Minha lista de blogs

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Capacidade de raciocínio crítico analítico é predominantemente independente de qi e adendos importantes... ou não

Como que podemos interpretar isso??

Por exemplo vamos comparar com a relação entre habilidades matemáticas e QI. A porcentagem de pessoas com excelentes a excepcionais habilidades matemáticas e com pontuações baixas em testes cognitivos parece ser muito baixa. Como resultado podemos concluir que habilidades matemáticas se correlacionam de maneira considerável com as pontuações em testes cognitivos de maneira tal que a grande maioria daqueles que são excepcionais nessas capacidades é muito provável que pontuarão no mínimo bem acima da média nos testes. Por outro lado o mesmo não pode ser dito em relação à excepcionalidades que se relacionam diretamente com o refinamento do pensamento. Ainda haverá uma correlação entre QI e raciocínio crítico-analítico do tipo até 50% das pessoas com essas habilidades bem desenvolvidas pontuarão bem acima da média nos testes, em contraste com as habilidades matemáticas em que ao menos 90% o farão de maneira consistente. 

Mas por que??

Novamente. Os testes cognitivos mensuram potencial cognitivo, mas não não o potencial psicológico, que também é muito importante para o raciocínio. A inteligência humana não é apenas a sua "máquina" mas também a sua "alma". Os testes mensuram potencial e não realizações ou mesmo prelúdios mais diretos de realização. Mensura e não analisa


Sua intenção primordial é construir uma hierarquia com base em um código de pontuações e não de capturar toda a diversidade conceitual do termo inteligência em indivíduos e coletividades. 

QI não "mensura" sequer racionalidade à sabedoria, que se consistem basicamente na manifestação máxima do raciocínio aplicado para a compreensão factual, crítico-analítica. 

QI não 'mensura" vulnerabilidade para a apofenia ou pensamento mágico cristalizado.

Enfim todas as nuances qualitativas mais salientes da inteligência são eu não diria desprezadas mas sequer pensadas na mensuração que é proporcionada pelos testes de QI. 


O raciocínio e em especial o estilo de raciocínio que tende a desembocar em boa parte de nossas ações psico-cognitivas é a manifestação mais pura do conceito multifacetado da inteligência só que realmente aplicado pra diferentes perspectivas existenciais.

 Portanto enquanto que aquilo que os testes mensuram/testam não se consiste na manifestação, na confirmação prática, no mundo real, do conceito de inteligência, dela em si mesma, o estilo de raciocínio e em especial em direção à sabedoria consiste-se "apenas" no próprio conceito da inteligência só que "exemplificado", refletido, demonstrado.

 Tal como se começássemos a trabalhar o termo amor e quiséssemos prová-lo, mostrar como que ele se manifesta. O raciocínio e em especial o racional a sábio e aplicado no mundo real consiste-se exatamente na "demonstração da inteligência", aquilo que antes e ainda hoje sabemos o que é quando a vemos mas não sabemos explicar o que estamos ''vendo''/percebendo. Mentira. Balela. Sabemos sim. 

Uma máquina que é boa para fazer contas mas mediana para tomar decisões ou fazer julgamentos 

Imagine exatamente o que propus acima, uma máquina inteligente que é especializada em habilidades matemáticas, e claro que pra isso ela precisa ser boa também em capacidade verbal, na interpretação dos problemas e em suas resoluções. Só que esta máquina veio com "defeito" ou defeito, se é algo bem saliente, pois ela não é tão boa assim na capacidade de julgamento ou sabedoria.


Se lhe fosse dado uma bateria de testes cognitivos essa máquina é provável que pontuaria alto... No entanto não o faria em relação à sabedoria, ou ao menos racionalidade, se lhe fosse dado um hipotético teste de ''qualidade psico-cognitiva''. 

Exposição e aplicação


Mentes que não são artificialmente inteligentes aplicam, comparam, relacionam/interligam as informações que recebem ou que capturam no mundo real e entre elas mesmas.

Mentes artificialmente inteligentes, isto é, que estão providas por melhores, ou seria melhor dizendo, maiores habilidades, em uma particularidade secundária, por exemplo grande inteligência verbal mas pobre compreensão factual, ou generalizadamente superficial, o superdotado trivial ou o aluno nota 10, por outro lado apresentam maiores ou mesmo grandes dificuldades para transferir aquilo que internalizaram, isto é, aplicando o conhecimento e como cientistas amadores ou mesmo de nascença prevendo, ou mesmo comprovando pra si mesmos primeiramente se certa informação é robusta o suficiente para ser tratada como conhecimento ou conjunto de fatos. Esta constante transferência prática  ou aplicação, da teoria à prática, exige eu não diria de grande mas objetivo conhecimento para que possa ser desenvolvido e compreendido. Na prática a maioria das pessoas pelo que parece tendem a ficar apenas na teoria acreditando que a mesma se consista na prática especialmente naquilo que se comunica mais profundamente com as suas almas evolutivas, que se consiste basicamente em alimento para as suas caminhadas evolutivas ou que muitos preferem chamar "preconceito cognitivo" e que talvez também possa ser chamado de "disposição instintiva de ideação a comportamento". Paradoxalmente ou nem tanto aquilo que mais nos conforta mesmo que se consista em algo perigoso a longo prazo é o mais provável de nos fazer de tolos. 


Nossa própria segurança ou zona de conforto facilmente pode se
transformar em uma prisão e geralmente assim também o é. Podemos vislumbrar a supremacia da zona de conforto no reino animal em que a criatividade autoconsciente encontra-se praticamente inexistente. Aquilo que protege o organismo ou sua cultura instintiva herdada [características bio-comportamentais], por ser muito especializada, tenderá a fazê-lo refém se a dinâmica evolutiva de sobrevivência em que vive mudar. 


Portanto, sem a objetividade filosófica ou sábia, mais uma capacidade de, de fato, interligar/comparar/pesar/julgar aquilo que está interagindo, tudo aquilo, poder-se-á ser chamado de ''artificialmente/superficialmente inteligente''.

Nenhum comentário:

Postar um comentário