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sexta-feira, 24 de março de 2017
Não existem múltiplas moralidades, existe um fator g da moralidade, a moralidade objetiva ou universal
Pentelhos cientificistas ADORAM relativizar a moralidade, eles ADORAM...
Um exemplo de relativização moral pode ser bem observado por meio da negação da teoria das ''múltiplas' inteligências em prol do fator g e QI.
Sem essa teoria, pensam eles, pode-se livremente denominar a inteligência apenas por sua parte cognitiva. Confere Arnaldo*
Assim, a moralidade se relativiza e a inteligência se mecaniciza porque o lado psicológico ou afetivo da segunda passa a ser tratado de maneira separada do lado cognitivo, como se não fosse importante ou mesmo parte da inteligência. Só que não...
Para entender um sistema como um todo você precisa de todas as suas partes. Por exemplo, você não pode entender o organismo humano apenas por meio do sistema nervoso.
Eu concordo que a teoria das múltiplas inteligências não está de todo certa se, só existe uma inteligência, que pode ser bem mensurada por testes cognitivos, que existe um fator g [psicométrico... e total]
MAS TAMBÉM
... que se consiste em um sistema e que apresenta subsistemas, e que portanto, não pode haver ''a inteligência da inteligência ou sistema do sistema'',
... e que esta inteligência varia de tamanho, qualidade e tipo.
Criatividade e racionalidade por exemplo encontram-se sob o domínio da inteligência. A sabedoria por sua vez, se consistiria em sua ''alma'', em parte essencial de sua estrutura, que lhe dá vida e que poucos a tem muito bem desenvolvida, que seria essencial e oniscientemente qualitativa, e ainda assim, sob o seu domínio, justamente por se consistir em um tipo e nível de pensamento.
Esta se diferenciaria em nível e em qualidade em relação à racionalidade. A racionalidade usa de maneira mais eficiente a lógica, isto é, também o lado afetivo, enquanto que a sabedoria usa de maneira mais eficiente a racionalidade, também o lado existencial.
Tal como existe um fator g [reconhecimento de padrões] da inteligência também existe um fator g para a moralidade [ reconhecimento de padrões morais que em seu ideal universal basicamente emula a verdade da existência, que sempre pende para a harmonia para que possa se sustentar, para que possa simplesmente existir], de maneira que, não existem múltiplas inteligências, nem múltiplas moralidades, mas dois sistemas, e ambos apresentam evidentemente variações, tanto de ''quantidade'' ou de tamanho, quanto de qualidade, e não preciso me alongar em demasia para constatar que: os seus ideais [especialmente de qualidade] são inenarravelmente melhores ou mais importantes do que o restante de suas variações. Como eu tenho falado, eles são mais característicos, mais autênticos. A inteligência é mais inteligência, mais autêntica, se ''também'' for racional, sábia e criativa [valores de tipo e de qualidade do sistema-inteligência]. Mais do que sistemas independentes, moralidade e inteligência não apenas convergem, porque o primeiro já se consiste no produto do segundo.
A inteligência ideal pode ser superlativa em tamanho ou ''quantidade'', qualidade e tipo [nível de exoticidade, por exemplo]. Evidente que uma inteligência finalmente ideal seria excepcionalmente correta em todas essas variáveis, em tamanho/qi, qualidade e tipo. O mesmo para a moralidade.
No entanto enquanto que a primeira é mais difícil de ser ser conquistada, a segunda me parece ser mais fácil justamente por necessitar mais da racionalidade, de uma das partes do sistema-inteligência, do que de seu todo. Bastaria ''incutir'' de maneira eugenicamente artificial a racionalidade [emoção + lógica] nas mentes humanas do que tentar criar seres com inteligência de simetria ideal, que são excepcionais em tudo [em tudo mesmo].
E ainda parece que existe a necessidade de haver uma sobreposição moralmente perfeccionista, porque se não, é possível que apenas repetiremos as falhas humanas. Esta sobreposição funcionaria tal como um guia preferencialmente agudo, que determinaria o comportamento, ao invés de dar-lhe a escolha de errar e de maneiras diversamente grosseiras e permanentes, como tem sido o costume humano. No entanto isso não significa que o mundo se tornaria um lugar chato, extremamente certinho, porque como eu tenho comentado, há de se preservar e incentivar pela celebração da individualidade [não confundir com individualismo] bem como também dos prazeres que a vida pode oferecer. O que não poderia acontecer, e que acontece, é que este êxtase tende a avançar para além das fronteiras do ser, do indivíduo, provavelmente causando problemas a outros seres.
Comportamento É moralidade
Se não tivessem inventado a palavra ''moralidade'', eu não duvido que a palavra ''comportamento'' a substituiria de maneira satisfatória. Tudo aquilo que fazemos tem um quê de moral, mesmo a tarefa mais puramente cognitiva, que está mais distante de uma interação inter-pessoal [ou intra-pessoal] ainda terá forte carga moral. Por exemplo, a partir do momento que você repete uma tarefa técnica, em seu trabalho, supostamente não existe nada de moral aí, só que tem sim, porque se você não estivesse se dedicando, se não estivesse concentrado nesta tarefa, isto é, usando o seu julgamento moral, é provável que não a executaria ou que seria desleixado. E mesmo na possibilidade de não fazê-la. Em tudo o que fazemos, a moralidade encontra-se embutida.
Não existem múltiplas moralidades...
A moralidade é um sistema universal, tem um fator g, se manifesta de maneira diversa, porque se manifesta em diferentes níveis ''quantitativos'', qualitativos e de tipos, porque está compartimentada com diferentes ''peças'' mas que tem os seus ideais de operacionalidade, tal como a inteligência.. ;)
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