Macrospectivamente mais inteligente
e
Microspectivamente mais inteligente
(não confundir com generalista e especialista)
O primeiro é um grande pensador analítico, enquanto que o segundo é um grande cientista / trabalhador ou técnico apreendedor.
O primeiro é talentoso para capturar [E ENFATIZAR] a imagem maior, nomeadamente as suas camadas mais macro: existencial, política, cultural (enfim sistêmica), enquanto que o segundo, muitas vezes como um crente dos sistemas sociais humanos, é talentoso para apreender camadas de conhecimento humano abstrato e técnico e aplicá-las de maneira mais detalhista em seus trabalhos.
O macrospectivo geralmente é fraco para o micro, e o microspectivo geralmente é fraco para o macro.
Como uma perspectiva de uma mesma construção ou sistema que é a inteligência, próxima porém distinta da perspectiva dos tipos ''detalhista'' ou ''generalista'', os macrospectivamente inteligentes não são apenas ou especialmente de ''técnicos generalistas'', se existirem este tipo, mas também de evolutivamente ou existencialmente generalistas ou macro-realistas e neste sentido o técnico mais se parecerá com um ''animal domesticado'', e o primeiro como um ''animal selvagem'' porém muito inteligente.
Tal como a diferença entre uma vespa parasita, um outsider, e uma formiga trabalhadora, um insider.
O primeiro é muito suspeito sobre o sistema e tem as habilidades para mudá-lo se ele ou ela tiver a motivação suficiente para fazê-lo, o segundo, como um crente do sistema, trabalha pra ele, melhorando-o em sua área de especialidade, independente da qualidade [moral] do mesmo.
A diferença entre ''apreender'' e ''analisar''
Apreender uma certa tarefa é evidentemente diferente do que analisá-la. A sabedoria principia-se e mesmo finaliza-se com base na análise para o julgamento, enquanto que aquilo que temos unilateralmente entendido como inteligência baseia-se no aprendizado ou melhor, apreensão de certa tarefa ou conhecimento. Também é evidente que sejam complementares, especialmente em um mundo ideal, em que ambas se manifestarão de modo característico ou significativo.
Eu acredito que o sábio não aprenda com a experiência cristalizada convencional ou técnica, que se consiste a apreensão, mas com a cristalização de lembranças de natureza muito mais prática e menos abstrata, e portanto fulminantemente direcionada para pendengas no mundo real e não no ''mundo do trabalho'', ainda que se possa ser sábio também nesta área.
Analisar uma situação é diferente de apreende-la. Percebam que quem apreende uma situação será mais propenso a construir pré-conceitos e tal tendência acopla-se perfeitamente à minha outra ideia sobre ''análise e crítica'', que ao longo do tempo nós vamos nos tornando muito mais críticos do que analíticos, pré-julgando situações com base em nossas referências ou apreensões cristalizadas. Por exemplo: ''pobreza é causada por racismo'', típico de um ideólogo esquerdista. Ou, '''racismo' é aguçado pelo comportamento [médio] das [de certas] pessoas de certo grupo étnico ou racial'', típico de alguém com a amídala direita mais ativa, ;)
Portanto os microspectivamente [ou tecnicamente] inteligentes são melhores apreendedores do que analisadores e/ou julgadores e o oposto para os macrospectivamente inteligentes. O segundo é melhor no reconhecimento de padrões, geralmente mais holísticos, enquanto que o primeiro será melhor na apreensão e cristalização de padrões, não necessariamente factuais. O segundo é mais fluido porém progressivamente cristalizado com conhecimento prático enquanto que o segundo é mais cristalizado do que fluido e com conhecimento mais abstrato. O segundo sempre aplica o conhecimento que tem na vida real, tal como um canal direto de utilidade porém sem a hipo-percepção moral dos tipos mais lógicos, se os macrospectivamente inteligentes tendem a ser mais racionais.
Os macrospectivamente inteligentes serão mais propensos a julgarem os padrões de acordo com que se apresentam enquanto que os microspectivamente inteligentes serão mais propensos a acessarem os seus conhecimentos cristalizados, uma faca de dois gumes em ambos os casos, porém creio eu, mais problemático para o segundo, até mesmo porque este será muito vulnerável na inculcação cultural maligna e/ou mais generalizada e menos criteriosa.
Frase perfeita para o macrospectivamente inteligente:
''Isso [não] faz sentido''
Frase perfeita para o microspectivamente inteligente:
''Eu preciso verificar o conhecimento que eu apreendi para responder''
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