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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pensamento critico-analítico e agnosticismo

 

Pensamento critico analítico e agnosticismo ateísmo da não serie: Quando precisamos dizer obviedades


A verdade brota pequena e tímida em cada detalhe de nossas vidas. Começa por tudo aquilo que vemos, sentimos enquanto realidade imediata. E se expande pelo espaço e tempo suspensos por nossos pensamentos. Se subjetiva por causa desta expansão porque, em um olhar de múltiplas perspectivas, a realidade se multiplica em muitas dimensões, tornando necessário a construção de novos olhares, na testa e talvez na nuca, para entende-las. Dentro desta subjetividade, formada por abstrações existenciais como a perspectiva pessoal de vivências, surgem ideologias e religiões, se a vida se vive pelo que se compartilha. A ciência, ainda dentro desta realidade subjetiva, o desmanchar da estrutura imediata que nossos olhos estão sempre a ver, a verdade em tempo real, ao invés do abstrato, o concreto, por conveniência lógica/política, se utiliza da superfície da verdade absoluta, isto é, a junção entre o objetivo imediato e o subjetivo abstrato.

Todas as religiões e ideologias, a sua evolução mais homônima, se resumem num  delírio uníssono, que é resultado direto deste choque de realidade ampliada. A verdade absoluta sob a luz da filosofia existencial realista visa justamente na volta pela veracidade do cristalino de nossos olhos. Expandir o reconhecer sem  delírios aforistas. Decidir pela verdade e não por partes dela ou ideologia.


Escolher pelo ateísmo não parece ser tampouco mais sábio do que se deixar levar por certezas milagrosas, de que o mágico pode tirar coelhos da cartola sem qualquer truques ou andar sob águas de mares a muito sem vida. Crer é sempre  tomar como decisivo aquilo que ainda é especulativo. Se especula sobre o sentido da vida, e é provável que nunca saberemos de fato tudo aquilo que precisamos, para encontrar por deus ou por significados tão grandiosos e desejados. Isto é, vivos, é muitíssimo provável que não saberemos sobre o derradeiro porquê. Talvez o saibamos quando deixarmos de ser, ou ao menos de respirar. A crença na descrença,  este jogo torpe de palavras resume o ateísmo e sua manada. Continuam crendo que sua descrença seja a verdade, mas não podem prova-la. Muito menos os seus algozes de existencialismo. Ter um pai universal é bom demais. Agora que sabem que está tudo explicado, basta atender ao chamado e as ordens do todo poderoso. Eles nos da certezas, nós lhe damos trabalho, suor e sangue, se for preciso. 


O agnosticismo é o caminho natural para o sábio. Se crer mais, do que duvidar, sobre a mais essencial de todas as perguntas não é a resposta mais correta ou equilibrada. Se o sábio reconhece seus defeitos antes de buscá-los nos outros. E reconhece seu limite, onde não pode mais prosseguir, sem deixar a mala de certezas num canto e aceitar que especulações não sejam conclusões.


 Ainda estamos na hipótese da vida, e o agnóstico reconhece este breu logo em frente, não deduz aquilo que não pode ver ou mesmo sentir. Neste caminho, os sentidos nos enganam, se tornam obtusos, sem qualquer certezas, além daquelas que são alcançáveis.  Não tem como agarrar o todo com nossas mãos e corpos. Nem um extremo nem outro, se muitas vezes, se tocam sem perceber. O sábio não pode crer nem descrer crendo, precisa apenas aceitar a realidade que temos por agora. Beira o desespero, mas quem sabe, quem poderia saber?? Mas só beira, se para o sábio, a verdade é todo dia. 

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