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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Repeteco: maior a altura, maior a queda... você é psicologicamente estupido??

Todo mundo é estupido, mediano e inteligente, dependendo pra quê, e eu já falei sobre isso. Geralmente associamos o espectro da inteligência aos seus valores quantitativos e cognitivos. No entanto parece ser elementar de perceber que também se pode ser psicologicamente estupido, mediano e inteligente, que também já falei. Quando negamos obviedades ao ponto de passarmos a crer em realidades factualmente alternativas, parece ser pouco provável que se dará por causa de nossas capacidades de raciocínio ou de reconhecimento de padrões. 

A estupidez psicológica explicaria a existência de pessoas com comprovadas capacidades cognitivas acima da média mas que exibem insegura a pouco precisa compreensão factual [combinação entre o reconhecimento de padrões minimamente corretos e constante uso igualmente correto do julgamento emocional, que os julga]. Claro que quando falamos de obviedades na maioria das vezes nos referimos aos fatos mais alcançáveis, que estão na espinha dorsal da macro realidadeDesde os fatos pessoais aos mais impessoais que são mais facilmente detectáveis/trabalháveis. 

Apofenias temporárias são possivelmente causadas tanto pelo reconhecimento de padrões equivocado/cognitivo quanto pelo julgamento emocional/psicológico igualmente equivocado. E são universais porque todo mundo tem [mesmo os mais sábios] e talvez seja uma constante em relação à compreensão factual. 

Em compensação apofenias permanentes, vitalícias ou de longo prazo, difíceis de serem percebidas, se consistem em algo mais profundo e/ou mais psicológico. A grande maioria das pessoas são variavelmente vulneráveis para condensar e calcificar incompreensões factuais por toda a vida. Neste caso o que vale mais é o grau de severidade das mesmas, o quão problemáticas elas podem ser para aumentar o risco de morte para o indivíduo, a priore.

 Pessoas minimamente racionais podem mudar de opinião ou ponto de vista quando percebem que estão factualmente equivocadas.

Quando me refiro à estupidez/desordem psicológica eu falo desde as nossas capacidades reativas emocionais mais instintivas ou inatas/estereotípicas [instabilidade emocional por exemplo], até ao uso literal da cognição/reconhecimento de padrões conjuntamente com o "sistema emotivo/reativo aos mesmos" tendo como intuito, não necessária ou diretamente a compreensão factual, mas o controle dos ímpetos mais instintivos, para que então, deste jeito, se possa buscar pela mesma. Até ouso chamá-la de estupidez/desordem INTELECTUAL [cognitivo + psicológico].


Não temos uma interação direta com a realidade porque existe uma barreira natural da vida que são os nossos instintos, as nossas bases de procedibilidades comportamentais/filtros perceptivos. Ao nos expormos, inevitavelmente, à realidade, as informações ou padrões que capturamos, são imediatamente processadas ou filtradas por nossos sistemas orgânicos, realidade essa que não é, obviamente, apenas do ser humano mas que, com certeza, se expressará de modo mais sofisticado neles. 

Os testes de qi, o método mais popular e válido (porém incompleto) para mensurar a inteligência, o faz especialmente em relação aos valores cognitivos e quantitativos e não apenas isso porque muitos daqueles que os defendem contra os seus críticos mais inflamados e eu diria mais, mais "ideologicamente" enviesados, chegam ao ponto de afirmar que a inteligência é basicamente a cognição e que a personalidade ou psicologia se consiste em outro departamento.


 Já rebati essa afirmativa muito popular entre os psicométricos umas trocentas vezes aqui no blog. Ao negligenciar a constante interação entre a cognição e a psicologia/personalidade, os psicométricos passam também a produzir explicações/desculpas para o porquê de tanta gente (cognitivamente) inteligente (geralmente com pontuações de qi acima de 120) cometerem tantos equívocos em relação às suas compreensões factuais mais importantes? E muitas destas explicações são na verdade "racionalizações" sobre o porquê de muitos indivíduos comprovadamente mais inteligentes no aspecto cognitivo demonstrarem problemas graves de compreensão factual e em especial em relação à espinha dorsal da macro realidade [tudo aquilo que mais importa]. 

Maior é a altura ou o tamanho, maior a queda 

Sem o autoconhecimento sempre sendo trabalhado, nos tornaremos cada vez mais cegos em relação àquilo que vai contra as nossas crenças ou pontos de vista, em especial quando não forem factual e moralmente corretos. Em outras palavras, passaremos a usar nossas cognições para justificar aquilo que  nossas psicologias julgaram como o correto, sem ter plena certeza. Quase sempre serão fatores morais que provocarão esta discordância entre expectativa pessoal e realidade. E aqueles que são muito cognitivamente inteligentes serão ainda mais vulneráveis a partir do momento em que suas capacidades psicológicas ou intelectuais/psico cognitivas estiverem aquém em comparação às suas capacidades cognitivas mais superlativas. Tal como a analogia do gigantismo, tem o tamanho, mas não tem a agilidade.

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