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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Especulação sobre a distribuição geográfica, étnica/racial, sexual... dos tipos humanos definidos pelo autor de "As leis fundamentais da estupidez humana"

 Carlo Cipolla, economista italiano que escreveu esse livro e que eu já comentei e critiquei em alguns dos meus textos. Nesse texto, irei especular sobre como se distribuem esses tipos ou fenótipos/arquétipos... 


Primeiro, vamos a eles:

O inteligente: cujas ações beneficiam a si mesmo e aos outros 

O bandido: cujas ações beneficiam a si mesmo às custas dos outros 

O ingênuo: cujas ações beneficiam os outros às suas custas 

E o estúpido: cujas ações prejudicam a si mesmo e aos outros

Eu já fiz um texto criticando essas leis e o que ele escreveu sobre elas. Por exemplo, eu critiquei a definição restrita do tipo estúpido, como se o ingênuo e o bandido também não pudessem ser considerados como categorias de estúpidos. Apesar de considerar a minha crítica válida, aqui não é mais importante enfatizar esse apontamento já que será a partir das definições propostas pelo Cipolla que eu irei trabalhar a minha especulação sobre a distribuição das mesmas entre os grupos humanos. 

Cipolla também escreveu sobre o que acontece (de óbvio) em uma sociedade quando há um predomínio crescente de estúpidos, em sua quinta lei fundamental da estupidez humana. Eu coloco nesse texto um trecho relevante para ilustrar seus pensamentos específicos a esse tema, embaixo:

Quinta lei 

5. A pessoa estúpida é a pessoa mais perigosa que existe.

''E seu corolário:

Uma pessoa estúpida é mais perigosa que um bandido.

Não podemos fazer nada sobre os estúpidos. A diferença entre as sociedades que desmoronam sob o peso de seus cidadãos estúpidos e aquelas que os transcendem é a composição dos não estúpidos. Aqueles que progridem apesar de seus estúpidos possuem uma alta proporção de pessoas agindo de forma inteligente, aqueles que contrabalançam as perdas dos estúpidos trazendo ganhos para si e para seus semelhantes.

As sociedades decadentes têm a mesma porcentagem de pessoas estúpidas que as bem-sucedidas. Mas eles também têm altas porcentagens de pessoas indefesas e, escreve Cipolla, “uma proliferação alarmante de bandidos com conotações de estupidez”.

“Essa mudança na composição da população não-estúpida inevitavelmente fortalece o poder destrutivo da fração [estúpida] e torna o declínio uma certeza”, conclui Cipolla. “E o país vai para o inferno". 

(Eu também critiquei o que ele pontuou nesse trecho, nesse texto: "Analisando criticamente as 5 leis da estupidez humana").



Proposta especulativa sobre a distribuição dos tipos ou categorias de pessoas definidos por Carlos Cipolla 


Inteligente, ingênuo, bandido (ou esperto) e estúpido

* Esses tipos parece que são definições resumidas de composições de traços de personalidade e inteligência em que uma das características tende a se sobressair mais, por exemplo, a ingenuidade.

* Entre o inteligente e o estúpido, o ingênuo e o bandido também podem ser considerados tipos mistos que combinam traços desses fenótipos que seriam mais regulares, justamente os primeiros citados. 

Em ordem crescente, dos tipos mais comuns aos mais incomuns, com base no contexto atual, ano de 2024, e considerando as perspectivas individual e social.

Valendo ressaltar que não irei me arriscar mais, especulando porcentagens de como esses tipos se distribuiriam e que, portanto, mesmo o tipo menos comum para determinada população, de acordo com a minha especulação, não está explícito de que seja muito menos comum do que os outros. 

Por distribuição geográfica:

Américas:

América do norte 

EUA: ingênuo, inteligente/bandido/ estúpido

Canadá: ingênuo, inteligente, estúpido/bandido

México e América Central: ingênuo/ bandido/estúpido, inteligente 

Brasil e América do Sul (excluindo Argentina e Uruguai): ingênuo/ bandido/estúpido, inteligente 

Argentina e Uruguai: ingênuo, bandido/ estúpido/inteligente

Haiti(?): bandido/estúpido, ingênuo, inteligente

Comentário: uma constante em muitos países é o possível predomínio do tipo "ingênuo", cujas ações beneficiam os outros às suas custas, principalmente pelo contexto social, já que não há nenhum país que não esteja socialmente estruturado de uma maneira que produza uma pirâmide hierárquica de parasitismo das classes mais altas, no topo, em relação às outras classes, se diferindo apenas no quão desigual e explícito se expressa esse parasitismo, menos significativo, porém, existente, em "democracias sociais" de primeiro mundo, como os países escandinavos, e mais significativo em países subdesenvolvidos. 

No caso das Américas, eu percebo uma grande diferença nessa distribuição de tipos humanos propostos por Cipolla, em que os dois únicos países americanos de primeiro mundo, e que não são paraísos fiscais do Caribe, Canadá e EUA, apresentariam uma distribuição menos problemática, ainda com diferenças entre eles mesmos: o primeiro mais parecido com um país europeu, e os EUA em uma situação distributiva mais singular, mediante sua própria diversidade interna e idiossincrática, resultante de suas dimensões superlativas de território e demografia, bem como de sua história ímpar. A minha especulação também ressalta algo que, para muitos, especialmente latino americanos, é considerado uma verdade inconveniente, de que são os seus/nossos próprios povos que, em média, contribuem para manter seus/nossos países em um estado de subdesenvolvimento, não apenas a culpa histórica do colonizador europeu ou de suas "elites" político econômicas, se estas também tendem a expressar uma falta de caráter  comum nas populações desses países, de serem representativas das mesmas. Daí a maior proporção do tipo "bandido".  

Eu destaquei o Haiti, por ser o país mais pobre das Américas: a metade da ilha Hispaniola, marcada por uma história de guerras civis, ditaduras sangrentas e pobreza predominante. Pois um país tão caótico e precário, como esse, por acaso é produto apenas de sua história conturbada ou também de sua própria população?? (Excetuando sua fração "inteligente" que, definitivamente, não parece se consistir em uma maioria). Além disso, seu status de estado-pária social e político, que se arrasta por muitas décadas, também pode estar contribuindo para empoderar os tipos mais egoístas de sua população, muito abundantes em seus espaços de poder e típico de ditaduras ou estados autoritários. De qualquer maneira, também é possível especular se esse tipo é mais comum nesse país do que em outros (algo mais intrínseco) e se esse fator seria parte importante de explicação para a sua situação muito problemática. 


Europa: 

Europa Oriental: ingênuo, bandido, inteligente, estúpido 

(Países como Eslovênia e Estônia se sairiam melhor, pelo menos de acordo com os seus indicadores socioeconômicos) 

Europa Ocidental: ingênuo, inteligente/bandido, estúpido 

Europa Setentrional (Escandinávia): ingênuo, inteligente, estúpido/bandido

Europa Meridional: ingênuo/bandido, inteligente, estúpido

Comentário: Estereótipos se confirmando?? 

Europeus meridionais e orientais, em média, mais corruptíveis e, portanto, com mais bandidos, proporcionalmente?

Norte europeus, em média, mais ingênuos?

Talvez, reflexivo das próprias distribuições dos tipos de personalidade, em que os introvertidos seriam mais comuns entre os tipos ingênuo e inteligente (mais comuns no norte do velho continente), e os extrovertidos entre os tipos bandido e estúpido (mais comuns no sul da Europa). 

Mas, tipos introvertidos também parecem ser mais comuns na Europa Oriental. Pois uma possível diferença em relação à Europa Setentrional, que também explicaria suas diferenças culturais e políticas, seria a variação dos traços de personalidade, por exemplo: tipos melancólicos, mais ingênuos, mais comuns na Escandinávia e coléricos, mais propensos a serem de espertos ou bandidos, mais comuns na Europa Oriental (com base na tipologia de personalidade dos quatro temperamentos, que eu já sugeri ratificar como válido, excluindo apenas a hipótese relacionada à saúde que também foi desenvolvida na Grécia clássica e pela qual os quatro temperamentos derivam); além de diferenças histórico-contextuais, ainda que diferenças étnicas* entre nórdicos//germânicos e eslavos pareçam ser mais profundas do que resultados exclusivos de suas respectivas histórias.

* Correlativas com variações de traços mentais, de personalidade (intensidade, tipos) e inteligência (níveis, tipos...) 

É até interessante pensar como esses tipos propostos podem ser mais abrangentes como definições de inteligência do que outras maneiras de abordá-la e compará-la, tal como por teste de QI, se a mesma não se expressa apenas por meio de capacidades cognitivas tipicamente consideradas, de natureza técnica, como as capacidades linguísticas e matemáticas, mas também por meio da criatividade, da racionalidade e da inteligência emocional, isto é, de natureza contextual, se manifestando em todos os contextos, em que a participação e a influência dos traços de personalidade, considerados "não-cognitivos", é tão importante quanto os 'cognitivos". 

Também seria importante pensar sobre o quão intrínsecos são esses tipos: o quanto são reflexos reativos aos meios em que vivemos, de contextos mais específicos, e o quanto refletem nós mesmos, ou nossas disposições mais profundas...

Se, por exemplo, indivíduo X é mais ingênuo por razões estruturais ou também genéticas/biológicas//hereditárias?? 

Eu apostaria que é uma combinação dessas influências e mais, em que fatores intrínsecos, do próprio indivíduo, seriam mais influentes ou determinantes, ainda que os fatores extrínsecos, do meio, também têm um papel de influência, mas mais no sentido de contribuírem para canalizar tendências pré existentes e nunca de forjá-las sem um contexto anterior de predisposição, de modo que, se fulano é mais ingênuo, não é exclusivamente por causa do seu meio, mas também por já apresentar essa tendência ou predisposição e que foi exacerbada por suas interações nos ambientes em que se encontra. Portanto, esse pensamento sugere um constante atravessamento ou interseção entre as perspectivas individual e contextual, novamente, o exemplo do possível predomínio de ingênuos na maioria dos países, não apenas por disposição intrínseca, mas também como reflexo de como as sociedades estão organizadas (de modo variavelmente parasitário em que involuntariamente coloca na posição de subalterno enganado ou explorado a maioria da população).


África: 

África do Norte: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente 

África Subsaariana: bandido, estúpido/ingênuo, inteligente 

Comentário: me perdoem todos aqueles bons samaritanos que cultivam apenas pensamentos fofinhos sobre a nossa espécie, especialmente sobre determinados grupos que apresentam um histórico e um presente de pobreza e atraso civilizacional (ainda que exista uma certa relatividade em determinar o que é avanço ou atraso civilizacional, que facilmente pode ser problematizado, tal como de se destacar o caráter tipicamente parasitário de sociedades complexas, excessivamente verticalizadas, em termos sociais). Eu sei que não é o hábito do puritanismo moral "de esquerda", mas há de se priorizar os fatos até mesmo para que se possa buscar por abordagens realmente eficazes no combate aos problemas sociais, econômicos e/ou morais de nossa espécie e não será com o abraço à narrativas bonitas, porém, falaciosas... Pois se é um meio social de guerras, violência e pobreza que incita o nosso lado mais egoísta, ainda é pouco provável que todos nós reagiremos de maneira igual se ou quando submetidos a circunstâncias parecidas. As evidências corroboram com a minha afirmação... Também pode ser e é muito provável que seja, que um meio social muito problemático primariamente reflita ações das próprias populações, tal como de se apontar para as pessoas que vivem em um bairro a sujeira de suas ruas do que de buscar por outros culpados. Então, os problemas sociais dos países outrora colônias de metrópoles europeias, principalmente os africanos e os latino americanos, não são resultados exclusivos do colonialismo europeu, mas principalmente de suas próprias ações, de suas "elites" e de suas próprias populações, claro, não de todos, mas de uma parte potencialmente não-desprezível, infelizmente. Um exemplo disso é a criminalidade urbana em cidades como Lagos, na Nigéria, e São Paulo, aqui, no Brasil; de maneira geral, na carência endêmica de solidariedade e respeito entre os habitantes de muitos países subdesenvolvidos, diga-se, até mais do que nos "desenvolvidos', que contribui para complicar suas situações socioeconômicas. Sempre ressaltando, novamente, que não se trata de toda população, se da África, Nigéria ou São Paulo, mas que também não se trata de uma minoria minúscula, e até em certos casos se pode pensar que se trata de uma maioria. E nem que seja uma situação impossível de ser corrigida ou melhorada, mas não da maneira politicamente correta, simples e bonitinha que muitos acreditam. 

Consequentemente, se não há generalização (associação absoluta) de causalidade entre grupo racial ou étnico e comportamento, então, não há "racismo" genuíno ou objetivamente determinado nessas afirmações.

No caso da África, especialmente da Subsaariana, é até possível pensar em uma explicação menos dura, ainda assim, inevitavelmente não-vitimista. De que, as populações humanas que vivem nessa parte do continente africano seriam, em sua maioria, de descendentes de caçadores/coletores (e não de agricultores ou camponeses), o que explicaria o descompasso cultural e cognitivo entre as suas capacidades médias de administração e organização social e o nível de civilização que os colonizadores impuseram e deixaram, depois que passaram suas colônias de volta para as mãos dos seus "donos" originais. Nesse sentido, pode-se, inclusive, dizer que é perfeitamente compreensível essa incapacidade percebida de gerência de sociedades complexas pela maioria dessas populações, mais compreensível do que em relação às populações que evoluíram historicamente, durante séculos, em ambientes civilizados, e também não apresentam uma verdadeira excelência civilizacional, que estão longe disso, o que inclui mesmo muitos países ditos de primeiro mundo (se como resultado de uma perda gradual, ou pontual, desta capacidade, ou mesmo de uma incapacidade crônica de desenvolvê-la). 

Outro ponto relevante que deve ser sempre ressaltado é de que, além da proporção desses tipos, a maneira como estão distribuídos hierarquicamente também pode contribuir para desenvolver ou atrasar sociedades, tal como, por exemplo, nos casos de países em que suas "elites" político econômicas definitivamente não são compostas por uma ampla maioria de indivíduos inteligentes, e sim de bandidos, mesmo se suas populações tiverem muitos inteligentes, isto é, se estiver acontecendo um sub aproveitamento deles. Então, não basta apenas saber se tem mais desse ou daquele tipo, mas se o pior tipo tem predominado em espaços de poder, como tem sido o caso de praticamente todas as sociedades humanas e especialmente das mais caóticas, como as africanas. 


Ásia:

Nordeste Asiático: ingênuo, inteligente/bandido, estúpido (excluindo China: bandido/inteligente/ingênuo, estúpido).
 
Sudeste Asiático: ingênuo/bandido, inteligente/estúpido 

Subcontinente Indiano: ingênuo, estúpido/bandido, inteligente 

Oriente Médio: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente 

Comentário: também com base no que tenho percebido, tipos que contribuem de maneira mais negativa do que positiva, socialmente, parecem predominar nas regiões asiáticas menos desenvolvidas, e, claro, também mantendo a alta prevalência de ingênuos, com base na lógica comentada acima, especialmente a partir de um contexto social, de domínio estrutural de parasitismo das classes superiores (especialmente de certos setores) sobre as inferiores, em que uma maioria se submete à exploração econômica de uma minoria, literalmente trabalhando para enriquecê-la, ao invés de haver uma distribuição mais igualitária das riquezas produzidas.

Minhas observações:

O Japão se destacaria mais positivamente em todo continente asiático, mais parecido com os países desenvolvidos do Ocidente;

A China e o resto da Ásia Oriental apresentaria um padrão mais parecido com o continente asiático;

De novo, o subdesenvolvimento da maioria das regiões asiáticas (mas não apenas da Ásia) não reflete apenas a conjuntura histórico-social das mesmas, mas também a composição psicológica e cognitiva dos tipos humanos em suas populações, tais como os propostos pelo Carlo Cipolla, desde o topo até às bases de suas hierarquias. Na verdade, essa composição dos tipos humanos seria um fator mais causal ao nível de desenvolvimento social e econômico, enquanto a situação histórica e social mais como um reflexo dinâmico desse fator ao longo do tempo. 

Classe social 

Rico: bandido, inteligente/ingênuo, estúpido 

Classe média: ingênuo/inteligente, bandido, estúpido 

Pobre: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente (?)

Comentário: sem querer "puxar sardinha" para a classe social em que eu, teórica e vagamente, me encaixo, mas parece que, se com base na possível percepção de que, aqueles de classe média tendem a apresentar um temperamento relativamente mais equilibrado, menos ganancioso ou impulsivo, e também uma média de inteligência suficiente para conseguirem trabalhar em profissões que pagam salários razoáveis, isto é, de que tendem a expressar características mentais menos extremas e que acabariam refletindo em suas posições na hierarquia social, o mesmo pode ser dito sobre as outras classes, porém, com tendências distintas: do "rico" ser mais propenso à ganância e, portanto, inescrupuloso, aliás, sua riqueza material como um resultado disso, e quanto ao "pobre", uma maior disposição para comportamentos impulsivos e que estão ambos respectivamente relacionados com tendências para altas e baixas capacidades cognitivas, explicando, em boa parte, mas não toda, suas situações sociais (a pobreza também é uma imposição histórica e arbitrária das "elites").


Religiosidade 

Ateu: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido 

Religioso: ingênuo, inteligente/bandido/estúpido 

Comentário: com base no que tenho percebido sobre os auto declarados ateus, e desprezando aqueles indivíduos que declaram ter alguma crença religiosa, mas aparenta ser mais uma questão pragmática e/ou de conformidade social do que de uma disposição genuína, me parece razoável essa minha distribuição dos tipos humanos propostos por Cipolla para esse grupo, com mais ingênuos e inteligentes e menos bandidos, mas com uma proporção nada modesta de estúpidos, especialmente pela correlação com fanatismos ideológicos. Já no caso dos auto declarados religiosos, me parece que essa distribuição é mais equilibrada, até por ser uma população muito maior do que a de ateus, logicamente deduzindo que contém mais diversidade de tipos. Mas também pela própria natureza psicológica e cognitiva, especialmente dos ateus, um grupo mais homogêneo, cultural, ideológica e intelectualmente. De qualquer modo, talvez fosse mais adequado compará-los com fundamentalistas religiosos. Pois, por esse grupo, eu aposto em uma grande paridade entre os tipos ingênuos, bandidos e estúpidos, o que não mudaria muito em relação aos religiosos, de maneira geral. 

Vale destacar que essa definição de inteligência por Cipolla parece focar mais nas ações individuais do que na qualidade das intenções que levam a essas ações e por isso incluí o contexto social, já que não tem como separá-los totalmente, ainda mais a partir desse conceito que foi trabalhado por ele. 



Raça:

Brancos: ingênuo/inteligente, bandido/estúpido 

Orientais: ingênuo/inteligente/bandido, estúpido 

Judeus (etnia): bandido/inteligente, ingênuo, estúpido 

Negros de origem africana: bandido, estúpido, ingênuo/inteligente

Comentário: possivelmente, a comparação mais polêmica de todas, mas necessária, e que já foi feita acima, indiretamente, pelas nacionalidades. Mas como eu não me submeto a filtros ideológicos para sinalizar "fidelidade canina" a narrativas e discursos enviesados, inclusive pensando que a única maneira de, de fato, entender uma situação e buscar pelos meios mais efetivos para começar a solucioná-la, ainda mais se tratando de uma situação que pode ser considerada problemática, então, não tem como me abster desta frente de batalha contra totalitarismos, especialmente os "do bem", baseados em chantagens emocionais e/ou falácias morais e que têm de segundas à terceiras, quartas intenções... Pois aqui, mais uma vez, apenas aplico essa tipologia ao que se pode perceber na realidade das populações humanas, categorizadas pelo critério racial ou étnico, em que brancos caucasianos, especialmente os de origem europeia, e nordeste asiáticos, apresentam as distribuições ou proporções de tipos humanos de Cipolla mais favoráveis, com mais inteligentes e menos estúpidos, ainda que também apresentem proporções nada modestas de ingênuos, que tendem a ser predominantes, e de bandidos ou espertos, que tendem a predominar no topo de suas hierarquias sociais. O que acontece ou tem acontecido, até então, nesse último século, especialmente, é uma maior atuação dos tipos inteligentes que já são mais abundantes nessas populações, se comparadas com outras. No entanto, esse pêndulo relativamente favorável tem regredido, particularmente em sociedades ocidentais, com a hegemonia ideológica ou cultural do "wokeismo", uma espécie de "vírus" cuja infecção destrói o sistema imunológico da sociedade afetada, destruindo suas bases mais importantes ("harmonia' social, coesão etno-cultural...) que a mantém funcional em um alto nível. 


Sexo

Homens: bandido/inteligente, ingênuo/estúpido

Mulheres: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido

Comentário: essa distribuição dos tipos humanos de Cipolla, também segundo as minhas observações, seria mais favorável aos homens intelectualmente, mas não emocional e moralmente. Pois é aquela situação que tem sido percebida, de haver mais homens entre os gênios, mas também entre os criminosos, e o padrão oposto para as mulheres, de apresentarem tendências estatísticas menos extremas. 


Orientação sexual

Héteros: ingênuo/bandido/inteligente, estúpido

LGBTs: ingênuo, estúpido/inteligente/bandido

Comentário: héteros representam a média humana, por serem a maioria. Portanto, com uma tendência possível de maior paridade entre ingênuos, bandidos e inteligentes, ainda que, não significa que a proporção de seres humanos crônica ou predominantemente estúpidos seja diminuta. LGBTs, por outro lado, apresentariam uma maior incidência de tipos estúpidos em relação aos héteros.


Políticos: bandido, estúpido, inteligente/ingênuo 

Artistas (o grupo, de maneira geral): ingênuo, estúpido/inteligente, bandido

Empresários: bandido, inteligente/estúpido, ingênuo

Comentário: três exemplos de classes profissionais e os seus estereótipos, se esses tipos de Cipolla forem aplicados, serão reiterados: tanto a classe política quanto a mercante, com uma abundância de bandidos ou cronicamente egoístas, enquanto a classe artística teria uma prevalência de tipos ingênuos. Também perceba que o perfil dos artistas seria oposto ao dos empresários. 


Esquerdistas (seguidores, não suas "elites" políticas e que também vale para os debaixo): ingênuo/ estúpido/inteligente, bandido 

Direitistas: ingênuo/ bandido/inteligente/estúpido

Comentário: direitistas "conservadores' e esquerdistas "progressistas', apesar de apresentarem algumas diferenças médias de crenças e comportamentos, seriam relativamente semelhantes nessa distribuição de tipos, com a predominância de ingênuos e uma distribuição mais igualitária de tipos. Eles se diferenciariam na proporção de bandidos (maior entre os de direita) e de estúpidos (maior entre os de esquerda). E sempre ressaltando que o tipo considerado menos comum não é necessariamente inexpressivo em termos estatísticos, por também depender da representatividade dos outros tipos no mesmo grupo ou população. 

Cientistas: inteligente/bandido, ingênuo, estúpido

-- Acadêmicos: ingênuo, inteligente/estúpido/bandido

Professores: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido 

Ativistas: ingênuo/estúpido, inteligente, bandido 

4 ou 3 classes intelectuais e ½, sendo que a mais inteligente seria logicamente a dos cientistas genuínos e por isso que os separei dos acadêmicos, categoria mais vaga quanto à definição de ciência no sentido de ofício. 

Já os professores ficariam em uma posição mais intermediária nesse ranking, enquanto os ativistas ocupariam a posição mais baixa. Também é notório o aumento de frequência do tipo estúpido concomitante à diminuição do tipo bandido, do nível mais alto até ao mais baixo, uma possivelmente alta incidência de bandidos entre cientistas e de estúpidos entre acadêmicos (grande maioria das vezes representados por professores universitários e graduandos), o que parece ilógico na teoria, mas não na realidade, especialmente se nos basearmos nos critérios fracos que têm sido usados nos processos avaliativos e seletivos dos dois grupos, por exemplo, em que há um tácito desprezo na avaliação de capacidade ou proficiência qualitativa para o trabalho científico, incluindo essencialmente adesão e respeito aos princípios mais básicos da ciência, como a honestidade intelectual e a imparcialidade. 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A relação entre QI e classe social não é mediana [pelo contrário, tende a ser muito alta]...

....especialmente se você comparar o QI médio entre elas e não como que as pessoas ''de'' maior QI se distribuem entre elas.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Especulações sobre variáveis sócio-econômicas e psico-culturais dos quatro temperamentos

Apenas os tipos mais ''puros'' 

Melancólico 


Classe social: tendenciosamente média


A maioria dos melancólicos mais ricos são artistas e os de classe social mais alta são/tendem a ser de acadêmicos. Acredito em uma proporção mais baixa de melancólicos entre as classes empobrecidas ainda que este temperamento possa aumentar o risco de empobrecimento. 

Status social: pária não-violento, esteta, intelectual a gênio criativo geralmente do tipo artístico/filosófico 

Sanguíneo


Classe social: geralmente representa a maioria ou a segunda minoria mais prevalente em qualquer país. Tendem a ser de classe média mas acredito que muitos pertencerão às classes mais pobres.

 Quando ricos tendem a ser parte da elite cultural/artística. Em comparações transnacionais os países mais pobres são geralmente aqueles com excesso de sanguíneos/ extrovertidos (países africanos) ou no caso de comparações intra-continentais, Cambodja versus Japão.

Status social: popular à líder.

Fleumático


Classe social: se consiste[m] na maioria nas nações mais industrialmente desenvolvidas. Geralmente de classe média. Quando pertencem às classes mais altas tendem a fazer parte da elite administrativa. Geralmente são aqueles que mais sustentam as civilizações. 

Status social: trabalhador a cientista

Colérico


Classe social: parece estar bem proporcionalmente distribuído entre as classes sociais, e uma provável sobre-representação nas alas mais baixas e nas mais altas.

Status social: líder 

O possível insight aqui é a especulação quanto a distribuição dos temperamentos entre as classes sociais. Já especulei sobre a distribuição focando nas classes sociais. Agora fiz o oposto, focando nos temperamentos. 

Os mais de classe média são os fleumáticos, seguido pelos melancólicos, ainda que estes sejam minoria, sanguíneos e coléricos [outra minoria]. Os coléricos são mais encontrados em valores mais desproporcionais tanto nas classes sociais mais altas quanto nas mais baixas. Os sanguíneos apesar de serem em sua maioria de classe média apresentariam uma maior proporção de seus efetivos nas classes mais baixas. 

A elite política é geralmente dominada por sanguíneos, coléricos e fleumáticos, ao menos no Brasil. 

A elite intelectual/acadêmica é dominada por fleumáticos e parece ter uma elevada presença de melancólicos.

A elite cultural tende a ser mais sanguínea  e melancólica. 

Já a elite militar tende a ser desproporcionalmente colérica. 

A elite científica e administrativa tende a ser mais fleumática.

domingo, 2 de julho de 2017

Darwinismo social às avessas

Prática de eugenia nas classes trabalhadoras ou batalhadoras com o intuito de dar-lhes maior autonomia e consciência de classe contra as elites que tem sido provadas inúteis e/ou moralmente raquíticas.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Entre domésticos e "selvagens": Por que as pessoas de classe média e em especial média alta são tão passivas e mesmo indiferentes, em média, em relação ao que acontece fora de seus condomínios?

A evolução humana tem se dado com base na "auto"-domesticação. Para cooperar em sociedades grandes ou complexas é necessário apresentar maior auto-controle assim como também maior conformidade e neste caso nós até poderíamos denominar de "outro-controle", quando a influência dos outros é internalizada e em especial quando se refere à autoridades ou "hierarquicamente dominantes". 

Como resultado nós ate poderíamos dizer que boa parte de nossas psico-cognições ou inteligências tem sido selecionadas com base na domesticação e que nós somos os seus produtos acabados ou quase acabados. Uma espécie de "domestication  confound" [similar ao ''genetics confounding'', quando uma espécie confunde um fator 'genético' com um fator 'ambiental', por exemplo, quando diz que 'jogar vídeo game aumenta o QI']. No mais, a Priore, a domesticação não é tão ruim assim desde que se faça com base em constante se não onipresente respeito mútuo. Eis o problema. Podemos notar que os animais mais domesticados tendem a ser também os mais sem defesas. Maior é a domesticação maior é a dependência, maior é a fragilidade. 

Estamos em níveis diferentes e para diferentes aspectos mais ou menos domesticados. Alguns mais outros menos. A domesticação geralmente caracteriza-se por um processo de seleção potencialmente progressiva de traços juvenis ainda que a função principal seja a de docilização do comportamento com ou sem retenção juvenil dos traços físicos. Diferentes classes sociais parecem representar diferentes padrões seletivos em que as classes mais baixas selecionam aqueles que são melhores para sobreviver a curto prazo, assim como também, ocorre em paralelo, processos seletivos de natureza sexual e os de natureza antropomórfica. Força ou resistência (a curto prazo), beleza ou "inteligência'. Se tivesse que chutar a proporção para cada tipo de "enfatizador seletivo" eu o faria da seguinte maneira:

Classes sociais mais baixas 

Predomínio dos enfatizadores (sub-autoconscientes) para a seleção natural e para a seleção sexual.

Classes sociais médias

Padrão parecido com as classes sociais mais baixas mas maior presença de enfatizadores para a seleção antropomórfica (maior "inteligência"*) 

Classes sociais mais altas 

Padrão parecido com as classes sociais mais baixas só que "de alto funcionamento". Ainda assim, proporção possivelmente parecido de "antropomórficos".

Antropomorfia = parecido com domesticação

Os enfatizadores "naturais" [mais puramente falando] são mais propensos a cometer crimes do que os outros dois. Os enfatizadores "antropomórficos" seriam os mais pacíficos, em média. Tal como produtos mais comuns das civilizações eles tendem a se consistir na evolução humana a partir de um cenário de "civilização" ou de domesticação mas também de uma maneira evolutivamente geral, por serem tal como uma espécie de "homem sem 'natureza' ". No entanto por nascerem fracos na capacidade de compreender o funcionamento habitual dos espécimes mais antigos acabam se tornando presas fáceis para a predação por parte dos tipos mais virulentos dos dois. O tipo natural é o que pensa mais parecido com um ser vivo não-humano. O tipo sexual ainda que também o faça já apresenta um quê de "docilidade civilizatória". Em compensação o antropomórfico parece que pensa como um ser humano predominantemente destituído dessa "persona animália". Uma das possíveis explicações seria a combinação de um relaxamento seletivo para os tipos mais comuns e antigos mais o aumento da inteligência/complexidade humana. Na verdade a civilização não apenas tende a selecionar os mais dóceis exatamente como um processo de domesticação mais longo e aleatório, só que feito em humanos, mas também tende a buscar eliminar os outros dois tipos. O relaxamento seletivo promove o  aumento da diversidade fenotípica que inevitavelmente caminha para a diversidade sexual e comportamental, resultando no aumento da antropomorfia. 

O antropomórfico de fato pensa como se o ser humano não fosse como outro animal "qualquer", porque ele basicamente só está refletindo a si mesmo, um ser que não se vê como um animal. Este longo espectro de disfunções sexuais que muitos fazem parte ainda contribui para que olhem com desdém para a seleção natural (por exemplo, por raça) ou sexual (atratividade, " a beleza está nos olhos de quem vê"). 

Portanto  a incidência desses tipos e também de "mestiços" (por exemplo, antropomórfico misturado com outro tipo de enfatizador) parece ser maior entre as classes médias e altas. Diferenciando o oportunista/partidário do idealista, o segundo é o que será mais propenso a ser um antropomórfico [do tipo puro]. 


Isso pode nos ajudar a entender porque tantas pessoas das classes médias e mesmo das mais abastadas tendem a desprezar quase que sem ser de maneira intencional o que, de fato, acontece na sociedade em que vive, em especial as mazelas.

Ainda que muito próxima ou mesmo um possível e esperado resultado da domesticação em humanos, a antropomorfia só se fará completa quando houver uma ''reversão significativa'' dos ''valores evolutivos'' ou ''naturais'.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Classe sociais/cognitivas e big five traits (estimativa, é claro... lógica intuitiva /chute pensado)

Em média

Extroversão: moderadamente alta nas classes altas,
 moderada nas classes médias 
e alta nas classes baixas

Estabilidade emocional: moderadamente alta nas classes altas, 
alta nas classes médias e
 baixa nas classes baixas

Amabilidade: baixa nas classes altas, 
moderada nas classes médias
 e moderada nas classes baixas

Escrupulosidade: moderadamente baixa nas classes altas, moderadamente alta nas classes médias
 e moderada nas classes baixas

Abertura para experiência: moderadamente alta nas classes altas, moderadamente baixa nas classes médias
 e baixa nas classes baixas


Classes sociais refletem as características psicológicas/ cognitivas das pessoas que pertencem ou que buscam pertencer a elas 

Os mais ricos tendem a ser mais enérgicos, agressivos, motivados (ambiciosos) para o enriquecimento material. Poder e conforto/segurança maximizada se consistem em suas principais motivações existenciais/sociotípicas. 

Os mais ricos também tendem a ser mais astutos (tipo imoral de criatividade prática) do que as outras classes, tendendo a mentir e a manipular com o intuito de se sobressaírem em relação às outras classes sociais.

Os mais ricos que não apresentam qualquer significativa presença de traços de personalidade anti-social são como as pessoas de classe média só que providas de maiores capacidades psico-cognitivas. 

Os socialmente moderados tendem a buscar, conscientes ou não, por um certo equilíbrio, porque a principal razão que os motiva é a estabilidade social/existencial [mundana/tecno-funcional]. 

Os mais pobres sem traços de personalidade anti-social são como os socialmente moderados mas com menores capacidades psico-cognitivas (especialmente as de natureza ''quantitativa') enquanto que aqueles com maior presença de psicopatia, sociopatia ou outro transtorno permanente/intrínseco de conduta, tendem a se assemelhar aos mais ricos com as mesmas características mas se diferenciam por suas menores capacidades maquiavelicamente mentalistas de parasitismo ou mesmo de predação. 

Os mais pobres sem esses transtornos tendem a buscar também por uma maior estabilidade social/existencial, tal como fazem os socialmente medianos ou de classe média. 

Portanto, generalizadamente falando, nós temos três macro-grupos sociais em que os de classe social mais alta são os que mais diferenciam por buscarem pela maximização de seus confortos pessoais e também pelo poder, enquanto que as outras classes sociais, ainda que existam níveis de desejo por dominação, só que mais moderados, são, universalmente  falando, mais direcionados para a estabilidade existencial via trabalho e remuneração assalariada. 

Interessante pensar que a maior presença de elementos anti-sociais de diversos níveis de intensidade nas classes mais baixas tendem a fazê-los mais parecidos com as classes mais altas, ainda que o ''pobre'' sem essas ''exuberâncias'' sejam muito mais parecidos com os ''socialmente medianos''. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Aplicando a pirâmide etária das classes sociais para as classes cognitivas para explicar a erosão da inteligência humana



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''Woodley Effect''



Classe social tende a se sobrepor à classe cognitiva de maneira que, as pessoas que ocupam as profissões mais prestigiosas e que ganham mais dinheiro tendem, inevitavelmente, a serem mais inteligentes do que aquelas que ocupam as profissões mais humildes e que tendem a ganhar e a acumular menos dinheiro, em média, é claro. Tal como comparar um empresário ou um professor universitário com um gari. Primeiro, é evidente que em termos cognitivos, os primeiros tenderão a ser mais inteligentes que o gari. Segundo que se fosse feito uma comparação com grande amostra representativa, eu não duvidaria que a taxa de fertilidade dos garis fosse maior do que a taxa de fertilidade dos professores universitários e dos empresários. Este é o ponto. Em um cenário ''moderno', a taxa de fertilidade das classes sociais mais altas tendem a ser bem menores do que das classes sociais mais baixas. 


Síndrome do padre católico


Em um ambiente de alta competição e com a possibilidade de aumentar a riqueza pessoal e familiar e consequentemente a própria comodidade as pessoas tendem a reduzir as suas taxas de fertilidade ou o número de filhos, coisa que ''todo mundo já sabe''. Tal como o padre católico que não tem filhos para não fracionar os bens materiais da igreja, muitas pessoas estão chegando ao ponto de sequer constituírem  família justamente pensando na maximização da segurança econômica assim como também do conforto pessoal, aquilo que o dinheiro pode oferecer. 

E como as classes sociais tendem, em média, [ imperfeita porém correlativamente positiva] a representarem também o nível [e tipo] de capacidade cognitiva das pessoas, como os exemplos acima, então podemos sem grande alvoroço constatar que, se a fecundidade das classes média e média alta/profissionais, está baixa e se a fecundidade das classes baixas está alta, então está acontecendo um processo cognitivamente disgênico, isto é, de erosão do nível de inteligência e especialmente de capacidades cognitivas desta população se, as mesmas são geneticamente dispostas e herdadas, se o ambiente tem menor influência em seu núcleo mais genotípico e se o nível de mobilidade social não é muito alto, na maioria das sociedades.

A melhoria na qualidade do ambiente evidentemente que poderá maximizar o nível ou teto qualitativo de nossas capacidades. No entanto sem um aumento real ou genotípico de inteligência, neste caso, que está enfatizada em seu aspecto mais cognitivo, esses melhoramentos no ambiente não conseguirão sustentar por muito tempo esta queda nas capacidades reais, que são mais independentes e ''darwiniamente transmitidas'', diga-se. 

Portanto, hoje, quase todos tem acesso à educação, e a maioria está alfabetizada. No entanto, as pessoas que são menos geneticamente inteligentes, e neste caso, novamente, em seus aspectos mais cognitivos, estão tendo mais filhos que aquelas que são mais geneticamente inteligentes e isso significa basicamente que a população menos inteligente está aumentando e a mais inteligente está diminuindo. 

Acima nós temos a pirâmide etária brasileira que está fracionada entre as classes sociais. Percebe-se com clareza que os brasileiros que tem maior renda salarial estão tendo em média menos filhos, e envelhecendo mais, fato que pode ser observado por meio da proporção de pessoas mais velhas e de jovens (crianças/adolescentes]. E o oposto para os brasileiros que ganham menos. E isso pode ser facilmente traduzido para as ''classes cognitivas'' em que os mais inteligentes estão tendo menos filhos, se também são eles que tendem a ganhar mais e que os menos inteligente estão tendo mais filhos, se também são eles que tendem a ganhar menos. Com certeza que esta  não é uma boa nova se uma menor inteligência cognitiva tende a se relacionar com maior tendência para a criminalidade, violência em geral, bem como também para a pobreza, porque as pessoas menos inteligentes tendem a ser mais impulsivas e portanto a planejar menos os seus recursos/dinheiro além de haver uma tendência correlativa entre menores capacidades cognitivas e transtornos mentais, nomeadamente as de personalidade anti-social (ainda que esta também pareça ser muito comum entre as classes sociais mais altas).

O efeito Flynn se consiste num achado por agora muito irregular em sua base, de aumento nas pontuações em testes cognitivos desde que os mesmos foram inventados e passaram a ser usados para avaliar as capacidades ''intelectuais'' das pessoas. Coincidentemente houve uma melhoria significativa no padrão de vida das populações especialmente no Ocidente.  Então tem-se creditado como causa do efeito Flynn a melhoria generalizada no padrão de vida, nos índices de alfabetização, no acesso à educação e mesmo numa ''melhor'' alimentação, enquanto que ainda que possa ter alguma verdade aí, me parece cedo demais para concluir qualquer coisa. O que não parece ser o caso do efeito Woodley, como eu tentei mostrar acima. 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Judeus uma ''raça'' de ricos, ciganos uma ''raça'' de pobres



Primo rico, primo pobre 


Raças, etnicidades, povos e os seus comportamentos médios podem se assemelhar consideravelmente em relação aos famosos e factuais estereótipos das classes sociais (ricos, classe média e pobres)


Mentirosos e/ou trapaceiros, materialistas, ambiciosos, orgulhosos, preguiçosos para o trabalho manual, elitistas, tribais, calculistas frios de alto funcionamento ... "Judeus"??? ('' '' significa ''em média'' e existem vários tipos de ''médias'') 


O clássico sociótipo do ''rico chauvinista e trapaceiro''





Mentirosos e/ou trapaceiros, materialistas, socialmente caóticos, preguiçosos para o trabalho manual, orgulhosos, tribais,  calculistas frios de baixo funcionamento... "Ciganos"???


O clássico sociótipo do ''pobre malandro''






Como eu sempre falo, pior que o arquétipo do "pobre", apenas o arquétipo do"rico", e sem falar na "classe média" ou "classe de zumbis conformistas", que não é tão ruim, em média, enquanto coletividade social, mas tão pouco que será muito melhor do que os dois extremos citados.