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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Exemplos de relativismo histórico-moral de esquerda; de pseudo revisionismo histórico de direita e sua melhor análise (filosófica)

 Relativismo histórico-moral de esquerda:


A escravidão perpetrada por brancos europeus contra negros africanos foi uma crueldade abjeta. 

Mas ....... 

A escravidão praticada entre povos da África subsaariana ou por qualquer outro grupo não-branco era "histórica'' e até ''moralmente justificável", no sentido de, MENOS PIOR, porque (supostamente) não era racismo...

Na verdade, até mesmo a prática de sacrifícios humanos por povos pré-colombianos nas Américas, por exemplo, era "justificável", porque era "cultural" ou normalizada naquelas culturas... 

Hoje em dia, certas "práticas" cruéis ou autoritárias também são consideradas "culturais" e, portanto, mais aceitáveis ou moralmente justificáveis... Por exemplo, a obrigação do uso de véu para as mulheres muçulmanas...

Conclusão: só não é opressivo, autoritário, injusto e/ou cruel se não estiver sendo praticado por "homens brancos"...

Pseudo revisionismo histórico de direita:

Brancos europeus escravizaram negros africanos, mas os negros africanos também se escravizavam, sem falar dos "árabes" muçulmanos, que escravizaram muitos africanos, tanto ou mais que os brancos europeus.

Então......

A prática de escravidão era moralmente justificada, já que era "normal" naquela época...

Conclusão: brancos europeus, em termos histórico-coletivos, estão perdoados por sua crueldade, afinal, os negros africanos também eram cruéis entre si, assim como os "árabes" muçulmanos eram com eles... 

A melhor análise (filosófica):

Não importa se uma prática de escravidão foi ou está sendo praticada por brancos ou por qualquer outro grupo étnico-racial, porque a injustiça, o sofrimento e a crueldade são os mesmos.

Claro que isso também serve para práticas análogas, tal como a exploração econômica das classes basais ou trabalhadoras pelas elites burguesas. 

Até pela irracionalidade da prática, por ser baseada em falácias, por exemplo, de ser o único método que é eficaz na submissão de um povo ou grupo, como se fosse impossível estabelecer uma relação de autoridade por meios menos cruéis ou até opostos à sua brutalidade característica. 

Porque "árabes" muçulmanos escravizavam negros africanos assim como eles faziam consigo mesmos, isso não significa que, então, a escravidão dos africanos pelos europeus era moralmente justificável, afinal, uma ação não se torna racionalmente justa (benigna//ponderada, necessária ou inevitável) apenas porque "todos" ou muitos a praticam. Esse, com certeza, é o caso da escravidão. 

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