Sentindo o vento e a natureza,
Mexendo com as folhas no chão, que agonizam em suave beleza,
Mexendo com os galhos das árvores, que comunicam, na mais pura simpleza,
Mexendo com o céu claro, que mais uma vez se despede, em sisuda tristeza,
Resistindo às aves e as suas asas, que o cortam, na mais sublime destreza,
Sentindo em plenitude, a minha vida, que sente, em um doce véu de aspereza,
E ressente, que o infinito desliza em minhas mãos,
Que eu grito e gemo, bem no meio da multidão,
Em silêncio, eu grito o sabor da vida,
E contemplo o frescor dos dias, e das tardes bonitas,
E dos seus fins,
Entendo que Deus quis assim, que será sempre assim,
Com ou sem essa atmosfera, com ou sem essa vida,
Que o baile em sua valsa, continuará a ser dançado, sem escapatória, nem saída,
Que rios duais, em suas cascatas, continuarão a gotejar,
Murmurarão que cada gota é um fato, em si segurar,
Em sua própria e única verdade, que é o equilíbrio e o seu equilibrar...
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