Novamente, mas ressaltando o que já comentei através de metáforas...
A ideia de um empreendedor (empresário ou comerciante...) ou uma organização, tal como o governo, usando a mão de obra de segundos e terceiros para maximizar seus ganhos, está completamente normalizada, mesmo sem ser com base em intenções declaradamente malignas; como se fosse algo da natureza, considerado inevitável e até justo. Mas está claro que se trata de uma relação concretizada ou (não-) intencional de parasitismo em que um indivíduo ou organização tem como objetivo se aproveitar do trabalho de outros para o próprio benefício.
Pois uma relação oposta ao capitalismo, ou mais ideal, se constitui como uma maior simetria de benefícios entre os envolvidos, sem "vencedores" ou exploradores e "perdedores" ou explorados.
Essa é a estrutura mais básica do parasitismo capitalista e que, por causa de seu profundo enraizamento, se perpetua de maneira generalizada, agravando o grau de exploração ou injustiça sofrida por indivíduos em situação de dependência ou vulnerabilidade social, pois além da normalidade de abusos na relação trabalhador e patrão, com salários baixos e direitos trabalhistas negligenciados, uma realidade comum não apenas em países subdesenvolvidos, especialmente o primeiro também é explorado a partir dos altos impostos ou que não tendem a retornar como serviços públicos de qualidade, e ainda por um custo de vida mais alto, todos resultados da essência do capitalismo, a obsessão pelo dinheiro, até por este ser determinado como a principal via de acesso a bens materiais e imateriais e também de poder; o capital como um fim (mais individual e egoísta) e não como um meio, originalmente, para facilitar transações econômicas (de trocas de serviços e produtos) em grande escala.
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