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quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Uma possível evidência para a minha hipótese: esquerda/ síndrome do impostor e direita/síndrome de Dunning-Krueger

 A obsessão (ou não) por livros 


Uma maneira simples e relativamente eficiente de identificar a orientação ideológica de um indivíduo é pela quantidade de livros que lê por mês, quantos livros tem acumulado e/ou também o valor que ele dá à leitura de livros. 

Pois se ele for um leitor assíduo e, eu diria também, obcecado, eu aposto que é mais provável de estar voltado para a esquerda no espectro político-ideológico. 

Já se for o padrão oposto, eu aposto que é mais provável de estar mais voltado para a direita. 

Mas não tire conclusões precipitadas porque o fato de alguém ler mais livros não significa que esteja acumulando mais conhecimentos ou sabedoria, até porque muitos autodeclarados esquerdistas, que são do tipo que tende a ler mais e/ou a dar maior importância à leitura, não parecem ter se tornado realmente mais cultos por isso, justamente por estarem tão enviesados nas narrativas de suas ideologias de estimação. Também não significa que todo aquele que não tem um grande apreço aos livros é sempre um ignorante. Na verdade, na maioria das vezes, a leitura de livros é mais para entretenimento pessoal do que para a aquisição de conhecimentos legítimos. Por isso que, não adianta ler muito se não compreender ou aprender sobre o que está lendo. E, para isso, é importante que se desenvolva as capacidades racionais, de raciocínio, até para aprender a discernir conhecimentos ou aprendizados legítimos dos que se passam como legítimos mas não são.

Mas o que isso tem a ver com a minha hipótese, de que pessoas autodeclaradas de esquerda estariam mais propensas a sofrerem de síndrome do impostor e as de direita de síndrome de Dunning-Krueger??

Tem a ver que, aqueles que têm uma obsessão por livros, que tendem a ser de esquerda, também tendem a criticar de maneira excessiva o uso das próprias capacidades racionais ou de raciocínio visando um aprendizado ou a uma melhor compreensão. Porque parecem ter uma dependência crônica por opiniões, ideias e posicionamentos dos outros, especialmente de suas autoridades ideológico-intelectuais, para se orientarem intelectualmente, porque não se sentem confiantes para pensar por si próprios. 

Já aqueles que tendem a se identificar com a direita no espectro político-ideológico e que também tendem a desprezar o hábito da leitura, como necessário para a aquisição de conhecimentos, e/ou "autoridades intelectuais', especialmente as que não estão ideologicamente alinhadas, estão mais propensos a terem uma confiança exagerada em suas próprias capacidades de raciocínio.

Interessante pensar, que apesar de provavelmente começarem por caminhos distintos: uma falta de confiança que leva à dependência por autoridades intelectuais ou ideológicas (que também pode se manifestar pela obsessão pela leitura de livros), e um excesso de confiança que leva à anarquia em relação às mesmas, acabam concluindo de maneiras bem parecidas: com fanatismo ou dogmatismo extremo e conformidade aos consensos determinados em seus grupos (provavelmente porque também tendem a apresentar similaridades psico-cognitivas entre os seus pares ideológicos). Novamente, as maiores diferenças entre eles é o nível de autoconfiança em suas capacidades racionais ou de raciocínio (excessivamente alta para os de direita e excessivamente baixa para os de esquerda) e o nível de complexidade aparente, via proporção de pensamento abstrato embutido em narrativas, ideias ou opiniões dos seus respectivos grupos ideológicos de aderência (baixa para as de direita e alta para as de esquerda, o que explicaria parcialmente a autoconfiança exagerada de, talvez, muitos direitistas em relação às suas opiniões e o oposto para muitos esquerdistas, se é mais fácil ter confiança em pensamentos mais simples ou concretos do que em pensamentos aparentemente complexos ou abstratos).

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