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terça-feira, 7 de março de 2023

A arte não é apenas entretenimento...

... e muito menos desse tipo em que se serve como um meio barato para o lucro, porque a arte, em sua essência, é um mecanismo de expansão momentânea da consciência (primariamente) humana, de conexão ou atenção ao que está além da percepção sensorial imediata, que evoca lembranças, sentimentos ou reflexões que perpassam o tempo-presente. A arte também é uma fuga do tempo-espaço presente e constante, de transferência de consciência do agora para uma realidade imaginária ou uma perspectiva da mente, uma memória ou uma emoção específica, mas sempre com foco a uma perspectiva particular e além do momento imediato, então, transferido para uma obra artística.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A esquerda se diz patrona e defensora das artes...

... recentemente me deparei com uma tal ''música clássica contemporânea''. Primeiro eu fiquei na dúvida se os ruídos que ouvi eram mesmo música ou apenas ruídos. Depois, claro que eu pensei no aspecto psico-social ''da coisa'', afinal, MUITA GENTE, aquelas pessoas ''de'' qi alto, especialmente o verbal, adoram essa ''arte abstrata''. 

Segundo, para a esquerda, arte é fundamentalmente auto-expressão. Eu acredito que a arte COMEÇA com a auto-expressão, e como eu já comentei antes, a partir do momento que, ela também se finaliza na auto-expressão, isto é, logo no seu início, então estamos vendo uma espécie de ''arte embrionária'', ou melhor, abortada no útero. 

Se a arte tem alguma finalidade, primeiramente talvez seja a estética, ou melhor, o eco da estética, de re-presentar a apresentação que se consiste a realidade. Segundo, que o aspecto do belo, isto é, da estética, em sua expressão mais harmônica ou sensorialmente apaixonante, parece se consistir no destino, eu não diria de toda arte, mas de toda aquela que se define como ''alta cultura'', independente do conteúdo que representa, se é uma tragédia ou um caso de amor romântico, é fato que qualquer produto cultural/artístico de alta qualidade, precisa representar ou buscar pelo belo.

A grande maioria dos tais defensores das artes, atualmente, são de ideologia marcadamente neo-esquerdista [pseudo-socialista/secretamente burguesa] e mais, parecem defender o que de pior os artistas, ou, certos artistas [ou, ''artistas'], podem produzir. 

Pensemos: se eu defendo algo mas o reduzo ao seu nível mais básico [que é o fundamental, porém ainda assim, e neste caso, mais no sentido de mínimo desenvolvimento], e portanto, mínimo em si mesmo, então eu não pareço estar defendendo mas usando-o a meu favor.

Quando ''defensores das artes'' misturam poesia com aquela escatologia chamada ''funk'', então talvez eu preferisse que as artes ficassem sem proteção, porque isso não parece muito cuidadoso, pois não está elevando a arte, mas rebaixando-a à qualquer coisa.

Assim como a ciência banaliza a vida, como eu falei no outro blog, e talvez também já tenha esboçado algo parecido aqui, o domínio esquerdista sobre as artes está tendo o mesmo efeito, transformando-a em qualquer coisa.  

sábado, 3 de fevereiro de 2018

A arte, intrinsecamente falando, não tem a ver com popularidade ou com dinheiro. Consiste na generalização da verdadeira religião no cotidiano coletivo e individual, simbolizando a experiência da vida autoconsciente por todos os seus poros possíveis

Reflexão materializada...

Mesmo o mal gosto ou a feiura (leia-se hiper sexualização da representação artística OU simplesmente, fraca consciência estética ou fraco perfeccionismo estético)

A Priore a existência de arte de baixa qualidade estética ou de parco apelo transcendentalista não é por si própria condenável mas a intenção implícita ou auto entendida do artista de usar a sua arte tendo como propósito final o lucro rápido e/ou fama e não a própria arte [sem falar no risco da degeneração da arte via imposição democrática e totalitária do gosto artístico, inevitavelmente resultando em sua deterioração].

Até poderíamos nos perguntar se este tipo de arte de curto prazo não seria em sua maioria condenável se a maioria dos seus criadores não tem em mente riqueza//conforto ou fama, isto é, tendo a arte como um meio ou trampolim para se alcança-lo.

Portanto a Priore não é problemático em si termos certos cantores como uma tal ''anita'' mas:

A sua verdadeira intenção quanto à sua representação artística: arte em primeiro plano ou lucro//fama?? 


A resposta parece óbvia demais.

Toda arte de qualidade mesmo que também seja produzida a partir de doses não homeopáticas de desejo pelo reconhecimento do trabalho e consequentes vantagens econômicas, é primeiramente o fruto de um esforço e dedicação individuais tendo como finalidade a arte em si mesma. Repito, mesmo que ainda existam outras intenções como o desejo pelo reconhecimento, a principal terá de ser pela arte, obviamente falando.

Afora este fator, é inegável que o artista que usufrui de um padrão de vida luxuriosamente abastado mas que está aquém da qualidade do seu trabalho expressa níveis exorbitantes de injustiça. 


Assim como a religião, a arte (aliás a religião é "o domínio especificamente manipulado da linguagem metafórica/da arte sobre a sociedade") tem como função principal preencher o vazio de significado que se consiste a vida sob uma ótica mais autoconsciente ou que ultrapassa os limites do instinto e os artistas especialmente os mais arquetípicos seriam tal como as almas mais inflamáveis que iluminam primeiramente a si mesmos e depois os outros tal como incentivadores ou mesmo protetores das outras almas em relação ao desespero por uma vacuidade conscientemente internalizada ou vivida, do qual eles mesmos estão muito mais propensos a vivenciar.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

História da Arte... História da Filosofia (Ocidental): O que se estuda na faculdade

Nem todo professor de História da Arte trabalhará como/será um artista.

Nem todo professor de (História da) Filosofia (Ocidental) trabalhará como/ será um filósofo.

domingo, 21 de maio de 2017

Abstração ou simbolização do efeito ou da causa... Literalização científica ou procura pela causa...

... se a origem ou causa é sempre física.

A abstração muitas vezes consistirá na simbolização do efeito ou da causa com base numa descrição diversamente próxima do idealmente físico ou conclusivamente real.

A ideologia da ciência é a física. O processo científico é muitas vezes o processo da dessimbolização do conhecimento, com o intuito de transformá-lo em um derradeiro ou físico entendimento, ainda que, talvez se possa ter um ótimo entendimento sem a estrita necessidade de torná-lo físico ou ''mais real''.


A abstração é caracteristicamente metafísica. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Os prismas existenciais e seus sistemas morais

Resultado de imagem para prisma

Fonte: google.play

Social, artístico, filosófico, científico, primário/egoísta em ênfases ou prismas existenciais. A perspectiva existencial individual que eu já comentei antes, nossa localização no cenário da existência, encontra-se sob o domínio dos prismas existenciais, isto é, os espelhos que melhor refletem nossas naturezas psico-cognitivas e/ou biológicas. 

Os seres humanos tendem a escolher por um ou combinações dos subsequentes prismas existenciais, em ordem de percepção existencial ou hiper-realista: primário/egoísta, social, artístico e científico, filosófico. 

O primeiro prisma existencial, primário/egoísta, encontra-se universalmente presente no reino animal e humano e caracteriza-se pela percepção primária oriunda lógica e diretamente da consciência primária, o básico auto reconhecimento e posterior tomada de diretrizes que reflitam a natureza intrínseca ou as intrinsicabilidades do organismo (expressão da forma). O compromisso deste prisma é a sobrevivência ou auto conservação, independente das pendengas morais.


 E por que isso acontece??

 Porque o nível de  percepção do prisma primário, partindo de uma [uber lógica] abordagem epicêntrica, do ser ao seu meio/ambiente, do organismo ao cenário, a forma se expressando, é muito baixo e portanto o nível de responsabilidade das próprias ações será igualmente baixo, direcionando todas as forças para a própria sobrevivência. 

Prisma social: O prisma social é onde a maioria das espécies sociais se localizam por razões desnecessariamente explicáveis ou auto entendíveis. A maioria dos seres humanos também pertencerão a esta categoria. 

O paradoxo 

Por um lado quanto menor o alcance perceptivo maior a liberdade aparente de ação ou irresponsabilidade natural, por outro lado menor será o potencial de  liberdade intrínseca, visto que qualquer possibilidade de livre arbítrio tenderá a ser inexistente. O impulsivo parece ser mais livre por agir sem pensar, mas só parece...

O nível de percepção aumenta em relação ao primeiro prisma existencial porque além da própria preocupação e a nível inconsciente a subconsciente, agora o ser também se preocupará com os outros seres mesmo que a nível superficial. Quanto mais avançado for o prisma existencial,  maior será o acúmulo em relação ao prisma anterior, exatamente como  uma sobreposição de camadas, das mais antigas às mais novas, a partir de uma linha de desenvolvimento ideal ou ''espectro subjacente entre a estupidez e a sabedoria'', porque será muito comum que os seres, em especial os humanos, manifestem esta diversidade de modo individualmente assimétrico, isto é, imperfeito ou não-ideal.

Prisma artístico e científico

Nesses prismas, que eu defini como igualmente perceptivos ainda que se difiram em termos qualitativos (em relação a que perspectiva/parede que estão direcionados), a abrangência da percepção aumenta de modo considerável ainda que seja muito comum que, se perca do mundo prático dos dois primeiros prismas, ou que se mescle de maneira evolutivamente regressiva reduzindo as possíveis qualidades dos prismas mais avançados em percepção à expressões menos características. Em ordem ideal, os tipos mais científicos e artísticos seriam como proto-filósofos. 

Maior a responsabilidade intrínseca ou potencial de livre arbítrio menor a irresponsabilidade natural de ação, que é geralmente ocasionada pela hipo percepção. No entanto a liberdade real de  comportamento tende a ser comprometida por causa do concomitante aumento da responsabilidade ou expansão da consciência perceptiva, isto é, internalizando uma maior quantidade de particularidades da realidade, em especial as que forem de natureza moral. Um exemplo muito simples e moderno: duas pessoas que vivem nos EUA, a primeira se preocupa com as condições de trabalho no sudeste asiático, região de onde veio o seu par de tênis de marca famosa. A segunda pessoa não se preocupa. A primeira pessoa agregou mais uma particularidade da realidade pra si mesma, neste caso a preocupação com as condições de trabalho no sudeste asiático, expandindo a sua consciência, temporariamente ou a longo prazo, sobre uma outra realidade. E tal preocupação adquire cores ainda mais fortes em tempos de globalização via internet. Ter com o que se preocupar também tende a significar ''ter com o que ter em mente, de fazer tais particularidades emergirem para a sua zona de prioridades/preocupações. O neuroticismo racional é uma pálida manifestação de uma autoconsciência (e consciência) mais expandida.

A maioria dos indivíduos apresentarão combinações ou assimetrias de evolução existencial e portanto em especial para os dois últimos prismas até agora citados, dificilmente se encaixarão idealmente nos mesmos.

O prisma artístico se consiste na expansão da consciência ou empatia afetiva e consequentemente relacionar-se-á com a consciência existencial ou simplesmente auto consciência. O prisma artístico como auto expressão relaciona-se com o Eu e a consciência de si próprio, de seu lugar no mundo, de sua vida, ações e finalmente com a angústia existencial, que se consiste em uma reação secundária da melancolia. O prisma artístico tem como bússola a consciência estética, isto é, a busca pela beleza. É o lado ''positivo' porém melancólico (realisticamente emotivo) da vida.

O prisma científico por sua vez relaciona-se com a expansão da percepção lógica ou factual e portanto da percepção em relação à dinâmica fenomenológica que nos circunda, que nos encurrala. A abordagem em uma perspectiva científica tende a ser menos epicêntrica e mais neutra ainda que como eu já comentei antes, mesmo uma menor neutralidade ainda precisará de uma hierarquia epicêntrica, isto é, de principiar pelo ser, para de fato conquistar uma neutralidade decididamente mais abrangente se aqueles que estão mais naturalmente direcionados para o prisma científico tem, obviamente, as suas naturezas refletidas por ele denotando portanto tendências anteriores e/ou uma falsa neutralidade disfarçada de epicentro científico, a priore, menos eu-tendencioso do que os demais.

O filósofo verdadeiro se consistiria na unção do artista existencialmente fatalista com o cientista existencialmente factual-pragmático, em que a fragilidade do fatalismo artístico caminhará ou não para se mesclar idealmente com a rigidez ou segurança da lógica científica.

Prisma filosófico 

Do prisma egoísta, chegamos ao seu quase total oposto, o altruísta potencialmente perfeito, que percebe uma maior quantidade de relações de causa e efeito, ação e reação, entre os elementos que compõem a dinâmica fenomenológica, e em relação ao próprio fenômeno da existência. 

O prisma primário percebe pouco e age muito. A pseudo-liberdade da impulsividade.

O prisma filosófico percebe muito e infelizmente tende a agir pouco mediante a grande quantidade de relações morais que sua mente percebe e internaliza de maneira prioritária. 

Os prismas existenciais podem ser relacionados à "minha" hierarquia de sócio-tipos: trabalhador, manipulador e observador, assim como também aos sistemas morais existentes: Predadorismo, egoísmo, parasitismo, altruísmo e mutualismo.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Se não existe dinheiro público, então as ''celebridades'' são ainda mais parasitárias e agentes diretos da desigualdade social do que eu imaginava...

''Não existe dinheiro público, apenas privado''

Se não existe esta separação entre o dinheiro público e o privado, então as ''celebridades'' são agentes diretos da desigualdade social, muito mais do que eu imaginava.

 Em uma sociedade perfeccionista (evite o uso do adjetivo ''perfeito'', quase tão empiricamente difícil quanto ''livre'') o mérito se daria de acordo com o alcance e qualidade das contribuições individuais, ainda que todos aqueles que fossem funcionais de alguma maneira (e existem muitíssimos níveis de funcionalidade ou seria melhor reciprocidade cooperativa) também devessem ser minimamente assegurados pelo governo.

Mas é um disparate termos, jogadores de futebol ou atores ganhando salários descomunais e contribuindo tão pouco para o bem estar social, e pelo contrário, dando contribuições negativas!!!

Se, segundo a famosa fala de Margareth Thatcher, não existe tal coisa como dinheiro público, então é o ''nosso'' dinheiro que está bancando a vida boa e popularidade incomensuravelmente tosca desses parasitas que os seus escravos naturais chamam de ''celebridades''. 

Absolutamente nada contra música, pintura, nem mesmo contra as artes dramáticas. O problema não é a arte ou o esporte em si mesmos que apresentam os seus respectivos valores em nossas sociedades e o primeiro ainda mais fundamental, por alimentar nossas autoconsciências com fantasia, beleza, diversidade de escolhas, por representar nossos estados emocionais e esperanças mais profundas sobre o sentido de se viver. 

No entanto, o que era pra ser absolutamente poderoso, necessário e moralmente/holisticamente produtivo, acabou se transformando em uma maneira bifocal de se distrair a população e ao mesmo tempo de se fomentar a desigualdade social, em outras palavras, a arte foi posta ou sempre esteve a serviço dos dementes que governam com a barriga, e de maneira proposital, as sociedades humanas. 

Mas não devemos culpar governos ou governantes, quando as próprias celebridades pouco fazem para manter qualquer bom senso em relação aos padrões luxuriantes de vida que levam e em relação ao comum contraste social que os envolve. 

No final, boa parte dos talentosos ''triviais'' serão apenas como, pessoas ''normais'', isto é, com a mentalidade hipócrita, vaga e moralmente cambaleante que predomina entre as massas, só que com algum talento extra que possa alçá-los à posições muito mais confortáveis e quando bem alocados, dane-se a sociedade. Bem assim mesmo!!


sexta-feira, 1 de abril de 2016

A arte é atrevida



Como pode ser tão importante e desimportante ao mesmo tempo**


Porque no mundo ''humano'', dois tempos se misturam a todo momento, somos híbridos, também do espaço, porque somos o rio que passa, o bafo do vento, 

e a pedra é a meta do utilitário,

Resistente, útil, que se pode tocar, que se pode usar, 
jogada ou lapidada,

 é matéria,

 não é 'apenas'' alguns versos lindos, que desaparecem pelo ar, 

A matéria da tecnologia veio para nos salvar,
quer dizer, veio para alimentar nossa preguiça de ser vida,

para ver a poesia, é preciso se esforçar,
para ligar a máquina, basta um botão e olhe lá!! 

estamos meio animal, com todas as necessidades  imediatas mais características,

e estamos meio mágicos, pensando na gradação do branco ao cinza das nuvens,

 no porvir ou no que já se foi, 

pensando e fazendo arte,

Precisamos do terreno, mas a muito tempo que nos apaixonados pelos céus, por marte, pela Lua, por nossos sonhos,

criamos asas, voamos e descemos ao chão, 

se arte é ilusão, decepção ou distração,

que importa ... se nos faz bem,

o problema é quando o abstrato da imaginação se torna arrogante,

músicas passam a valer mais que a própria vida,
poesias são mais de gênio do que a própria empatia,

ou a boa tecnologia, que veio para nos ajudar, mas também para complicar a pisada humana, em sua ousadia de sempre mudar, de sempre teimar com deus, 

A arte é a própria dualidade,

como a vida,
é muito importante,
mas também não é,

se pudessem ter todos os estados de mente...

a tristeza, o desânimo, a alegria,

todos intensos, profundos, em seus frequentes ataques,

a arte sempre foi atrevida, e em tempos difíceis,

a sua petulância se torna deboche,

ri e despreza o caos da estupidez, da incompletude humana,

com as suas roupas bonitas, todo o artifício de quem é vago e profundo ao mesmo tempo,

do ator e do sincero, deste conflito interno, deste atrito,

e que pelo senso da auto-astúcia, prefere o brincar profano, inconsequente, frio e ingrato,

entre a fama e a estética da vida, ser arte,
prefere a cama felpuda, o conforto dos elogios, a vaidade,

prefere espelhos do que a si mesmo,

Não entende que a beleza abstrata não é mais importante,

Neste mundo de muitas perspectivas, todas certas, todas erradas, todas neutras,

em um mundo, a arte é a rainha,

em outro mundo, ela definha,

é tola e inútil,

e mais tolos são os muitos que dela abusam.