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sábado, 7 de janeiro de 2017

Valores acumulativo-quantitativo e ''equilibrativo'': O caso da "teoria da mente"

Excessivo ou em falta, o que importa sempre é o ponto de equilíbrio mesmo quando lidamos com características de magnitude naturalmente significativas como o gênio. Mesmo quando o excesso é inevitável ou característico o ponto de equilíbrio continuará sendo consistentemente necessário.


Teoria da mente 


Esta bizarra ou nem tão bizarra ideia psicológica mas com certeza menos evidente do que muitos pensam se caracterizaria pela capacidade de se colocar no lugar dos outros e supostamente "ler os seus pensamentos" muitas vezes tendo como resultado comportamentos "proporcionalmente' reativos. De fato a "teoria da mente" existe mas tende a ser horrorosamente inconsistente na prática, em contraste à sua descrição conceitual. Um excesso desta capacidade se assemelhará a uma falta na mesma especialmente em termos essenciais. Pelo que parece o que mais importa mesmo em relação à excepcionalidades é o ponto de equilíbrio ou funcionalidade. Logo a mensuração do tamanho caminhará para se relacionar com quantidade do que qualidade, evidentemente.

Deste modo por exemplo os testes cognitivos e suas hierarquias de pontuações caminharão para resplandecer valores de quantidade e não de equilíbrio e funcionalidade, que também pode ser quantitativamente entendido como qualidade.


Em resumo, maior não é melhor, e mesmo quando o maior for melhor, é porque, basicamente, será melhor, não apenas como escolha para certo ambiente que requer maior altura ou força física, mas também e em especial se com o tamanho vier acoplado fatores de qualidade. 

Qualidade não é característica, é nível de equilíbrio

Qualquer traço varia, e esta variedade apresentará também variação de qualidade, isto é, dentro da variação de quantidade. Portanto, pode-se ter ''um traço'' e ele ser caracteristicamente negativo ou mais desafiador de se lidar/de se ter, já em sua descrição, e no entanto apresentar intensidades ou combinações que são mais favoráveis do que desfavoráveis, ou pontos de equilíbrio. Como eu tenho falado aqui sobre o espectro racional-sub-lógico-irracional atrelado aos traços e composições comportamentais, pode-se ser por exemplo mais neurótico porém, racional ou mais impulsivo/ generalista/irracional, que se manifesta desta maneira sem ter uma razão psicossomaticamente coesa que o valha ou que, ao invés de se consistir em uma ação primária, o faz enquanto reação secundária consistentemente adequada às ações sofridas.

A ''conta perfeita'' versus ''o número máximo''

Sim, o excesso é sempre um problema e não se dá apenas através de símbolos quantitativos superlativos, mas também porque é intrinsecamente desequilibrado. 

Portanto, como conclusão, no caso da ''teoria da mente'', um excesso ou uma ''penúria'' na mesma, resultará em problemas, evidentemente, enquanto que a qualidade, representada de maneira quantitativa, parece localizar-se mais ''no meio'' de um espectro (ou sub-espectro, ou sub-sub-espectro) do que acumuladamente ''pelo lado direito de uma curva distributiva de valores quantitativo-comparativos''. Como exemplificação final podemos ter uma variação de ''qi'', por exemplo, na faixa dos 80 (80-90) e existir dentro desta variação quantitativa, variações qualitativas, por exemplo na combinação de características psicológicas e cognitivas. 

Você pode ter uma teoria da mente muito baixa mas ela ainda ser equilibrável ou auto-consertável/ajustável, ao menos teoricamente falando. 

A quantidade na maioria das vezes é bruta, já a qualidade tenderá a ser mais sutil e precisa.

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