Liberdade é o nome que damos à sensação de se estar sob o próprio controle, de sentir-se pleno, sem se perceber limitado ou oprimido.
Por exemplo, quando uma pessoa está bem de saúde, ela se sente mais livre ou plena do que quando está doente e se sente limitada pela doença. Outro exemplo é quando um mamífero está tranquilo em um canto da floresta e de quando está correndo de um predador.
Em seu conceito ideal, a liberdade não começa com a autonomia de um indivíduo em relação a outro, mas em sua própria sensação de plenitude, de que não há nada ou ninguém limitando sua saúde, conforto ou segurança. A partir do momento que o indivíduo livre se sente capaz de agir de maneira irrestrita com outros indivíduos, existe um grande risco de abusar de sua liberdade ao ameaçar ou mesmo de chegar a afetar a liberdade alheia.
Se tudo em excesso é ruim, o mesmo para a liberdade.
Talvez seja necessário diferenciar os níveis ou tipos de liberdade: passiva ou primária e ativa ou secundária, respectivamente, de sentir-se pleno, em termos de saúde, segurança e/ou conforto, e de sentir-se apto a agir de maneira menos restrita, em que costumam surgir considerações éticas ou problematizações quanto à práticas, necessidade e consequências.
Como conclusão, a liberdade é uma palavra ou um conceito inventado por humanos, mas a sua sensação, se de plenitude ou de irrestritabilidade, bem como o seu oposto, de sentir-se limitado, não se restringe à consciência humana.
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