumente gostam de acusar os seus algozes de manipularem semanticamente pra vencerem os seus embates ou para desenvolverem os seus pontos de vista ''empatizadores' (a nível superficial). Mas neste e em muitos outros casos são eles, os ''hbds'', que parecem estar manipulando a semântica pra empurrar suas ideias unilaterais e portanto parcialmente irracionais/lógicas.