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segunda-feira, 19 de junho de 2023

Hipótese para explicar a anômala homogeneidade humana de lateralidade cerebral

 Por que a grande maioria dos seres humanos são destros, em contraste às outras espécies de primatas e mamíferos?? 


Porque para que a complexidade possa ser replicada múltiplas vezes sem ocorrer maiores erros é preciso que exista uma grande regularidade, daí a baixa diversidade de lateralidade cerebral entre seres humanos. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

"Por que canhotos ainda existem?"

 A seleção natural não seleciona apenas ou especialmente traços individuais, mas também espectros de probabilidades ou de diversidade fenotípica. Na verdade, nem o termo "selecionar" aqui deve ser tomado como a única ação ou mecanismo possível e que é responsável pela evolução das espécies. Até poderia pensar no termo "retenção natural"... Por isso que expressões fenotípicas minoritárias podem se manifestar e permanecer se manifestando de maneira constante ou estável ao longo do tempo. Porque os processos responsáveis pela transformação das espécies também são conservativos e acumulativos.

Escrever com a mão esquerda, direita ou ser ambidestro não são características primárias, mas reflexos de como que o cérebro está organizado. Essa relativa diversidade de possibilidades que também inclui dominância de membros inferiores, olhos… não que tenha sido mais intrinsecamente vantajosa, mas é a maneira que nossa espécie tem evoluído.

Então, existe uma possibilidade relativamente pequena de alguém nascer canhoto, como eu, pelo simples fato desta possibilidade existir, porque tem sido parte do arcabouço biológico de nossa espécie desde os seus primórdios e quase universalmente presente nas populações humanas. Na verdade, escrever com a mão esquerda até sugere ser uma expressão mais extrema de variação fenotípica da organização cerebral, se destros definitivamente não são todos idênticos ou muito parecidos nesse aspecto.

E mediante a provável/maior diversidade de organização/dominância cerebral percebida em outras espécies de mamíferos, a baixa diversidade humana sugere que, em algum momento, houve uma seleção para uma maioria de destros por necessidade de grande ''cooperação'' entre os seres humanos para sobreviver, de um enxugamento de variação.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Tempos ruins fazem homens fortes que constroem a civilização... Tempos bons fazem homens fracos que destroem a civilização... Parece óbvio mas será??

Tempos ruins, mas por que??

Nunca se viveu tanto no ocidente. Nunca o conforto material foi tão grande. Não apenas no epicentro ocidental mas nas periferias do mundo geopolítico o padrão de vida tem dado saltos vertiginosos, nunca antes acontecido. Chegamos a um ponto em que gordas franjas das populações em um número crescente de países estão em plenas condições de prover para a maioria dos seus filhos uma "educação acadêmica". Se o padrão de vida melhora é improvável que a qualidade de vida também não melhorará ainda que tenhamos de ter em mente as diferenças mútuas entre eles

Os tempos bons se consistem em uma acumulação e prática de ideias, teorias e hipóteses [comprovadas ... ou não] de muitas mentes brilhantes de diferentes épocas, desde a eletricidade até alguns pensamentos filosóficos que tem predominado. O fim da supremacia religiosa ou do absolutismo monárquico, pelo menos até agora, também podem ser colocados nessa soma de bem feitorias que tem sido acumuladas. Por outro lado, supostamente, os homens tem se tornado demasiado domesticados, "emasculados",  e tudo aquilo que "a civilização tem conquistado" está sendo ameaçado por essa frouxidão...causada... pelo conforto maximizado.

Mas será??

Existem muitos fatores que não estão sendo levados em conta antes de, de fato, concordarmos com o aforismo do título, de maneira que, ao menos na minha opinião, não se deve culpar o aumento do conforto, que diga-se, desde os primórdios da civilização, já devia ter sido democratizado, como o único responsável pela suposta frouxidão masculina atual. As civilizações começam muito desiguais e pouco antes de sua era dourada de auge, a decadência começa. Dizem alguns que,  cabeça "vazia", oficina do diabo. Mas será mesmo?

O perigo dos eufemismos é que eles geralmente são usados para dar beleza poética e pretensa precisão factual mesmo com as suas poucas, belas e simples palavras. O aforismo acima é um exemplo disso.

Ele nos deixa a entender que a dureza faz "o homem" mais forte, que o conforto tem o efeito oposto e que portanto a dureza é mais desejável que o conforto. 

Partes dessa conclusão fazem sentido lógico, no entanto, novamente, será que "sacrifícios" (eufemismo para algo pior) são sempre necessários??

Sem a exploração extrema dos trabalhadores britânicos no primeiro século de revolução industrial a Grã Bretanha não teria se tornado uma super potência??? Sem séculos de exploração por parte da igreja e das coroas reais a Europa Ocidental não teria alcançado o patamar de civilização avançada?? Novamente, sacrifícios desta magnitude e impacto (invariavelmente destrutivo para muitos se não para a maioria dos indivíduos) são sempre necessários ?? É um mal necessário?? 

Então os "tempos ruins" deste país, que ceifaram as vidas de milhares se não de milhões de pessoas pobres e remediadas (em sua maioria), homens, mulheres, crianças, jovens, idosos, por acaso tornaram os homens ingleses mais fortes?? 

É verdade quanto a veracidade deste padrão universal exposto no título que parece refletir o ciclo de vida/energia das civilizações, em que, no início nós temos energia masculina fresca e abundante para construir, expandir, invadir e subjugar, e depois, supostamente, as sociedades vão se tornando mais ''caridosas'', e com isso, ao invés da expansão, tem-se uma retração até a consumação final de suas energias.


 Também é verdade que, quando somos criados apenas no conforto podemos nos adaptar facilmente a esta realidade e de nos tornar mais relaxados, e claro que esta tendência é provável que variará de pessoa em pessoa. No entanto não parece ser factual que apenas o conforto que afrouxe os homens nem que os homens modernos estejam assim tão afeminados

Relaxados talvez, mais afeminados, não.



Eu já comentei que por causa de uma cultura mais aberta (mas não em relação a tudo) aquilo que era mantido na surdina, na época de predominância cultural conservadora, se tornou muito mais exposto e portanto conhecido. Não é que hoje em dia tem mais homossexuais por causa do maior conforto que supostamente emascula causalmente os homens. Primeiro que, eu duvido que a proporção de homossexuais tenha aumentado muito, segundo que, eu acho que foi a "herdabilidade" ;) ou a expressão fenotípica em relação à paisagem genotípica da não-heterossexualidade exclusiva que aumentou. O que antes era abertamente condenado, menos experimentado e se feito, apenas em guetos culturais, hoje em dia, tem sido, por segundas intenções, celebrado ou ao menos tolerado e expandido para uma maior população. A proporção de não- heterossexuais assumidos ou apenas discretamente engajados de hoje em dia, e em comparação aos tempos dos nossos bisavós e avós, é equivalente à proporção de canhotos que na atualidade tem beirado os 10% nas populações ocidentais, e que na época do predomínio cultural do cristianismo/conservadorismo, era muito menor, porque os canhotos eram forçados a aprender a escrever com a mão direita.

É verdade que devemos ensinar aos outros que o conforto não brota do nada e que muitas vezes ele precisa ser conquistado e mantido. Mas também é verdade que a conquista deste esforço não precisa se dar com base na exploração do trabalho e subsequente redução significativa da qualidade de vida, para uma importante parcela da população, e claro, pra nós mesmos. Portanto sacrifícios além do BOM SENSO quase nunca são necessários em especial quando temos em mente que existem outras maneiras de se alcançar o mesmo objetivo. 

Geralmente e desgraçadamente falando, as civilizações tem se principiado com base na exploração extrema daqueles que são das classes sociais mais baixas mas também de todos aqueles que não apresentam posses que os fariam mais iguais em termos materiais às elites. Tempos ruins testam os limites de resistência psicológica e física das populações especialmente as que estão mais socialmente vulneráveis.


 Culpar o homem comum por não estar se organizando e lutando contra o declínio da "$ua" civilização é como o pastor culpar as ovelhas por não estarem se organizando por si mesmas para se defenderem contra raposas à espreita


Ganância, expansionismos e ignorância matam impérios e não o conforto

Os impérios são como mega-empresas comunitárias que servem única e exclusivamente para aumentar e perpetuar o poder das classes dominantes. Eles começam como negócios familiares até se transformarem em multinacionais. A ignorância filosófica leva à ganância que leva ao imperialismo diplomaticamente analfabeto que leva à expansão das fronteiras com base em pilhagens e guerras e por fim a aculturação daqueles que vão sendo conquistados, claro, depois de terem sido muito explorados. 


O homem neurotípico e heterossexual continua com os seus interesses específicos sem grande importância para o melhoramento da sociedade, no sentido intelectual, isto é, ele dedica boa parte dos seus neurônios à obsessões por carros, mulheres e esportes coletivos. Porque hoje, ou a partir da decadência da civilização que (((não é tão espontânea))) assim como muitos pensam, nós temos uma maior e melhor nitidez quanto à diversidade comportamental e portanto sexual do homem, tem-se criado esta visão deturpada de que algumas das vitórias mais valorosas da civilização, por exemplo, o conforto e uma maior racionalidade [com a secularização], quase sempre envoltas em um mar de sangue e estupidez, sejam os principais culpados por sua decadência. 

Tal como um fogo selvagem que vai encontrando capim seco para queimar a civilização vai encontrando oportunidades cada vez mais megalomaníacas ou superlativas de exploração com o intuito primordial de perpetuidade no poder e de expansão da riqueza de suas elites e a mesma energia monstruosa que a construiu a destruirá, algumas vezes de maneira mais espontânea, outras vezes de maneira bem mais (((calculada))) como a decadência atual. O ocidente, tal como uma cobra, está tentando trocar de pele.

São as elites que governam e que mandam, portanto, a ideia de que são os homens comuns que hoje em dia não estão ''tão fortes ou másculos'' como em outras etapas da civilização, e que este fator é o principal responsável por sua decadência, é apenas tolice. Se não são eles que governam então não podem ser totalmente culpados e sim aqueles que de fato o fazem, as elites. 

É verdade que ambientes ruins aumentam a pressão seletiva podendo resultar em maior robustez biológica de uma certa população. Mas isso não significa que a mesma regra possa ser aplicada em macro-sociedades como são as civilizações e os impérios, porque nas mesmas são aqueles que governam que de fato ditam as regras do jogo.

O verdadeiro altruísmo tem sido usado como chantagem emocional com o intuito de preparar a civilização [ocidental] para a colonização reversa, das colônias para as metrópoles, e mesmo no caso de países sem histórico de colonialismo como a Suécia, por exemplo. Ao menos em relação à civilização ocidental, tudo tem sido bem (((planejado))), com requinte de detalhes.

Ao começarmos a desbaratar essas associações precipitadas, e parar de confundir correlação com causalidade, vamos então percebendo que as causas para as quedas das civilizações estão em si mesmas, em suas estruturas brutais, em suas energias mais fortes e obscuras, a ganância, o desejo de poder, de supremacia, e não no conforto ou em uma maior sinceridade cultural em relação à diversidade humana [e não-humana] de comportamentos. Foi a ganância, a sede de poder e de controle que forjou o Império Romano, e que também o destruiu. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Por que parece que tem mais homossexuais e bissexuais hoje em dia do que no passado** a teoria cultural análoga ao canhotismo ....

No passado a maioria das pessoas canhotas eram punidas nas escolas e em suas casas porque usavam a mão esquerda, especialmente, para escrever. Então elas eram ''reensinadas'' desde cedo a escreverem ''certo'', com a mão direita. Resultado, o percentual de canhotos, isto é, de pessoas que permaneceram usando a mão esquerda, especialmente para escrever, se reduzia drasticamente em cada geração. No entanto, as pessoas que foram forçadas a aprender a usar a mão direita, continuaram biologicamente dispostas para a mão esquerda e não duvido que muitas delas continuaram a  usa-las para muitas outras tarefas manuais e triviais (assim como também o hemisfério mais dominante como por exemplo chutar com o pé esquerdo).

Algo bem parecido acontece, não apenas com o simples hábito de escrever, mas também com vários outros comportamentos quando são mediados pelas culturas (e quase sempre são) e eu resolvi pegar o exemplo da sexualidade, mais especificamente da homossexualidade, até mesmo por ter tanto em comum com o canhotismo, em termos biológicos, especialmente, para expandir esta realidade que até então encontrava-se represada apenas para o hábito de escrever.

Hoje em dia fala-se muito, especialmente entre os direitistas, sobre ''lavagem cerebral'' ou ''emasculação proposital'' por parte do governo, em relação aos homens, por causa da maior visibilidade e proporção de homens (mas também de mulheres) homossexuais, bissexuais, transgêneros e outros, nas sociedades ocidentais, assim como também o oposto para as mulheres, isto é, de que ''estariam sendo masculinizadas''. Supostamente o governo está com as suas mãos oniscientemente intrusivas moldando comportamentos. Supostamente. 

Eu acredito que o governo manipule a população de muitas maneiras, mas não acredito que estes artifícios sejam tão profundos a ponto de modificar a essência das pessoas. 

Eu estou dizendo portanto que não acredito que ''o governo'' tenha sido o único e principal responsável pela [supostamente] maior incidência de não-heterossexualidade na população ocidental nos dias atuais, talvez principalmente porque tal ''lavagem cerebral'' não aconteceu comigo, eu vou explicar o porquê...

Desde muito novo que eu já apresentava características comportamentais que apontavam para a homossexualidade, ainda que não fosse extremamente afeminado. Um relato divertido e embaraçoso de minha infância. Me lembro quando eu fui confundido com uma garotinha, lá nos meus 6,7 anos, no ano de 1994, por causa do meu cabelo grande e muito liso, mas também provavelmente por causa de minhas feições, diga-se, sutilmente femininas. Me lembro da vendedora em uma loja de roupas infantis perguntando ao meu pai e olhando pra mim sobre o que que ''esta garotinha linda vai querer**''.

O governo não colocou mais estrogênio secretamente na comida da minha mãe. Também não fui vítima de qualquer bombardeamento sistemático de ''mensagens subliminares'' pela televisão, ainda que acredite na vulnerabilidade infantil pra vários tipos de propaganda. Mas ao menos no meu caso isso não aconteceu. Eu já sabia subconscientemente o que eu era desde a tenra idade. Talvez eu posso extrapolar o meu caso para muitos outros ou mesmo para a maioria dos modernos lgbt.

Eu cresci em um ambiente superficialmente hostil à diversidade sexual, mas que nunca proibiu ninguém de nada, ao menos, não em termos estatais, visto que a homossexualidade já estava legalmente descriminalizada. De fato, eu cresci em uma cultura de transição entre a ''tolerância'' que vemos atualmente e o conflito intergeracional que foi bem típico aos anos 90, isto é, entre os resquícios finais da ''velha onda totalitária conservadora'' e as primeiras marolas da onda ''moderna'', que também é negativamente totalitária, mas no sentido oposto.

O ambiente brasileiro em relação à diversidade sexual permanece superficialmente hostil, como nos idos de 94. Existe uma maior ''tolerância'', é fato, mas mesmo assim mudou menos em relação ao que muitos homossexuais imaginam.

No mais, independente do ambiente, em qualquer lugar, e sob a mesma ''carapaça'', eu chegaria nas mesmas conclusões internas, a de que, quer queira quer não queira, eu sou o que sou.  

Existe uma gradualidade entre o homossexual e o heterossexual exclusivo. Quanto mais próximo dos dois extremos menos suscetível de ser influenciado por fatores culturais e portanto mais propenso a permanecer o mesmo. Quanto mais próximo do meio deste espectro mais provável de ser influenciado por fatores ambientais ou culturais. Eu me encontro um pouco mais distante do meio que parece ser o mais dependente do cenário cultural, e mais próximo do extremo homossexual exclusivo, claro, sem levar em conta outras características que costumam compor as identidades individuais como o nível de afetação comportamental. Em termos de desejo sexual, eu apresento uma clara preferência pelo mesmo sexo. No entanto, eu consigo sentir atração sexual neutra, isto é, me atrair apenas pela ideia de se fazer sexo. Eu já tive relações com uma mulher e gostei muito. Eu não sou o típico e pelo que parece, raro bissexual, que sente atração tanto por homens quanto por mulheres, no mesmo nível de intensidade, mas ao contrário de muitos homossexuais, homens ou mulheres, eu não sou totalmente repelente ao sexo oposto. 


Mentira e subconsciência


A maioria dos seres humanos mentem e não sabem que estão mentindo. Como dizem, a melhor mentira é aquela em que você mesmo acredita nela. E a maioria dos seres humanos e talvez todos os seres humanos o fazem. A diferença não é o fazer ou não-fazer, mas desenvolver uma consciência-cristalizada sobre esta realidade. A subconsciência é um resquício muito atuante, vivo e decisivo de nosso passado não muito recente enquanto ''animais-animais''. Estamos em uma fase de transição entre o início de uma real consciência predominantemente racional, que alguns poucos seres humanos são capazes de alcançar, parcialmente, diga-se, e uma subconsciência melhorada em relação às outras formas de vida. No mais, a nossa tendência de mentir e de acreditar em nossas mentiras, é uma constante. 
Mentimos mais no meio social, onde que criamos personas públicas, que se diferenciarão em graus individualmente variados em relação às ''nossas'' verdadeiras personas. Alguns, como os sábios, percebem esta macro-situação muito mais rápido e profundamente, e regridem às suas personas reais. Tal possibilidade também parece ser constante ao gênio, ao menos em termos cognitivos. Esta possibilidade se consiste na re-sincronização com o verdadeiro eu. Muitos são criativos, até mesmo ao nível do brilhantismo, mas se creem mais em suas personas públicas do que em suas personas reais, no eu verdadeiro, então é provável que direcionarão os seus talentos naturais para um caminho equivocado, o oposto do caminho para a verdadeira genialidade, que tem doses nada homeopáticas de sabedoria embutida, assim como também quanto à própria sabedoria.

Da mesma maneira que muitas crianças, que nascem mais dispostas ao uso manual da mão esquerda, são forçadas a usarem a mão direita por razões culturais, especialmente pra escrever, muitas outras crianças que nascem com maior disposição para a homossexualidade, podem ser forçadas a se portarem como heterossexuais ou ao menos dentro de um ''espectro respeitável de comportamento normativo''. Então, tal como aconteceu e acontece com o canhotismo, muitos homossexuais biológicos são forçados por pressões culturais a se comportarem como heterossexuais. E nas sociedades onde esta prática permanece comum e socialmente aceita muitos homossexuais ou suscetíveis à homossexualidade acabando se casando com o sexo oposto, tendo filhos, e muitos até se acostumam às suas vidas ''reensinadas'' de maneira tal que se esquecem quanto às suas preferências marginais porém existentes, ou mesmo, até então que eram mais fortes. 

Esta é uma das explicações que, na minha nada-humilde opinião, é muito provável de explicar o porquê deste ''gap de gerações'', em que os mais velhos reportam menor comportamento homossexual em relação aos mais novos.

E como bem diz no subtítulo, muitos ''homossexuais bem guardados em seus armários'', ao construírem vidas perfeitamente emparelhadas às normas sociais dominantes de seus ambientes, chegam mesmo ao ponto de conseguirem suprimir de maneira muito eficiente as suas disposições naturais.

E também é interessante observar que mesmo tamanha pressão cultural ainda não é capaz de reduzir pra ''0%'' a incidência nem do canhotismo nem da homossexualidade. Por que será**

Será que alguns homossexuais são tão exclusivos que são incapazes de se adaptarem mesmo à regras praticamente draconianas** [por exemplo, no Irã]. Da mesma maneira que alguns canhotos podem ser tão exclusivamente canhotos que mesmo uma tentativa de reeducação pode não ser suficiente para ''reeducá-los''... mas não para muitos outros...

Portanto, além das explicações habitualmente recorrentes como o aumento do número de crianças nascidas de pais mais velhos, modificações químicas na comida, poluição*, o relaxamento & incentivo cultural, não confundir com lavagem cerebral, que eu já expliquei em alguns textos, principalmente no velho blogue santoculto, parece ser mais interessante para explicar complementarmente às possibilidades acima, ou não, o porquê de termos mais homossexuais ''fora do armário'', assim como também tipos mais mistos, como os menos exclusivos hoje em dia do que na época de nossos avós. 

Por ser muito autoconsciente, autocentrado, desde a tenra idade,  é menos provável que possa usar a minha experiência de vida como um exemplo fidedignamente transferível para a média, visto que as pessoas neurotípicas tendem a ser mais influenciáveis por mudanças culturais e portanto menos autoconscientes de suas próprias falhas. No entanto, eu duvido que a maioria dos homossexuais que estão ''fora do armário'', sejam produtos diretos dessas mudanças, isto é, deste relaxamento. O que eu estou querendo dizer é que as suas maiores visibilidades atuais, ao saírem do armário e construírem (pseudo-)comunidades, são sim, produtos diretos dessas mudanças. Mas a homossexualidade assim como qualquer outro comportamento tem uma base biológica frequencial. Portanto, a maioria dos homossexuais ocidentais (pós-)modernos, creio eu, ''born that way'' e em um ambiente mais ''tolerante'' e ''incentivante'', muitos deles se tornaram visíveis e coesos em relação às suas disposições, enquanto que em sociedades ''tradicionalmente'' monoteístas o oposto é muito provável de acontecer, e a maioria estará casado, com filhos e tentando conversar internamente consigo mesmos para manter os seus ''ímpetos pecaminosos'' bem controlados e portanto escondidos da cena social.

Se eu fosse criado em uma cultura mais fechada em relação à homossexualidade e tivesse a disponibilidade de casar cedo e ter um emprego potencialmente vitalício, a regra nas sociedades tradicionais, é provável que conseguisse conter esta minha tendência, assim como também me adaptado à situação, se eu apresento alguma tolerância firme para manter relações sexuais com o sexo oposto, mas também por causa do meu temperamento. Percebam que mesmo em uma sociedade mais aberta, eu ainda não consegui ''sair do armário'', ainda que pareça cada vez mais explícito quanto as minhas predileções. Claro, estou pressupondo, isso não significa que em uma hipotética situação isto aconteceria sem qualquer chance de dúvidas.



sexta-feira, 1 de abril de 2016

Novos desdobramentos sobre sabedoria e qi (via política) e sobre a raridade dos sábios



Teste de vocabulário Wordsum

fonte: http://blogs.discovermagazine.com/gnxp/2012/04/verbal-intelligence-by-demographic/#.Vv7VWPkrLIV


A priore e de acordo com a lógica intuitiva, os mais sábios tenderão a desenvolver crenças políticas moderadas e particularmente em relação àquelas que estão disponíveis, principalmente a dicotomia esquerda e direita presente no cenário político atual.

Os mais (cognitivamente) inteligentes (que se consistem nos trabalhadores cognitivamente complexos, mais eficientes) tendem a preferir por ideologias ''progressistas', mais do que as velhas ideologias conservadoras.  

No quadro acima nós vemos uma tendência que parece ou pode ser global em relação à natureza constante ou ao menos que tem se mostrado robusta por agora, em que aqueles que escolhem pela ponderação no mundo da política/ideologia administrativa tenderão a escassear entre os mais (verbalmente) inteligentes.

Além de se saírem piores que os ''liberais'' (quase o mesmo que ''esquerdista'', traduzido para o jargão político brasileiro), os moderados também foram, coletivamente falando, e de acordo com esta pesquisa, piores que os conservadores, denotando superficialmente que em média apresentam menores capacidades cognitivas.




Mas por quê** 

Ponderação quase sempre se relaciona com sabedoria...


A inteligência cognitiva e mesmo uma boa parte da inteligência intelectual, evoluíram para servir ao ímpeto competitivo e tribal do ser humano e não para si mesmas, os fins que não precisam de meios pra serem justificados ou a rejeição do ''mal necessário''.

Costumamos apregoar valores ultra-perfeccionistas à inteligência humana, geralmente lamentando como resultado logicamente esperado o porquê de não ser como gostaríamos que fosse e esta é uma constante frustração por parte dos verdadeiramente mais sábios/racionais. No entanto, mais parece ser como criticar o alvo errado, se estamos a falar de sabedoria, confundindo com inteligência, isto é, dando a função que é cabivelmente natural de uma, para outra.

Que os testes cognitivos mensuram parcialmente a inteligência humana isto não é segredo pra ninguém, nem mesmo para os ''iqtards'', que em seus íntimos sabem que a devoção que direcionam para os testes tem um quê de exagerado e forçado.

Poderíamos analisar a tabela que ilustra este texto da seguinte e correta maneira:

''Os trabalhadores que tendem a ser mais cognitivamente exigentes e eficientes são mais propensos a desprezar pela ponderação da sabedoria e a escolher binariamente um dos grupos políticos dicotomicamente propositais''

São bons para coisas mundanas, mas parecem deixar a desejar na parte, vejam só, que mais importa.

Em um dos textos do ''neuropolitics'', um site sobre as tendências neurológicas entre os diferentes grupos políticos americanos, eu encontrei alguns trechos que me pareceram por agora bastante valiosos e que podem nos ajudar a entender um pouco sobre os ''moderados'' e por tabela, sobre a sabedoria, ou ao menos enquanto um proxy para a mesma.




A fraternidade é vermelha,
A liberdade é azul,
A igualdade é branca,

E a sabedoria é amarelo-esverdeada (vulgo,verde-limão), ;) 

Neste trecho ''especial'' do texto que deixei no link, nota-se com óbvia clareza que os cérebros dos ''moderados políticos'' tendem a se caracterizar por uma mistura (eu diria mais, uma mistura saudável) entre os atributos mais agudos dos (socialmente)  conservadores e dos (socialmente) liberais. A priore parece interessante, mas para que qualquer promessa fisio-comportamental humana resulte em estupidez, não é preciso muito. Como resultado, há de se separar o que parece ser o pior tipo de ''moderado'' em relação ao melhor tipo. 

O pior tipo de moderado é provável que conjugará fraquezas/proxies para o aumento da exploração/dependência/ dos dois espectros políticos. Neste caso, curiosamente, aparecerão os libertários que tendem a ser favoráveis para toda a sorte de liberdade individual, econômica e social, que parece maravilhoso no papel mas apenas despreza completamente a natureza humana. O libertarianismo é apenas um nome bonito para anarquia controlada e financeiramente abonada. Liberdade, para um monte, parece quase um sinônimo para ''irresponsabilidade'. É o que parece.

Deixe os humanos soltos por aí e em pouco tempo eles irão sugar todos os recursos naturais do planeta e o transformarão em um deserto gigante. 

Em compensação o moderado perfeito mais se parecerá com um sábio pois conjugará os pontos fortes tanto da esquerda quanto da direita.

O cérebro (médio) dos ''menos religiosos'' (a meio caminho entre a crença e a descrença, ambas fervorosas), de acordo com texto do link, também apresentou esta mesma mistura, a priore saudável, entre os atributos de ambos os extremos espectrais da política, ou melhor, foram mais balanceados e portanto menos extremados.

O direitista típico deseja o velho mundo conserva-dor, desprezando consciente ou não, todos os atropelos que ''o seu grupo'' já cometeu no passado, contra quem não tinham ou não tem qualquer empatia, e que continuam a fazê-lo, vide Arábia Saudita (mulheres) e Irã (homossexuais).

E o esquerdista típico, agora, está apenas a fazer ou a apoiar as mesmas bobagens ou picuinhas de grupos. E de acordo com a tabela acima, sobre qi verbal e preferência política, ''os mais (cognitivamente) inteligentes'' são muito mais propensos a serem de (socialmente/politicamente) liberais e em segundo lugar temos os conservadores. 

Uma minoria de ''verbalmente talentosos'' que seriam de moderados políticos e vamos imaginar quantos que poderiam ser alocados para dentro da categoria de ''moderados políticos realmente perfeccionistas'', isto é, que apresentam precisa capacidade analítica para separar os pontos fortes dos pontos ruins de cada grupo ou ideologia política.


Entre a esquerda ''moderada'' e o ''moderado''


Mais precisamente, eu apostaria (sim, isso parece estranho... apostaria precisamente...) que o ''moderado sábio'' ou ''moralmente perfeccionista'' se localizaria mais perto das ideologias esquerdistas, ao menos nominal e superficialmente, se criticam o capitalismo (sistema de controle social assimétrico e injusto e exploração), se são ou dizem ser favoráveis pela harmonia social, se são contrários ao tipo de discriminação contra ''minorias' que tem sido perpetuado e amplamente apoiado pelos conservadores, se é curioso, céptico ou agnóstico sobre as religiões oficiais, se está mais inclinado ou também está inclinado para as atividades de caráter mais subjetivo como escrever poesias.



Como que os conservadores do hemisfério norte olham para o mundo



O sábio é preciso na construção e constante melhoria do seu mapa sobre a realidade, em que certas ideias ou ênfases, por exemplo, da extrema direita, serão corretamente entendidas como muito mais apropriadas ou corretas para certa ação harmonizadora enquanto que para outros aspectos da vivência, a resposta mais correta poderá ser encontrada, por agora, do outro lado da montanha ou do rio, isto é, na extrema esquerda.

O sábio é rico em inteligência intelectual, o raciocínio puro e direcionado para o que importa, em outras palavras, a lista de prioridades vitais do sábio será uma perfeccionista descrição da realidade em toda a sua hierarquia e complexidade. Não é que o sábio saiba mais sobre o complexo, porque ele sabe mais sobre o simples, sobre a base e talvez seja isso que mais importa.

Os mais sábios que geralmente poderão ter algum atributo cognitivo mais superlativo e não necessariamente uma maior inteligência cognitiva geral, parece ser uma ave rara porque se consiste na manifestação do tipo de inteligente que poderia ter predominado se o ser humano não tivesse escolhido pela atomização subconsciente em ''''suas''''' decisões seletivas, isto é, para o acasalamento. Selecionamos competidores natos e não harmonizadores. A especialização pode ser observada, inclusive pelo próprio sábio, que é geralmente um super especialista em relação ao ato de pensar holístico, moral e abstrato. Homens e mulheres tendem a se diferir de maneira tal que ambos são altamente dependentes uns dos outros, primeiramente por razões biologicamente óbvias, no caso do papel feminino de gerar vida, mas também por razões mentais, enquanto que o ideal talvez fosse que cada indivíduo pudesse ser mentalmente auto-suficiente, sem precisar desesperadoramente pelo outro, que com certeza tende a ter implicações que deságuam na dinâmica dependência/opressão, passivo/agressivo. Como eu já disse em algum terreno baldio deste blogue, o ser humano sábio mistura os atributos positivos dos dois sexos enquanto que quanto mais essencialmente estúpido, mais extremado será.



Qi e lateralidade 



Canhotos e ambidestros tendem a pontuar EM MÉDIA mais baixo em testes cognitivos quando comparados aos destros. A priore, isso parece ser conclusivo quanto a uma suposta inferioridade de ambos, enquanto grupos, em relação aos destros (moderados, porque os destros extremos também tendem a ter alguns percalços diversamente subjetivos ou objetivos). Os esquizofrênicos também tendem a pontuar mais baixo nos testes e a a terem lateralização cerebral mais fraca, isto é, cérebros mais simétricos.

Qi mensura o quão bem lateralizado o cérebro está, isto é, em como que as informações fluem dentro desta máquina maravilhosa e assustadora. Mas esta fluidez não é um sinônimo ou espelhamento perfeito para com o raciocínio, se o mesmo tenda a iniciar-se intuitivamente e a se consistir em uma luta constante contra aquilo que o seu cérebro gosta e não gosta. O pensar, o raciocinar moralmente, mas também provavelmente em relação a qualquer outro aspecto, é muito mais como a luta interna contra a própria teimosia e muitas vezes ignorância, contra o próprio ego e suas conclusões precipitadas, pobres em reflexão e melhoramentos.

A fluidez direcionada para atividades puramente cognitivas ou técnicas parecem não ser totalmente relacionadas com o pensar perfeito ou perfeccionista, atributo essencial para a definição do sábio. E várias evidências parecem concordar com esta afirmação.

Pensar geralmente cansa.

O pensar moderado deveria ''estar no sangue'' dos seres humanos mais inteligentes em relação à política, especialmente a esta paisagem espectral política do Ocidente pós-moderno e pós-ocidente, mas não...



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O mecanismo biológico da homossexualidade: Ordem de nascimento mas também em relação a maioria se não todo os outros casos



'Incompletude''

Todos os fetos humanos são femininos ''ou'' sexualmente neutros até um certo período da gravidez quando ''alguns'' deles passam a sofrer a ação mais significativa dos hormônios "masculinos" tornando-se em homens. No entanto existe um provável espectro de funcionamento em que certas características femininas permanecerão dominantes no feto que se tornou fisiologicamente masculino, por exemplo, algumas características femininas do cérebro. Voi laa!! Está feita a diversidade sexual em comportamento...

É possível que tenhamos herdado logo depois de nossa concepção um manual de procedimento sobre como que nos desenvolveremos até o nosso parto (ou não, ;) ) em condições intrauterinas normalmente salubres. Estressores ambientais podem afetar o desenvolvimento normal do feto provocando perturbações nas diretrizes de sua composição ou arquitetura fenotípica/genética (ou não, ;) ). Mas pode-se sugerir que todos os fetos estejam sempre expostos a toda a sorte de estressores e que portanto, mais do que influencias ambientais, também pode ser possível que disposições biológicas tenham um papel muito mais importante. Eu sou um exemplo desta situação mediante o meu histórico familiar de transtornos mentais e por ter um irmão canhoto (e fenotipicamente parecido).

No velho blogue do santoculto eu sugeri que o canhotismo se consista na manifestação ou bio-produto de uma incompletude (e ou extra-completude) congênita invariavelmente comum na espécie humana, isto é, o cérebro ou se desenvolverá excessivamente ou terá o seu período de desenvolvimento encurtado e modificado em relação a média neurotípica. Este processo pode explicar a co-ocorrência das variações de sexualidade e da preferência neuro-manual incomum ou espectro do não-destrismo. Explica porque existem mais canhotos entre esquizofrênicos (baixo peso ao nascer, cabeça pequena na infancia, em média) e entre autistas (grande peso ao nascer, cabeça grande na infancia), assim como também de homossexuais e ou não-heterossexuais.

Por alguma razão que já foi sugerida em algumas hipóteses e especialmente pela ''teoria do antígeno produzido pela mãe'' para a ordem de nascimento, existe uma maior incidência de homossexuais entre os irmãos mais novos em famílias que só produziram filhos homens. Segundo o link que deixei disponível, os fetos masculinos produzem um tipo particular de proteína no útero que ajuda na formação dos órgãos genitais masculinos. Mas, quando esta proteína é produzida, o corpo da mãe responde produzindo anticorpos.
Este é um processo natural e não é perigoso nem para a mãe e muito menos para o bebê. Mas significa que na próxima gravidez estes anticorpos serão produzidos mais rapidamente se o próximo feto também for menino.

A minha teoria se relaciona com o fato de que como todos os fetos humanos nos seus primeiros estágios são sexualmente neutros ''ou'' femininos então durante este processo de metamorfose para o sexo masculino, certas características ''neutras'' e ou ''femininas'' poderão ser retidas no feto que se tornará masculino, produzindo por exemplo, o desejo pelo mesmo sexo entre os homens, assim como também várias outras características, como maior empatia, uma característica demográfica e possivelmente, hormonal feminina, de acordo com o contexto biológico humano. 

Em outras palavras, ao invés de uma ou várias características sexuais se modificarem para se tornarem traços ''masculinos'', estes desenvolvimentos acontecerão de maneira assimétrica, para explicar o homossexual com características sexuais relativamente mistas (e ou heterossexual relativamente ''mais afeminado') ou o ''tipo normal'', 

de maneira simetricamente atípica, para explicar o homossexual (em sua maioria) que for fisiologicamente mais parecido com o sexo oposto (o clássico tipo andrógino)

 e ou pontual, para explicar o homossexual que apresentou um desenvolvimento típico com pontuais atipicalidades, nomeadamente em relação ao desejo sexual. 


Super completude = lesbianismo



No caso das mulheres o oposto acontece, como é de se esperar, em que, no caso das lésbicas, acontece um desenvolvimento extra das características sexuais, tornando-as mais parecidas com os homens, enquanto que os mesmos padrões espectrais serão observados e ou sugeridos para os outros dois tipos de homossexuais femininos, isto é, as lésbicas com fisiologia e comportamento relativamente atípicos, até as lésbicas que apresentaram todas as transformações típicas para o sexo feminino, se diferindo das heterossexuais apenas por causa da atração sexual pelo mesmo sexo. 


Há de se questionar se a natureza sexual da mulher não será substancialmente diferente em relação a sexualidade masculina a ponto de produzir diferentes causas biológicas para a lesbianidade em relação a homossexualidade.

Evidentemente que existem claras e pontuais diferenças, mas a ideia principal da sexualidade é a da atração ou desejo sexual, e portanto, neste aspecto intrínseco, tanto a homossexualidade masculina quanto a feminina serão idênticas, se diferindo especialmente em relação aos papeis mistos bio-culturais ou predominantemente transferidos que assumem, por exemplo, o homem homossexual ''adquirindo'' ou expressando as características psicológicas mais comumente encontradas nas mulheres heterossexuais como maior empatia e menor agressividade e o relativo oposto para alguns subtipos de lésbicas, nomeadamente aquelas que exibirem grande similaridade para com os homens tanto em comportamento quanto em fisiologia (sexual).

Portanto o espectro da heterossexualidade se consiste em uma maior simetria de desenvolvimento ou tipicalidade de desenvolvimento sexual enquanto que o espectro da não-heterossexualidade se consistirá numa assimetria de desenvolvimento, apresentando uma maior diversidade de tipos, especialmente entre aqueles que serão muito andróginos e os que terão apenas atipicalidades pontuais e especificamente aquelas que aumentem o desejo pelo mesmo sexo. O ponto determinativo tanto para a heterossexualidade quanto para a não-heterossexualidade é justamente o desejo sexual,  que está também subjacente a sexualidade, de maneira geral. 

Além das modificações ''secundárias'', existe a clara necessidade de que este traço que é fundamental para o desejo, esteja atípico tanto na homossexualidade masculina quanto na feminina. O aumento de características andróginas, super-desenvolvidas nas mulheres lésbicas que pertencem a este subgrupo, e pouco-desenvolvidas nos homens homossexuais com as mesmas características, pode servir como influencias para o engajamento em relacionamentos do mesmo sexo, se por intermédio da consciencia corporal, identificamos os nossos corpos e suas potencialidades reprodutivas e ou sociais. 

Os padrões atípicos e sexualmente invertidos de ambos os cérebros, de lésbicas e homossexuais, corroboram para esta teoria, ainda que esta não tenha qualquer grande pretensão, assim como também nos induzem a pensar se esta androginia cerebral também não contribui ostensivamente para o comportamento homossexual. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Breve estudo auto-bio-gráfico sobre hereditariedade



O que eu herdei? 

Altura, gênero, características físicas e psicológicas

Eu sou o mais baixo de 3 filhos homens tendo a mesma altura que o meu pai. O fator idade pode ter um papel porque eu também sou o mais novo além de ser/estar predominantemente homossexual.

Eu "herdei' a condição bio-masculina do meu pai, em outras palavras, eu nasci biologicamente homem como ele, ;)

Tenho mais pêlos no corpo do que todos os integrantes do sexo masculino de minha familia imediata.

Herdei a pele mais clara de minha mãe mas que parece ser uma mistura de tons com a pele do meu pai (mais moreno).

Sou o único com os lóbulos das orelhas grudados e como "desgraça" nunca vem desacompanhada eles não estão identicamente grudados. O fenótipo de um pensador a la "Bernard Marx"??

Resumindo este pseudo dramalhão por agora, eu tenho uma série de irregularidades fenotípicas.

Eu herdei as mesmas tendências que o meu irmão mais velho, a pele com a tonalidade mais rósea ou branca, como a de minha mãe, e como é prolífico em sua família, tendências para personalidades extremas ou ao menos para a manifestação mais moderada dessas condições como ter uma disposição para irregularidades de  humor e tendências anti sociais. Assim como ele eu também sou canhoto, nos parecemos de maneira bastante relativa, mas muitas pessoas acham que nos assemelhamos em demasia. Eu discordo mas é verdade que há certa similaridade, se não ninguém repararia.

Em termos de mentalidade nos assemelhamos em alguns aspectos e especialmente se comparado ao meu irmão do meio, que diga-se de passagem é o mais fenotipicamente divergente em comparação a nós dois. Não parecem restar dúvidas que os genes da minha família paterna prevaleceram nele, formato de rosto, tonalidade de pele, e talvez o perfil cognitivo (mais técnico/memória utilitario-pragmática do que intelectual/reflexivo) e o tipo de mentalidade conformista/'passivamente" oportunista, extrovertido. Ele também tem alguns problemas moderados a quase severos de memória, do tipo que vive sempre esquecendo das coisas.

Eu sou o mais introvertido de toda a minha família direta. Herdei o caráter honesto do meu pai e poderia inclusive dizer que sou mais evoluído neste aspecto do que ele. Herdei a maior sensibilidade de minha mãe. Eu  sou como uma mistura dos meus progenitores e com pitadas intrusivamente significativas de parentes próximos como o meu tio.

Eu sou uma mistura fenotípica do meu pai e da minha mãe enquanto que o meu irmão mais velho é marcadamente parecido com a minha mãe e o meu irmão do meio por sua vez "puxou" mais o meu pai e sua herança familiar conjunta.

Curiosidades

Assim como o meu irmão mais velho, eu não sei andar de bicicleta.
Assim como a minha tia materna, falecida, eu adoro pessego.
Eu não consigo dobrar a língua e parece que a maioria dos meus parentes diretos podem.
Meu pai é sangue O negativo, assim como o meu irmão do meio, enquanto que o meu irmão mais velho e eu, somos A, eu sou A positivo.
Meus dois tios maternos sempre tiveram fobia social e raramente saíam de casa. Eu puxei esta hipersensibilidade deles.

Nenhum de nós tem problemas com vício de álcool mas isso não impede que outros hábitos potencialmente ruins não possam nos afetar. Os meus dois irmãos se tornaram amantes moderados do uso de maconha. Menos mal, poderia ser pior. Meu pai é fumante desde os 12 anos de idade. Minha mãe tem mania de limpeza e se preocupa muito com as aparências. Eu já fui mais como ela quando era mais jovem mas me vejo cada mais distante desta perda de tempo.

Eu sou agnóstico, meu irmão mais velho, muito parecido comigo, é ateu. Meus pais são religiosos mas de uma maneira não fanática ainda que desagradável especialmente para espécimes mais sensíveis como este que vos escreve. Meu irmão do meio é mais neutro neste aspecto ainda que esteja apresentando tendências para religiões espiritualistas, especialmente que puxem para uma vibe mais hippie... mais de esquerda.

Em termos políticos e sociais, meus pais são socialmente conservadores PARA eles mas neutros ou moderadamente opinativos em relação aos outros. Em termos econômicos o meu pai se destaca por sua mentalidade tipicamente capitalista e portanto mais puxada para o liberalismo economico. Meu irmão mais velho tem demonstrado inclinações libertárias, e socialmente conservadoras para alguns aspectos mas ainda é difícil de definir com precisão. Sobre certos assuntos "politicamente corretos" ele demonstra tendência para ter pouca tolerância, do tipo que diz coisas desagradáveis como por exemplo, "as crianças com down são idiotas" sem se preocupar se passou ou não do limite. Em compensação o meu outro irmão é um típico papagaio esquerdista que repete os moralismos que estão na moda, mas em casa, ele não parece muito consciente quando destila o seu veneno sobre grupos que são menos "defendidos' pela ortodoxia pos moderna, como por exemplo as pessoas que estão acima do peso.

Em termos culturais, eu sou novamente, o mais outlier por gostar muito de músicas instrumentais. Meu irmão esquerdista dá grande importância a cena musical que os seus iguais de casta ideológica tende a  preferir. Meu irmão mais velho apresenta assim como o outro, algumas similaridades para gosto musical para comigo, que são fracas, porque eu puxo muito mais para músicas instrumentais, por exemplo, de bandas como Sigur Ros. O meu irmão ''POLITICAMENTE correto'', de esquerda, certa vez ''acusou-me'' de ser louco por apreciar as belíssimas músicas da banda islandesa Sigur Ros. Esta veia mais puramente artística e existencialista (filosófica), todos os meus parentes diretos estão desprovidos.

Meus pais tendem a apresentar gostos muito populares neste sentido, também em relação aos programas de tv e filmes enquanto que o meu irmão do meio ou esquerdista ainda tende a apresentar certa tolerância para alguns dos gostos culturais (bio transcendentais) dos meus pais enquanto que o meu irmão mais velho e eu somos alérgicos e esta percepção de diferença apenas cresceu nos últimos anos. Ainda assim, o ''esquerdotado'' tem certo bom gosto para o cinema, mas é difícil dizer se ele realmente gosta do que procura ver, ou se é apenas mais uma tentativa de construir uma imagem superficialmente impecável de ''intelectual'', que ele não é.

Em termos de cognição ou aspecto contextualmente quantitativo de capacidade cognitiva eu aposto que o meu irmão mais velho apresentará as pontuações mais altas de qi, inteligência geral e outras. Aposto que a minha mãe aparecerá em segundo lugar e com uma tendência para a inteligência verbal mais elevada, o meu pai em terceiro com um perfil relativamente inverso ao da minha mãe, o meu irmão do meio em quarto lugar e eu por último com grande discrepância entre o ''meu'' qi performance ou inteligência geral e o ''meu'' qi ou inteligência verbal.

Eu sou o mais autista (também) neste aspecto de perfil cognitivo e tenho demonstrado o porquê por meio deste e do velho blogue, pelos meus textos.

Em termos de criatividade, tanto o meu pai quanto a minha mãe apresentam talento para apreensão de detalhes, que os outros não percebem, alguns poderiam sugerir a palavra ''capricho'' para ambos. No entanto, estas habilidades inatas parecem ser de natureza específica ao invés de produzir uma abordagem holisticamente necessária ou filosófica, o tipo de abordagem do qual eu sou dotado ou sempre tive potencial.  

Meus pais puxaram a aparencia de suas respectivas mães, minhas respectivas avós. A família do meu pai é marcada por alguns traços como a extroversão, a disposição para o trabalho duro, honestidade (claro que nem todos e com ampla variação quantitativa e qualitativa), certa religiosidade e conservadorismo e possível média familiar alta de cognição (contextualizada ao mundo ''moderno'' ou tecnológico), inclusive com muitos dos meus primos de alta capacidade cognitiva.

Eu tenho pouco conhecimento sobre a família da minha mãe e portanto tenho pouco a falar sobre ela, com alguns parentes que conheci, que conheço ou que houvi (OUVI) relatos. Por exemplo, minha mãe diz que o seu pai era muito inteligente, ainda que relativamente alcoolatra, do tipo que ao invés de ''dar vexame'' ou ''ficar violento'', fica apenas ''alto'' e geralmente com deteriorações organicamente internas mais severas. E também acho que foi um fumante incurável. Minha avó parecia ser uma mulher normal, sem ser dotada por grande capacidade cognitiva, e isso necessariamente não significa menos sobre ela ou mesmo sobre a maioria das pessoas, mediante a perspectiva de singularidade que todos os indivíduos estão providos.

Meu irmão do meio é o mais fenotipicamente discrepante em termos de constituição fisiológica, tinha relativo excesso de peso quando era criança e passou a fazer exercícios físicos a partir da adolescência adquirindo o corpo mais musculoso da minha família direta.

Eu pareço ter puxado a tendência de barriga do meu pai so que sem ser aquele tipo clássico de saliência visceral.


Muitos dos meus traços eu pareço ter herdado do meu tio materno, uma disposição para personalidade extrema (amalgamada), problemas com sudorese ou hiperidrose bem como também o cheiro forte ou desagradável que disto resulta. Por via materna também parece ser o "local" de onde herdei minhas disposições andrógenas visto que uma tia minha era lesbica. interessante que uma outra tia materna nasceu com ''útero infantil'' e portanto, naturalmente estéril, tendo que adotar aquela que é a minha prima de primeiro grau. 

Eu não apenas tenho muitos traços psicológicos do meu tio, amalgamados e portanto melhorados, mas também eu tenho percebido grande semelhança facial em relação a ele, com a diferença no tom de pele, dentre outras exuberancias físicas.

Por ser um outlier eu percebo em mim grande diferença de comportamento e internalizações (rotineirizações ideacionais e ou ativas) em comparação aos meus parentes próximos.