Não importa se corremos ou se permanecemos estáticos, nada escapa ao Senhor Tempo. De momento em momento até o último passo, e caímos com o peso da gravidade, até o último sentimento. Se foi Saori tentando se salvar do feitiço de Abel. Se a própria vida é um feitiço dos deuses. Se somos cavaleiros do zodíaco, constelações vivas do céu, correndo contra o tempo para salvar a ilusão que é a vida, nossa única vida, deusa mais preciosa. E os ponteiros são como flechas que perfuram o coração. E lentamente, a cada segundo, de calmaria ou confusão, o tempo somos nós, testemunhas de nós mesmos. Somos existências que se olham e se sentem e, então, de repente, o tempo é a distração, é a imaginação que toma o lugar da inteligência e nos faz caminhar de costas contra o abismo para onde iremos, de onde viemos, como crianças cruéis e perdidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário