Depois dos resultados das eleições do dia 30 de outubro para presidente, em que Lula foi eleito para o seu terceiro mandato, em uma disputa apertada com o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, ondas de histeria coletiva começaram a acontecer em todo país, de bolsonaristas indignados com a sua derrota e bem nutridos com muitas fakes news e teorias conspiratórias, tal como a de que houve uma interferência dos EUA que favoreceu o candidato petista. Além das manifestações em frente a quartéis do exército, também começaram a bloquear rodovias, causando o caos em várias regiões, acreditando que conseguiriam, com isso, interromper o processo de transição da presidência ou contribuir para um golpe militar. Vale ressaltar que não foram muitos os que participaram dessas manifestações. Mas não duvide se a maioria dos que votaram no Bolsonaro também não ficaram indignados ou inconformados com o resultado das eleições e que tenham apoiado os manifestantes. No mais, eu tenho a impressão de que indivíduos que se definem como "conservadores' de direita estão mais propensos a se contagiar com histerias coletivas, como essa, se já estariam mais vulneráveis a acreditar em fake news e teorias conspiratórias, ainda que alguns estudos tenham encontrado um nível similar de risco entre esquerdistas radicais, que parece ser uma tendência típica de mentes mais ideologicamente dogmáticas. De qualquer modo, eu acho que os conservadores estão em maior risco por serem, em média, até mais irracionais, isto é, mais propensos a serem governados pelos seus subconscientes, perceptível por essa notória dificuldade de aceitarem fatos ou verdades que contrariam suas crenças e expectativas, até mesmo pela correlação positiva entre conservadorismo e fundamentalismo religioso, que não existe com o progressismo. Daí, quando se deparam com uma grande decepção, tal como a derrota do seu "mito", um número desproporcional deles entra em um estado "histérico", de descontrole emocional, e que pode resultar numa histeria coletiva, tal como essa que aconteceu na primeira semana após as eleições presidenciais em 2022.
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