Remonta à crença na universalidade da racionalidade entre os indivíduos da espécie humana, como se fosse uma qualidade igualmente presente em todos nós, e que sua expressão seria mediada pelo livre arbítrio. Pois a única verdade que essa crença pode conter é a de que a racionalidade é uma qualidade intrínseca ou unicamente humana. Mas é notório que nossas capacidades de raciocínio lógico-racional ou objetivo-imparcial variam individual e coletivamente e que, tal como acontece com os traços de personalidade e os aspectos quantitativos da inteligência, também apresentam uma natureza mais intrínseca, de predisposição para o seu desenvolvimento. Aliás, eu as considero como a expressão da inteligência humana em tempo real. Portanto, o que chamamos de livre arbítrio nada mais seria do que nossas capacidades racionais ou de raciocínio. Eu ainda propus renomeá-lo de potencial de julgamento reflexivo-complexo, por não concordar que se possa julgar sem ter um condicionamento anterior e que um desses condicionamentos seria a própria racionalidade, de viés ao anti-viés ou à imparcialidade.
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