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sábado, 22 de abril de 2017

O animalismo: a crença na sub-humanidade como a regra natural do comportamento humano

Eu sempre chamo de ''naturalismo'' e de ''naturalistas'' aqueles que acreditam que os seres humanos devam ''agir como os outros animais'' por ser um deles, e isso quer indicar: jogar nossos sistemas morais, objetivos ou subjetivos, a escanteio. 

No entanto eu estou achando o termo ''animalismo'', mais coeso e direto, visto que, a ideia de naturalismo nos remete à naturalidade, enquanto que animalismo, contextualizado ao comportamento, nos remete à ideia de comportamento animal. Ao fundarmos ou mantermos a dicotomia ''naturalismo'' e tudo aquilo que ''não for'', supostamente natural, então estaremos dando liga à ideia de que o ideal para o ser humano é de agir como os outros animais, novamente, desprezando os sistemas morais criados por nós mas em especial, a partir de nossos alcances percpetivos. Eu não vejo problema algum que todos os sistemas morais subjetivos caiam por terra, mas não restam dúvidas que isso não significa que também devemos fazer o mesmo, jogando na mesma lata de lixo, a verdadeira ou ideal moralidade, que é objetiva, e mais, que eu tenho preferido denominar, de maneira mais específica, como ''benignidade proporcional/comportamental'', isto é, tendo o altruísmo como ímpeto comportamental inicial e claro, se adaptando às diferentes situações no cenário da vida, principiando pela bondade, mas podendo também variar na abordagem, uma clara alusão ao fim do pensamento extremista ou binário, ''ser bom ou não ser'', depende pra quê... pra quem...

Portanto é isso, via precisão semântica, enfatizei, precisei e desloquei o termo ''naturalismo'' para o termo ''animalismo'', separando a ideia de naturalidade da ideia de animalidade ou comportamento animal intensamente guiado por seus instintos.

Porque o ser humano não é filho de deus ou porque também é um animal isso não significa que deveríamos emular a cadeia alimentar, entre os da mesma espécie, dentro da humanidade, ainda que o animalismo seja justamente aquilo que as sociedades humanas mais tem feito, juntamente com o materialismo.

Materialistas e animalistas tem dominado e construído todo besteirol cultural humano. Talvez até pudéssemos denominar os mais racionais e sábios de verdadeiros naturalistas.

No silêncio

No silêncio das vozes,
O vento nas árvores, que chovem,
O tempo na pele, que seca,
Os galhos que tocam arpas,
Os minutos e a marcha fúnebre,
Que dobram,
Se escutam dores e alegrias,
Bem no fundo do vale, 
Na introspecção, nas nostalgias,
Num dia nublado, no domínio das nuvens,
No balançar dos cabelos,
No apoiar dos joelhos,
No silêncio das vozes

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Racionalidade = pensamento balanceado. Sabedoria = não cometer os mesmos erros

De fato, a priore, racionalidade e sabedoria não são nada mais nada menos que palavras ou termos sem contexto e valor moral, como eu tenho falado, e sim, elas podem ser usadas tanto para o bem quanto para o mal. 

No entanto a racionalidade pende para o pensamento balanceado, de qualquer maneira, que pode resultar em ações de mesma natureza.

Maior é a razoabilidade do pensamento, mais racional, e mais próximo da sabedoria, se, de acordo com a minha interpretação deste termo, se consiste em um caminho intermediário que se principia, incompleto, pela lógica. Inevitavelmente a racionalidade, uma hora ou outra, acabará esbarrando nas questões morais, porque se consistem apenas em um dos fatos óbvios que compõem a nossa realidade e em especial o alcance perceptivo humano, via auto-consciência. A autoconsciência inexoravelmente leva ao pensamento moral, que em sua completude perceptiva leva à benignidade comportamental proporcional, o neo-termo que eu estou propondo, não necessariamente para substituir a moralidade objetiva, mas para especificar ainda mais, isto é, caminhando ainda mais em direção à sabedoria e ao seu modelo moral mais provável.

E a sabedoria, já em sua etiologia [busca pelo conhecimento], pende para o inexorável caminho da completude, em que, ao contrário de uma abordagem lógica ou proto-psicopática, que suprime a empatia afetiva para entender o mundo, usa os ''dois'' tipos essenciais de abordagem, afetiva e cognitiva, para fazê-lo.

A partir do aprendizado ou do conhecimento, e claro, quando este já estiver bem fixado ou ao menos internalizado, pressupõe-se que as chances para que se possa cometer equívocos diretamente relacionados a este conhecimento, serão reduzidas drasticamente, se, já sabe, tem o conhecimento, então ao vivenciar uma situação em que este for requerido, a possibilidade de cometer erros será muito menor do que quando não era ''conhecedor''. 

Esta supressão progressiva da repetição nos mesmos erros se consistiria em uma das manifestações mais características da sabedoria. Não apenas a busca pelo conhecimento mas também da supressão progressiva e perfeccionista de seus erros.

Lógica essencial da existência: harmonia, generalizada, parcial ou insular. Como eu tenho falado, nada existe sem ter alguma harmonia embutida. Uma pedra não existiria se não fosse um elemento inanimado internamente harmônico. Por causa de uma sobreposição de harmonias a vida complexa tem sido possível em ''nosso'' planeta. Tudo aquilo que existe e que se sustenta por longo tempo está sob a força da harmonia dos elementos. Portanto, negar essa lógica, que é basal/fator g para qualquer conhecimento, já se consiste em um claro sinal de estupidez. 

Portanto por mais que racionalidade e sabedoria se consistam em conceitos amorais, inevitavelmente se moralizarão, porque, sim, existem fatos morais, especialmente a partir do ''alcance perceptivo humano''. Não é a toa que eu gosto de dizer ''os mais sábios'' ou ''os mais racionais'', porque em doses qualitativamente altas, ambos inevitavelmente se tornarão mais benignos, ou tendo a benignidade como ímpeto inicial, do que a malignidade, ainda que eu também costume falar muito sobre ''os sábios'', e talvez seja de bom tom evitar falar deste grupo como se todo sábio fosse como ''os mais'', isto é, indiscutivelmente benignos.

Se a Terra nos fosse maligna, e portanto menos harmoniosa, não haveria chances para a vida brotar em si mesma, muito menos a vida complexa. A harmonia não é apenas uma atitude contemplativa mas também prática no sentido que, é muito mais útil para se buscar pelos maiores mistérios da Terra, do que a sua falta. Não é a toa que os países que ainda são dos mais racionais em suas constituições sócio-econômicas, estejam muito mais próximos de iniciar esta missão do que aqueles que sempre estiveram chafurdados na lama da ignorância, estupidez e portanto, falta de harmonia, ainda que os primeiros não sejam predominantemente racionais [longe disso], e bem, pra falar a verdade estão até piorando e muito em suas conquistas, e que as essas conquistas tenham se dado justamente com base na falta de racionalidade no lido diplomático com os outros povos. Imaginemos o quão evoluída a humanidade estaria se a sabedoria substituísse totalmente essas psicoses que chamamos de: ideologia, cultura ou religião*

Em termos evolutivos, a harmonia via sabedoria, se plenamente introduzida, ainda proporcionará a maximização do bem estar social e da segurança biológica, isto é, da evolução e da sobrevivência da espécie.

Maior é o nível de autenticidade [intensidade qualitativa] e de intrinsecabilidade [intensidade expressiva], maior será a expressão geral de certo elemento: traço/comportamento ou ser. Maior é o nível de autenticidade e intrinsecabilidade [manifestação super-característica] da racionalidade ''e/ou da' sabedoria em um indivíduo hipotético, mais racional ou sábio ele será, e maior será a verdade de sua expressão. Tal como a intensidade das cores, um vermelho característico versus um vermelho vinho, versus um vermelho claro quase rosa. 

''Estudo'' autobiográfico: Por que eu me tornei agnóstico??


Fatores adicionais ou endossantes: Homossexualidade, circunstâncias sócio-econômicas abaixo do esperado [Deus onde está você*], 

viver no Brasil [se Deus existisse, o Brasil não seria isso] ;),

Fatores primários: Pensamento literal, 
hiper-coerente [pretensões de hiper-coerência] 

[Se Deus é onisciente cadê ele* Se Deus nos ama então por que tem pobreza* (só pra comecinho de conversa) Se Deus é amor então por que ''os seus devotos'' de vez em quando trucidam uns aos outros* Deus não pertence ao mundo dos reais e portanto da física],

 sabedoria [pretensões, geralmente atrelada ao bom e hiper-coerente pensamento literal, senso de proporcionalidade ou justiça e busca pelo conhecimento ou compreensão factual + harmonia ou consciência estética generalizada] 

[''Eu acredito em um homem cabeludo que nasceu de uma mulher virgem que mesmo depois de ter lhe dado à luz, nunca fez sexo com o seu marido... que fazia milagres como transformar água em vinho, que propositalmente deixou ser morto para salvar a humanidade, que ressuscitou e foi pro céu pra viver do lado do seu pai que por acaso é o universo/Deus*'' ... vale pra qualquer ideologia, religião ou cultura]

Traços de personalidade genuinamente intrínsecos versus traços de personalidade e/ou facetas de traços circunstanciais ou mais dependentes das relações

Agradabilidade versus abertura para a experiência 

Para que eu possa ser agradável com você é preciso que você seja agradável comigo 

E isso pode ou não acontecer a nível coletivo, isto é, você pode nascer tão diferente da maioria ou com forte disposição à singularidade que no final é provável que tudo conspire a favor deste caminho solitário. 

Por exemplo, ao nascer com maior disposição para a singularidade, por ser intrinsecamente excepcional e exótico, por ter nascido em um ambiente em que é raro, por ser mais voltado para os fatos, as suas chances para agir de modo desagradável com as outras pessoas serão muito maiores do que se apresenta as características opostas às exemplificadas.  

A agradabilidade depende mais das interações interpessoais ainda que todo traço de personalidade apresente uma base instintiva ou intrínseca. No entanto, por exemplo, a abertura para a experiência parece depender menos das interações interpessoais ainda que todo traço de personalidade seja dependente de suas condições ambientais e quanto maior é a pressão negativa ou de inibição ou positiva, de exposição ou vivência, respectivamente menores e maiores serão as suas expressões. Quando o ambiente puxa muito para um lado alguns traços podem ser mais demograficamente expandidos, isto é, abarcar mais indivíduos, os expressando de maneira mais intensa  do que em outros cenários. A abertura para a experiência (não-convencional) é novamente um bom exemplo porque tem se tornado mais comum ou ao menos MAIS EXPLÍCITA do que a 80 anos atrás.  


Apesar disso eu acho que, por se consistir em um traço mais intrapessoal (como que você se porta consigo mesmo, primeiramente) do que interpessoal, como é a agradabilidade (como que você se porta com os outros), a abertura para a experiência parece ser então mais intrínseca ou que independe dos outros para que possa se expressar e dependendo de qual faceta que estivermos falando. A curiosidade é um exemplo significativo, por sua natureza mais intrapessoal, que carregamos como se fosse os cascos da tartaruga, enquanto que a agradabilidade me parece ser mais dependente do outro para que possa se manifestar. 

Se eu estou mais ou menos agradável com os outros, dependerá das condições interpessoais [humor intrapessoal] e como eu falei acima, pessoas muito exóticas são naturalmente mais propensas a se tornarem menos agradáveis por nascerem em ambientes que geralmente ao invés de incentivarem o seu ótimo comportamental e emocional lhes forçam a se tornarem mais defensivas do que receptivas. Em ambientes de maior pressão psicológica negativa tenderemos a reagir de maneira mais defensiva por exemplo aumentando os valores de introversão e de neuroticismo ainda que os seus respectivos níveis de intrinsecabilidade também influenciarão em suas expressões, isto é, algumas pessoas, por já serem desde sempre mais neuróticas, em ambientes menos receptivos, serão muito mais propensas a super-expressarem esta tendência enquanto que, aquelas com valores intrinsecamente mais baixos, apesar de terem os mesmos aumentados por causa da qualidade ruim do ambiente interpessoal em que estão, ainda o farão de modo menos intenso que no primeiro grupo.


Portanto a ideia básica deste texto é a de que, alguns traços de personalidade são mais ''ambiente-dependentes'' do que outros, por necessitarem das interações interpessoais para que possam ser plenamente expressados enquanto que outros como algumas [ou muitas] facetas da abertura para a experiência, por se consistirem em ''ações primárias'', em manifestação primárias do comportamento, só que de maneira intrapessoal, necessariamente não dependem do ambiente para que possam se manifestar de maneira característica. Para ser curioso você não precisa que o ambiente esteja receptivo ou opressivo.

Alerta de viadagem


Passivo, versátil (o bi-homossexual) e ativo

Parece óbvio demais para que ainda não tenha sido pensado. Os tipos sexuais de homossexuais parecem se diferir claro que, em média, em personalidade e quiçá em estilo e nível cognitivo. Os homossexuais mais passivos na cama parecem incorporar com maior constância e intrinsecabilidade [intensidade intrínseca] as características femininas ou sexualmente invertidas. Os predominantemente ativos parecem ser bem menos homossexualmente intrínsecos e portanto comungar com padrões de comportamento muito mais semelhantes às médias de seu sexo biológico enquanto que os versáteis, isto é, aqueles que encarnam tanto o papel de passivo como de ativo, que variam mais na cama, seriam os mais variáveis neste sentido, por razões óbvias, apesar de também poderem se destacar no quesito hiper-sexualidade. 


Percebemos que dentro da população homossexual o mesmo padrão espectral de mono-sexuais complementares (passivo e ativo) e poli-sexuais (versáteis) que compõe a diversidade sexual também compõe a diversidade homo ou não-heterossexual. Mediante as minhas observações e pela lógica pressupõe-se que haverão tendências de diferenciação entre passivos, versáteis e ativos que se assemelharão aos heterossexuais (homem/ativo e mulher/passivo) assim como também em relação aos bissexuais (versáteis).

 Inclusive talvez pudéssemos denominar os versáteis como homo-bissexuais por fazerem os papéis ativo e passivo com maior desenvoltura e naturalidade, ui!!

Três tipos de seres: Seres da destruição, da conservação e da construção/evolução psicologia "cósmica"

Pessoas intrinsecamente más ou seres da destruição (conhecimento existencial/evolutivo em conflito aberto com a bondade), existencialmente conservadoras/parcialmente egoístas ou seres da conservação sábias/intrinsecamente boas ou seres da construção (conhecimento existencial/evolutivo aliado à bondade)

Na natureza existem três forças básicas e/ou essenciais: A força da destruição, a força da conservação/adaptação e a força da construção ou evolução. Essas forças basicamente encontram-se presentes em tudo, inclusive em nossos comportamentos, isto é, em nós.