Que eu olhei pra essas mesmas árvores, que eu desprezei essas mesmas paisagens tão bonitas do céu, que eu não prestei atenção na natureza existindo ao meu redor, distraído pela tela do meu celular; que eu subi o mesmo morro, caminhei na mesma trilha e pensei que o futuro seria completamente diferente do que se tornou.
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terça-feira, 27 de setembro de 2022
Foram tantas vezes
A melhor maneira de saber se está (ideologicamente) doutrinado...
... é a de buscar perceber se está negando algum fato que parece óbvio demais para ser negado.
Uma atitude que é universalmente repugnante: o pretensionismo
O ato de acreditar que se é ou se tornou "algo", mas sem ter sido bem sucedido nesse intento, de corresponder ao que se diz ser.
Sobre o totalitarismo
Não são apenas as doutrinas ou ideologias que pregam o ódio, a mentira e/ou a exploração que são totalitárias, mas qualquer doutrina que prega por uma perspectiva muito purista ou intolerante com discordâncias e exceções, incluindo até aquelas que têm como seus valores ou ideais, a solidariedade e a compaixão. Pois mesmo a prática de boas ações ainda pode ser extremista ou causar problemas, especialmente quando são generalizadas, sem distinguir os que merecem dos que não merecem.
Um exemplo de totalitarismo complexo, o veganismo
O Veganismo pode ser considerado primariamente totalitário, por ser uma doutrina que prega pela adoção de um dieta muito restrita bem como de outras mudanças de hábitos sempre com o intuito de minimizar o impacto do consumo individual no bem estar das outras espécies, especialmente as que têm sido usadas na "confecção" de produtos ao ser humano. Mas, a partir do momento em que há alguma compensação de modo que garanta a preservação da saúde dos que aderem à sua prática, então, sua natureza ainda totalitária pode ser menos potencialmente prejudicial. Já a pauta antiespecista, de onde deriva o veganismo, de busca pela eliminação possível de práticas ou tratamentos cruéis às outras espécies, mas sem pregar pela eliminação absoluta, claramente não é totalitária.
Por isso é conclusivo que totalitarismos não são sempre explícita ou diretamente problemáticos em termos morais, especialmente os tipos complexos que se baseiam em ideais nobres.
De novo sobre o conceito de liberdade econômica
Esse conceito consiste na falácia de se pensar que questões econômicas e sociais não estão entrelaçadas, como se uma não influenciasse ou dependesse da outra. Por isso que a liberdade econômica não pode se resumir à facilidade para empreender, mas também a tudo aquilo que está relacionado aos termos em destaque: liberdade individual e economia, incluindo um custo de vida baixo ou sustentável, um salário digno, um emprego estável e com direitos respeitados, para que possamos ter, de fato, ou literalmente, liberdade econômica.
Exemplos de relativismo histórico-moral de esquerda; de pseudo revisionismo histórico de direita e sua melhor análise (filosófica)
Relativismo histórico-moral de esquerda:
domingo, 18 de setembro de 2022
O problema estratégico da baixa tolerância das esquerdas em tolerar um maior espectro de opiniões e sua principal razão
Estratégias ideológico-idealista e pragmático-realista
"Esperar que a montanha venha até você ou ir até à montanha??"
Pois as esquerdas em todo mundo ocidental têm adotado a mesma estratégia ideológico-idealista, que se consiste na tentativa de convencimento ou atração pela demonstração de persistência, convicção e/ou resiliência de crença em ideias, ideais e/ou pontos de vista que estão sendo defendidos, mas que também tende a resultar na teimosia e arrogância de se acreditar que estão sempre certos e, como consequência, de se tornarem bem pouco tolerantes com qualquer divergência de opiniões, mesmo se forem opiniões que favoreçam o lado progressista, se direta ou indiretamente...
Por esse tipo de estratégia, espera-se que os outros se convençam quanto à força de seus argumentos, ideias e ideais, sem se importar com o que eles pensam ou de onde estão vindo, enfim, sem "lugar de fala" pra forasteiros, apenas "de escuta"...
Já a estratégia pragmático-realista consiste exatamente no oposto, de também considerar o que os outros estão pensando, de analisar seus pontos de vista de maneira imparcial, inclusive os que estão muito dissonantes aos seus, de estar aberto a aceitar que possam estar mais certos sobre alguns ou mesmo muitos dos seus pontos de vista, de poder ampliar sua tolerância com opiniões divergentes, e se adaptar a eles, de ir até eles, do que esperar que venham até você. Por essa estratégia, é possível até adotar opiniões ou posicionamentos outrora de outros grupos e convertê-los às suas crenças ideológicas, de ir ocupando esses espaços ao invés de se entrincheirar nos seus. Aqui, esses termos são variações dos que cunhei em um outro texto similar: estratégias ou táticas de trincheira e de ataque frontal. Pois se ambas, direitas e esquerdas, usam mais a primeira, está claro que as esquerdas têm se enveredado bem mais nela, mediante sua crescente imobilização quanto à possibilidade de aceitarem novas ideias e tolerarem discordâncias não-absolutas, enfim, de considerarem pontos de vista fora de seus perímetros originais.
Um exemplo altamente polarizado e polemizado: políticas de imigração
As esquerdas tendem a defender por um mundo sem fronteiras, especialmente em relação aos países capitalisticamente desenvolvidos, pois acreditam que "todos" têm o direito de ir e vir, ainda mais se forem refugiados ou imigrantes vindos de países pobres; que é civilizado, no sentido de empático, um país rico ser generoso com os "pobres do mundo", até como maneira de compensar seu provável passado de colonialismo e/ou contínua expropriação de riquezas naturais dos países subdesenvolvidos para desenvolver suas indústrias e empresas.
As direitas defendem por um mundo, tal como ele sempre foi, dividido politicamente por fronteiras e que, são os países, especialmente suas populações nativas, que devem ter a autonomia de decidir como querem organizar suas políticas de imigração...
Neste sentido, por mais nobre possa ser o posicionamento das esquerdas, as direitas estão com mais razão, principalmente porque não adianta, por exemplo, a Europa receber alguns milhões de africanos, se a maioria deles continuarão na África, vivendo em condições precárias, além do risco de que sobrecarreguem os estados europeus e piorem a capacidade dos mesmos de absorver imigrantes. Por isso, o ideal seria de permitir alguma imigração, mas investir no desenvolvimento socioeconômico e ecologicamente sustentável dos países mais pobres, até como maneira de estancar seus fluxos de emigração que, inclusive, costumam prejudicá-los, ainda mais quando são os mais tecnicamente qualificados que estão os deixando. Percebam que um posicionamento anti imigração ou mais moderado sobre o tópico, originalmente de direita, pode ser adotado por progressistas e, de certa maneira, convertidos aos seus ideais.
Esse é um exemplo importante já que é o que mais tem ajudado no avanço da extrema direita, principalmente na Europa. Mas, enquanto as esquerdas não desenvolverem uma precisa e constante autocrítica, aliada à humildade de reconhecerem quando não estão mais certas, continuarão "batendo perna" com os seus ideais e, diga-se, afogando nas ondas de ultra-conservadorismo que prometem continuar invadindo as "regiões costeiras" de muitos países em que elas têm conseguido avanços anteriores... se a estratégia mais logicamente inteligente é a de ampliar o máximo possível a tolerância por opiniões e posicionamentos, sem ter que sacrificar os seus ideais mais caros, de ir ocupando espaços ao invés de se cercar em trincheiras, deixando que outros cantos sejam ocupados por seus oponentes e que estes ganhem mais apoiadores, isso quando ou se as esquerdas já não estão devorando a si mesmas com suas polícias implacáveis de pensamento, algo que parece estar acontecendo, vide o caso das rusgas entre muitas feministas radicais e o ativismo trans.
Em suma, as esquerdas parecem preferir afundar pelos seus ideais do que "dar o braço a torcer" e reconhecerem no que não estão certas, moral e/ou intelectualmente. O que mais tem ajudado a (extrema) direita é o ego inflado de muitos esquerdistas, especialmente de suas elites intelectual e política.
O problema de se agir como um "chato da gramática"...
... é que esse tipo de atitude é elitista e ignorante.
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
Dois fatos menos conhecidos sobre o politicamente correto
1. Não é apenas de esquerda
Os padrões de votos nas eleições brasileiras como mais uma prova sobre as limitações dos testes de QI (racionalidade)
Nas eleições passadas, Jair Bolsonaro, um sujeito claramente bronco, incapaz de pensar e de se comunicar de maneira inteligente e ponderada; apenas inteligente, ou esperto, para parasitar por três décadas como um político inútil, que nunca propôs ou fez nada em prol daqueles que o elegeu, além de enriquecer a si mesmo e à sua "família" de milicianos congênitos, obteve expressiva votação nas regiões mais desenvolvidas do país, particularmente Sul, Sudeste e Centro-oeste. Não apenas isso, porque ele também angariou votos da maioria dos brancos, de classe média e alta e, portanto, com maior escolaridade. Aqui, desprezando que também recebeu expressiva votação de evangélicos, um grupo que tende a ser menos escolarizado. Então, ele foi eleito e, depois de um mandato marcado por ideologia, políticas públicas estúpidas ou cruéis, incluindo tentativas de sabotagem das políticas mais sensatas, tal como as que foram adotadas para combater a epidemia do novo coronavirus em território nacional, e muita corrupção (sua especialidade), nas próximas eleições, deste ano de 2022 de "meu deus", ele tentará a reeleição. Já em relação ao perfil dos seus eleitores, pouco ou nada mudou, continuando a ser essa desproporção de: homens, brancos, mais velhos, de classe média ou alta, do Sul e Sudeste. Perfil que se relaciona com uma maior média de QI, não apenas no Brasil, mas também no mundo...
O (pseudo)paradoxo do autoconhecimento
É que, quanto mais nos conhecemos, mais conscientes de nossas próprias limitações nos tornamos, aumentando nossa tendência de desistir sem tentar, ou mesmo de desistir após ter tentado e constatado, de maneira empírica, sobre o que não somos capazes. Tal como no meu caso em que, depois de algumas vezes tentando passar em concurso público, desisti de tentar ao constatar que não tenho perfil ou, as capacidades mais requisitadas nesse tipo de prova para conseguir pontuar bem, basicamente as de memorização, conhecimentos gerais e motivação extrínseca para me dedicar à tarefas com as quais não sinto vontade intrínseca de realizá-las, novamente esse exemplo, de "estudar", no sentido de memorizar conteúdos que não são ou nunca foram do meu interesse.
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
''Por que tantos republicanos ficam tão incomodados com as monarquias constitucionais em 2022? Sendo que as monarquias constitucionais são proporcionalmente os países mais desenvolvidos do mundo?''
O que uma coisa tem a ver com a outra??
A Suécia não se desenvolveu social e economicamente por causa de sua família "real". Em boa parte das monarquias atuais, especialmente as europeias, suas "casas reais" nada mais são do que enfeites caros de um passado, diga-se, de subdesenvolvimento, quando realmente governavam esses países.
Incomoda parasitismo, injustiça, mentiras, dissimulação, frivolidade, tudo e mais um pouco que monarquias representam…
Para começar: a diferença entre a rainha e eu, desprezando diferenças óbvias, tal como sexo, nacionalidade, idade, é mínima, porque somos seres vivos e humanos. Portanto, a principal crença que sustenta um regime monárquico, de que membros de famílias reais são absolutamente diferentes, no sentido de superiores aos que não pertencem a essas famílias, é uma falácia grosseira.
Sobre a complexidade da pauta antiespecista
Um relato pessoal
6 prováveis mitos sobre o Autismo
1. É apenas um jeito diferente de ser
domingo, 11 de setembro de 2022
"Neolamarckismo" e "Darwinismo" aplicado à evolução humana
Por que os seres humanos são, em média, muito mais inteligentes que as outras espécies de animais??
Saúde mental
Me lembro de umas férias de verão, no início dos anos 2000, em que sequer fui à varanda de casa, de tão acostumado com o conforto do meu lar, tão independente dos outros para passar o tempo, mas, também, tão preocupado com a opinião alheia. Me lembro que, por causa disso, minha mãe, em conluio com minha tia, conseguiram uma psicóloga da prefeitura para me consultar. Eu não tinha plena consciência de que estava tendo crises de fobia social, de que precisava de ajuda para me entender e deixar de ser tão arredio. Eu também não havia percebido que a psicóloga com a qual passei a me consultar, não deveria estar atendendo pessoas fragilizadas, mediante o seu amadorismo, especialmente quando me diagnosticou como maníaco-depressivo, vulgo bipolar, logo nas nossas primeiras sessões, já querendo me enfiar antidepressivo goela abaixo. Então, eu duvidei do seu diagnóstico e uma reportagem sobre o transtorno, que passou num programa de domingo, foi a prova de que precisava para confirmar minha suspeita e rechaçar qualquer tentativa de me medicar, se não havia qualquer razão para isso. Naquela fatídica reportagem, uma "atriz bipolar" comentou que não conseguia viver normalmente sem a medicação, e isso me fez perguntar, para mim mesmo, qual deveria ser a façanha que estava fazendo, já que nunca precisei de medicação para estabilizar o meu humor... Foram alguns meses de consulta com uma mulher fria que me dava conselhos rasos que qualquer outra pessoa poderia dar, por exemplo, de que eu deveria me comportar como os adolescentes de minha idade para não acabar isolado, ao invés de, primeiro, tentar me entender. Pelo menos em uma coisa ela foi certeira, em perceber a relação de minha gagueira com a personalidade do meu pai, quando foi chamado para conversar com ela. Eu tive que voltar na memória para reconhecer o momento em que comecei a falar e a gaguejar, e a falta de paciência do meu pai para lidar com essa situação. Sem querer condená-lo, afinal, ninguém é perfeito.
sábado, 10 de setembro de 2022
Fim de caminhada
O cheiro do dia se despedindo. O mato ainda úmido de orvalho da última noite. As meias sujas, a roupa suada. Aquela cidadezinha começando a brilhar, lá embaixo. E eu aqui, no alto, com as nuvens coloridas do entardecer. De um sol de inverno que se põe mais cedo. E eu converso comigo mesmo; com o meu amigo, que se foi no início do ano. Que se foi pra sempre. Para a inexistência de onde viemos. Eu desço e caminho, junto com os pássaros. As árvores escurecem a própria sombra. O silêncio acompanha o meu compasso. Gritos de crianças, de vozes humanas. Cachorros de rua vendo a vida passar. E eu ando de volta ao centro da cidade. Em direção ao meu reino de faz de conta. Para mais um novo ciclo de esperança e cumplicidades. Na espera de uma próxima e única caminhada...
Sobre "neolamarckismo" e "lamarckxismo"
Neolamarckismo: aparente tentativa de reavivar e legitimar uma hipótese evolutiva notoriamente defendida por Jean Baptiste de Lamarck, Lamarckismo, há muito desacreditada pela teoria da seleção natural, ou "Darwinismo", que foi paralelamente desenvolvida por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace.
''Por que a esquerda brasileira prioriza medidas como distribuição de riquezas/igualdade, ..."
... mesmo que não sejamos um país rico, ao invés de focar primeiramente em políticas internas e externas para criação de riquezas e desenvolvimento econômico?"
O Brasil é um dos 10 países mais ricos do mundo em tamanho do PIB, rico em recursos naturais, incluindo um dos mais importantes de todos, água, e com grande potencial para o turismo.
Realmente, se o Brasil fosse um país pobre, então, por que nossa linda elite é tão rica?????
Outra coisa, para a criação de riquezas e/ou desenvolvimento é preciso ter um mercado interno robusto, característica presente na grande maioria dos países capitalistas mais desenvolvidos…
Sobre a morte da "rainha"...
Segundo a mídia corporativa e monarquistas conservadores, a morte da "rainha" Elizabeth causa "comoção" em "todo mundo"; que vossa majestade deixa "um grande legado" para a humanidade...
sábado, 3 de setembro de 2022
O maior problema sobre a pena de morte nos EUA não é a sentença em si...
... mas que, especialmente os mais pobres, sejam condenados e que a imensa maioria dos mais ricos (multimilionários, políticos...), principalmente os que exploram os outros e são responsáveis por muitas mortes e sofrimento, sejam, com frequência, celebrados pela sociedade capitalista estadunidense, que seja muito difícil serem condenados por seus crimes, ainda mais quando sequer são considerados como tal.