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domingo, 11 de setembro de 2022

"Neolamarckismo" e "Darwinismo" aplicado à evolução humana

 Por que os seres humanos são, em média, muito mais inteligentes que as outras espécies de animais?? 


Também e/ou especialmente por termos cérebros grandes, se comparados com o tamanho dos nossos corpos, e mais complexos.

Mas como que nossos cérebros se tornaram grandes e complexos?? 


Explicação mais provável: principalmente por seleção natural. 

Os seres humanos com os cérebros maiores e mais complexos, ao longo da história evolutiva de nossa espécie, têm sido mais bem sucedidos em sobreviver e passar seus genes adiante, tendo mais descendentes que aqueles com cérebros menores e mais simples. 

Acontece assim. Mutações surgem naturalmente. Então, as mais "benéficas" para a sobrevivência ou para certo tipo de adaptação, ao longo de milhares de anos, vão sendo selecionadas e se tornando predominantes em determinada população. 

Explicação "neolamarckista": os seres humanos que usaram mais os seus cérebros, foram transmitindo aos seus descendentes, alterações morfológicas mínimas de tamanho e complexidade causadas pelo seu maior uso, aumentando-os cada vez mais, de maneira lenta porém constante, de geração em geração.

Mas, não existe nenhuma evidência de que isso aconteça, nem com as outras espécies, enquanto que o mecanismo da seleção natural tem sido comprovado, inclusive por seleção artificial. 

Exemplos: aumento da resistência de insetos que devastam plantações, aos inseticidas que são administrados contra eles; aumento da resistência de bactérias a antibióticos; a seleção artificial de animais e vegetais para domesticação, que tem sido praticada por seres humanos....

sábado, 10 de setembro de 2022

Sobre "neolamarckismo" e "lamarckxismo"

 Neolamarckismo: aparente tentativa de reavivar e legitimar uma hipótese evolutiva notoriamente defendida por Jean Baptiste de Lamarck, Lamarckismo, há muito desacreditada pela teoria da seleção natural, ou "Darwinismo", que foi paralelamente desenvolvida por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace.


"Lamarckxismo" ou lamarckismo de esquerda: termo satírico que eu inventei e que se consiste na combinação da crença na tábula rasa com a realidade da luta de classes e, então, na busca por igualdade ou justiça social com base na primeira; teimosamente popular entre professores e acadêmicos das ciências humanas.

Tábula rasa: (quase) todo ser humano nasce, tal como uma folha de papel em branco. Apenas ou especialmente as condições do meio (desigualdades socioeconômicas, raciais, de gênero; nível de educação recebido, tipo de criação dada pelos pais) que são responsáveis pelas diferenças de desempenho intelectual e de comportamento entre indivíduos e grupos humanos;

Lamarckismo: a evolução das espécies acontece pela transmissão de características adquiridas por esforço repetitivo; 

"Marxismo": a história humana tem girado em torno da luta de classes em que, as classes mais abastadas, principalmente as "elites" político-econômicas, exploram economicamente as outras classes para o próprio benefício.

...

Portanto, acredita-se que, bastaria investir na melhoria dessas condições que essas diferenças, a médio e longo prazo, diminuiriam de maneira significativa ou mesmo desapareceriam por completo. Por exemplo, se, em média, indivíduos das classes trabalhadoras apresentam desempenho intelectual inferior aos indivíduos de classe média, é porque não tiveram igual acesso a uma "educação de qualidade" durante o período escolar, resultando na especialização da maioria desses indivíduos, do primeiro grupo, em trabalhos manuais ou de "baixa qualificação". Então, é preciso oferecer, particularmente aos seus filhos ou às novas gerações, uma "educação de qualidade" para que possam se tornar "tão ou mais 'inteligentes" que os jovens de classe média (lei do uso e do desuso/lamarckismo), aptos a ingressar no ensino superior e, assim, exercer profissões de "maior prestígio", que pagam mais, diminuindo a desigualdade social.* 

* Aqui, como eu já comentei em outros textos, despreza-se que, o mais importante ainda não é que "apenas' uma minoria tenha acesso ao ensino superior, mas que a maioria exerça profissões que paguem tão pouco, ou que existam diferenças salariais tão grandes, até porque, toda sociedade precisa de indivíduos que se dediquem à profissões de "colarinho branco" e também que, mesmo se todos pudessem frequentar uma universidade pública, continuariam existindo os que acabariam se especializando em funções mais básicas, que não exigem uma maior qualificação técnica.

Realidade: 

Um dos mecanismos mais importantes para a evolução das espécies é a seleção natural, de características favoráveis à adaptação. Outros fatores são: deriva genética, que pode resultar em gargalo ou efeito fundador; isolamento geográfico... portanto, a hipótese lamarckista, de que a evolução das espécies acontece fundamentalmente por transmissão de características adquiridas por esforço repetitivo, não parece correta;

Seres humanos não nascem como folhas de papel em branco, totalmente destituídos de predisposições comportamentais. É a biologia que tem um papel mais decisivo, por mais extremas possam ser as condições do meio (uma folha não é levada pelo vento apenas pela força do mesmo, mas também por causa do seu nível de leveza).

Portanto, se indivíduos de classe trabalhadora tendem a apresentar um desempenho intelectual inferior aos de classes média é pelo simples fato de terem, em média, capacidades cognitivas comparativamente mais baixas, e não porque a maioria estudou em escola pública ou não teve acesso a uma "melhor educação". A priori, a única maneira de se igualar desempenhos entre as duas classes seria se os indivíduos mais academicamente inteligentes de classe trabalhadora produzissem mais descendentes que aqueles de menor capacidade do mesmo grupo ou que acontecesse o padrão oposto com os indivíduos de classe média. Desprezando que, muitos dos "mais inteligentes" de origem humilde ascendem socialmente. Sim, eles existem, mesmo sem terem tido acesso a uma "educação de qualidade", seja lá o que isso signifique... 

Pode ser que, altos índices de pobreza extrema causem efeitos intergeracionais--epigenéticos, por exemplo, prejudicando o crescimento ideal dos cérebros dos indivíduos mais afetados. Mas em vários lugares onde a fome deixou de ser endêmica ou epidêmica, percebe-se que não tem havido um ajuste significativo dessas diferenças entre grupos socioeconômicos, raciais ou de gênero, comprovadamente causado pela melhoria das condições sociais, por exemplo, nos EUA, sugerindo que a biologia tem um papel mais decisivo que o meio, mas não absoluto, pelo menos em relação à inteligência humana. Nem por isso, deve-se suspender o apoio à luta contra as desigualdades que causam injustiças sociais...

Pois até parece que as esquerdas usam sua crença na tábula rasa, de que "somos todos naturalmente iguais", como principal argumento em seu combate às desigualdades. Mas eu penso que deveriam adotar o argumento existencialista, de que somos todos iguais, em essência, por nossa fragilidade, finitude e insignificância em comum, diante da monstruosidade descomunal e indiferente do universo. Sem mais se iludirem de que nossas diferenças não-essenciais seriam facilmente erradicáveis. Em outras palavras, de terem como base em suas políticas, verdades absolutas, e não mentiras reconfortantes que se alinham com algumas de suas crenças ideológicas mais importantes.

É verdade que o monopólio administrativo de "elites" político-econômicas mal intencionadas, principalmente as de direita, tem resultado na distribuição desigual das riquezas produzidas, dentre outros crimes... Mas a pobreza também é produto de uma incapacidade individual de adaptação a certos contextos, especialmente de indivíduos que apresentam traços considerados desvantajosos, tal como uma baixa capacidade cognitiva.

Apenas o "marxismo", vagamente definido neste texto como "luta por justiça social", que está mais certo, por ser o básico bom senso de se buscar por uma sociedade mais equilibrada e justa...

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Ainda que estivesse certo...

... o Lamarckismo não poderia explicar como que as características ''adquiridas'' seriam passadas, se para a maioria das espécies, a reprodução acontece logo depois do amadurecimento orgânico, isto é, equivalente à ''adolescência'' humana. Daria tempo o suficiente para que o ''esforço repetitivo'' se ''transformasse'' em ''mutação adquirida'' e pudesse ser passada aos filhos* 

Enfim, bobagens.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Por que lamarck estava errado? E por que ele também não estava completamente errado?




Confusão entre causação e correlação



Transmissão de caracteres POR esforço repetitivo = a teoria lamarckiana

ou

O Esforço repetitivo para uma determinada atividade nada mais seria do que a expressão natural (intrínseca) ou relativamente construída da forma ou genótipo, que por sua vez é transmissível (teoria darwiniana)



Lamarck deu grande ênfase a expressão/comportamento como um atributo transmissível enquanto que Darwin mostrou que é a forma/arquitetura genética particular ou geral, que é transmissível e/ou heterogeneamente hereditária, e que por sua vez, se consiste em uma das causas principais para a transmissão e manifestação de certo comportamento.



Lamarck postulou que o fenótipo, que é particularmente produzido pela conjugação de bio-variáveis e circunstâncias ambientais, é fundamentalmente transmitido ou transmissível via esforço repetitivo.



Darwin postulou que é o genotipo (ou forma) que é de fato transmissível.



O fenótipo expressa o conjunto de traços emergentes ou dominantes dentro de um bio-contexto individual ou particular. O fenótipo pode pular uma geração e se manifestar na geração subsequente/netos, ou mesmo perder a sua força e claro que todos esses cenários dependerão fundamentalmente das circunstâncias reprodutivas estruturais, como o compartilhamento conjugal de traços em comum, especialmente os recessivos, para que possam se manifestar, possivelmente, variáveis ambientais, etc

No entanto o genótipo, que reúne todos os espectros de dominância e recessividade expressiva/fenotípica particulares, é aquele que será inegavelmente transmitido, e claro que em formas de vida complexas como a humana, isso ocorrerá a partir de uma tendência de diversificação, fenotípica e genotípica, se somos como mutantes e ou recombinantes de nossos pais e assim por diante numa cadeia de preservação e modificação genética.


Exemplo

Eu começo a fazer exercícios físicos e percebo um potencial para esculpir músculos. Segundo Lamarck, eu passaria esta ''transformação gradual'' ou expressão aos meus filhos.

De fato, eu posso passar como legado intergeracional esta DISPOSIÇAO para esculpir músculos, isto é, o genótipo e não necessária ou diretamente, o fenótipo ou músculos esculpidos. Então, um ou vários dos meus hipotéticos filhos poderão nascer com esta disposição.... 

Também pode acontecer de um ou vários deles nascerem com ''novas mutações'' desta característica e passar a ideia de que o meu esforço repetitivo foi passado pra eles enquanto legado genético.

Lamarck concluiu que o fenótipo via esforço repetitivo que é transmissível.

O esforço repetitivo é uma expressão do fenótipo e é o genótipo que é transmissível. Lamarck não estava completamente errado... porque fenótipos também podem ser transmitidos, desde que a transmissão intergeracional resulte em sua expressão, tal pai, tal filho. 

No entanto, a meu entender, o esforço repetitivo não é a causa mas o resultado de certa disposição fenotípica ou cronicamente emergente, aquilo que está muito latente em nós, que não podemos controlar porque é dominante e imperativo de faze-lo, no caso das disposições comportamentais.