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domingo, 26 de março de 2017

Idealistas versus partidários: contrastes e semelhanças


Diferenças e semelhanças de quem compra uma causa de de quem compra um partido 

idealismo versus  oportunismo 

Níveis de 

Consciência estética


Os idealistas evidentemente que apresentarão os valores mais altos de consciência estética, da beleza ou simetria, pela idealidade, claro que, limitada à ideologia que tiver escolhido, resultando no idealismo.

Os partidários serão no entanto mais propensos a apresentarem valores mais baixos da mesma, ainda que, tal como os idealistas, eles também tendam a escolher uma ideologia porque a veem, primeiramente, como uma idealidade [ uma das principais falhas desta natureza, de se confundir idealismo com idealidade ].

Isso também significa que, a partir do momento em que a ideologia, que é geralmente uma farsa de moralidade objetiva, começar a revelar o seu verdadeiro rosto, os idealistas mais perspicazes começarão a debandar, ao começarem a perceber as muitas contradições que praticamente caracterizam a mesma. Por outro lado, os partidários, porque estão muito menos esteticamente/moralmente sensíveis, tenderão a permanecerem ''no recinto ideológico'' que escolheram, e assim como a ideologia vai se mostrando mais feia do que no princípio, os partidários vão acompanhando essa metamorfose. Os partidários, conscientes ou não, emulam os idealistas, que são de proto-mutualistas, mas serão, desproporcionalmente falando, de proto-parasitas, que veem no grupo ideológico um modo de vida, ainda mais quando a ideologia casa ''perfeitamente'' com as suas crenças ou inclinações morais, quase sempre superficiais, especialmente porque também tenderão a sê-lo no âmbito intelectual. Os partidários são oportunistas, que geralmente estão subconscientes de suas naturezas morais nebulosas, e ao mesmo tempo de inseguros, que sentem a necessidade de fazerem parte de um grupo, e em especial, novamente, quando o grupo lhe for de bom gosto, se casar com as suas características psico-intelectuais.

Os idealistas são em sua maioria de crentes devotos e os mais inteligentes tendem a perceber cedo as contradições, enfim, a natureza essencialmente corrupta e mentirosa, que geralmente a maioria das ideologias/ ou religiões humanas apresentam. Os idealistas mais tolos tendem a permanecer ''no barco'' mesmo quando vão percebendo contradições e muitas vezes também quando não o fazem, isto é, quase que como em um estado permanente de psicose ''parcial'. Os idealistas apostam as suas fichas em suas ideologias de estimação enquanto que os partidários, subconsciente ou conscientemente, estão mais preocupados em fincar raízes nesta estrutura e tirar dela o seu sustento parasitário, do que de pensar em ideais ou valores morais superiores. Ele pode ser como uma cobra cega ou como uma serpente bem desperta, que sabe muito bem o que está fazendo.


Compreensão factual


Pelo que parece a grande maioria dos idealistas e dos partidários apresentam déficits neste aspecto. No caso dos idealistas, mais especificamente, me parece que, tendem a ter uma forte disposição para o pensamento holístico, para a imagem maior, mas ao mesmo tempo, fraquezas em relação ao pensamento detalhista. Isso explica porque o socialismo, a priore, e teoricamente falando, parece mais correto que o capitalismo. Isto é, igualdade e justiça sociais, que são valores morais holísticos, não estão errados, sob nenhuma instância. O problema começa quando, do holístico, da imagem maior, se passa a buscar por detalhes, pela ''imagem menor''. E são muitos os detalhes que tornam o socialismo difícil de se sustentar e de maneira ideal. O idealista se assemelha ou apresenta um estilo de pensamento pseudo-psicótico, que é mais global do que local, que constrói a imagem maior, mas que se esquece dos detalhes que a perfazem. Por exemplo, em média, um idealista socialista deseja a igualdade social, novamente, que se consiste em um valor moral holístico. Só que ele se esquece que existem muitos detalhes que tornam a possibilidade da igualdade social mais difícil, desde os fatores mais intrínsecos como as diferenças raciais médias em inteligência e temperamento, até os fatores estruturais, como a ideia de meritocracia, de que, aquele que produz mais, merece ganhar mais do que outro, ou um exemplo ainda mais concreto: o médico merece ganhar mais do que o gari, porque a sua função é muito mais importante que a função do gari, ele salva vidas enquanto que o gari varre as ruas. 

Compreensão factual assim como tudo aquilo que percebemos ou que fazemos, quer queiramos ou não, obedece a uma hierarquia que se principia em nós, como eu já falei, sobre o epicentro do comportamento. Portanto, apesar de estarmos rodeados e mesmo compostos por infinitos fatos, de todos os tipos e tamanhos, é pela espinha dorsal da realidade que devemos principiar, porque é a mais importante, especialmente pra nós. E essa espinha, novamente, principia-se por nós, via autoconhecimento, se expande para o ambiente de vivência, via reconhecimento ou conhecimento de padrões, dos outros seres, humanos e não-humanos, de fenômenos naturais e das dinâmicas entre todos esses elementos. 

Portanto, quem já exibe fraco autoconhecimento, já terá uma compreensão factual igualmente fraca, ainda que possa se tornar um conhecedor de periferias do saber. Partidários e idealistas podem ser muito inteligentes em termos cognitivos, acadêmicos, mas em termos macrospectivos, da ''imagem maior existencial''/ sabedoria, sobre a espinha dorsal da realidade, geralmente, eles serão na média ou abaixo da média, e eu acho que serão desproporcionalmente abaixo da média.

A compreensão factual, a meu ver, será variável entre os dois grupos, mas eu acho que, os partidários conscientes de suas naturezas oportunistas e camaleônicas, fortemente propensos a serem de ''anti-sociais'', apresentarão compreensões factuais maiores, se tipos psicopáticos tendem a fazê-lo de qualquer maneira. Portanto é possível que esses perfis médios respectivamente para os idealistas e para os partidários mais conscientes: alto em consciência estética, baixo em compreensão factual/ baixo em consciência estética, alto em compreensão factual. Em compensação os partidários menos conscientes, que devem ser mais demograficamente prevalentes, é possível que serão mais fracos em ambos os quesitos. Poderíamos também substituir os neo-termos que propus, por: empatia afetiva/empatia cognitiva, ainda que a consciência estética não se consista exatamente em empatia afetiva, a tem como ferramenta fundamental, e o mesmo no caso da compreensão factual, e especialmente a partir do momento em que passarmos a entender todos esses outros termos de maneira generalizada, isto é, a empatia afetiva não apenas em relação a outros seres, mas também à realidades impessoais, por exemplo, sentir afeição ou afeto por matemática. 

Dissonância cognitiva



Faça o que eu falo, não faça o que eu faço

Novamente, a meu ver, os idealistas serão em média desproporcional ou característica, menos cognitivamente dissonantes do que os partidários, isto é, procurarão evitar hipocrisias em suas condutas ideacionais e comportamentais. O idealista socialista mais inteligente, por exemplo, será mais propenso a colocar o seu filho em uma escola pública, a buscar reduzir a sua ''pegada'' no meio ambiente, etc. Em compensação o partidário socialista, mais ''preocupado' com as questões políticas, mas também com o seu parasitismo se possível discreto, será muito mais propenso a pensar de um jeito, e fazer de outro, ou mesmo, a dizer aos outros como agir, mas fazer o oposto daquilo que prega, que é um sinal mais do que claro de hipocrisia. Se quase todo sistema de moralidade subjetiva se coloca como ''o sistema moral perfeito'', ou que representa a moralidade objetiva/final/''divina'', então em todas essas estruturas psicóticas de crença e valor, nós vamos encontrar esses dois tipos. 

Estúpido ou mal caráter*

A maioria dos idealistas não apresentam má índole, pelo contrário, pois tendem a ser tão teoricamente bondosos que ultrapassam largamente o limite do bom senso, de auto-preservação [ uma das características fundamentais da espinha dorsal da realidade]. A maioria deles também apresenta características proto-psicóticas, para que possam se convencer de ideias de natureza holística e que invariavelmente se apresentam de modo superficial, sem detalhes, obviamente holísticas, quase que de maneira poética. Nesse caso estamos a falar de apofenia, que se consiste em uma característica essencial das psicoses. A maioria dos seres humanos encontram-se vulneráveis para a adoção de ideias apofênicas, e eu acredito que, os ''mais apofênicos'' providos de maiores capacidades cognitivas, serão mais propensos a adotarem a ideologia, enquanto que os menos capazes, neste sentido, serão mais propensos a adotarem a religião. A explicação parece simples, a ideologia se apresenta de maneira mais científica, filosófica, e menos bizarra, como acontece com a religião. Por exemplo, acreditar na ressurreição de Jesus Cristo versus o racismo institucionalizado das sociedades ocidentais. O primeiro é claramente uma aberração de pensamento. O segundo já se encontrará muito mais próximo da realidade concreta, e mesmo poder-se-ia dizer que se consiste em uma interpretação de um possível fato ou mesmo, que pode ser entendido como tal, mediante algumas perspectivas mais periféricas. Parece que, talvez, no fundo, seja um pouco, mas o cerne de toda esta confusão é que se está confundindo [[[propositalmente]]] causa com efeito. A causa para as desigualdades sócio-raciais não é o racismo institucionalizado, mas as desigualdades intelecto-raciais médias e de temperamento. Isto é, não são ''os'' brancos ou as suas instituições que, propositalmente, mantém a maioria dos negros em condições sócio-econômicas inferiores, mas os próprios negros que, em sua maioria, não estão ''cognitivamente adaptados'' às sociedades ''modernas'' [tecnologicamente dominadas].

Por outro lado, os partidários, a meu ver, serão bem menos propensos a serem de super-''bonzinhos'' porém meio psicóticos e ingênuos, como os idealistas costumam ser, até mesmo porque estarão mais focados no grupo do que em seus [supostos] ideais. Como camaleões, eles emulam os idealistas, que são os garotos-propaganda de qualquer culto, mas tendem a ter, de maneira mais aguda, porém invariavelmente subconsciente, outras intenções. Eles querem ganhar em cima de suas escolhas e não necessariamente de ver os ideais do seu grupo ideológico vingarem e se tornarem a ordem do dia.

Em termos de apofenia, o partidário médio também tenderá a ser mais apofênico, como a maioria das pessoas menos perspicazes costumam ser de qualquer maneira. Mas menos proto-psicótico que o idealista e portanto mais cínico. O partidário mais inteligente, como eu já comentei, tenderá a ser mais psicopático que psicótico, aliás esta dobradinha tem ''dado certo'' desde os primórdios da civilização. O psicopático manipulando o psicótico, lhe tolhendo a sua capacidade de entender a realidade, a ponto de se tornar mentalmente emancipado e de não mais depender de seus mestres mentais calculistas. O idealista mais inteligente tenderá a ser mais parecido com o sábio, e muitas de se sê-lo. Percebam que o parasita sempre tenta atrair o mutualista para dentro de seu projeto de poder perpétuo. Idealistas mais inteligentes, como eu já comentei, são os primeiros a debandarem do grupo, sem falar do sábio, o mutualista mais inteligente, que incomumente se deixa atrair por ideologias por períodos prolongados de sua vida.



Síndrome de Dunning-Krueger

Princípio da compreensão factual

Proto-psicóticos e proto a psicopáticos são em média muito autoconfiantes. Portanto não esperemos por humildade intelectual entre eles, ou em relação à maioria deles. Surpreendentemente ou nem tanto os mais [intelectualmente] inteligentes de ambos, idealistas e partidários, apresentam os níveis mais baixos de síndrome de Dunning-Krueger, se forem é claro comparados com os outros de seus respectivos grupos. Os níveis mais altos de humildade intelectual, que se relaciona com autoconhecimento e com níveis mais baixos desta síndrome, que é extremamente comum, fazem com que os idealistas mais inteligentes, de maneira precoce, capturem os problemas e contradições fatais dos sistemas ideológicos ou religiosos que decidiram seguir, a priore, porque quando nos apropriamos de uma ideologia, correta ou não, passamos a tratá-la como parte de nós, nós como os seus mensageiros ou agentes, tal como templários ou cavaleiros. Portanto o exercício de humildade intelectual necessita de auto-''reflexão'' constante, do contrário, ficará difícil de se alcançá-la. Os partidários mais inteligentes, e portanto psicopáticos, desde cedo entenderão de maneira profunda e mais factualmente precisa, quanto à natureza essencialmente corrupta do sistema ideológico que passam a investir, novamente, denotando sinal de ''humildade intelectual'', que neste caso, mostra-se mais como uma peça auxiliar, como um meio, do que como uma reflexão/expressão da índole. Em ambos os casos, as palavras ''talento'' e ''autenticidade'' podem ser facilmente introduzidas, porque demonstrarão maiores capacidades intelectuais, só que de um lado, se fará de maneira moralmente benigna, e de outro, de maneira moralmente maligna. 

Em relação aos idealistas e aos partidários medianos, parece fácil de se concluir que ''pontuarão'' alto em síndrome de Dunning-Krueger, isto é, apresentarão autoconhecimentos distorcidos, exagerando as suas forças e portanto as suas capacidades de se usá-las, negligenciando as suas fraquezas, realidade essa que claramente se mesclará com as suas escolhas ideológicas, isto é, as segundas reforçarão as suas autoconfianças exageradas. 

Os partidários, talvez, possam ser até definidos como hipo-psicóticos, e portanto mais próximos dos seus mestres, dos seus patrões mentais, denotando pragmatismo, realismo frio mas ainda embotado de ''real realismo'', no sentido de se compreender a macro-realidade, disposição essa que se manifesta em níveis mais altos de autenticidade entre os mais sábios, que se consistem na elite final dos idealistas. Os partidários em média estão a meio caminho entre o normal ou o convencional e o psicopata, ainda assim, eles não serão em sua maioria de sociopatas ou de psicopatas, mas de hipócritas patológicos, ou como eu gosto de falar, de ''cobras cegas''. Os idealistas em média [média característica] estão a meio caminho entre o normal, a psicose e a sabedoria, e portanto se bifurcarão entre os proto-psicóticos e os proto-racionais.




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