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terça-feira, 17 de maio de 2016
Se tem um nome
é imensidão
Lhe chamaram o beijo
Eu vejo universo
Da minha janela
Enamorando a noite
Em sua dança elegante
Em suas Lisbelas
Em seus lábios silenciosos
Em sua morenice
As suas pintas brilhantes
Os Seus rostos gregos
Lá do alto a nos vigiar
Bolhinha de breves versos
A prosear uma linha de vida
E a perder-se na curva da frase
Com ou sem ponto final
Uma exclamação de saudades
Um eco a viajar sem rumo
Lembranças a vibrarem profundo
A banhar como pequeninas ondas
Dobrarem o tempo
Respirar pela essência
Sem qualquer vestimenta
Nus, sem peles
Nem pelos ou lebres
O breve sólido
Se somos gelo
Se nos secamos
E quem sabe
Apenas chora
E espera
Água em morte
E voltamos?
Voltaremos?
Também um ciclo?
Re-seremos?
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