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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Profundidade ideacional: psicose ou criatividade?? Profundidade em relação a assuntos impessoais/cognitivos (espectro do autismo?), intermediários/intelectuais a pessoais/psicológicos (espectro das psicoses?)

Se aprofundar muito [que eu já comentei várias vezes inclusive em forma de poesia] 

Eu já comentei que os meus interesses específicos superaram a barreira podemos dizer assim da obsessão e se tornaram parte de mim, em algo natural.


No entanto poderia ser outra coisa. Aliás em outras épocas é provável que tenha sido, ao menos em uma carga maior, por exemplo em relação ao meu "ex' auto-neuroticismo. 

Poderíamos dizer que a maioria das pessoas são mais rasas [e necessariamente não há nada de tão errado, a priore, porque é até vantajoso, de alguma maneira, pra elas de serem assim]  enquanto que quanto mais profundo se é, maior será a vulnerabilidade para as desordens mentais, especialmente no caso das psicoses. 


Da mesma maneira que eu transformei a psicologia em algo natural, em parte de mim, e a partir de então passei a "estuda-la", de te-la sempre em mente todos os dias, e como eu já comentei num texto recente, em importante fração do meu tempo, eu poderia ter "incorporado" outros assuntos e diga-se menos "amenos" ou comuns como a psicologia. E acredito eu que os mais vulneráveis e em condições psicóticas de fato tendem a "incorporar" assuntos menos saudáveis e essa naturalização ao invés de torna-los criativos os faz progressivamente atomizados da macro realidade. 

A diferença entre pensar todos os dias em psicologia, de se fazê-lo em relação àquilo que os outros estão pensando sobre você ou sobre supostos "eventos paranormais" em seu quarto. Parece que, quanto mais pessoal ou autobiográfica é a sua obsessão, maior será o risco de desenvolver algum tipo parcial a predominante de psicose.

Autismo x esquizofrenia

Interesses específicos apenas entre os autistas??

Psicóticos também tenderiam a apresentar interesses específicos mas de natureza psicológica ou ''autobiográfica'', daí as psicoses ou de suas causas** 



domingo, 16 de julho de 2017

Big Five intrapessoal

Imagem relacionada

fonte: akibento.com



Extroversão ou introversão 

O que seria um intra-extrovertido??

Por dentro age mais como um extrovertido. É mais otimista, alegre e divertido [ tudo aquilo que o clássico extrovertido tende a ser, só que consigo mesmo]

O intra-introvertido, talvez não exista, ou pode indicar uma vida imaginativa bem menos ativa, já que se consistiria em um combo de introversões, não apenas em relação aos outros mas também a si mesmo. 


Neste sentido poderíamos pensar na imaginação como a extroversão só que manifestada para dentro, mentalmente.

No mais, ser intra-introvertido necessariamente não significa que também o será de maneira interpessoal/extrospectiva. Parece que existe o introvertido [inter-pessoal] que é intrapessoalmente extrovertido [alta abertura para a experiência* do tipo imaginativa*] e aquele que não é, e que portanto seria fortemente embotado em termos introspectivos.

Lembremos ou aprendamos, talvez, que o espectro introversão---extroversão se refere primordialmente à direção da percepção, se é para dentro ou para fora. Portanto pode-se ser direcionado para dentro mas ter pouca motivação e talento para ir mais profundo em si mesmo. E também é esperado que se possa ter grande motivação para a introspecção mas pouco talento dessa natureza, que lhe é complementar, tendo como potencial resultado atomizações graves em relação ao mundo exterior, de interação.

Podemos ter o extrovertido interpessoal que é intrapessoalmente introvertido [baixa introspecção*]. Bem, acho que este seria o típico extrovertido que é tímido consigo mesmo porque não consegue/não quer se conhecer/ou lidar melhor. 

E o extrovertido que também o é em termos introspectivos [o típico criativo*]. 

Talvez o que chamamos de ambiversão [e o que denominei de omniversão] também se consista em uma mescla entre introspecção e extrospecção. No mais, a técnica típica do pensamento introvertido é a introspecção e a técnica típica do pensamento extrovertido é a extrospecção, ainda que obviamente seja esperado que também ocorram embaralhamentos entre esses ''pares''.  

Abertura para a experiência/impulsividade ou conscienciosidade

No mais o grande diferencial aqui entre o tradicional Big Five que é invariavelmente centrado na interação com os outros e este que estou propondo é o nível de mentalismo 'ou" introspecção e como que este nível interage com o resto da personalidade

Alguns ou muitos daqueles que exibem este traço/abertura/ de modo mais intenso assim o são intrapessoalmente, especialmente em relação à faceta não-intelectual, já que PARECE SER quase se não impossível ter uma maior abertura para a experiência intelectual sem ter ao menos uma introspecção acima da média, eu disse que parece. A diferença entre fluidez e cristalização. Algumas ou mesmo muitas pessoas podem ter boas/grandes memórias/capacidade de expansão do[s] instinto[s], só que não são igualmente boas na articulação das mesmas, isto é, no componente fluido da [psico] cognição. Mais do que a cristalização de informações de natureza estética e/ou intelectual, a abertura para a experiência claramente, ao menos pra mim, parece que se enfatiza na fluidez estética/intelectual, isto é, na motivação intrínseca ou interesse por assuntos dessas naturezas, principiando é claro por graus de ''atenção abstrata'', o componente fundamental que faz com que nos debrucemos intencionalmente nas informações abstratas, que estão além de nosso espaço/tempo individuais ou concreto-imediatos.

Parece que existe aquele que tem muitas ambições e vontades mas por conformidade acaba aprendendo a se conter, podando ou cortando as asas de sua imaginação ou de suas pretensões. Este perfil se caracterizaria pela presença de uma abertura intrapessoal para a experiência alta ou acima da média mas com uma conscienciosidade interpessoal mais alta do que a primeira, resultando neste atrito potencialmente vencível pela segunda, isto é, a conscienciosidade domando a abertura para a experiência, para se conformar à realidade latente. 

Agradabilidade ou psicoticismo

Intra-psicoticistas seriam aqueles que são coléricos consigo mesmos e isso pode denotar altos níveis de transtorno mental. Intra-agradáveis seriam mais propensos ao narcisismo (auto narcisismo) ou alta auto-estima. 

Estabilidade emocional ou neuroticismo

Estar em paz ou em guerra consigo mesmo


O intra-psicoticista seria conscientemente auto-destrutivo enquanto que o intra-neurótico apresentaria baixa auto-estima por se criticar com grande frequência, mas de modo menos intenso, e portanto resultando em uma auto-guerrilha ou guerra de baixa frequência.

Eu já comentei sobre essas possíveis diferenças entre o auto-neuroticismo e o ''outro-neuroticismo'', em um texto progressivamente longínquo e autobiográfico.

É isso, partindo de uma percepção possivelmente equivocada de que o Big Five se debruce mais na descrição dos traços de personalidade mais centrais a partir de suas interações [inter-]pessoais e posteriores reações estereotípicas, resolvi deslocá-lo para um ângulo de observação mais intrapessoal, em como que cada um desses traços podem reagir, mas não ''de maneira geral'', principiando por si mesmos e em relação aos outros indivíduos, como parece que o Big Five tradicional faz, e sim, terminando/fechando em si mesmo. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Timidez e introversão




Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmdwott7B_DOwuWsZk4ValB3d0qCaONqs9b5JJ-seQIH0WZzTdUyW2cFKPHH5fUS0zpa6lhrbhXun5R2eTEIItUO9vaY8iaVEgaOogGsyTxyO_8BwTZKe7NVtG0WMmYMCYga2vP8jxGgs/s1600/amendoim.jpg

Virou moda na psicologia diferenciar timidez de introversão e existe até uma certa razão lógica para se fazê-lo mas o quão correto está essa diferenciação eu realmente não sei, por isso que eu vou especular.

Timidez e introversão não são semanticamente falando a mesma coisa mas estatisticamente falando a maioria das pessoas tímidas são introvertidas e consequentemente existe uma elevada incidência de pessoas introvertidas que são tímidas. Segundo que a definição de timidez cai perfeitamente dentro do espectro da introversão e até poderia ser entendida como uma manifestação mais intensa da mesma. Ambos, introvertidos e tímidos tendem a ficar caracteristicamente sobrecarregados quando estão em ambientes densamente povoados, de seres [especialmente os humanos] e/ou de outros tipos de informações [ainda que seja discutível se a sobrecarga do introvertido tenda a ser sensorialmente generalizada ou especialmente em relação às interações de natureza inter-pessoal]. 


O grande diferencial é que nem todo introvertido terá tendências para: baixa auto-estima e/ou paranoia inter-pessoal. Em compensação quase todo tímido será assim, variando claro a que nível. Todo introvertido e todo tímido se sobrecarregam pelas informações especialmente as de natureza interpessoal e portanto repelem ambientes com muita gente, com pessoas estranhas ou aparentemente hostis, pelas mesmas razões. A diferença é que o introvertido não-tímido seria mais como aquele tipo que captura intensamente as informações, o seu cérebro responde como ação primária por meio da sobrecarga só que sem desenvolver mais as suas impressões ideacionais ou verbais, enquanto que o tímido continuará neste caminho, verbalizando, pensando mais nessas nuances e como resultado se tornando mais ansioso, mais paranoico. Claramente que a sobrecarga de informações de natureza inter-pessoal é maior em tímidos do que em introvertidos não-tímidos. 

Vamos imaginar que nós temos duas pessoas, dois homens que estão se preparando para viajar de avião. O primeiro está mais tranquilo, senta em seu lugar, prepara o fone de ouvido, está alheio às variáveis que o cerca, ele ainda está nervoso, porque tem medo de avião, mas aguenta firme

O segundo está muito mais nervoso, pensativo sobre todas as variáveis, com medo se o avião vai cair, se tem algum terrorista a bordo, etc. Ele está tão nervoso que não consegue permanecer no seu lugar e abandona o avião. Claramente um sinal de fobia. 

Agora vamos imaginar uma situação corriqueira em que um professor (sempre) força os seus alunos a se apresentarem para a turma para que possam explicar os seus trabalhos. O introvertido não-tímido é muito provável que ficará mais nervoso que o extrovertido mas menos que o tímido. Já o tímido ficará ainda mais retraído/defensivo. Claramente que timidez e introversão estão muito próximas a ponto de podermos denominar a primeira como uma manifestação mais intensa da segunda, que pode ser mais generalizada, neste caso, em conluio com tendências introspectivas mais intensas [e menos organizadas], ou específica, que explicaria o fenômeno do ''tímido não-introvertido'', ou melhor, do ''tímido menos introvertido.. mas ainda introvertido''.


Se a introversão nada mais é ou se principia por meio de uma forte tendência para sobrecarga sensorial e a timidez parece se manifestar exatamente desta maneira só que mais mentalista/inter-pessoal do que generalizadamente sensorial, então parece ser difícil que se possa diferenciar tanto assim uma da outra. 

Nós também temos que analisar o grau de auto-estima, outras variáveis aditivas por exemplo, se vier acompanhada por gagueira, e também os problemas comuns que os mais propensos à timidez costumam ter, por exemplo, na escola com os seus "coleguinhas". 


A timidez pode ser considerada como uma disposição de comportamento/ intensidade [re]ativa, que evidentemente tenderá a ser mediada pelo ambiente, podendo ser intensificada pelo mesmo, dependendo de sua qualidade, se houver perseguição sistemática e sádica ou bullying, por exemplo, mais algum agravante, novamente o exemplo da gagueira, ou reduzida, se ao invés de fatores negativos o ambiente se mostrar o oposto.

O introvertido não-tímido é um tímido com auto-estima e neuroticismo medianos ou dentro da média normal de intensidade 

e

O tímido é o introvertido/ ou ambivertido mais neurótico/ e paranoico [auto-neurótico) e com menor auto-estima, fatores que amplificam a sua introversão.


Junte neuroticismo, baixa auto-estima (auto-neuroticismo) e introversão e teremos o perfil típico do tímido.

Os dois partem da mesma base, a tendencia à sobrecarga sensorial, porque ambos parece que apresentam grande capacidade de filtrar os estímulos externos nomeadamente os de natureza interpessoal.

O tímido tende a ser mais verbal consigo mesmo, mais neuroticamente introspectivo enquanto que o introvertido não- tímido tende a ser mais não-verbal, percebendo via ação primária o grau de densidade de informações de várias naturezas em seu ambiente e dependendo do seu nível, se tornando sobrecarregado, mas sem com isso se tornar paranoico e/ou muito vigilante à opinião alheia sobre si mesmo/ baixa auto-estima.

A metáfora da onda do mar


O introvertido não-tímido sente as ondas baterem ''em suas costas'' com maior intensidade que o extrovertido, enquanto que o tímido não apenas as sente mas também, porque está alguns metros abaixo do nível do mar/ baixa auto-estima, as águas/pensamentos/estímulos acabam invadindo a sua praia/costa adentro. 

O introvertido ao se sentir sobrecarregado, se afasta para recuperar, recarregar as suas energias ou descarregar, melhor dizendo.

Em compensação o impacto no tímido é muito mais forte, quase que mini-traumático, a ponto de fazê-lo involuntariamente se preocupar com a repercussão deste impacto. Não restam dúvidas ao menos pra mim que o que delimita a introversão da timidez é o nível de neuroticismo, de auto estima/potencial paranoico e também de auto-centralidade, se toda paranoia nasce de uma [possivelmente] falsa impressão de ser o centro das atenções.


Existe extrovertido tímido? Ou são todos de ambivertidos??



Apesar de bem descritos esses conceitos podem ser fracamente aplicados tornando-os mais vagos e imprecisos do que imaginamos. É verdade que existem espectros comportamentais de intensidade/quantidade e de qualidade. É verdade que existem (predominantemente) extrovertidos, ambivertidos e introvertidos. É verdade que existe a timidez bem como também o seu oposto, o extremo desembaraço nas interações inter-pessoais (geralmente bem adocicado com grande auto-estima).


Mas também é verdade que pessoas muito diferentes tendem a repelir e a serem repelidas por aqueles que não fazem parte do seu grupo, ou seja, o fator circunstancial também está presente como uma adição ou amplificação para o afloramento de certa tendência.

 Também é verdade que certos perfis ou combinações/composições de personalidade podem nos tornar mais tímidos e que talvez sem elas seríamos menos fechados ou cautelosos em relação aos outros por exemplo, o meu próprio caso, como um gago parcialmente  controlado e homossexual. Se eu não fosse os dois OU se a sociedade em que vivo não fosse tão primitiva talvez eu não tivesse me tornado tão tímido, ainda que esta variação de intensidade ainda continuasse presente em mim como um potencial disponível de reação

A sociedade apresentou-se com mais garras que apertos de mão a mim e eu ainda sou muito neurótico, analítico e idealista, fator aditivo que amplifica as minhas técnicas de defesa. 

Talvez a minha timidez foi mais uma reação protetiva, a construção de uma armadura, a providência paliativa de um casco de tartaruga do que qualquer outra coisa. Talvez todo tímido seja muito intenso,  mesmo em qualidade, em relação à sua teoria da mente, com níveis mais altos de paranoia do que um típico introvertido não-tímido e que ser muito forte em teoria da mente nos faça sentir os espinhos da intimidade mesmo quando não estamos íntimos das outras pessoas, porque estamos designados para conviver/interagir a nível profundo com os outros mesmo que a recíproca não seja verdadeira

Talvez a intolerância para a ambiguidade interpessoal, que eu especulei que encontra-se presente no espectro psicótico/hiper-mentalista, também esteja atuante na timidez, e quando as pessoas são ambíguas, por sermos muito mais diretos e honestos, tendemos a nos tornar mais defensivos exatamente por interpretamos [não tão exageradamente} este tipo de atitude como ''perigo'' ou ''escusa, que é difícil de entender, que não é direta ou clara''. 

Tal como no caso ''ouvido/audição absoluta'', ideal pra música, ou da ''visão absoluta'', ideal para as artes plásticas, também pode/deve existir uma espécie de ''teoria da mente 'absoluta''' só que consequentemente nos faz mais enfatizados/interessados e mesmo ao ponto da obsessão por aquilo que os outros estão pensando.

O introvertido pode ser menos interessado nos outros ou mesmo menos mentalista do que o extrovertido enquanto que o que define o tímido é justamente o seu interesse ''involuntário'' por aquilo que os outros fazem, são, e pensam sobre ele e mais porque geralmente eles estão certos quanto às maledicências ou grosserias que são, comumente, direcionadas a eles.

Mas talvez o extrovertido seja em média mais mentalista que o introvertido, e o oposto para o introvertido, e no entanto ainda assim mais mentalista, só que de uma maneira menos auto-centralizada, se o introvertido tende a ser bem mais analítico do que o extrovertido, de qualquer maneira, então caminhará para ser mais mecanicista ou extrospectivo inter-impessoal quanto de mais mentalista ou introspectivo/extrospectivo-interpessoal.

Como seres que demonstram maior ''fraqueza', as pessoas comuns que tendem a operar de maneira mais subconsciente, ao invés de enfatizar por suas qualidades, que podem ser muitas, tendem a destratá-los, exatamente porque veem a timidez como um sinal de fraqueza, de inferioridade. 

Sempre simulamos a intimidade por estarmos muito abertos ao convívio mais íntimo/honesto mas a realidade social mostra-se de maneira completamente diferente. Com as pessoas com as quais eu confio eu sou muito menos tímido. Será que é assim com todo introvertido e também com todo tímido?? Nos tornamos extro com os nossos poucos confidentes?? E se os nossos confidentes ou tipos fossem a maioria da população??

Eu tenho a impressão que a timidez possa ser entendida mais como uma reação secundária, como uma resposta re-adaptativa, como um produto intensificado da introversão, ou melhor, de graus de introversão, que também pode se manifestar em ambivertidos, porque eu não acredito na existência de ''extrovertidos-tímidos''...

Se a extroversão é o oposto da introversão e se a timidez se consiste em uma intensificação de algumas das características introvertidas mais importantes então é impossível ser ''hipo e hiper-estimulável'', ao mesmo tempo, para o mesmo contexto, até mesmo porque aquilo que geralmente denominamos de ''ambivertidos'' nada mais seria do que uma diversidade de intensidades intermediárias, isto é, entre os extremos deste espectro, a introversão e a extroversão.

 O extrovertido seria mais, interpessoalmente falando, hiper-extrospectivo estimulável e hipo-introspectivo estimulável, o introvertido seria mais hiper-introspectivo estimulável, enquanto que o tímido seria ainda mais hiper-introspectivo estimulável, isto é, mais estimulado por seus pensamentos do que por suas ações.

Interessante pensar que a tendência para auto-centralidade ou narcisista do extrovertido tende a fazê-lo menos conectado com o seu redor, se tende a se tornar mais escravo de suas vontades do que o introspectivo e do tímido. Isso é paradoxal porque apesar de ser mais narcisista ele também tende a ser menos introspectivo. Parece que maior é a introspecção maior será o auto-perfeccionismo e portanto maior será a consciência dos próprios defeitos, ainda que eu já tenha falado que o excesso de introspecção sem níveis minimamente adequados de extrospecção ou auto-interesse/egocentrismo, sem se comparar aos outros de maneira factualmente correta e mesmo holística (por exemplo, concluindo que é um grão de areia perdida na imensidão do universo) tende a fazê-lo mais classicamente narcisista e mesmo hipo-conhecedor de si mesmo.

 O introspectivo justamente por ser alto em introspecção, extrospecção pessoal e impessoal, isto é, por tender a filtrar uma grande densidade de informações e de detalhes tenderá a se tornar mais consciente dos seus defeitos ainda que não necessariamente de maneira precisa, e mesmo mais humilde e conectado com o seu redor, mais consciente de seus pensamentos, que são prelúdios de suas ações. 

A possibilidade que introvertidos e tímidos sejam peças mais escassas na maioria das demografias humanas também pode ser um fator, e até mesmo ao ponto de pensarmos se a reação protetiva, contra o mundo extrovertido, geralmente marcado pela superficialidade nas relações humanas, possa ser entendida como uma sinalização ''orgânica'' de perigo/ de potencial preventivo de não-adaptação 'ideal', em relação àqueles/ extrovertidos que lhes são ''estranhos'', especialmente no caso dos extrovertidos 

A introversão por si mesma já se consiste em um nível protetivo de intensidade de filtro sensorial, enquanto que a timidez se consistiria em uma re-adaptação, em uma intensificação deste mecanismo de proteção, e claro que sem sabedoria, se fará de maneira menos ideal. Tal como ficar um pouco e muito bêbado, a fobia social da timidez já será como uma reação secundária histriônica de proteção ao impacto forte que as interações inter-pessoais terão neste tipo de mente.

Estamos falando de ''risco'' versus ''defesa'' e também o tipo e/ou o nível de operacionalidade de nossas mentes para responder às interações sensoriais/padrões. Percebe-se claramente que a ação primária se consiste no nível de filtragem sensorial/informações de padrões que estão sendo capturados, enquanto que as reações secundárias serão: extroversão, ambiversão/bi-versão*, introversão e/à timidez

quinta-feira, 10 de março de 2016

Neuroticismo?? Eu acho que não. A pedra filosofal dos transtornos da mente: A falha da integração da identidade essencial, do eu



O purgatório é a própria vida e o ser humano de auto-consciência perturbada ou 'excessiva'' é o mais organicamente realista deste fatalismo inescapável 


O louco, o maluco, o doido, o excêntrico, o anti-social, todos eles apresentam uma falha primordial em relação aos seus respectivos EU. Eles exibem a disposição proto-patológica para a desintegração da personalidade, isto é, sem ter um caminho certo de transcendência humanamente animal ou tipicamente humana, prostram-se a vagar pelo mundo, na tentativa de regresso ao bando homogeneamente normal, sutilmente diferenciado, ou na busca por caminhos completamente novos, seguindo o chamado de suas almas incomuns.

As pessoas passam por estágios de desenvolvimento típico e ao longo deste período elas vão reafirmando com frequência exponencialmente confidente as suas próprias identidades essenciais, o eu. Os normais acordam praticamente os mesmos todos os dias, os atípicos nunca tem absoluta certeza disso. 


Os normais são vulcões extintos ou adormecidos, os criativos e especialmente os mais transtornados são como vulcões em atividade constante

Para todos os tipos de portadores de transtornos mentais, de todas as magnitudes, este constante referencial do eu, precisa ser conscientemente repensado com frequência, enquanto que entre os normais não existe a necessidade deste sobre-esforço, e esta falha abre janelas de oportunidades, tanto para o desenvolvimento progressivo de uma patologia mental quanto para a excelência mental sobre-natural ou criatividade humana, desde a auto-expressão singular até à consciência de singularidade perceptiva e usufruto dela.

A patologia mental pode ser observada por meio de vícios de toda a sorte que constantemente afligem os portadores, desde aqueles que já apresentam um grande potencial de expressão (esquizofrenia) até aqueles que serão internalizados ao longo da vida via decisão consciente-a-subconsciente (por exemplo, o hábito de fumar).


A perda constante de referência do eu pode se manifestar por meio do auto-neuroticismo ou baixa auto estima, a consciência perturbadoramente intensa em relação aos próprios defeitos. Reconhecer defeitos mas também qualidades e saber enfatizar pelo lado positivo é um possível caminho tanto para a sabedoria quanto para a criatividade.


A fraca referência do eu, que também pode se relacionar com menor auto-diferenciação sexual ou maior androginia, que resultará em um grande ''risco' para a inoperância ''natural' em relação aos papeis hierárquico-sexuais ou neuro-típicos, isto é, ao invés de passar ''apaticamente'' por todos os estágios do desenvolvimento biológico habitual cuja finalidade, a partir de uma perspectiva hiper-pragmática, se consiste na replicação do próprio material genético, de transferir parte de si para a próxima geração, passa-se a buscar pelo sentido da própria existência, isto é, a falha em se conectar ao próprio eu de maneira decisiva, constante e potencialmente subconsciente, isto é, que é tomado como hiper-natural, seja por meio de alucinações, perturbações emocionais ou qualquer outra manifestação excessiva de mal funcionamento normativo da mente, abrirá um novo leque de possibilidades de existência, desde a tentativa repetidamente falha de se adequar comportamentalmente à ''normalidade'', até ao de abraçar a própria singularidade e claro que isto dependerá de outros fatores como o nível de alcance perceptivo, uma denominação generalizada porém sucinta sobre a inteligência, por si mesma, isto é, a percepção.

Como eu sugeri no caso da gagueira, todos os transtornos mentais se caracterizariam justamente por esta mesma falha de conexão, e o constante ato de auto-adaptação, de maneira original e transferível para além do indivíduo produtor deste fenômeno, ou de maneira habitual, isto é, quando o grau de singularidade e de alcance perceptivos não são suficientes para resultarem em uma perspectiva existencial única e fértil em novos horizontes para serem capturados, se consistiria nesta tentativa constante de consertar aquilo que, por agora, dificilmente será possível de se fazê-lo de maneira decisiva.