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terça-feira, 4 de abril de 2017

O inteligente zela, o criativo vandaliza

Os mais cognitivamente inteligentes são aqueles com as maiores capacidades de memorização convergente e subsequente capacidade de manejo deste arcabouço. No entanto, parece ser comum se não característico que eles também acabem zelando pelas informações, independente da qualidade factual das mesmas, que internalizam, e subsequentemente se tornando os seus agentes/zeladores. Como sustentadores naturais das sociedades, eles apresentam natural aptidão pra essa tarefa de zelar por aquilo que internalizam e que serão úteis [ou nem tanto] em seus trabalhos. Não é um problema, a priore, zelar ou proteger as informações que internalizamos, todos nós fazemos com maior ou com menor nível de paixão. Mas com certeza que se torna um problema quando o fazemos também ou comumente com: 

- o conhecimento mal construído ou mal analisado,

- os factoides.

Você pode ter em mãos alguns grãos de uma verdade particular, mas, se conformar com esses poucos grãos que tem, ao invés de tentar entendê-la de maneira mais profunda. E o pior ainda pode acontecer, porque você também pode ter, ao invés de fatos mal organizados e/ou hipo-desenvolvidos, factoides que são: pseudo-fatos, só que tomados como verdadeiros. No primeiro caso as associações primárias estão minimamente corretas, no entanto não há um zelo maior em seu desenvolvimento e polimento. No segundo caso as associações primárias ou bases já estão equivocadas. Aí o buraco da ignorância é muito mais profundo. 

No mais, é comum que o mais criativo, ''vandalize'', manipule, especule, busque entender certo conhecimento, antes de, comprá-lo e de passar a zelar por sua integridade, como os cognitivamente ou mesmo convergentemente inteligentes costumam fazer. Claro que, como é lugar comum na criatividade, este ímpeto analítico-crítico do criativo tenderá a ser feito de maneira mais insular ou específica do que generalizada. 

Quando o convergentemente inteligente se depara com um conjunto de informações [pré conhecimento] que casem ou que convirjam consideravelmente com os seus preconceitos cognitivos mais basais, é muito provável que ele o internalizará, até mesmo de maneira mais abrupta, rápida ou precipitada, do que uma pessoa com inteligência cognitiva, na média, geralmente faz.

Se no final as contas TODOS NÓS acabamos alimentando os nossos próprios preconceitos cognitivos mais agudamente queridos, os mais convergentemente inteligentes ainda terão maiores capacidades para produzir justificativas mais interessantes e próximas, ou mesmo, comungadas com a verdade objetiva ou universal.

O criativo mais convergente ainda será capaz de aumentar a quantidade e ''qualidade' de certo conjunto de informações, estando elas factuais ou nem tanto, aquilo que o inteligente cognitivo-convergente típico internalizará sem maior criticismo. Já o criativo mais racional, peça que parece ser mais rara, será fortemente propenso a, de fato, vandalizá-lo, em especial quando começa a compilar contradições fatais, que são alertas de que as suas bases estão corrompidas ou deturpadas.


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Se podemos entender o criativo convergente como um ser híbrido entre o inteligente 'convergente' e o criativo 'divergente', ainda que este também vandalize, só que, ao invés de, metaforicamente falando, destruir a estátua, ele fará uns desenhos de bom gosto na mesma, ressaltando-a, de alguma maneira, enquanto que o criativo 'divergente' será muito mais propenso a testar a resistência da ''estátua''/pré-ou-proto conhecimento, jogando pedras, etc... para ver se de fato está baseada em fundamentos fortes ou racionais.

Se o muro de Berlim fosse um proto-conhecimento então o típico inteligente convergente que tivesse se especializado nele, o defenderia, o zelaria, porque reflete parte de si mesmo, de sua própria inteligência, que foi projetada ou colada a este conjunto de informações, metaforicamente hipotético.

Por outro lado, o criativo divergente que também tivesse se especializado no muro de Berlim, teria como reação primária a análise de suas características, e subsequente crítica e quanto mais frequentes e profundas fossem as suas contradições, encontradas, maior a intensidade da crítica, ao ponto de chegar ao ''vandalismo''. 

O primeiro zela, o segundo, dependendo da qualidade do conhecimento, pode chegar ao ato do vandalismo.

Para criar é preciso primeiro vandalizar/criticar, em menor ou maior grau.

Para ser original existe a necessidade de nunca se conformar com aquilo que já existe, dentro de sua área de interesse, do contrário, não haverá como criar ou expandir novos horizontes do conhecimento. No entanto, eu acredito que, quando um conhecimento parece estar fortemente construído, ficará mais difícil para que o criativo possa encontrar brechas virgens de exploração, se a principal intenção do conhecimento é de se conhecer de maneira progressivamente abrangente e precisa sobre certa realidade, para que possa ser refletida com perfeição, tendo o seu quebra-cabeças completado. 

O criativo convergente ou o pensador lateral, o criativo divergente ou o pensador divergente.. novamente

O nível de potencial de ''vandalismo'' analítico-crítico parece depender de uma série de fatores, e não apenas do nível ou capacidade para o pensamento divergente. No entanto a partir do momento em que nos centralizamos nas áreas de especialização dos indivíduos, esses fatores poderão ser hierarquizados ou terão como base justamente este espectro de capacidade. Portanto, quando temos dois criativos, dentro de uma mesma área de interesse/exploração, o ímpeto do criativo convergente não será o de fazer varreduras completas em seu objeto de escrutínio, porque será mais parecido com o inteligente convergente, isto é, zelará mais do que vandalizará. Como resultado, o mais provável é que use as suas habilidades para o pensamento lateral [pequena criatividade] na busca por meios de expandir o seu conhecimento de especialização, não importando se está mais ou menos factual/correto, em sua raiz. Em compensação o criativo divergente, ou, aquele que, é mais perfeccionista, será mais propenso a analisar, criticar, antes de julgar ou qualificar, e dependendo da qualidade das informações, ele poderá inclusive começar a vandalizá-las, inconformado com os seus níveis, buscando melhorá-la de maneira bem mais significativa, mesmo a ponto de reconstruí-la, ou ao ponto de destruí-la. O criativo convergente tende a julgar primeiro [gostar ou não gostar], e a analisar e criticar depois, isto é, ele tende a fazer o inverso do criativo divergente, assim como também faz o inteligente convergente. Isso parece revelar um pouco de instintividade, em que o criativo convergente, atraído por seu instinto, cairá de amores por sua área de maior interesse, enquanto que o criativo divergente, com o seu pé no freio do instinto/preconceito cognitivo, estudará [analisará e criticará] antes de poder ou não cair em tentação, ou, também pode fazê-lo em ordem similar ao convergente, mas nunca se conformando, claro, que dependerá da qualidade do nível do conhecimento. É metaforicamente equivalente ao fã que cai de amores por seu ídolo ou ídola, daquele que, apesar de ter a mesma fixação ou interesse, passa a criticá-lo/la quando começa a perceber os seus erros de conduta [que tendem a ser característicos entre as ''celebridades''].

Poderíamos voltar, porque não, ao meu modelo de diferenciação entre IDEALISTAS e PARTIDÁRIOS, sendo que, o criativo e o inteligente convergentes, seriam mais para os partidários, e o criativo divergente seria mais para o idealista, que busca pelo ideal, em sua área mais particularizada de interesse. Os primeiros se fixam, conformam e convergem. Os seus instintos ou preconceitos cognitivos lhes chamam, eles atendem e se sedentarizam. O segundo se fixa, e a princípio pode até se conformar, mas ao longo do tempo vai analisando mais profundamente, buscando pela reflexão perfeita ou próxima disso, de sua área de fixação, em relação àquilo que estipula como o ideal. Sim, porque o idealista cria expectativas, critérios ou cenários de idealidade, estando eles mais ou menos corretos. Ele parte de um ponto de ''perfeição', ou, ao longo do tempo, descobre 'por si mesmo', que existe um ponto universal de idealidade [só que geralmente o faz de maneira insular ou particularizada], que é o equilíbrio, que está subjacente a tudo aquilo que existe, e quando percebe que o conhecimento disponível ou existente de sua área de interesse não o satisfaz, estando ele mais ou menos correto quanto este sentimento, então irá se centralizar nessas áreas que estão mais obscuras, e é justamente a partir desses nacos incompletos ou indefinidos, das peças que estão faltando ao quebra-cabeças, que o criativo divergente, mas também o convergente, se dedicarão mais, e com o diferencial holístico do primeiro em comparação ao segundo, o ''partidário criativo'' que quer melhorar o partido/conhecimento de estimação, versus o idealista criativo que quer o ideal, a completude ou conhecimento ''completo' de sua área de interesse. 


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O filme ''Confiança'', de 1990, retrata um pouco a natureza da superdotação e também o estilo holístico da criatividade divergente, quando o personagem que é interpretado por Martin Donovan descobre erros na fabricação dos produtos da fábrica em que começa a trabalhar e ingenuamente avisa aos donos do negócio sobre a sua descoberta. Ao descobrir que os erros são propositais [obsolescência programada] fica irado de raiva, e acaba sendo advertido quanto ao seu comportamento, supostamente irracional.

 O criativo não apenas cria novas ideias ou pensamentos, mas também ou necessariamente, precisa antes de tudo, analisar e criticar honestamente/de maneira neutra a sua área, para que então possa ter intuições originais... e lógicas ou ''úteis'. Isto é, para ter ideias originais e ao mesmo tempo 'lógicas', ele precisa se certificar ao menos que as bases do conhecimento que busca refletir a sua área de especialidade sejam fortes ou, novamente, lógicas. Este diferencial holístico é um dos grandes responsáveis pela superioridade [em alguns aspectos muito relevantes] da grande criatividade sobre a pequena criatividade.


 O criativo convergente é criativamente discreto, claro que, em relação à sua área de fixação. Já o criativo divergente, dependendo de suas capacidades racionais e intuitivo-criativas, e da qualidade convergente ou existente de sua área de fixação, pode se tornar o mais ''escandaloso'' de todos, ao revelar, normalmente sem piedade, os erros que estão sendo negligenciados em sua área. O criativo convergente tende a ser mais conformista [à sua área de fixação], o divergente não. Aí temos outra diferença, porque o criativo convergente, ao ser menos macro ou holístico-perfeccionista, será menos propenso a diferenciar a qualidade das informações que está internalizando, e portanto, se esta for: alta, média, variável, uniforme, ou baixa, tanto faz pra ele, ainda que acabará trabalhando por suas micro-melhorias. Já o criativo divergente será menos generalizadamente anestesiado e portanto mais qualitativamente reativo, tal como a diferença que propus entre o extrovertido e o introvertido. O primeiro percebe e sente pouco as diferenças de densidade dos ambientes. O segundo é o oposto. O mesmo no caso do criativo convergente e do criativo divergente. O criativo divergente, análogo ao introvertido, sente mais os contrastes do ''ambiente''/conhecimento, porque é mais sensível à sua qualidade, e portanto, se o conjunto de informações que perfazem a sua área de interesse não lhe agradar, e em especial se, de fato, ele estiver certo, então reagirá de maneira conforme, não confundir com conformada. Se está ruim, ele se tornará mais crítico. Se está bom, ele reduzirá a sua carga de acidez analítico-crítica necessária e se conformará mais ao conhecimento existente.

No entanto, a criatividade, por razões auto-evidentes, é parte fundamental, essencial da inteligência, porque visa expandir os seus horizontes ou zonas de penetrabilidade. O criativo é o inteligente que não se conforma com o estado ou nível de qualidade e de abrangência do conhecimento de sua área de interesse e a partir disso buscará, de maneira mais microspectiva, como o criativo convergente, ou de maneira mais macrospectiva/holística, como o criativo divergente, as peças que faltam ao quebra-cabeças, e novamente, o segundo será ainda mais profundo nesta labuta. 

Em termos de autenticidade, a reflexão perfeita ou ''empatia perfeita'', de se colocar na pele do ''outro'', ser ou não ser, e a partir disso entender ''totalmente'' ou ''predominantemente'' parte de sua área, evidente que o criativo divergente será muito mais autêntico que o convergente, tal como o pai que ''ama tanto' o filho, se preocupa tanto com ele, que também passa a vigiar por seus defeitos, desejando que melhore em suas fraquezas. O pai que é curioso em relação ao seu filho. Enquanto que o criativo convergente pode ser metaforicamente exemplificado como o pai que tem um amor diferente por seu filho, que o idealiza erroneamente, desprezando os seus defeitos e até mesmo chegando a exagerar as suas qualidades, portanto, vendo-o como ''perfeito''.

Inteligentes e criativos convergentes tendem a ver o conhecimento de suas áreas de fixação como, se não ''perfeitos'', ao menos abrangentes. Por outro lado, em relação às mesmas áreas de fixação ou interesse, os criativos divergentes tenderão a reagir de modo distinto, sem se conformar ao nível até então alcançado de certo conhecimento, especialmente se for o caso, buscando por suas falhas, contradições ou áreas hipo-desenvolvidas ou foscas.

Eu até poderia, como conclusão deste texto, afirmar atrevidamente [à moda do blogue] que o criativo divergente, especialmente em sua área de fixação, por causa de sua maior curiosidade, inquietação e perfeccionismo, tem ou desenvolve uma visão muito mais nítida da mesma, a ponto de produzir insights realmente precisos. 

domingo, 26 de março de 2017

Idealistas versus partidários: contrastes e semelhanças


Diferenças e semelhanças de quem compra uma causa de de quem compra um partido 

idealismo versus  oportunismo 

Níveis de 

Consciência estética


Os idealistas evidentemente que apresentarão os valores mais altos de consciência estética, da beleza ou simetria, pela idealidade, claro que, limitada à ideologia que tiver escolhido, resultando no idealismo.

Os partidários serão no entanto mais propensos a apresentarem valores mais baixos da mesma, ainda que, tal como os idealistas, eles também tendam a escolher uma ideologia porque a veem, primeiramente, como uma idealidade [ uma das principais falhas desta natureza, de se confundir idealismo com idealidade ].

Isso também significa que, a partir do momento em que a ideologia, que é geralmente uma farsa de moralidade objetiva, começar a revelar o seu verdadeiro rosto, os idealistas mais perspicazes começarão a debandar, ao começarem a perceber as muitas contradições que praticamente caracterizam a mesma. Por outro lado, os partidários, porque estão muito menos esteticamente/moralmente sensíveis, tenderão a permanecerem ''no recinto ideológico'' que escolheram, e assim como a ideologia vai se mostrando mais feia do que no princípio, os partidários vão acompanhando essa metamorfose. Os partidários, conscientes ou não, emulam os idealistas, que são de proto-mutualistas, mas serão, desproporcionalmente falando, de proto-parasitas, que veem no grupo ideológico um modo de vida, ainda mais quando a ideologia casa ''perfeitamente'' com as suas crenças ou inclinações morais, quase sempre superficiais, especialmente porque também tenderão a sê-lo no âmbito intelectual. Os partidários são oportunistas, que geralmente estão subconscientes de suas naturezas morais nebulosas, e ao mesmo tempo de inseguros, que sentem a necessidade de fazerem parte de um grupo, e em especial, novamente, quando o grupo lhe for de bom gosto, se casar com as suas características psico-intelectuais.

Os idealistas são em sua maioria de crentes devotos e os mais inteligentes tendem a perceber cedo as contradições, enfim, a natureza essencialmente corrupta e mentirosa, que geralmente a maioria das ideologias/ ou religiões humanas apresentam. Os idealistas mais tolos tendem a permanecer ''no barco'' mesmo quando vão percebendo contradições e muitas vezes também quando não o fazem, isto é, quase que como em um estado permanente de psicose ''parcial'. Os idealistas apostam as suas fichas em suas ideologias de estimação enquanto que os partidários, subconsciente ou conscientemente, estão mais preocupados em fincar raízes nesta estrutura e tirar dela o seu sustento parasitário, do que de pensar em ideais ou valores morais superiores. Ele pode ser como uma cobra cega ou como uma serpente bem desperta, que sabe muito bem o que está fazendo.


Compreensão factual


Pelo que parece a grande maioria dos idealistas e dos partidários apresentam déficits neste aspecto. No caso dos idealistas, mais especificamente, me parece que, tendem a ter uma forte disposição para o pensamento holístico, para a imagem maior, mas ao mesmo tempo, fraquezas em relação ao pensamento detalhista. Isso explica porque o socialismo, a priore, e teoricamente falando, parece mais correto que o capitalismo. Isto é, igualdade e justiça sociais, que são valores morais holísticos, não estão errados, sob nenhuma instância. O problema começa quando, do holístico, da imagem maior, se passa a buscar por detalhes, pela ''imagem menor''. E são muitos os detalhes que tornam o socialismo difícil de se sustentar e de maneira ideal. O idealista se assemelha ou apresenta um estilo de pensamento pseudo-psicótico, que é mais global do que local, que constrói a imagem maior, mas que se esquece dos detalhes que a perfazem. Por exemplo, em média, um idealista socialista deseja a igualdade social, novamente, que se consiste em um valor moral holístico. Só que ele se esquece que existem muitos detalhes que tornam a possibilidade da igualdade social mais difícil, desde os fatores mais intrínsecos como as diferenças raciais médias em inteligência e temperamento, até os fatores estruturais, como a ideia de meritocracia, de que, aquele que produz mais, merece ganhar mais do que outro, ou um exemplo ainda mais concreto: o médico merece ganhar mais do que o gari, porque a sua função é muito mais importante que a função do gari, ele salva vidas enquanto que o gari varre as ruas. 

Compreensão factual assim como tudo aquilo que percebemos ou que fazemos, quer queiramos ou não, obedece a uma hierarquia que se principia em nós, como eu já falei, sobre o epicentro do comportamento. Portanto, apesar de estarmos rodeados e mesmo compostos por infinitos fatos, de todos os tipos e tamanhos, é pela espinha dorsal da realidade que devemos principiar, porque é a mais importante, especialmente pra nós. E essa espinha, novamente, principia-se por nós, via autoconhecimento, se expande para o ambiente de vivência, via reconhecimento ou conhecimento de padrões, dos outros seres, humanos e não-humanos, de fenômenos naturais e das dinâmicas entre todos esses elementos. 

Portanto, quem já exibe fraco autoconhecimento, já terá uma compreensão factual igualmente fraca, ainda que possa se tornar um conhecedor de periferias do saber. Partidários e idealistas podem ser muito inteligentes em termos cognitivos, acadêmicos, mas em termos macrospectivos, da ''imagem maior existencial''/ sabedoria, sobre a espinha dorsal da realidade, geralmente, eles serão na média ou abaixo da média, e eu acho que serão desproporcionalmente abaixo da média.

A compreensão factual, a meu ver, será variável entre os dois grupos, mas eu acho que, os partidários conscientes de suas naturezas oportunistas e camaleônicas, fortemente propensos a serem de ''anti-sociais'', apresentarão compreensões factuais maiores, se tipos psicopáticos tendem a fazê-lo de qualquer maneira. Portanto é possível que esses perfis médios respectivamente para os idealistas e para os partidários mais conscientes: alto em consciência estética, baixo em compreensão factual/ baixo em consciência estética, alto em compreensão factual. Em compensação os partidários menos conscientes, que devem ser mais demograficamente prevalentes, é possível que serão mais fracos em ambos os quesitos. Poderíamos também substituir os neo-termos que propus, por: empatia afetiva/empatia cognitiva, ainda que a consciência estética não se consista exatamente em empatia afetiva, a tem como ferramenta fundamental, e o mesmo no caso da compreensão factual, e especialmente a partir do momento em que passarmos a entender todos esses outros termos de maneira generalizada, isto é, a empatia afetiva não apenas em relação a outros seres, mas também à realidades impessoais, por exemplo, sentir afeição ou afeto por matemática. 

Dissonância cognitiva



Faça o que eu falo, não faça o que eu faço

Novamente, a meu ver, os idealistas serão em média desproporcional ou característica, menos cognitivamente dissonantes do que os partidários, isto é, procurarão evitar hipocrisias em suas condutas ideacionais e comportamentais. O idealista socialista mais inteligente, por exemplo, será mais propenso a colocar o seu filho em uma escola pública, a buscar reduzir a sua ''pegada'' no meio ambiente, etc. Em compensação o partidário socialista, mais ''preocupado' com as questões políticas, mas também com o seu parasitismo se possível discreto, será muito mais propenso a pensar de um jeito, e fazer de outro, ou mesmo, a dizer aos outros como agir, mas fazer o oposto daquilo que prega, que é um sinal mais do que claro de hipocrisia. Se quase todo sistema de moralidade subjetiva se coloca como ''o sistema moral perfeito'', ou que representa a moralidade objetiva/final/''divina'', então em todas essas estruturas psicóticas de crença e valor, nós vamos encontrar esses dois tipos. 

Estúpido ou mal caráter*

A maioria dos idealistas não apresentam má índole, pelo contrário, pois tendem a ser tão teoricamente bondosos que ultrapassam largamente o limite do bom senso, de auto-preservação [ uma das características fundamentais da espinha dorsal da realidade]. A maioria deles também apresenta características proto-psicóticas, para que possam se convencer de ideias de natureza holística e que invariavelmente se apresentam de modo superficial, sem detalhes, obviamente holísticas, quase que de maneira poética. Nesse caso estamos a falar de apofenia, que se consiste em uma característica essencial das psicoses. A maioria dos seres humanos encontram-se vulneráveis para a adoção de ideias apofênicas, e eu acredito que, os ''mais apofênicos'' providos de maiores capacidades cognitivas, serão mais propensos a adotarem a ideologia, enquanto que os menos capazes, neste sentido, serão mais propensos a adotarem a religião. A explicação parece simples, a ideologia se apresenta de maneira mais científica, filosófica, e menos bizarra, como acontece com a religião. Por exemplo, acreditar na ressurreição de Jesus Cristo versus o racismo institucionalizado das sociedades ocidentais. O primeiro é claramente uma aberração de pensamento. O segundo já se encontrará muito mais próximo da realidade concreta, e mesmo poder-se-ia dizer que se consiste em uma interpretação de um possível fato ou mesmo, que pode ser entendido como tal, mediante algumas perspectivas mais periféricas. Parece que, talvez, no fundo, seja um pouco, mas o cerne de toda esta confusão é que se está confundindo [[[propositalmente]]] causa com efeito. A causa para as desigualdades sócio-raciais não é o racismo institucionalizado, mas as desigualdades intelecto-raciais médias e de temperamento. Isto é, não são ''os'' brancos ou as suas instituições que, propositalmente, mantém a maioria dos negros em condições sócio-econômicas inferiores, mas os próprios negros que, em sua maioria, não estão ''cognitivamente adaptados'' às sociedades ''modernas'' [tecnologicamente dominadas].

Por outro lado, os partidários, a meu ver, serão bem menos propensos a serem de super-''bonzinhos'' porém meio psicóticos e ingênuos, como os idealistas costumam ser, até mesmo porque estarão mais focados no grupo do que em seus [supostos] ideais. Como camaleões, eles emulam os idealistas, que são os garotos-propaganda de qualquer culto, mas tendem a ter, de maneira mais aguda, porém invariavelmente subconsciente, outras intenções. Eles querem ganhar em cima de suas escolhas e não necessariamente de ver os ideais do seu grupo ideológico vingarem e se tornarem a ordem do dia.

Em termos de apofenia, o partidário médio também tenderá a ser mais apofênico, como a maioria das pessoas menos perspicazes costumam ser de qualquer maneira. Mas menos proto-psicótico que o idealista e portanto mais cínico. O partidário mais inteligente, como eu já comentei, tenderá a ser mais psicopático que psicótico, aliás esta dobradinha tem ''dado certo'' desde os primórdios da civilização. O psicopático manipulando o psicótico, lhe tolhendo a sua capacidade de entender a realidade, a ponto de se tornar mentalmente emancipado e de não mais depender de seus mestres mentais calculistas. O idealista mais inteligente tenderá a ser mais parecido com o sábio, e muitas de se sê-lo. Percebam que o parasita sempre tenta atrair o mutualista para dentro de seu projeto de poder perpétuo. Idealistas mais inteligentes, como eu já comentei, são os primeiros a debandarem do grupo, sem falar do sábio, o mutualista mais inteligente, que incomumente se deixa atrair por ideologias por períodos prolongados de sua vida.



Síndrome de Dunning-Krueger

Princípio da compreensão factual

Proto-psicóticos e proto a psicopáticos são em média muito autoconfiantes. Portanto não esperemos por humildade intelectual entre eles, ou em relação à maioria deles. Surpreendentemente ou nem tanto os mais [intelectualmente] inteligentes de ambos, idealistas e partidários, apresentam os níveis mais baixos de síndrome de Dunning-Krueger, se forem é claro comparados com os outros de seus respectivos grupos. Os níveis mais altos de humildade intelectual, que se relaciona com autoconhecimento e com níveis mais baixos desta síndrome, que é extremamente comum, fazem com que os idealistas mais inteligentes, de maneira precoce, capturem os problemas e contradições fatais dos sistemas ideológicos ou religiosos que decidiram seguir, a priore, porque quando nos apropriamos de uma ideologia, correta ou não, passamos a tratá-la como parte de nós, nós como os seus mensageiros ou agentes, tal como templários ou cavaleiros. Portanto o exercício de humildade intelectual necessita de auto-''reflexão'' constante, do contrário, ficará difícil de se alcançá-la. Os partidários mais inteligentes, e portanto psicopáticos, desde cedo entenderão de maneira profunda e mais factualmente precisa, quanto à natureza essencialmente corrupta do sistema ideológico que passam a investir, novamente, denotando sinal de ''humildade intelectual'', que neste caso, mostra-se mais como uma peça auxiliar, como um meio, do que como uma reflexão/expressão da índole. Em ambos os casos, as palavras ''talento'' e ''autenticidade'' podem ser facilmente introduzidas, porque demonstrarão maiores capacidades intelectuais, só que de um lado, se fará de maneira moralmente benigna, e de outro, de maneira moralmente maligna. 

Em relação aos idealistas e aos partidários medianos, parece fácil de se concluir que ''pontuarão'' alto em síndrome de Dunning-Krueger, isto é, apresentarão autoconhecimentos distorcidos, exagerando as suas forças e portanto as suas capacidades de se usá-las, negligenciando as suas fraquezas, realidade essa que claramente se mesclará com as suas escolhas ideológicas, isto é, as segundas reforçarão as suas autoconfianças exageradas. 

Os partidários, talvez, possam ser até definidos como hipo-psicóticos, e portanto mais próximos dos seus mestres, dos seus patrões mentais, denotando pragmatismo, realismo frio mas ainda embotado de ''real realismo'', no sentido de se compreender a macro-realidade, disposição essa que se manifesta em níveis mais altos de autenticidade entre os mais sábios, que se consistem na elite final dos idealistas. Os partidários em média estão a meio caminho entre o normal ou o convencional e o psicopata, ainda assim, eles não serão em sua maioria de sociopatas ou de psicopatas, mas de hipócritas patológicos, ou como eu gosto de falar, de ''cobras cegas''. Os idealistas em média [média característica] estão a meio caminho entre o normal, a psicose e a sabedoria, e portanto se bifurcarão entre os proto-psicóticos e os proto-racionais.