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sábado, 7 de maio de 2016
Existência-ação
Existência
àção
O agir,
D'emanar-se
D'expressar
e por si
espalhar-se
Ecos d'alma
O movimentar-se
Numa camisa de força
Assim estamos
Queremos mais
Mas não podemos
Mais daquilo que já fazemos
E tomamos que
nossas verdades são perfeitas
Mas nos enganamos pois
O ego cega e peita
Nos domestica
nosso próprio mal
Jaz um paradoxo
A consciência é auto
A natureza não lhe endossa
É suspeita
Somos sonhos e ócio
Nossos ossos,
nosso legado
esquálido e trêmulo
Nossos heróis são atrapalhados
De la Mancha
A remo,
de magros iremos
Em suma constância
De nossa altura
Pés próximos ao chão
De criança
Rezas fortes em vão
Estoica
Piadas deste dramalhão
O ser humano quer atenção
seu pai
O universo
Recebe desprezo e eu confesso
É bom pra rir
Destrói o que lhe deu vida
Não existe
como deveria,
ou poderia
Agoniza numa santa ignorância
Oh humano,
oh infância
Petulante
Lhe quero distância
Existência
Assim é o agir
O verbo
Do ato
De si
De célula em célula
Fez-se uma nação inteira
Um eu-verso
O singular é ser vida
luta contra si mesma
se é a morte o seu destino
não vence,
então
ou passa parte de sua tormenta
ou jaz num apagar-se
dormirá
sem espalhar suas sementes
as guardará
em seu convento d'espírito
as matará
junto ao seu grande brio
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