Empatia (conceito geral): hábito essencial da vida de, a priore, se colocar em outras perspectivas que podem ser: interpessoais ou impessoais; de natureza ''benigna'/receptiva -- defensiva -- ou 'maligna''/agressiva.
Exemplo: empatia interpessoal receptiva = se colocar no lugar de uma pessoa com deficiência visual, perceber a sua dificuldade para atravessar uma rua movimentada no centro da cidade, perceber que ninguém está ligando, e tomar partido, ajudando-a, segurando em seu braço, para que possa fazer a travessia com segurança.
Exemplo ideologicamente versado: empatia interpessoal receptiva = se colocar no lugar de uma pessoa negra, especialmente quando percebe que alguém está lhe tratando mal, exclusivamente por causa de sua ''cor de pele'' e agir com indignação ou com o intuito de protegê-la do abuso desnecessário a desequilibrado.
Empatia receptiva interpessoal factualmente conclusiva/e a priore, correta:
Mas também colocar-se no lugar de ''qualquer'' pessoa [que merecer], de qualquer identidade racial, que passe pela mesma situação... e ainda concluir que qualquer tipo de abuso desta natureza precisa ser atacado, exposto ou condenado.
Simpatia: afeição primordialmente instintiva/espelhada.
Exemplo: eu conheço uma pessoa e por qualquer razão inicialmente lógica, sinto simpatia por ela.
Exemplo ideologicamente versado: eu, sou [auto]-doutrinado a sentir maior simpatia, de modo verdadeiramente literal ou mais distante da minha realidade, por pessoas negras do que por pessoas brancas, nomeadamente aquelas que se diferenciam de mim em uma série de variáveis bio-culturais, por exemplo, em condição sócio-econômica, em aparência [modo de se vestir, de cortar ou não o cabelo], e especialmente em relação aos seus valores ideológicos.
Logo eu serei mais propenso a me espelhar em relação ao outro, usando uma abordagem SIMPÁTICA, em que a demonstrarei de modo mais expressivo, apenas, de acordo com o grau de espelhamento ou similaridade, neste caso [assim como também em muitos outros] o grau de similaridade ideológica, claro, em relação à minha pessoa. A abordagem simpática ou simpatia, é pré-empática. Não há o, ''se colocar no lugar ou perspectiva alheia'', mas o ''se espelhar em relação à perspectiva alheia [enfatizada], analisar os seus padrões, julgar emocionalmente, e concluir se a mesma lhe é receptiva, ou melhor, auto-reflexiva, ou não''.
A simpatia é pré-empatia, no sentido que, determina a sua própria continuidade, que desembocará na empatia. Primeiro sentir afeição ou conexão com alguma perspectiva, depois se debruçar com maior detalhe na mesma [colocando-se no seu lugar/de perspectiva ou mesmo ''dentro dela''].
Mas então os neo-esquerdistas, em média, seriam, ao menos, mais empáticos, pelo menos até agora, em relação às ''pessoas negras''**
Se colocariam mais em seu lugar**
Até poderiam, no entanto, não basta apenas a ação, mais literal ou mais intrapessoal, mas também a compreensão desta e de qualquer outra ação, em relação a tudo aquilo que está em jogo, e nesse sentido, sincera e desgostosamente, eu percebo com clareza aquilo que os próprios neo-esquerdistas, em sua maioria, não conseguem perceber: a si mesmos e às suas fraquezas perceptivas.
No mais, como a simpatia é sempre pré-determinante para a empatia, tal como um pré-mecanismo que inevitavelmente desembocará no segundo, acaso se perpetuar em intensidade/aproximação analítica, e como tudo parece simples demais/simplório para muitos neo-esquerdistas [excesso de detalhes fabricados, invariavelmente não-factuais ou incompletos para os mais inteligentes; narrativa simplória para os menos inteligentes do bando], então parece-me correto concluir que, ao invés de serem mais empáticos, eles tenderão, assim como a maioria dos outros grupos culturais/ideológicos humanos, mais simpáticos, especialmente partindo do pressuposto que a empatia se consistiria em um aprofundamento da simpatia, tanto em expressão afetiva quanto em expressão cognitiva, ou emocionalidade e ''maior conhecimento de causa''.
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