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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A metáfora do caminho e a sabedoria

 

Quando o esforço é demasiado e a conveniência freia a busca pela verdade....

Caminhar incessante, se quando não é suficiente, se busca pela perfeição, por fatos, por toda a verdade, é uma quase eterna procura. Não quer conforto, quer verdade. Não quer fé, quer a verdade. Não quer nada além dela. Muitos, loucos de tanto suor nos olhos, não conseguem mais prosseguir. Esforço em demasia, nunca é natural, perpassa a fronteira do conforto pessoal, se sujeitar ao sacrifício de fazer mais do que deveria, e cair exausto no chão depois de tamanha ousadia. O desafio mais doloroso do sábio, é o de continuar em seu caminho, sem nunca cessar, sempre na busca de uma melhor explicação mas tendo em vista uma finalidade, algum fim pra esta continuidade . Algumas são mais fáceis, estão mais próximas. Não se pode continuar sem ter o que comer, se alimentar. Se vara montanhas, florestas, sem ter água, morre-se de sede, se caminha demais como se não saísse do lugar, calorias serão gastas e este não é o objetivo. é preciso acumular verdades pequenas e construir uma maior realidade. Não é uma dieta, não é nada mais além do que a verdade. 

Quando a forma chama, não pode mais alcançar, sua estrutura não aceita mais do que isso. Se nos expressamos pelo que somos, alguns não poderão mais do que tatear pelo escuro, sem o objetivo de ver, pela claridade ou pela chama da sabedoria, de sair de dentro da caverna ou de iluminar-se pelos sentidos.

A sabedoria não é um acúmulo de quinquilharias. Apenas o que importa, o que delimita nosso potencial, é vanguarda no expandir de nossos horizontes, nossos olhos a contemplar nosso pai, o universo em seu amor, deu-nos esta casa, presenteou-se como presente e de ti nascemos. A vida é o universo a dançar pequeno e barulhento, nestas tantas Terras que há de existirem. Encapsulado onde sua força não é intensa, mas serena e sábia. Respira-se sabedoria e a desprezam quando param de inspirá-la, a ignorância é sempre um passo a menos, sempre o meio do caminho, sempre o medíocre a sentar cansado e chamar de fim o que ainda é a metade. Sabedoria é a profunda-idade, no seu ser e em sua ação. Harmonizar-se ao encontrarmos estas muitas verdades, sapecas se a deixarmos escapar por entre as mãos.

A vida o espelho da existência

 

A existência encapsulada que reflete o que te envolve. Tudo é um contínuo de mesmas substancias. Ver-se ao espelho. Tocar-se, este é o seu refletir. A vida é o brotar de pequenas nebulosas, todo o universo dentro de uma célula. Olhos que apenas viam agora são vistos. Toda uma galáxia presa num corpo de vigor e necessidade. As estrelas a brilharem dentro de si, nu em sua estrutura, se sustenta e dura, até o próximo fim. Vivemos de começos e despedidas. O existir tornou-se dinâmico. Se concentra em estrelas complexas de energia a se consumirem no ato de respirar. Somos a consciência da existência. Do toque se sente, sem saber, sabemos. E doloroso há de ser. Este vício a durar pouco. O maldito vício de viver. Mas vive-se pra que?? Para pensar sobre... Que o universo não faz, perguntar-lhe, oh pai, donde tudo isto vai parar!? Houve uma pausa? Até onde? Em qual horizonte vou contemplar o derradeiro fim? Onde que o precipício do tempo rasgará planícies contínuas, estes planaltos, esta sina?!? O espelho a reagir, refletir estrelas, dúvidas, imensidão. Somos pensamentos, ideias do universo. Não há razão se não existem certezas. Será que a resposta está em nós?? Será que somos como cachorros que perseguem o próprio rabo?? A vida expressa a existência que expressa a não-existência?? Será que isso existe? Do nada, brotamo-los em concepções, rabiscos, tornamo-nos girinos e evoluímos.   

Somos filhos do feminino e do masculino. A existência sem vida também seria? O fator g de tudo o que existe seria dualista?

Famílias são como mini sociedades...

 

...docemente totalitárias e estúpidas

A maioria dos pais não conhecem seus filhos e quando o fazem tende a ser desastroso.

Um pequeno país, menor que Vaticano ou Liechtenstein, chamado família, uma organização pequena, uma quadrilha ou máfia?? Uma democracia?? Difícil. A maioria delas não são assim. Pai e mãe são soberanos. Não se justificam pelo rei sol a auto-coroação. Dizem ter mais experiência, dizem saber mais da vida. Mas, geralmente, sabem até pouco sobre si mesmos. Como que poderiam saber o suficiente?? Não é por direito natural, mas cultural, e portanto subjetivo e unilateral que clamam totalitarismo. Tratam-nos como o estado, não nos entendem, não querem e não saberiam como começar. Veem-nos como comparações, lhe somos troféus ou desculpas. Filhos, raramente. Nos ensinam a mentir, mas já nascemos com este pecado. Se poderíamos escolher, decidem que não, é melhor baixar a cabeça e sofrer calados. Dizem ser mais experientes mas não sabem dizer. Apenas repetem que já viveram mais. Mas não é sinônimo de sabedoria, apenas de idade mais avançada. 


Muitos filhos nunca passarão por esta barreira e verão seus pais como gostariam que fossem vistos. Nunca pensarão porquês porque já terão conclusões finais sobre o que nem questionaram. De muitos dogmas, vivem-se uma gorda fração de humanos. Desde os neurônios até o concreto de suas relações. Encaram esta vida como certeza apenas porque a vivem, não viveram outras, não sabem como que seriam. Apenas não sabem, suas certezas não são por verdadeiras análises, mas por adivinhações, chutes ou pela ignorância da pressa. O conhecimento é uma história inteira, ler o livro todo, entender cada detalhe ou ao menos a sua essência. Eles leem não mais que metade, nem isso, e tomam-na como a verdade.

Não há diálogo, não há entendimento, não há sabedoria no seio da família. Apenas a repetição do que nos engloba, esta prisão de mentiras e corjas. O ignorante nunca gosta em seu máximo. Sempre em sua mediocridade, gosta amalgamado. Sem ser intenso e equilibrado, sem nunca ser sábio. Gosta desgostado. Não é equilíbrio ou razão, é apenas apatia ensaiando alguma euforia. De quem tem responsabilidades mais diretas, mais pragmáticas. Quem não pensa se o amanhã não poderia ter cores verdadeiras. Quem não sonha com a perfeição. Que precisa estar no agora e aceita-lo, de sobreviver e sustentar famílias. Vamos culpa-los?? Ou vamos tentar a sabedoria?

Não há inteligência que bata asas mais sábias, não há virtudes onde existem leis fajutas, fáceis de serem desmerecidas. Não há dentro da família. Não é projeto, estratégica, que previne problemas, que usa emoção sem dilemas, que é instinto quando se necessita e a razão rainha, reinando sobre a vida, que se precipita a histerias, eugênica em sua política, seleciona o melhor governante, pai, mãe, cachorro ou filho. Não, prefere mentiras artífices do que o ideal. Burocracia e poder, como ao ambiente que a tudo domina, mesmo no conforto do lar, a mesma praga prevalecerá.


 Esta família perfeita, será que um dia será normal??

O fator g ou razão ulterior para todas as culturas ''e'' ideologias, ''buscar a verdade''...

 

A diferença entre culturas ou ideologias e a realidade dos fatos ou abordagem sábia...


Quando o xamã de certa tribo apontou para as estrelas e deu-lhes um significado existencial, foi proclamada a verdade, pela beleza serena desta certeza precipitada, do que pela precisão, tornou-se a regra, num olhar, numa sutileza metafórica. Deus é sempre a resposta e tem sido muitas. Se divergem em superfície mas nascem idênticas em seus núcleos. Esta é a razão ulterior para cada cultura, cada vontade de estar certo, não apenas em relação a si, mas a tudo. De estar convencido de que será embalado nos braços de Deus, do vento ou das estrelas, quando padeceres de vida, na morte. E estas precipitações, choveram antes de formarem nuvens grossas e escuras, caíram leves, com sol e arco íris a acompanhá-las. Não ajuntou evidencias o suficiente, clamou verdade aquilo que nem  era terça parte. Todas as culturas e algumas mais que outras, estão mortas. São zumbis arrastando correntes do tempo, que puxam consigo, trazendo-nos a tempos mais antigos e mais desoladores. Se repetimos os mesmos erros, é porque estamos rasgando o tempo da evolução, atrasando-a para mais tarde, nem em  nossa atualidade. Atualizamos o velho e pedante e chamamos de ciência. Mesmo, deturpamos esta chave mestra, o passado está aqui sob dogmas e temores infantis, se ainda somos crianças, se não houve evolução cultural, é porque não houve evolução entre os homens. Nem o desacreditar, que mais se parece como a uma religião do fatalismo, mais uma precocidade, mais uma pressa, de ir correr além do tempo real, fundando canais irreais, canalizam nossas energias, deixamo-nos ser desconstruídos,  escravos, por disposição, mas também por acovardamento.

O fator g de todas as culturas humanas é a busca pela verdade, que cessou quando precipitadas, histrionicas e parciais revelações fizeram-se se passar pelo real. E continua a nos custar muito caro. A religião primordial nesta altura de consciencia é o realismo existencialista e metódico-analítico, o braço direito da sabedoria.

QIM ''quociente de imagem maior''

 

Talvez o mais derradeiro e significativo teste de inteligência... 

E que os hbds não gostam de 'analisar'', ;)

O conhecimento é poder!!

Das frases curtas mais comuns esta parece estar entre as primeiras em popularidade. Muitos, e muitos tolos adoram estampa-la em ''redes sociais'', mostrando que ignoram a relação aórtica que existe entre aquilo que se faz, que se fala e que se entende. Como uma cachoeira que nasce pequena e rasteira entre folhas verdes e umidade de montanha e desce poderosa quando se faz de fato merecedora de tal nome, tudo aquilo que  nossos olhos humanamente aflitos podem capturar para que expresse coerência e funcionalidade necessita de uma estrutura sequencial, se todo trabalho é metódico por natureza. Padrões são sequências, caóticas, mais ou menos  ou expressivamente organizadas. Caos absoluto é extremamente raro. Talvez buracos negros possam explicar-lhe melhor do que este escritor precocemente cansado.
Partindo deste básico busca-se pelo complexo que nada mais seria do que a expansão do número de relações entre os fenômenos que compõe nossa morada. Primeiramente, tenderemos a ver uma ou duas relações de efeito e causa. A partir desta simplicidade fomentar-se-á a complexidade. O cérebro humano analogicamente falando mais se pareceria com um computador primitivo, muito básico. Então temos o corpo e as motivações predominantemente animais acoplado juntamente a um cérebro/ computador que ao invés de motivos tem "apenas" observações para realizar. Assim somos, criaturas híbridas, em transição da cadeia hierárquica que ''passamos'' e em direção a um futuro mais ou menos incerto porém com possibilidades mais óbvias que possam se tornar realidade, em termos evolutivos. Enquanto criaturas forjadas por uma comunhão praticamente desastrosa de ordem imposta e liberdade de organização, vemo-nos dispostos numa diversidade de tipos funcionais ou cognitivos, constituídos portanto por uma panaceia de capacidades que por sua vez pode ser desmembrada a nível individual. Dentro de um único indivíduo um universo de dimensões funcionais encontram-se dispostas e justapostas. Dentro deste reino de muitas cores algumas serão mais próximos em tom para com aquelas que pincelam a realidade. Estes apresentam algo que vulgarmente se reconhece como "capacidade para encontrar a imagem maior". Quem pode ver o macro- espaço/tempo ou partes  que lhe são fundamentais pode ver aquilo que não está escancarado, explícito. Muitos se não uma grande parcela dessas criaturas filhas do acaso probabilístico e do planejamento parcial são incapazes de ir além da narrativa oficial, altamente dúbia, que é diariamente despejada pelo "sistema" e por seus órgãos oficiais de submissão transcendental ou escravidão espiritual. Em outras palavras, estão destituídas de curiosidade intelectual que possa força-las com naturalidade em  busca de respostas além daquelas que seus tutores mal intencionados lhes dão como ração distrativa. 


Quem tem a capacidade de se perguntar os porquês mais importantes que indubitavelmente se relacionarão com o lugar onde vive e a natureza organizacional deste lugar, será melhor  para entender ou começar a entender a realidade e organizar a si mesmo de tal maneira que possa dar coerência àquilo que diz e faz. Quem entende a realidade a um nível existencial ou pessoal, expressará a verdade. A verdade especialmente aquela que é constantemente produzida pelo ser humano será efêmera e potencialmente metamórfica ainda que em macro-prazo se mostrará bastante repetitiva. Buscadores da verdade ainda se encontrarão num estado perpétuo de procura. Em compensação o sábio em especial será o que já viverá a realidade de forma excepcionalmente correta, respeitando tudo aquilo que o faz um ser demasiadamente humano em atrito com o cenário de vivência. Começamos aceitando, buscando e vivendo a realidade quando somos sinceros com nós mesmos, se a expansão de nossas análises de todas as magnitudes de tempo, partem de nosso ser em projeção ao ambiente.

De todas as capacidades humanas esta parece ser a mais fundamental, por razões de tão extrema obviedade que é ridículo fundamentar maiores conjecturas.

O conhecimento é poder mas não muito  aquele projeto de sabedoria que povoa livros didáticos e mesmo muitos dos melhores de literatura. O conhecimento, novamente, funda-se do ser em projeção ao existir, isto é, àquilo que o rodeia e se possível o que se encontra a muitos quilômetros distante, é a básica observação. A coerência, medíocre ou excepcional, idiota ou óbvia, parcial ou correta, é sempre construtiva, porque para que possamos respirar esta engenharia chamada universo, há deste ter uma estrutura que não se desfaça no primeiro espirro nem na mais arrebatadora das destruições terrestres.

A imagem maior é ver as fronteiras de nossas prisões macro-sociais e de se perguntar o porquê delas. Se o macro-efeito como cascata ou cachoeira, dará cria a muitos outros de menor impacto generalizado porém de grande impacto -individual então buscar pela origem hierarquicamente superior de tal fenômeno se consistirá na mais perfeita e importante das ações e os pensadores de longo alcance encontrar-se-ão muito dispostos a abordar a realidade desta maneira. E o sábio, se não o mais talentoso deles além desta objetividade também se sobreporá a realidade para entende-la se a empatia completa não for o melhor método de entendimento possível.


 Portanto, quem não se deixa abater pelas ilusões da vida artificialmente vivida dentro das fazendas humanas, verá aquilo que se encontra"implícito" aos olhos comuns e que no entanto é muito mais provável de ser elementar enquanto objeto de observação do que as mentiras constantemente popularizadas que infestam o meio social.

Mais desdobramentos sobre este assunto muito interessante em breve... ;)

Memória de sabedoria e a metáfora da casas



 A MAIORIA DAS PESSOAS ACUMULAM INFORMAÇÕES EQUIVOCADAS E/OU IRRELEVANTES EM RELAÇÃO AO QUE É LITERALMENTE DE VITAL IMPORTÂNCIA


Memória boa e objetiva e a ênfase pela harmonia (resolução de problemas )...

Quando acionado para interpretar parte da realidade um certo indivíduo utilizará de seu arcabouço pessoal apreensões semânticas ou internalizações que julga serem aprendizados para realizar tal tarefa.

O sábio é aquele que internalizará uma grande predominância qualitativa de reais aprendizados ou apreensões que emulam com preponderante perfeição a realidade com a qual interage. E sempre atualizará este arcabouço de maneira que se aproxime o máximo possível da verdade absoluta.

O sábio não terá uma memória de elefante, apenas o necessário que o possibilite evitar a degradante ignorância, tão característica do ser humano, o híbrido mutante da vontade e da submissão. Objetiva, de estrutura sólida e/ou coerente, que vai ao longo do tempo reduzindo sua carga de contradições e erros.

A perfeição existencial é o maior objetivo do sábio.

Metaforicamente falando, os cérebros de uma proporção abismal de humanos mais se parecerão com as casas entulhadas daqueles que não conseguem se desfazer de seus pertences pessoais nem mesmo de fitas coloridas ou revistas de 30 anos atrás. Sujas, excessivas de frivolidades materiais e quase intransitáveis. 


Em contraponto os cérebros dos sábios mais se parecerão com casas muito mais organizadas e providas apenas daquilo que é fundamentalmente necessário


 

Sem filtro para a realidade

 

 

O sábio tem a estrutura orgânica perfeita ou quase perfeita para "emular a realidade".

Em sua profundidade, entende o mundo tal como ele  é, um confluir de sobreposições coerentes que se derramam como cascata imparável de eventos e ligações sucessivas, o elo da verdade não é como um grilhão de senzala. Mesmo a mentira ou o caos tem padrões. O constante mudar ou a inconstância constante define o segundo, pois se sempre ou se com recorrência, então não será tão desordem como bufa. A mentira se nota pelo espelho, que forçosamente bela a superfície, precisa aparentar verdade para ser querida, como a uma máscara a esconder sífilis, de carniça na pele de pobres libertinos, que compraram o libertar de seus corpos e portanto de suas responsabilidades sobre eles.

O sábio começa coerente do princípio ao fim de cada pensar. Reflete o quanto precisar, contanto que resulte no que é o esperado, o entender, melhor do que antes, o início de uma construção, que era apenas projeto, o constante atualizar, agregando peças em sua estrutura expansiva, cada novo tecido costurado, mais abrangente é o véu da razão, em seu vestir preciso, colado a pele, expondo curvas, retas, cada detalhe deste corpo chamado verdade.

O sábio tem consciência do ego de sua visão, vigia seus passos em falso, como o sol que persegue a sombra, a vingança que segue faminta o seu principal desgosto, o homem de letras que limpa suas escritas de qualquer impureza. A consciência da força é a mesma que a consciência da fraqueza. Sem ser medíocre ou a sutileza, é na intensidade que se é perfeito, mas sem escorregadios anseios ou seios fartos na mão com gula de um narciso a cegar-lhe o objetivo, não é a si que se persegue, tu és um obstáculo e não um fim.

O sábio não tem filtro, não tem verdade decantada, não tem versões ou cópias, mas a legítima, não anseia para ser convencido, mas para não sê-lo, especialmente pelos outros. Precisa sentir por dentro que faz sentido e não apenas pra si mas em comunhão com o todo. É o juiz perfeito, não só do presente mas principalmente do futuro. Parece arrogante, mas não o é, sua irritação é irrigada pela ignorância, que como o ar que se respira, é inspirada a cada instante de vida, em cada vida pensante. O evoluir é o se purificar deste mal cheiro, desta tontura, desta confusão. É na simplicidade dum mero olhar que o sábio se agiganta. Mas não é mais do que um anão em ganância, é a presa contextual que se rebelou, é a gota d'água que tomou consciência de seu destino, e quer-lhe consigo, se está a frente do presente.

A maldade pura ( sem comorbidade com ignorância) e métaforas sobre sabedoria e ignorância



 É bom pra mim??

"todos me espelham"

A guerra relâmpago e fria contra todas as nações-indivíduos chamada personalidade anti social

São todos iguais, sem fronteiras, sem sentinelas, sem que os defenda, de si mesmos e dos outros. Não vê territórios existenciais, indivíduos, porque se quer o poder, então tem de converter ovelhas aos montes, no sopé de sua loucura, de justificar sua falta de brandura, este calor que queima incessante, implacável e assim o faz expressar-se. Com estas torpezas, destrói a liberdade e com isso, a sabedoria da responsabilidade. Quer ter com quem cultivar seu desatino, quer compartilhar seu ódio sem razão, fulmina discórdias clamando por misericórdias. Não tem freio nem filtro, como a um sábio, só  se importa com a realidade, mas especialmente consigo mesmo, com a sua realidade. Não quer espalhar-se em cada harmonia, porque não vê o todo por juízes neutros, mas por sua intensa e vil energia. É um buraco negro que suga qualquer estrutura, se anima em cada desconstrução e usa muito a bondade como propaganda, se dos extremos em compreensão, o oposto torna-se igualmente claro, translúcido, seus órgãos estão a mostra e o sangue é azul rente as veias.

Vê espelhos alheios a sua imagem e semelhança, por conivência se pergunta, é bom pra mim?? Bom como a um escravo??" Eu" agressivo e timidamente desagradável?? E ele ali passivo e negociável?? Nunca si negocia, como a um sábio, mas é de astúcia com que se arma para a briga, este atrito com a vida, de nós, neste breve tormento sem sentido, se o conhecêssemos, o que seria?? Como seria??

O sábio pergunta:

Bom pra mim?? Mas e pra ele??

Comercializa a moralidade, pechincha um meio termo, o equilíbrio, nem mais pra mim ou pra ti, possível amigo. Não tem preço fixo, não aumenta quando precisa nem diminui quando acalenta. A tudo questiona e busca o preciso interagir destes laços de situação. Um mundo sábio seria mais do que perfeito mas ainda é do astuto, se cultivam escravos quem seriam seus donos se não quem os deseja??

Numa guerra constante, trava cada estratégia um tema, n'alguém sem sorte e sem maldade pura no coração. Que não é um sábio, vive numa inocência, numa condição irrealista, de dar pena e ódio.


 A realidade não é direta em sua transferência. Precisamos negociar se com paciência ou força de vontade, nosso ego não é bom para pechinchar, nascemos com preço fixo, é pegar ou largar.

Sábios e astutos não precisam comprar verdades, se vivem nelas. Não são como turistas que passeiam pelos cartões postais e preconcebe a realidade local. Não é um visitante com hora marcada pra retornar. Estão sempre lá, neste único país de verdade chamado realidade. 


Tem muitas escolhas a fazer. Duas predominam: Vencer sem misericórdia 'ou' ser o mais misericordioso, mas sem pedantes santos, falsários. Ainda é o circo de pulgas, é a ilusão do controle, sem o controle sobre aquilo que nos domina, a dualidade como à gravidade, implacável em seu charme vital, em seu envolver. 

 Não imigra, nasceu. Não viaja, vive. Não conhece, sente todo o dia. Ao país-indivíduo que escolheu a realidade, daquele que se entregou ao vicio da ilusão. Religião, crença, estar certo por estar seguro, cego sempre batendo nesses muros dogmas. Em indivíduos, reinam as mesmas organizações, os mesmos deslumbres, o mesmo potencial, abraçar a sabedoria ou o mesmo fim patético, nas mãos do parasita , a formiga rainha em forma humana, destes gafanhotos sem limites ou nas vespas em seu vampirismo.  Só o sábio que parece gostar desta morena fria, arisca e brilhante. Homens preferem as louras que preferem diamantes. Mulheres gostam quem as deixam seguras, quem quer o poeta do desespero?? Da melancolia?? Quem quer estas sensações se não poucos de muitos?? A fria noite verdadeira, com os seus céu de universo, sua poesia em flor da pele, suas estrelas de vaidade atônitas, de apenas deleitar-se por sua individualidade, vívida em espontaneidade, verdadeira criança, avatar de todas as idades.

A auto empatia predomina pela bondade e nos faz maus perfeitos na ignorância de nossos defeitos mentais. Escatológicos e ainda no tatear da verdade em seus contornos honestos. Criam culturas pelo não saber ou pelo não querer, se o descanso é necessário em cada terminar de trabalho e suor gasto.

A base da mente humana já é pelo desvio. E é no astuto que as massas se espelham, queriam mais força de vontade, mas só tem apatia e preguiça de pensar. O sábio só é um moribundo que esqueceu de se matar. No prelúdio deste rito, abre sua mente, disposta a encarar-se de frente, se se conhece o suficiente, cada poro, buscará a verdade como lógica intuitiva, neste seu extrapolar, nesta expansão reativa ao espaço e tempo totalitários. Quem conhece, reconhece padrões, a estrutura permanente em seu predomínio, se sem ela não haverá absolutamente nada, apenas o caos purificado a pairar, mudando paisagens em seu ciclo de vida, ao ciclo da dúvida pelo próximo milésimo de segundo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Um desabafo de um viciado em... hbd



Hoje estou aqui para desabafar sobre algo que tem dominado minhas atenções nestes últimos anos e drenado parte de minhas forças!!! É um vício típico de nossa era de tecnologia e ideias globalizadas. Se chama ''hb-d''. 

No início de 2010, me interessei quase que naturalmente pela hbdosfera, o ambiente cibernético onde se localizam todos os blogues que apresentam em comum a ênfase/escrutínio no comportamento e biologia humanos e que exibem este selo especifico de compromisso e demarcação ideológica. Eu disse que minha aproximação e posterior interesse pelos assuntos que são predominantemente abordados pelos ''hbds'' se deu de maneira natural, porque desde a muito tempo/cedo em minha vida que já havia demonstrado motivação (intrínseca) para observar o comportamento humano. 

Como a minha mente é (predominantemente) mentalista, ao invés de mecanicista, eu prefiro observar e discutir sobre pessoas do que sobre ''ideias'', parafraseando certos zumbis à paisana. Mas na verdade eu adoro ter novas ideias (sobre as pessoas) e de discuti-las ou desenvolvê-las. Discutir sobre pessoas é uma quase inevitabilidade. Pessoas me fascinam e me assombram. Portanto, nada mais lógico e natural seguir este meu ímpeto e abraçar a hbdosfera, me juntando à sua tentativa de entender o ser humano e sua biodiversidade. Ou seria melhor, eu sou logicamente cognitivo (convergente, coerente, que percebe padrões) mas estou direcionado para o entendimento das pessoas, dos seres enquanto que geralmente os cognitivamente lógicos o farão de maneira mais enfática em relação à matéria inanimada (a famosa dicotomia ''razão'' e ''coração'', mas que não se aplica ao meu caso e nem deveria ter a palavra razão como o oposto da empatia).

No entanto, com o andar do tempo o meu fascínio foi se deteriorando, primeiro porque transformações pessoais previsíveis aconteceram em paralelo com esta obsessão, das tantas que já tive, boas e ruins. Eu despertei quanto à minha discrepância em relação aos valores conservadores, lembrando a mim mesmo que não ''sou um deles''. Já sabia que não poderia ser como ''os da esquerda'', por serem por demasia muito dogmáticos (e muito tolos também, em média, é claro), muito fechados para experimentarem novas e corretas ideias, para buscarem pela perfeição na percepção e conclusão de suas observações e ações. Eu sou perfeccionista e os dogmáticos, nesta dimensão de perspectiva (assim como em muitas outras), não são. Eles não se preocupam se as ideias que seguem não são completas ou se buscam por esta finalidade. 

A comunidade hbd ainda me atrai pelo assunto que ''temos'' em comum, mas não pelo conservadorismo nem por tudo aquilo que vem embutido. Entre viver dentro de uma hierarquia em que eu sou meramente um comentarista possivelmente entendível e de voltar ao meu próprio mundo, onde reino soberano, eu prefiro, não restam dúvidas quanto a isso, a segunda opção. Não é apenas isso. Dentro desta suposta ''comunidade'', uma panaceia de conclusões tendenciosas tem sido feitas com grande constancia seja em relação a política, ou ao comportamento humano ou a qualquer outro aspecto relacionado, despreza-se veementemente outras possibilidades de análises quanto aos assuntos de escrutínio, isso sem falar na enorme proporção de indivíduos de uma certa racinha, de um certo povinho, não apenas pequeno em quantidade demográfica, mas também em qualidade filosófica e de caráter (ainda que com possíveis.... 'santos' dentro deste grupo), a um nível inaceitável, e apenas por este ''pormenor'', já se nota que a verdade não estará sendo plenamente transmitida para aqueles que seguem o grupo. Algo estranhamente semelhante acontece com a parte desta blogosfera que se relaciona mais com a 'causa branca', isto é, contra o genocídio sofisticado, pré-planejado contra as populações euro-caucasianas, seja na longínqua Nova Zelandia ou em Portugal. Nesta parte, muitos dos vícios que predominam neste grupo em específico continuam a ser alegremente determinados tal como ''lutar contra o marxismo cultural em prol do cristianismo'', em outras palavras, usar uma arma do inimigo contra a outra arma que tem mesma autoria. Parece muito óbvio, mas para uma grande proporção de pessoas, não é. 

As pessoas estúpidas de todas as cepas possíveis, de nível qualitativo e quantitativo, tem o fantástico dom de denegrir cada palavra que usam, desconstruindo, destruindo suas concepções originais, úteis e coesas, fazendo-as de escravas dos seus egos descomunais e muitas vezes que estão inconscientes desta realidade. 

Não seria diferente para esta ''comunidade''. Ao contrário de uma luta incessante contra a ignorancia, em prol da abertura de todos os poros da pele-verdade, estas pessoas apenas continuam a empurrar porém de maneira altamente sofisticada (e isso é péssimo) muitas das inverdades, em ideias e ações, que são populares dentro de sua ideologia maior, o NEO conservadorismo. Tem como piorar***

Eu já critiquei bastante o conservadorismo, vivo diariamente com uma grande proporção de ''conservadores'' de todas as espécies, e todos, inequivocamente, apresentam graves defeitos de caráter, só que estão pintados de cores leves de adaptação. Adaptados são calmos e seus individualmente respectivos estados de pseudo-serenidade nos passam boas porém erroneas sensações. A calmaria conservadora tem tido como resultado a legitimação e o engajamento de toda a sorte de mal caratismo alegoricamente construído. Desde a escravidão até aristocracias. Pessoas que primam pela perfeição perceptiva e comportamental, isto é, que são sábias, são extremamente raras e algumas poucas que parecem ter o perfil ou o potencial para este caminho transcendental de espinhos dolorosos e rosas lindíssimas, parecem ser frágeis demais para enfrentar a maré de insanidade que sempre nos engoliu. 

Quando comecei a seguir a comunidade, eu me vi tal como se tivesse sido salvo, se náufrago, numa tábua a me salvar das águas frias da noite, apenas desejava terra firme ou um navio confortável e foi justamente o que encontrei, um grande e confortável navio chamado ''hb-d''. No entanto, ao longo de minha estadia, fui percebendo que navios nunca são suficientes quando o que se deseja é o solo molhado para sujar os pés descalços. Num dilúvio de desinformações, o hbd continua sob o julgo de águas desonestas, o mesmo oceano que mantém navios fantasmas de ''ismos'' de 'terras santas', que assustam os viajantes mais destemidos. 

Eu cansei, estou viciado e quero sair deste navio, porque eu sinto cheiro de terra. Quero a verdade, a sabedoria eu já tenho como um leme e vela. Se alguém estiver na mesma situação que a minha não se acanhe, pode desabafar também. Não quero mais ficar com raiva das mesmas idiotices que essas pessoas continuam a perpetuar sem peso na consciencia, que aliás, parecem bem leves pra eles, de tal maneira que o navio hb-d parece levitar sob as águas. Eu não sou um buscador da verdade, porque boa parte dela, ao menos, aquela que cabe em minhas mãos, eu tenho aqui perto de mim, eu sou um defensor da verdade, o que é muito diferente. Buscadores, muitas vezes, nunca conseguem encontrar aquilo que buscam. A verdade está em todo lugar, mas apenas o sábio, pelo que parece, que sabe reunir seus pedaços, diabolicamente espalhados. A verdade também está no navio, mas estará inteiramente completa e coesa em terra firme.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pensamento critico-analítico e agnosticismo

 

Pensamento critico analítico e agnosticismo ateísmo da não serie: Quando precisamos dizer obviedades


A verdade brota pequena e tímida em cada detalhe de nossas vidas. Começa por tudo aquilo que vemos, sentimos enquanto realidade imediata. E se expande pelo espaço e tempo suspensos por nossos pensamentos. Se subjetiva por causa desta expansão porque, em um olhar de múltiplas perspectivas, a realidade se multiplica em muitas dimensões, tornando necessário a construção de novos olhares, na testa e talvez na nuca, para entende-las. Dentro desta subjetividade, formada por abstrações existenciais como a perspectiva pessoal de vivências, surgem ideologias e religiões, se a vida se vive pelo que se compartilha. A ciência, ainda dentro desta realidade subjetiva, o desmanchar da estrutura imediata que nossos olhos estão sempre a ver, a verdade em tempo real, ao invés do abstrato, o concreto, por conveniência lógica/política, se utiliza da superfície da verdade absoluta, isto é, a junção entre o objetivo imediato e o subjetivo abstrato.

Todas as religiões e ideologias, a sua evolução mais homônima, se resumem num  delírio uníssono, que é resultado direto deste choque de realidade ampliada. A verdade absoluta sob a luz da filosofia existencial realista visa justamente na volta pela veracidade do cristalino de nossos olhos. Expandir o reconhecer sem  delírios aforistas. Decidir pela verdade e não por partes dela ou ideologia.


Escolher pelo ateísmo não parece ser tampouco mais sábio do que se deixar levar por certezas milagrosas, de que o mágico pode tirar coelhos da cartola sem qualquer truques ou andar sob águas de mares a muito sem vida. Crer é sempre  tomar como decisivo aquilo que ainda é especulativo. Se especula sobre o sentido da vida, e é provável que nunca saberemos de fato tudo aquilo que precisamos, para encontrar por deus ou por significados tão grandiosos e desejados. Isto é, vivos, é muitíssimo provável que não saberemos sobre o derradeiro porquê. Talvez o saibamos quando deixarmos de ser, ou ao menos de respirar. A crença na descrença,  este jogo torpe de palavras resume o ateísmo e sua manada. Continuam crendo que sua descrença seja a verdade, mas não podem prova-la. Muito menos os seus algozes de existencialismo. Ter um pai universal é bom demais. Agora que sabem que está tudo explicado, basta atender ao chamado e as ordens do todo poderoso. Eles nos da certezas, nós lhe damos trabalho, suor e sangue, se for preciso. 


O agnosticismo é o caminho natural para o sábio. Se crer mais, do que duvidar, sobre a mais essencial de todas as perguntas não é a resposta mais correta ou equilibrada. Se o sábio reconhece seus defeitos antes de buscá-los nos outros. E reconhece seu limite, onde não pode mais prosseguir, sem deixar a mala de certezas num canto e aceitar que especulações não sejam conclusões.


 Ainda estamos na hipótese da vida, e o agnóstico reconhece este breu logo em frente, não deduz aquilo que não pode ver ou mesmo sentir. Neste caminho, os sentidos nos enganam, se tornam obtusos, sem qualquer certezas, além daquelas que são alcançáveis.  Não tem como agarrar o todo com nossas mãos e corpos. Nem um extremo nem outro, se muitas vezes, se tocam sem perceber. O sábio não pode crer nem descrer crendo, precisa apenas aceitar a realidade que temos por agora. Beira o desespero, mas quem sabe, quem poderia saber?? Mas só beira, se para o sábio, a verdade é todo dia. 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Em socorro aos fatores ambientais "esta nos genes" mas nem tanto...


 

 Posições/perspectivas hierárquico-evolutivas como possível agravante causal a problemas de ajustamento socio emotivo


Se qualquer um for colocado numa situação de humilhação pública, é provável que se tornará muito mais neurótico, paranoico do que de costume. São muitos os exemplos que nos evocam a esta dinâmica quase sempre ingrata das interações interpessoais. 

Agora vamos supor que, se ao invés do rompante de agressividade em relação a sua pessoa, uma guerra direta, declarada, nós tivéssemos uma guerra fria acontecendo nos bastidores, passando "batida" pelos menos atentos, onde que parte integral de sua estrutura bio essencial, estivesse sendo alvejada de maneira constante por outras pessoas so que de maneira implícita?? Se não uma batalha de stalingrado, nós vamos ter um conflito morno porém existente, perceptível, contínuo e doloroso, tornando sua vida menos completa do que poderia, sempre precisando se penitenciar para não ser mais a si mas como que "deveria" ser, que gostariam que fosse. Este jogo social cruel é a realidade cotidiana para muitos milhões de pessoas, que nasceram mais frágeis e diferentes e se tornam vítimas preferenciais, por causa de suas situações existenciais, por serem o ponto vermelho num mar azul.  Algumas pessoas nascem de fato mais emocionais, mais sensíveis, mas é muito comum que justamente elas, paguem por isso ao serem identificadas desde cedo como "vulneráveis" por terceiros bem como por suas segundas e sádicas intenções. Se somos como porcos espinhos, então, alguns nasceram sem a carapuça ou com menos deles para retrucar como se deve.

Quando nascemos, viemos prontos para o teatro da vida que nos aguarda e quando passamos a interagir socialmente, ao longo do tempo, as posições hierárquico- evolutivas vão se tornando nítidas para nós. Se for um macho forte e confiante, será cativante ao harem que vos espera e de ombro forte aos machos circundantes. 


Se for uma femea exótica e nervosamente criativa, será menos apreciada por garanhões " premiados " e possivelmente rechaçada por " rainhas " do baile. Como em um eterno teatro, onde haverão personagens e seus papéis cabidos, segue o tecido social humano.
 
Se so tiveres memorias ruins e se fores mais  apegado ao passado, é muito provável de ver n'altura da vida uma predominância de dissabores e a sensação de que chegou no caminho errado ou mesmo, que nasceste assim. 


De muitas maneiras que as circunstâncias poderão machucar a epiderme de nossas almas e especialmente das mais frágeis ou que não tem filtro para decantar insultos de elogios. 


Se nasce diferente e pouco familiar aos olhos da maioria, então é provável que se encontrará desde cedo rente a um destino de espinhos logo a frente, onde "a sociedade" de muitas maneiras lhe acusará de ser o estranho em seu ninho e tal como em um mal resultado num teste cognitivo, lhe mandará para a ante sala do desprezo ou donde os desafortunados do contexto  terão lugar. Não somos apenas o ser mas tambem o reagir. Neurótico ou de humor não é apenas uma resposta, mas principalmente uma disposição e se ninguém ou poucos ajudarem, se sentir que " a sociedade " age contra a sua sorte, sua tranquilidade, se lhe rotula de animal de baixa qualidade, se não tem espaço ou conforto para acalentar sua pessoa, se não pressentir ventos de mudança mas o fatalismo desta constância, é pouco provável que não vá cultivar e melhorar a sua vigília neurótica, e relaxar, mesmo que para si, seja um pouco menos fácil de se faze-lo. 


As sociedades já existem antes que nasçamos, que saibamos.

 Já existe toda uma estrutura social pronta para absorve-lo, para lhe rotular, e não são apenas os políticos ou os engenheiros sociais que pregam o seu caixão antes da morte de sua espontaneidade, mas o seu vizinho, seu pai, seus irmãos ou irmãs, sua mãe, que tomam como verdade a conformidade. 

Existe um rio neurótico e mãos pouco zelosas podem destruir as suas margens, aumentando a sua vazão ou disposição, força.

O ser humano é uma estrutura psicológica que depende da harmonia de seu interior com o seu exterior, especialmente se houver como balancear tal interação dinâmica.


Existem muitos possíveis destinos. Sua própria estrutura, a sociedade ou ambiente onde vive, tudo irá influir desde cedo para que floresça ou sobreviva. Já nasce marcado para ser adorado ou odiado, desprezado ou querido, para ter amigos deste tipo ou de outro. 

Qualquer um num estado de guerra fria contra o seu ser se tornará mais neurótico e paranoico do que o habitual, não importa se este habitual for já muito latente ou quase que inexistente. Temos sim potenciais de respostas ou variações reativas, o ambiente e nossa interação com ele que nos porá nesta ''prova de fogo'' chamado vida, e especialmente a vida humana, o viver intenso.

Por que a melancolia??



 A metáfora dos relógios

O melancólico percebe o passar do tempo em "tempo real" enquanto que os demais apresentam relógios existenciais metafóricos desregulados e o mais desregulado se chama ignorancia existencial.

Eh o extremo realismo que nos apresenta a esta dama morena, de cabelos encaracolados e vestido negro longo chamado melancolia. Sentidos idealmente apurados, conchavados para nos libertar da mansidão e nos elevar ao estado de um leve desespero. Tolerável, elegante porém doloroso. Lágrimas que secam antes de lavar nossas almas. Tudo isso encontra-se no navegar sempre solitário de um observador. Sua percepção de tempo é perfeita. Não é que pode sentir as horas passarem com precisão. Não é que podem cronometrar o tempo. Se o próprio tempo não pode fazê-lo. Não pode porque o sente e neste nível de acuidade, o entender não é por domínios superficialmente fabricados, mas apenas pela sensação. O melancólico tem em mente duas certezas, o amor profundo que tem pela vida e a consciência quanto a sua inevitável perda. Ele alimenta esta derrota anunciada, de ser vencido mesmo se for um vencedor. O melancólico é o exato oposto do religioso, e não o ateísta. Religiosos não racionalizam ou seja la o que isso realmente significa. Apenas vivem numa profunda inconsciência em seu crer invencível e histérico, sua positiva ignorância. O melancólico está nu de certezas positivas, so tem as negativas e as incertas, todas elas que não esquentam, mas compactuam com o frio circundante da escuridão de estrelas a pintar o céu de suas cores reais. O ateísta ainda terá seus véus de ignorância e na verdade a maioria deles sequer parecem descrer em realidade se substituem as velhas ignorâncias por novinhas em folha. Sobreviver é viver em intensidade, no resguardo vigilante da chama da vida. Vive-se mais porém sem maior qualidade na iminência da morte. O melancólico sobrevive serenamente mediante monstruoso realismo que está sempre a perturbar seus olhos sérios. Perceber a imensidão escura logo em frente e perceber-se não mais do que um barco de madeira, pequeno, frágil e fadado ao fracasso da morte, da efemeridade. Se não bastasse toda esta tragédia, ainda se encontrará mergulhado numa suja lama de humanidades a assombrarem a sabedoria e a sempre se decidirem pelo primitivo ato de ser estúpido.


O tempo e o espaço, sábios e melancólicos, se não se sobreporem tanto a ponto de se tornarem quase que indistinguíveis, seguem-nos perfeitamente, os entendem com maestria. O tempo deles está  na hora certa, oficial da vida, enquanto que o mais ignorante dos tolos, tem um fuso horário por demasia equivocado. Seu relógio de pulso está sempre errado. Suas horas nunca condizem com o tempo real. Se o perceber não reflete a verdade deste passar, então o entender e o fazer seguirão mesmo rumo de delírios. Em estado suspenso de alegria, o tempo passa e não se percebe. Os mais estúpidos estão sempre mergulhados nesta ilusão, como crianças eternas, que nunca cresceram. Por outro lado, o melancólico, terá passado longe da infancia querida, ainda que sempre se lembre com carinho. Num realismo muito intenso, vive a vida como se o amanhecer nunca viesse, porque o céu não é azul mas escuro como o espaço sideral. O dia é uma mentira necessária, e a noite é a verdade da escuridão a dominar.

Moralidade ''é uma coisa humana''' ou ''é relativa''. Será** Correlação entre vegetarianismo e empatia e carnivorismo e psicopatia

A dieta pode ter um importante papel na definição do estilo moral de uma espécie...

carne=competição= baixa empatia


A moralidade é ser empático ou não.


Primeiramente precisamos definir o que seria a tal moralidade** Alguns ou muitos, a preferir, gostam de sugerir que se consista num emaranhado de regras de apelo social. Mas na verdade, precisamos sempre ir fundo no ventre de tudo aquilo que capturamos no ar, enquanto abstratas palavras, e que extrapolamos em complexidade atráves do fabrico de conceitos. E fato que a moralidade também possa ser compreendida desta maneira, isto é, enquanto um conjunto de regras comportamentais. No entanto, não estamos a observar e analisar a sua essencia ao darmos como terminado esta investigação com base neste postulado. Precisamos sempre ir mais fundo para saber donde que brotou tal definição. Os adjetivos que acompanham o conceito moralidade, parecem dizer mais sobre sua essencia semantica, do que a si próprio. Percebam que ser moral ou imoral, correlaciona-se d'alguma maneira com empatia ou com o seu oposto. No entanto, nota-se que tal ''empatia' ou ''educação'' tende a ser condensada dentro de fronteiras culturais, que são quase sempre arbitrárias. Ao enfatizarmos o conceito de moralidade por intermédio deste tão popular pós-moderno, dito no início deste texto, estaremos também, conscientes ou não, enfatizando a moralidade subjetiva, que é definida por culturas e com certeza que isto não será apropriado se queremos de fato entender de onde que a moralidade vem ou nasce. Ainda que o estilo de vida muitas vezes reverbere na cultura, entre os humanos, é complicado porque estamos menos instintivos que qualquer outro ser que habita esta estufa de teto azul. 

Ainda assim, percebe-se a existencia duma cadeia continua de similaridades, donde a vida complexa aparece como o principal receptáculo destas heranças múltiplas, que se oriundam pelos fenomenos atmosféricos e terrestres, tornando-se encapsulados como bolhas, dentro das vidas mais simples e desaguando no ser que tem a maior capacidade de perceber e entender a dinamica que o envolve, que respira. 
A destruição e a manutenção, e mesmo o florescimento da harmonia, se consistem nas mais decisivas manifestações da moralidade sem vida. 

No reino animal, é possível de se notar que aqueles que se alimentam de seus semelhantes, competirão mais e viverão da morte ou má sorte alheia, como seu ganha-pão essencial. Se carne é o que mais deseja, então o sangue o e cheiro da destruição que faz com toda sua voracidade, lhe abrirá o apetite, ao invés de enojar-se. Se vive com e pela morte ou alimento, sua moral será por deveras menos empática. Em compensação, os amantes do verde, sentirão muito menos instinto de sobreviver com base no desapego, e não é do ego, mas da moral em seu sossego, de não destruir ou matar, a não ser verdejantes pastagens que vivem num estado muito menos desperto do que eles. Em sua essencia a moralidade nada mais é do que ''conservar, destruir ou melhorar''. Seu esqueleto, a estrutura que lhe sustenta é simples e de fácil digestão, ser bom como um mormaço ou um diabo como um furacão ou uma tormenta. Somos energia, e aquela que se dissipa e até mesmo, que pode agir como a uma deusa, de tão concentrada, só pode se espalhar em uivos de destruição. A maldade tende a ser assim em humanos, irrequieta, desatenta, porém astuta em suas estripulias diabólicas, sangrentas. A bondade, percebe-se, parte de um cuidado muito maior, de ver detalhes para atomizar problemas antes que deem o ar de suas desgraças, do ar frio num dia quente de verão, do completar-se em dualidade harmonica. 

Pacífico é aquele que se contenta com o verde musgo do que com o corpo morto de um semelhante. Nada mais moral do que o ser, direto e sem firulas, bom, mal ou como o gado humano, apático em suas virtudes, mas não em suas sandices. 

A  palavra moral é uma coisa humana, a ideia moral, que se sabe sem escrever, inicia-se pela própria Terra, nossa mãe que nos dá conforto em sua superfície, que nos é empática, e nós** 

A moral delineia-se enquanto regras naturais, donde os sedentos de sangue ou indiferentes ao sofrimento passado de sua presa, vive de destruir para viver, enquanto que ainda nós temos aqueles que, cientes ou não, preferem roubar energias de plantas e com isso, veem-se mais morais ao viverem mais da vida do que da morte, ao conservá-la. Dos parasitas aos gigantes lagartos com pescoços enormes, somos os animais que damos nomes aquilo que já existe desde a muito tempo.
 

Inteligencia, fraquezas e forças

 

Olhar pra trás ou caminhar pra frente,
a dança da sabedoria, ver a fraqueza em frente e recuar,
dois passos pra trás,
ver a força como uma luz no fim do túnel, 
dois passo pra frente,
se reconhece o errado, dança certo,
se só ve potencial, fica tonto de tanto brilho,
o sábio entende de dualidade,
e ve em sua fraqueza, a sua maior força,
e em sua força, a sua maior fraqueza,
não se ilude por elogios, mas não se entrega as auto-críticas,
a inteligencia em sua base mais forte,
em sua raiz, esqueleto,
onde é mais firme e nasce o bom senso,
se expande quando ve caminho,
recua quando toca o precipício,
cheira rosas ou pula espinhos,
foge de cobras ou brinda pássaros, por suas canções matutinas,
a inteligencia não é apenas potencial, mas também a falta.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Qi é o jogo mental mais completo que existe ... ainda assim um jogo mental



 Mesmo alguns jogos de sorte podem ser usados como ''testes cognitivos'', quase tudo aquilo que fazemos, pode ser mensurado, hierarquizado. Jogar buraco com o seu avô, ou pedra-papel-tesoura com os seus colegas de escola ou do bairro, ou o nobre jogo de xadrez, todos podem ser usados como ''jogos mentais'' e relacionados com nossas capacidades cognitivas a partir de uma abordagem psicométrica. Mesmo este embate entre os que louvam o deus-qi, em relação aqueles que querem vê-lo pelas costas, e até os mais sapientes, que por lógica intuitiva, lhe proverão o seu peso mais coerente. Sabem que não é nem 8 nem 80, nem pés congelados nem queimando as suas solas. Podem entender que extremismos são sempre extremismos e nunca a verdade e que isto já se consiste numa forma de amar a sabedoria, de lhe prestar cumplicidade. Os testes cognitivos são assim, uma evolução natural, quase eugênica, de todos os outros jogos mentais. Apesar de sua superioridade arrasadora, ainda continua sendo inodora ao olfato da precisão, semântica ou conceitual, que agasalha como roupa perfeita o mundo real, se justapondo, compondo músculos ou barriga por fazer, de uma quase relação causal, de cônjuge, em seu ato mais carnal, mais uno, ser o ser, espelhar perfeito, o espelho incomum onde não se vê direito onde é esquerdo, esta é a causalidade total, o transcrever aquilo que se vê, que se toca, que se espia em todos os poros. Como um teste ou jogo mental, o qi é fenomenal. Para o mundo não-ideal, isto é, de pés fincados no chão de terra úmida, o qi não é suficiente para funcionar como uma roupa perfeita, causal à realidade da inteligencia e sua diversidade intimista. Seu número é pequeno demais, sobram banhas e indecência. Se fosse um sapato, os dedos seriam esmagados por dentro ou salteariam folgados do lado de fora, querendo respirar por suas unhas-brânquias. Qi, é em sua incompetencia de não ser mais do que um jogo mental, muito mais abrangente para a sua classe, mas ainda pouco involvente, venal naquilo que muitos dizem que pode encontrar. Qi explica tudo, falam os sabichões, mas tudo explica tudo, tudo é correlativo, mas causal é pouco comum, meu amigo,. Qi não é inteligencia, apenas um jogo de sapiência, e nada mais. Pode ser parte de nossas capacidades, mas ser parte não é ser em sua totalidade. Não é bom demais pra ser verdade, porque não é. Um meio sapato é um meio sapato e não um sapato inteiro. QI pode expressar a terça parte da inteligência, mas não será o seu espelho, apenas parte dele.


Muito alto, pra nunca ser alcançado

 

Querem me delimitar, me dar sapatos e roupas para colocar, vestir o resumo que tem de mim, regular meus instintos, meus pensamentos. Querem ter Poder para me jogar num monastério ou sanatório. Querem me curar, discutir comigo quando eu tenho razão, e quase sempre eu tenho. é um jogo em que subir é fundamental. Mais próximo do medíocre será fatal. O ar tóxico vindo dali ou de baixo,  nos deixa tonto e desconexos com o maior propósito da vida, de sermos honesto consigo mesmos, de buscar pela verdade arisca, arriscar o vicio da segurança, da atmosfera, deste ar, e continuar a subir bem alto, pra nunca ser alcançado, nunca perder e ser preso, ser um seguidor ou um cativo, que depende do conhecer amigo, se não, estará entregue a própria sorte, ou a lobos a uivar bondades, afiando dentes e garras. Te aprisionam, mas depende. O sábio é o único que tem grande consciência e não vai te jogar em sua prisão, ele conhece ou conhecerá todas as formas e erros não serão sua retórica. De resto, mesmo a melhor das intenções poderá fazer-lhe mais mal do que bem. Se quer voar em busca de si, de seus direitos, longe do tóxico dominar por convencimento ou manipulação, segure a minha mão e não olhe pra baixo.

A Terra te ama, ame-a, viva sua transcendência em sabedoria


 

O evoluir, o macaco pensante,
tornar-se amante, de quem lhe deu luz,
esta dama azul, 
ame-a e evolua em vida, seja sábio,
melhore sempre, construa-se, enfeite-se de harmonia,
harmonize, alise o véu doce deste amor,
respire para tornar-se a Terra,
em carne, unção e uno neste refletir, dê-lhe o êxtase, o gozo como um presente,
o seu é estar, é ser,
raro ou não, não importa,
vale nadar por este vale de lágrimas e alegrias,
vale superar um novo obstáculo, descobrir-se filho,
sua mãe está aqui, seu Deus é esta terra,
de neve ou vulcões, do fogo ao gelo alvo,
transluz toda empatia seu favor,
o sábio ama a sua morada,
porque se ama, se é fruto dela,
de todo este lindo por.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Hiperlexia e filosofia....



Tirando um cochilo depois de tanta verborragia, ;)

Onde a beleza (ou não) da escrita perpassa a funcionalidade da comunicação...


A hiperlexia é um fenótipo cognitivo em que o seu 'portador'', desde a tenra idade, demonstra grande aptidão verbal e tagarelice. Imaginemo-lo, com seu menos de um metro e trinta centímetros, prostrado numa cadeira, lendo o jornal velho de domingo e repetindo palavras difíceis sem saber exatamente o que está dizendo, mesmo daquilo que está rindo, se alguns dizeres sofisticados, lhe pareçam divertido aos ouvidos.

Nada nos impede de pensar que a hiperlexia infantil possa se arrastar adentro da vida cronológica adulta, e que possa produzir experts na fina arte do ''enchimento de linguiça''. Eu já fui verborrágico, mas aprendi, voces sabem, a sabedoria... como uma mãe a nos vigiar, em sua reza, em seus cuidados, como um sentinela companheiro a nos dar cobertura, aprendi com ela que menos é mais e que poesia pode sim cooperar com textos sem versos, meu paladar gosta deste pacto, entre o ritmo e o escrever sincero.

Eu tenho a leve impressão de que as faculdades de filosofia concentram grande proporção destes adultos hiperléxicos, sem querer desmerecer aqueles com este ''mal'' que, depois da infancia, se desenvolvem ''normalmente'', e rechaçam os tiques precocemente ''pedantes'' que lhes caracterizaram enquanto miniaturas espertas de cronos.

A filosofia moderna, bem, nem deveria, a priore, ser denominada como filosofia, se esta em seu conceito mais puro e verdadeiro, nada mais seria do que a técnica para se buscar e produzir sabedoria, e se esta outra, por sua vez, tão falada e elogiada por aqui, nada mais seria do que a harmonização. Estamos vendo ''agentes do harmonizar'', harmonizando por aí***

Não. O que vemos são verborrágicos hiperléxicos que escrevem lindamente, mas sem objetividade, sem clareza de pensamento e sem vontade de atender ao chamado mais profundo da sabedoria, entender para harmonizar, para evitar problemas antes que se apresentem, insolentes como só eles podem ser. 

Eh justamente nestes palacetes da ''educação superior'' que vemos o transtornar de uma luta contra a verdade, a realidade dos fatos e nada mais anti-sábio do que a teimosia da ilusão. E muitos, a grande maioria destes ''filósofos'' da modernidade, o fazem!!! E mais, protagonizam.

Como sempre, não há qualquer problema em aceitar que nossas sociedades sejam desiguais, injustas, brutais, negando a máxima da direita em que se justificam os erros tão constantes e até característicos do capitalismo, amaciando sofrimentos que não lhes forem alheios!! O olhar precisa ser preciso, estar conectado ao que acontece no agora, para medir o caminhar deste porvir, e porque não, evitar espinhos desnecessários. 

 Muitas vezes, as lógicas das quais nos familiarizamos goela adentro, não serão reais lógicas, serão apenas para os que não conseguem refletir seu pensamento além das páginas de livros que foram forçados a comer. Em outras palavras, se não podem sequer refletir o próprio pensar, como diabos que poderiam se definir como filósofos**** Este é apenas o básico. O refletir não é apenas (ou longe disso) abraçar Karl Marx ou mesmo, outro ''pensador'' que escolhe e acredita em lados, se em cima do muro, podemos ver muito melhor a tudo, aquilo que nos é de interesse. O refletir não é uma busca de pequena distancia, e claro, depende de onde que se localizará. Reais pensadores tendem a estar sempre mais perto da verdade do que os outros. No mais, mesmo para estes, a busca, o descobrir constante da verdade, em suas múltiplas facetas, não é uma tarefa simples, tampouco muito complicada, a ponto de ser evitada, porque para o verdadeiro pensador reflexivo, será a sua principal batalha. 

O ''hiperléxico'' filósofo da modernidade, acredita que a beleza das palavras, é mais importante que sua objetividade no ato de comunicar-se. Além dos trabalhos que fazem nosso olhos lacrimejarem de tédio e incompreensão, dentro deste contexto vazio de significado, o ''filósofo'' moderno ainda se  rebaixa enquanto um mundano em busca de notoriedade ''intelectual'', que quer ser bajulado, antes ou principalmente de ser sábio. Aliás, a sabedoria perdeu sua significancia neste estudar de homens brancos mortos, pederastas de uma Grécia dourada em seu amanhecer de criação, em seu espreguiçar, vendo o vermelho sol do mediterraneo oriental e pondo-se no ato de ser civilização, em sua península corcunda de Peloponeso. Nunca criadores, sempre seguidores e quando criam, nos seguremos, porque muitos criam razões para desgostar deste pensar filosófico. Mas lembre-se, porque isso não é a púrpura razão da filosofia, é apenas a sua periferia, se expandindo sem freio, se fazendo passar por centro. O centro da sabedoria, é radical porém tranquilo, é o transtornar sereno, é muito preciso, muito objetivo, muito óbvio eu diria. Não é tão problemático assim, que tenhamos estudares da periferia da filosofia, ainda em sua alienaçao ao mundo, ao seu desprezo pelo real, onde se faz harmonia de interações, tornar racional o abstrato, faze-lo entendível e apto para expandir cooperatividades e não grilhões de escravos, também são necessários. O problema reside no completo desprezo donde o pensar não é apenas pensar, mas um ou mais atos. Não é apenas o lamentar, que fica barato, mas de colocar no chão da realidade, aquilo que se escreve de lápis ou pena. 

A filosofia perdeu-se, mas não se enganem, porque não foi a real filosofia, mas a sua farsante ou meia verdade, que quase sempre é uma mentira, que alimenta egos, antes de alimentar bocas com comida, de preferencia, de vegetais, e de alimentar mentes com fatos antes de se desmanchar em status e alegorias, poesias são reais amantes da beleza e ainda até podem ser usadas para a destreza do pensar, mas a filosofia não, ainda arte, aliás tudo que é vida é arte, especialmente em seu epicentro, donde nasce concisa em sua força, em seu magneto, esta, está disponível e fácil apenas aos seus raros súditos, os sábios mortais.

O filósofo que defende incongruencias, o desprezar da vida, vindas da direita ou da esquerda, nem poderia ser tratado como tal, se demonstra ódio gratuito e proposital pelo elixir conceitual daquilo que diz representar e expressar, a filosofia, a filha em busca de sua mãe, a sabedoria, em seu altar de coerencia e do harmonizar, não!! Este não é um real pensador, amante de ninfas sapientes, é apenas mais de tantos que mentem pra si mesmos, com olhos ardentes de certezas torpes.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Ser anti-humanas não deveria significar se tornar de desumanas



Os nossos ''amados'' ''gênios'' do ''humor''

Em sua superfície, o marxismo cultural aparenta ser maravilhoso, ainda que já comece cedo a se tornar rancoroso, em relação à sabedoria. Sem preconceitos, sem 'racismo'', sem todo o tipo de julgamento bruto ou venal que possa tornar algumas vidas menos felizes em seu potencial. O rejeito de um mundo frio chamado conservadorismo, onde os mais fracos nunca tiveram vez e nunca terão. No entanto, ao contrário de uma evolução, o marxismo cultural é uma armadilha, cujas paredes estão pintadas de um caminho lindo de pedras, com flores a pontilhá-lo, um sol sereno entre nuvens brancas, o verde manto da terra protegido, enfim, se parece com o desejo mais sublime de São Francisco de Assis, e o mais essencial. O céu deitado ou caído sobre o solo terrestre. No entanto, se há paredes, então não há por onde caminhar, evoluir, querem nos cultivar dentro desta armadilha, deste grande laboratório. É o último estágio de nossa domesticação.

 Desumanizar o ser humano, viciá-lo em suas fraquezas, reduzir sua percepção àquilo que sua mão quer de imediato, consumir para ser consumido. E existe a obviedade em que a palavra ''marxismo'', dificilmente poderá esboçar qualquer coisa boa, se seu passado lhe condena sem piedade. Eu não torci pela aristocracia contra o proletariado, mas isso não significa que tivesse que escolher entre um dos dois, e especialmente o segundo sob uma bandeira vermelha ou o primeiro, sob a tirania de suas coroas douradas. O proletariado, o nome dado a uma massa de russos pobres, jogados à própria sorte, brutalizados por bailes espalhafatosos, à moda frívola de uma tal Paris, o tintim de ricos que além de nunca olharem para os mais famintos, ainda os tratavam com o ríspido desprezo de classes. Mas se o socialismo não tem camaradagem, ajuda mútua, a cooperar-se, então não é socialismo, mas comunismo, ou pior, coletivismo oligárquico. Antes o pobre não tinha o que comer ou comia a lavagem dada, desde a queda do tzarismo, passaram a ter em mãos, um pratinho, desde que suassem ''um pouquinho'', em uma vida de ordens e mentiras. Pouco mudou. Na verdade, se pusermos tudo no lápis, nos cálculos, muito pouco realmente mudou na vida do russo pobre, do proletário de fábricas frias e gigantes, de Moscou ou São Petersburgo. Até o fim do maior desastre da história humana, tão celebrada por artes audiovisuais, a vida russa continuou brutal, desde os tempos mais terríveis,  ínfima melhoria, continou tradicionalmente ridícula em termos de qualidade. A partir da guerra ''fria'', os vandalos arrogantes que tomaram o poder, ponderaram em dar algo que cheirava a conforto ao ''seu' povo, mas que ainda não poderia ser chamado de tal maneira. E este, durou poucos anos, em uma gigante planície fria, que até então, só havia ouvido rugidos de ursos famintos, menos pelos e mais neuronios, mesmo os caninos, continuaram intactos, a brilhar de fome e ganancia. O fim do comunismo ou de parte dele, nestas terras, regurgitou tudo aquilo que havia se escondido de propósito, no intestino grosso de tal império vermelho. O sangue voltou a circular como antes, como sempre. A ineficiencia e o desprezo a vida, voltaram com toda força ao seu cotidiano, que antes, se fazia milimetricamente menos aparente, por toda a propaganda, tradicional e brega de sempre, que estes retardos de megalomania adoram.

As humanidades, assim como todas as faculdades da vida burocrática e moderna, são inchaços que se assemelham às mazelas urbanas, tão comuns no mundo de terceiros, onde os primeiros mandam. Excessivas, frutos de metástases, de naturezas cancerígenas, que não visa tornar íntimo o conhecimento humano, até agora adquirido, mas de intimar o inconformista ou o intelectual, é mais uma desculpa com utilidade, de algo que pudéssemos chamar ''verdade''. Tal como as favelas, as muitas universidades e seus muitos estudantes, são aberrações, produtos iguais em ignorancia humana. O mundo subjetivo, onde o diabo vive, onde a confusão triunfa, é o mundo das ''humanas''. Está tudo errado, se nasce desviado de Deus,  e não falo daquele de estórias com filisteus, então já se expandira camuflada em sombras, mentiras, e não no caminho da evolução percebida. Clama por sabedoria, mas é tudo política. Despreza a qualidade de indivíduos em prol de massas famintas por ''educação'', que acreditam tolamente, que ler livros apenas, lhes farão sábios, às centenas. Sábios nunca se fazem, nascem. Ainda que se possa fundar bases na sua divulgação e prática.

Se a verdade está em todo lugar, e a melhor mentira está disfarçada de credível, então não se pode jogar no lixo, tudo aquilo que o marxismo apropriou pra si e usa como bucha de canhão, suas desculpas, seus protegidos e porque não, torná-los culpados, na primeira oportunidade, como bons covardes que são. Mas estes escravos podem ser valiosos, são tão 'tolos''!!! Eles merecem biscoitos e elogios tortos. 

Sê anti-humanas, não é ruim, desde que saiba entender que muitos do outro lado do rio, estão completamente ingênuos, e mesmo que muitos tenham concedido, sabendo das mentiras, ainda existirão indivíduos lá, e ao se perceberem como tal, pelo auto-valor, o sentido de viver, então merecem respeito, meu e seu.

Dispare sem preconceito, e generalizará. Não é pré-conceituar, mas pré-entender, que apenas os clones que serão todos iguais. Nenhum grupo é cópia idêntica, e individualidades merecem ser protegidas, especialmente se forem de virtudes.

Muitos do outro lado do rio, tornaram-se ou sempre foram das ''desumanas''. São brutalmente sinceros, como crianças mal criadas, apontam para todos os defeitos, reais ou de fato, relativos e os que exageram, como se viver não fosse um defeito, se se vive para depois morrer, se não somos o final mas um eterno ciclo, é sempre o meio de uma estória, e nunca o final derradeiro, o clímax nunca é a ti. E se é, então não será maravilhoso, mas como o último dos moicanos, o último brilho de vida d'uma estrela, o último que sai, que apaga a luz. 

Está na hora dos rótulos perderem seu encanto artificial. Mas agora, o que vemos é a reação daqueles que mais lhe apregoam valor. Em partes, substanciais, estão corretos, porque a natureza nos legou assim. Mas se somos humanos e queremos continuar a sê-los, especialmente se formos em novas dimensões de ser, desvendadas e ainda a serem encontradas, para evoluirmos, para tomarmos nossa caminhada, ao invés de continuarmos a deixá-la sob as mãos ''delicadas'' do caos e de vis gargalhadas no silêncio, então devemos começar a dar maior espaço à essência existencial, se estamos todos no mesmo barco, desiguais enquanto indivíduos, alguns mais do que outros, mas no mesmo espaço, mínimo de universo, do qual somos filhos. Este discurso é coletivo, ao repetir ''somos todos'', mas é porque estou a falar de nossa mais pura essência, nosso núcleo, este sim, é tudo igual. São as formas que o protege, nossa armadura, que, de espinhos, penas a rir ou rosas a sorrir, ou à mistura de todos eles, que nos mostra como reagir, à lógica de como que nos projetamos, se quadrado, enquadraremos, se círculo, nos viciaremos, se mil formas, entenderemos à moda da sabedoria, a vida. 

As ''humanas'' são uma armadilha. Ser anti-humanas e a favor dos ''utilitários pragmáticos'', abençoados em nome de deus, o deus- trabalho e aquele que lhe dá certezas e promessas de paraíso pós-vida, não é tão ruim, mas nem tão bom, se continuam a interpretar a vida por meio de ilusões antigas e se tal como os ''humanos das humanas'', eles também continuam a negar a sabedoria em prol de sua ideologia, preferem caricaturas divertidas do que a realidade por si, querem maquiagem e a personagem do que o mundo real, mais chato, sem devaneios. 

Ser das ''desumanas'' é muito pior, porque se usa da lógica animal, onde a pirâmide da vida, da morte, das injustiças, dos alimentos, dos que consomem e dos que são consumidos, e se salienta a importância de rótulos, deixando a essência enquanto uma tola ''filosofia'', dos tempos das guilhotinas, e que se arrastam em palacetes pedantes do saber. Mas a essência sem a forma que herdamos e que rotulamos, é tão nula quanto o mar de Aral, agora sob o deserto líquido que se tornou, desde que lírios límpios do campo, lhe presenteou sua morte precoce e melancólica. Secou e ser das desumanas é ser como a um deserto, que não tem vida, e que não pode ser reconhecida em outros, especialmente os menos quistos, se tudo o que é, se espelha e se busca, que chamamos amizade ou empatia, está nos genes, queremos os quase clones e os de desumanas não conseguem enxergar-nos pela essência, enquanto irmãos, mas como degeneração ou excrecência, se não somos a manivela, iguais. Estamos sempre diferentes e estamos sempre em conflitos, se os rótulos sao os seus ritos!!

A verdade não tem de ser sempre de espinhos, pode-se ve-los sem tocar com a ponta dos dedos. Pode-se se usar palavras menos grosseiras, são excessos que podemos acudir, com zelo, e a evitá-los sempre que for necessário. Alguns chamam-no de eufemismo. O problema não está na educação de se usá-lo, mas na mentira que lhes imbutem, será que fazem de propósito** Quem será que está a misturá-los**

Eufemismo não é sinonimo de hipocrisia, que pode ser usada mesmo nos confins mais próximos da sinceridade. A verdade nunca se resume a uma única palavra ou expressão, porque não está apenas em uma dimensão. Especialmente em nossos olhos, podemos vislumbrá-la sob muitas óticas, se a expansão do conhecimento humano, tem como naturalidade, a transcendencia da lógica brutal, onde que se racionaliza o caos em seu explendor dramático e torpor em relação a sabedoria.



domingo, 6 de dezembro de 2015

O ''experimento'' soviético da privação do sono e analogia com o gênio e as superexcitabilidades de Dabrowski



Olhos incansáveis

O gênio (e especialmente o tipo sábio) é a privação da ignorância.

O ''experimento'' soviético, ''pelo bem'' da ''ciência'', mostrou-nos, ao que parece, o quão louco o ser humano se torna, ao ser privado de umas boas horas de sono, de descanso da vida, esta morte lenta que nos é imposta. O vídeo, este que encontra-se disponível pela web, causou-me espanto, e acredito que também para muitos daqueles que o viram, porque no final desta experiência desumana, todas as cobaias sentiram-se extremamente felizes, viciadas em suas novas condições de insones superexcitados e que não queriam mais voltar ao estado normal de ser humano.

A ''alegria'' histriônica depois de uns 14 dias sem fechar os olhos e dormir, remeteu-me num certo dia, à alegria do estado sempre alerta e vívido de dois titânicos do intelecto humano, o gênio e o sábio. 

O gênio, o superexcitável e/ou neurótico, que contempla-se por osmose, que de tão aceso, mal pode apagar-se, meditações são para budistas e mortais, é imortal em sua luta contra a realidade, mas a favor dela. Porque o gênio psicótico é o matoide, o louco de pedra, mas que passa incólume aos olhos menos velozes ou acurados. É um misto desagradável, algumas vezes cômico, entre o normal e o aloucado. Confundem-no, em seu estado mais puro, com o gênio, o de fato. Talvez o seja, em partes, mas é contraprodutivo, por lutar contra fatos dados.  Leva a sério que a realidade é relativa, é o patrono de todas as ilusões religiosas. Mas evoluiu natural, ao encontro de artes menos obtusas, a filosofia e a religião da lógica, a ciência, o conhecimento burocratizado. A alegria do gênio é vívida, despudorada, quando é pela arte com que se apaixona, taciturna, quando a amante é uma ciência-madona, de proporcionalidades apuradas, uma linda moça loura de Florença ou de Veneza, ou moço, renascentistas por excelência. A dimensão do gênio, assim como do sábio, se assemelha ao estado completamente abjeto porém novíssimo, com que essas pobres cobaias, c'algum dia foram seres humanos, se encontraram, ao serem libertas de tal experimento, monstruoso, sem qualquer pertinência. De igual, ambos se encontram ou se dirigem, quase que natural, a mundos completamente novos de existir, à dimensões donde pouquíssimos sabem onde é, como faz para se chegar. Tal como chegar ao local onde um tesouro perdido se encontra e encontrá-lo, se perdendo do mundo conhecido. De chegar aos mais intransponíveis trechos de montanhas, que de tão difícil acesso, foram amaldiçoados por aldeões e sábios locais, ou apenas por chefes. Ou o navegante que se perde da frota de navios e se encontra preso numa nova realidade, nunca antes percebida, sentida. O choque de dois mundos, um conhecido e outro completamente novo. O aventureiro, como o mensageiro da ''civilização'' de ideias e conhecimentos prévios. E o mundo a explorar, selvagem, com muitos perigos que podem sequestrar a razão, e faze-los dementes.

O gênio explora sem a parcimônia do sábio, sua radicalização a flor da pele, tende a torná-lo um nauseante tateador de novas formas, mas sempre com uma alegria em seu descobrir, que se assemelha, ainda que remota, aquela sentida nos pobres seres, usados como ''objetivos de experiencia científica''. Alegria reluzente, também se faz presente entre os sábios, se não um tipo de genio, ao menos tão importante quanto o primeiro gajo, que muitas vezes é, sem tendencias unilaterais para favorecer um dos sexos, se não a verdade deste desequilíbrio.

As superexcitabilidades, a luz mais acesa e brilhante de um sistema corpo-mente, talhado ao acaso, comprovado por sua raridade, manifesta-se nestes, que foram privados da ignorancia, se por experimento ou por experiencia, de mentes extremamente inquisitivas, que querem queimar todas as bruxas da confusão, faze-las queimarem chorosas, ve-las se tornarem corpos desfigurados pelo calor da raiva, estes, sempre assediados por porques, sempre em busca daquilo que tantos negam, ver o sol quando todos fecham os olhos, para que não ardam, emulando vivencias translúcidas de cores, a saltitarem sem ordem prévia, por suas visões recém saídas do amarelo rei, mais vívidos de amor aquilo que lhes formiga mãos e pés. Se emotivo, sexual, físico, de espírito ou intelectual, ou quando todos estes fogos se encontram presentes, uma força onipotente, em sábios, que se faz mais serena, em genios, é quase sempre a gangrena da alma a se descortinar, corroendo o corpo inteiro, para que outro, mais profundo, possa se mostrar. O genio usa da sabedoria mas não a é, enquanto que não preciso me alongar mais sobre o seu verdadeiro cavalheiro, o mais habilidoso na capacidade de ver bom senso, onde quer que esteja, onde quer que vá. Este jogo de esconde-esconde, de ter consciencia dele e de brincá-lo, sério, de rosto adulto, a procurá-lo. 

A certeza desta alegria, assemelha-se a segurança do trivial, que a encontra rápido, em sistemas de crenças a venda, em feiras de mente, sofisticados como uma ideologia urbana, uma quase lenda, ou rústicos e infantis, como uma religião antiga, a nos embaraçar por sua força, nos arrastar pelo espaço e tempo sob sua totalidade, se há sem igual fraqueza por parte dos humanos, ao se deixarem envolver por seus encantos baratos, ainda assim, caros e cada vez mais caros, como o envelhecer de um bom vinho, dizem. Se quanto mais rotineiro, mais difícil de se desvencilhar de seu abraço mortal, e a ignorancia não quer constante vigilancia ou ação, especialmente aquela que faz evoluir, não quer dor, não quer sentir-se de dualidade, bipolarizada em sua natureza. Não pode evitar que a bruta realidade nos faça de boneco, de adorno, mas pode dar-lhe a segurança que essas mentes necessitam, se são fracas na intensidade, para se entender a vida, e fortes quando pegas no colo e enganadas com músicas puras de ninar, ''feche os olhos e deixe-nos te contar como é o mundo''.

A certeza de estar no caminho certo, ainda que incerto em sua penumbra, em suas crescentes realidades, nunca vistas, nunca sentidas, numa expansão de descobrires. O genio é o desbravador do amanhã, o sábio é o que desbrava o passado e o presente, não se esquece do que se foi, os ve sempre como um aprendizado. 

Se sábio ou genio, há uma natural privação da ignorancia (total ou específica), e tal como ocorreu com as vitimas reais de monstros, respeitáveis sob capotes de cientistas, esquecidas pelo espaço e tempo, que vivenciaram fins tenebrosos, ao menos que, sob a mais histérica das alegrias, a púrpura sensação de se encontrar, e de viver este encontro, mais auto estima, mais amor por si, não há, limpando suas existencias dos detritos, da sujeira que as ilusões nos jogam, de saber que está no caminho certo, são emoções reais, de magnitude ímpar, comparáveis ao melhor momento da vida de cada um de nós, neles, nos de virtude, não é um momento, mas uma constancia, uma personalidade que desabrochou completa, na desintegração das prisões do ''não-querer-saber'', ou na pureza da objetividade existencial.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A alegoria do coletivo zumbi e do indivíduo




O sentido da vida repousa nas mãos e na mente do indivíduo, isto é, aquele que de fato compreende que sua existência, se faz com base em sua clausura essencial, sua constituição carnal e única, que prende a energia concentrada que se consiste na essência de seu ser.

O coletivo se confunde com a cooperação, mistura público e privado, segue-se sem se perguntar o que poderia estar ou dar errado. Como uma enevoada de pássaros ou massa de gados, tristes ou comedidamente histéricos, se lançam em danças sem improviso ou criatividade.

Há tantos filmes sobre eles, os zumbis, que nada mais são do que destruir, enquanto ação. Consomem sem pudor, sem pensar que o produto irá cair, n'algum terreno baldio, obstruir algo ou entupir, enfeiar o solo, exalar mal cheiro. Os índios é que são os verdadeiros sábios, neste sentido, porque o homem consumista, branco, de olhos curtos ou um equilibrista, este se transformou num lixão voluntário, num porcalhão, otário, estúpido, a níveis nunca dantes imaginados. Se ama a humanidade, se a idealiza, será o mais iludido de todos, um pobre deísta. As melhores atitudes são as mais simples, porque todo agir tem uma origem. Se sábia desde o início, desde o seu primeiro respirar, se expandirá harmônica, correta e viverá seu ciclo de existência, indefinido, pra sempre se puder ou breve enquanto durar.

Da esquerda ou da direita, zumbidos destes coletivos espantam-nos cada vez mais. Todos eles, cheios de razão, polímatas perfeitos, sábios sem serem. Espumando em suas bocas, lábias, olhos de psicóticos, algumas vezes de moribundos, de bichanos, dos mais preguiçosos, só que sem a medida de suas curvas, de seus narizes, de suas medidas. Não medem passos, mas ações, e reagem instintivos, por emoção. E sem  a razão para dar sentido, não será bela esta expressão, o mais provável é que se dê de maneira desmedida, até monstruosa. 

O apocalipse está sempre acontecendo, porque quando se mata a verdade, cortam-na, fatiam-na em mil pedaços, fazem uma mistura heterogênea de premissas falsas, tendo alguns nacos factuais, um pouco de concreto, de chão, mas para sustentá-lo, deve ter mais esforço e emoção, e não será aquela que nos faz mais felizes, mais honestos, mas o esforço de escravos, suores que serão justificados, foi ''deus'' quem quis.

Mate a verdade e matará a evolução. Evoluímos pela moralidade, mas muitos pensam apenas na cognição e chamam-na de inteligência. Faça grupos e não tenha indivíduos, selecione os mais abertos para o vento da verdadeira mudança, sem esperanças ou rezas. Se realmente deseja acabar ou começar a lutar contra este baile de máscaras de sanidade, então comece a entender-nos, humanos, animais com roupas de pano, construções de palavras, culturas e sonhos, ou motivações intrínsecas. Ao nos entender de fato, inevitavelmente cairemos no mundo da reprodução. Se quer bonobos, se isole e faça paz e amor. Se quer chimpanzés, clame por guerreiros em lebensraum de pelos e dominância masculina. Bebês já nascem de olhos desafiadores ou doces.

Por um ou dois motivos, mal compreendidos, tomados enquanto o ar que se respira, tentam impor sua revelação, não é luz natural, mas é artificial, inventada, é uma ilusão de naturalidade, de verdade, da realidade encarnada em palavras fáceis de serem digeridas, fáceis demais, porque são tendenciosas, são consumíveis, é para alimentar o monstro ego e não para iluminar. A filosofia, o próprio entender da vida, não pode ser consumida por quem não se reconhece por inteiro, que o faz apenas pela metade de um terço, tudo o que toca, a fé transforma em desespero, e o mal se torna bom, e o bom se torna um inferno, para estes ouvidos carentes, querem ouvir aquilo que querem, não aquilo que é, a realidade permanece ali do seu lado, mesmo que não queira papo com ela, mesmo que lhe pareça feia ou mesmo uma inimiga, que te odeia, mas ela não liga, lhe é indiferente, porque não precisa de ti pra existir. 

O coletivo precisa de quantidade para ver-se enquanto qualidade. Mas esta, só se manifesta em indivíduos, sábios e/ou talentosos, ou mesmo em menos prodigiosos, que podem melhorar suas atuações na cena da vida, podem mudar o curso do defeito e fazê-lo perfeito. O coletivo é covarde, age sempre em bando, se esconde em ombros, não se vê como um corpo, mas parte de outro, muito maior, em que se apoia, se aquenta, se sente mais gente do que é. O coletivo é sua ilusão, lhe dá músculos, os que não tem, lhe dá beleza, que não tem, lhe dá certezas, que não sabe o que são. 

O zumbido das colmeias humanas são torturantes aos ouvidos mais apurados. Vem em peso, com toda sua conformidade, de formas e pensares. Se espalham, apropriam, tomam pra si, ocupam territorialidades, esfacelam o indivíduo, o mais indefeso de todos, aquele que grita enquanto que todos estão ali, do lado, mas não estão, porque suas atenções estão direcionadas, ouvindo sermões ou dogmas. 

A democracia é o poder do povo, tal qual um apocalipse zumbi é o poder dos tolos. Dominam ruas, delimitam atitudes, nos mantém, nós os indivíduos, presos em nossas casas, com medo, mesmo da própria sombra, são ameaçadores, tem tolerância zero, porque não sabem o que é ser tolerante. Estão a procura de cérebros, querem converter à força, na base do estupro mental, que não é comedido, que não é um diálogo, nem mesmo um convencer. Fazem todo o tipo de chantagem e assim é o fanático. Ele precisa de muita força, porque o esforço em excesso não é natural, mas uma aberração, humor negro da verdade. Não é alegria, não é o contato com Deus, com a realidade, mas o contato com a confusão, com a ilusão, incontáveis vezes em que fomos arrasados por estes soldados de pouca reflexão. Parece tão simples, vê-se o problema, tão pouco, basta um caminhar a mais, está parado em frente ao dogma, a lhe hipnotizar, a ''grande revelação'', na verdade, a verdade nunca é grande, quase sempre é óbvia, muitas vezes é chata, muitos brilhos de gênio não são nada mais do que olhar em frente, com franqueza e dizer: 

'' - Eu estou vendo o que está em frente aos meus olhos e vou lhes descrever o que é''

Os olhos moribundos, até mesmo tristes, esboçando emoções sem substância, para quem foi criado na crença, ao percebê-la se dissipando diante de ti, se torna um crente melancólico a vagar por aí, exatamente como a um zumbi, a lamentar por compreensão, ao evitar a luz da razão, como sempre faz. Quer convencer na lamentação, quer colo mas também quer atenção e uma oportunidade de impor o seu mundo ocre, monocromático, sem diversidade. Estão sempre pisando na verdade, estão sempre pisando em ti, mas também neles mesmos. Se não podem reconhecer o indivíduo, não poderão ver valor na vida, porque não existe o coletivo, é a sua maior ilusão. Ainda assim, evoluímos pelo coletivo, não somos nossos próprios produtos, mas uma continuação, somos herdeiros sem ter tido escolha do que gostaríamos de ter herdado, e estamos totalmente dependentes dele. Negar a importância do coletivo é como negar a força das massas diante de um único elemento, da correria ou de mil abraços, de uma torcida em polvorosa, d'um trânsito cheio de carros, manadas. O chão chega a tremer. Não podemos negá-lo porque estaríamos negando não apenas a realidade, mas também o seu maior inimigo, o mais poderoso. 







O coletivo zumbi da 'esquerda''




e da ''direita'