"Uma pessoa estúpida é aquela que causa dano a outra pessoa ou grupo sem, ao mesmo tempo, obter um benefício para si mesma ou mesmo causar prejuízo."
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segunda-feira, 24 de junho de 2024
Uma exceção à lei de ouro da estupidez humana de Carlo Cipolla/An Exception to Carlo Cipolla's Golden Law of Human Stupidity
O racismo também pode ser um conceito muito preciso/Racism can also be a very accurate concept
Diferente do que já comentei em outros textos. Até porque, pode ser a sua aplicação mais comum que o deixe a desejar em termos de precisão conceitual, se também pode ser definido como um tipo de preconceito irracional ou racionalmente injustificável, assim como outros tipos de preconceito. Então, se aplicado em contextos reais de maneira coerente a esse conceito, um bocado do que muitos afirmam serem exemplos claros de racismo, na verdade, não seriam. No entanto, ainda pode ser ambíguo ou confuso e deixar margens para interpretações parciais, já que, para muitas pessoas, o conceito de racionalidade pode ser mais subjetivo ou relativo do que o seu ideal que, aliás, se consiste no exato oposto, de ênfase na imparcialidade e na objetividade. Por exemplo, no próprio caso do racismo, de ser confundido com ideias aparentadas de liberdade de associação e preferência pessoal, se, a priori, não é irracionalmente injustificável ter seus próprios gostos ou preferências. Por isso que, o ideal seria de adotar e aplicar o conceito que eu estabeleci, de generalização não-factual e/ou exagerada por causalidade associativa entre grupo e comportamento, tal como de se afirmar que "negros são violentos" (todos?? A maioria??), porque, quanto ao resto, de gosto pessoal por aparência à preferência de convívio... Um conceito mais objetivo que minimiza bastante a margem para interpretações excessivamente subjetivas do que poderia ser considerado racismo. Pois mesmo uma afirmação que a maioria considera como racismo, tal como de se dizer que "negros parecem com macacos", por mais ofensiva e grosseira possa soar aos nossos ouvidos, ainda não se trata de uma ofensa racista, no sentido de generalização pejorativa ou negativa associada a um comportamento, por ser, a priori, uma opinião pessoal que, por sua vez, pode refletir uma preferência estética pessoal. Se não é diferente do que dizer que "brancos, judeus ou chineses são feios" ou "parecem com esse ou aquele animal" (inclusive, se "parecer com um outro animal" pode não ser exatamente ofensivo. É porque é de praxe humanos acharem ofensivo serem comparados com animais de outras espécies). Pois é, parece que, se construído com mais objetividade, conceitos como o racismo podem acabar bem diferentes de como têm sido determinados, decepcionantes especialmente para quem os queriam mais vagos ou ambíguos, mas, talvez, mais justos, com menor risco de se tornarem armas para totalitarismos, como tem acontecido...
Racism can also be a very accurate concept
Different from what I have already said in other texts. Because it may be its most common application that leaves it wanting in terms of conceptual precision, if it can also be defined as a type of irrational or rationally unjustifiable prejudice, as well as other types of prejudice. So, if applied in real contexts in a coherent way to this concept, a lot of what many claim to be clear examples of racism, in fact, would not be. However, it can still be ambiguous or confusing and leave room for partial interpretations, since, for many people, the concept of rationality can be more subjective or relative than its ideal, which, in fact, consists of the exact opposite, of emphasis impartiality and objectivity. For example, in the case of racism itself, of being confused with related ideas of freedom of association and personal preference, if, a priori, it is not irrationally unjustifiable to have your own tastes or preferences. Therefore, the ideal would be to adopt and apply the concept that I established, of non-factual and/or exaggerated generalization due to associative causality between group and behavior, such as stating that "blacks are violent" (all? majority??), because, for the rest, from personal taste in appearance to social preference... A more objective concept that greatly minimizes the scope for excessively subjective interpretations of what could be considered racism. Because even a statement that the majority considers to be racist, such as saying that "black people look like monkeys", however offensive and rude it may sound to our ears, is still not a racist offense, in the sense of a pejorative generalization associated with a behavior, as it is, a priori, a personal opinion which, in turn, may reflect a personal aesthetic preference. If it's no different than saying that "Whites, Jews or Chinese people are ugly" or "they look like this or that animal" (in fact, "looking like another animal" may not be exactly offensive. It's because it is customary for humans to find offensive to be compared with animals of other species). Well, it seems that, if constructed with more objectivity, concepts such as racism could end up very different from how they have been determined, disappointing especially for those who wanted them more vague or ambiguous, but, perhaps, more fair, with less risk of becoming weapons for totalitarianism, as has been happening...
domingo, 23 de junho de 2024
Razões para ser ou se tornar um progressista dissidente às esquerdas marxista e identitário-burguesa/Reasons to be or become a progressive dissident to the Marxist and bourgeois-identitarian Lefts
Ambas, apesar de se declararem como progressistas, na verdade, são regressistas (em relação à melhorias sociais), porque, mesmo se bem intencionadas*, se baseiam em crenças, ideias e/ou pensamentos que destoam variavelmente dos fatos e de análises mais ponderadas, se comportando como "pseudociências do bem", em que ocorre uma inversão da ordem de ouro da sabedoria e, portanto, da justiça, em que a moralidade, ou o que se considera como certo ou errado, determina o que se considera como falso ou verdadeiro, e não, primeiro, a busca pela verdade objetiva e imparcial como determinante moral. E quando muitas dessas crenças, ideias ou pensamentos se concretizam como políticas públicas, tendem a prejudicar, a médio e longo prazo, mas mesmo a curto prazo, inclusive os próprios "progressistas". Por exemplo, políticas de multiculturalismo e/ou imigração em massa, sem controle, em que ocorre a entrada e o aumento de indivíduos vindos de culturas machistas e homofóbicas ao país que os recebe, e que também tendem a apresentar capacidades cognitivas baixas, incluindo a de racionalidade (traços mais intrínsecos, geralmente, pouco reativos à intervenções sociais ou educativas), causando um aumento proporcional de violência e outros tipos de conflitos diretamente relacionados a essas diferenças culturais, psicológicas e cognitivas intratáveis. E ainda associado a isso, só para piorar um pouco mais, existe a imposição do politicamente correto ou polícia de pensamento "de esquerda", que tolera a intolerância importada e penaliza dissidentes ideológicos que criticam essas políticas...
* Se em relação às suas "elites", é pouco provável...
Já em relação à esquerda marxista ou revolucionária, "de raiz", a mesma, enquanto se diz a favor da democracia, defende ditaduras como Cuba, China e Irã, por se declararem "socialistas" ou como antagonistas aos EUA e seus aliados; faz o mesmo com países historicamente "socialistas", como a extinta URSS, fazendo pouco caso sobre os seus múltiplos crimes cometidos enquanto existiu... Enfim, apresenta o mesmo fanatismo extremo de seita ou culto, incapaz de uma autocrítica ponderada, de evoluir além do nível muito baixo de coerência moral e intelectual em que se posiciona desde a primeira revolução "popular", na Rússia. Por isso que também não tem como seguir apenas a lógica progressista, de defesa pela justiça social, e continuar alinhado ideologicamente à pelo menos uma das esquerdas principais.
Both, despite declaring themselves to be progressive, are actually regressive (in relation to social improvements), because, even if well-intentioned*, they are based on beliefs, ideas and/or thoughts that vary from facts and more considered analyses. , behaving like "pseudosciences of good", in which there is an inversion of the golden order of wisdom and, therefore, of justice, in which morality, or what is considered right or wrong, determines what is considered false or true, and not, first, the search for objective and impartial truth as a moral determinant. And when many of these beliefs, ideas or thoughts materialize as public policies, they tend to harm, in the medium and long term, but even in the short term, including the "progressives" themselves. For example, policies of multiculturalism and/or mass, uncontrolled immigration, in which the entry and increase of individuals from sexist and homophobic cultures occurs in the country that receives them, and who also tend to have low cognitive abilities, including of rationality (more intrinsic traits, generally not very reactive to social or educational interventions), causing a proportional increase in violence and other types of conflicts directly related to these intractable cultural, psychological and cognitive differences. And also associated with this, just to make things a little worse, there is the imposition of political correctness or "left-wing" thought police, which tolerates imported intolerance and penalizes ideological dissidents who criticize these policies...
* If in relation to your "elites", it is unlikely...
In relation to the Marxist or revolutionary left, while it claims to be in favor of democracy, it defends dictatorships such as Cuba, China and Iran, for declaring themselves "socialist" or as antagonists to the USA and its allies; does the same with historically "socialist" countries, such as the extinct USSR, making light of its multiple crimes committed while it existed... In short, it presents the same extreme fanaticism of a sect or cult, incapable of thoughtful self-criticism, of evolving beyond of the very low level of moral and intellectual coherence at which it has been positioned since the first "popular" revolution in Russia. That's why there's no way to just follow the progressive logic, defending social justice, and continue ideologically aligned with at least one of the main lefts.
Sobre a manifestação não-verbal ou física da estupidez/On the nonverbal or physical manifestation of stupidity
A manifestação mais literal ou física da estupidez pode ser notada por um déficit severo ou generalizado de atenção, que pode ou tende a se manifestar conjuntamente a uma incapacidade de se estabelecer uma coerência ou consistência intelectual, geralmente consequências de um déficit igualmente severo em autoconsciência//
sábado, 22 de junho de 2024
Um exemplo de como a "esquerda" prejudica os grupos que supostamente diz defender.../An example of how the "left" harms the groups it supposedly defends...
... a partir de uma de suas políticas mais problemáticas e irresponsáveis, a do abrandamento penal
Ideologia, filosofia/sabedoria e a metáfora do manual e do automático/Ideology, philosophy/wisdom and the metaphor of manual and automatic
Mais informações acumulamos, mais automáticos se tornam os nossos padrões de raciocínio, porque, ao invés de continuarmos procurando por respostas, passamos a usar as que já estão sob os nossos domínios particulares. Basicamente, se trata de preencher lacunas vagas de consciência resultantes da própria evolução da inteligência humana, de flexibilização dos instintos tornando possível o preenchimento dessas lacunas com novas informações, de uma maneira mais interessante, flexível, mas também mais imprecisa, incerta... O bônus e o ônus de uma inteligência mais complexa. Pois a maximização do bônus, pelo menos no campo intelectual, acontece quando os nossos sistemas pessoais de crenças são solidamente construídos a partir de conhecimentos e ponderação analítica. Em outras palavras, quando nossas ideologias pessoais são unicamente a filosofia ou a sabedoria. Já o oposto disso, de maximização dos ônus, pelo menos em um campo intelectual, é quando são predominantemente baseadas em outras ideologias e não pela única que se consiste na busca pela verdade. Então, a priori, é naturalmente esperado que os nossos padrões de pensamento ou raciocínio se tornem mais automáticos do que manuais de acordo com que acumulamos mais informações. Porém, quando nossas ideologias pessoais são ou se tornam, sistematicamente, a própria filosofia, isso significa que estamos, de fato, acumulando conhecimentos, melhorando nossa compreensão do mundo e realmente aumentando a nossa inteligência (que parece ser independente das pontuações em testes cognitivos). Também significa que, apesar da tendência inevitável de redução da flexibilidade dos padrões de raciocínio, por essa via, ainda os mantemos mais flexíveis do que se seguirmos o caminho oposto, de estarmos sempre prontos para corrigir ou melhorar nossos pontos de vista e a contextualizá-los da maneira mais adequada. Pois, pelo caminho da irracionalidade, a tendência é de nos tornarmos mais dogmáticos, muito dependentes dos nossos arcabouços pessoais de crenças, ainda mais se apresentamos uma compreensão limitada sobre o que acreditamos.
quinta-feira, 20 de junho de 2024
"Por um mundo melhor", eles estão destruindo os melhores países para se viver/"For a better world", they are destroying the best countries to live in
Canadá, Austrália, Nova Zelândia...
segunda-feira, 17 de junho de 2024
Níveis de racionalidade explicados resumidamente /Levels of rationality explained briefly
Que também refletem os níveis de consciência que eu já propus nesse texto: "Sobre níveis de consciência e verdade"
domingo, 16 de junho de 2024
Sobre um paradoxo entre a adaptação e a racionalidade /About a paradox between adaptation and rationality
Uma alta capacidade racional, em teoria, maximiza significativamente o potencial adaptativo. Mas, na prática, esbarra em fatores que não estão sob pleno controle de um indivíduo e que fazem toda diferença quanto ao seu potencial de adaptação ou ajuste social: personalidade, inteligência, aparência física, classe social e a própria sociedade em que vive. Ah, também a própria racionalidade, que não é uma capacidade igualmente distribuída em expressão e potencial de desenvolvimento. Como resultado paradoxal, aquele que se torna o mais realista e, portanto, com maior potencial teórico de adaptação, tende a se ajustar menos às sociedades humanas, justamente por estarem construídas para tipos medianos em níveis de racionalidade, e ainda mais paradoxalmente porque, logicamente falando, o mais racional também é o mais intolerante à irracionalidade, predominante em ambientes humanos e que tende a se expressar pela adoção de ideias, pensamentos ou crenças que não se baseiam em evidências e/ou ponderação analítica. Esse descompasso entre racionalidade e adaptação explica, em partes, a correlação fraca que também parece existir entre racionalidade e inteligência, em termos de QI, se aqueles "de QI alto" tendem a ser mais propensos à conformidade social, justamente pelas vantagens associadas à mesma ou às desvantagens adaptativas associadas à inconformidade, isto é, por ser mais adaptativamente eficiente ou primariamente inteligente se conformar às regras ou leis do ambiente em que vive. Ainda que outros fatores, também subjacentes, costumam ser até mais influentes (que não estão sob pleno controle), tal como a presença de traços de personalidade que predispõem um indivíduo a ser mais conformista, como a agradabilidade, e as próprias estruturas sociais da sociedade "moderna" que tendem a facilitar a adaptação dos que estão acima da média em capacidades cognitivas quantitativas, superficialmente estimadas por testes de QI, reforçando a pressão para a conformidade. Também é interessante perceber que, enquanto é mais inteligente se conformar a um meio social do que lutar contra ele, pode não ser a longo prazo (mas mesmo a curto prazo), porque também depende da qualidade do ambiente, primariamente no sentido geral de estabilidade, e secundariamente no sentido mais humano e ideal de progresso ou harmonia. Pois se adaptar integralmente a um meio disfuncional pode não ser vantajoso, especialmente a longo prazo. Tal como nos ambientes sociais "modernos", em que vivemos, que refletem um processo progressivo de declínio ou entropia civilizacional. Então, em termos racionais, em ambientes sub-otimizados, a resposta mais adequada é a de evitar uma adaptação plena ou mesmo de preferir por um isolamento mais consistente, se o mais provável é que acabe replicando padrões de disfuncionalidade dos mesmos, se tornando mais uma presa de tendências regressivas, em termos evolutivos. É até possível concluir que a alta capacidade racional pode fazer o indivíduo que a possui perceber e se firmar por uma perspectiva mais evolutiva, de pensamento mais holístico, de longo prazo, do que apenas adaptativa, pragmática, de curto prazo...
A high rational capacity, in theory, significantly maximizes adaptive potential. But, in practice, it comes up against factors that are not under the full control of an individual and that make all the difference in terms of their potential for adaptation or social adjustment: personality, intelligence, physical appearance, social class and the society in which they live. Ah, also rationality itself, which is not a capacity equally distributed in expression and development potential. As a paradoxical result, the one that becomes the most realistic and, therefore, with the greatest theoretical potential for adaptation, tends to adapt less to human societies, precisely because they are built for average types in levels of rationality, and even more paradoxically because, logically Speaking, the most rational is also the most intolerant of irrationality, prevalent in human environments and which tends to express itself through the adoption of ideas, thoughts or beliefs that are not based on evidence and/or analytical consideration. This mismatch between rationality and adaptation explains, in part, the weak correlation that also seems to exist between rationality and intelligence, in terms of IQ, if those "with high IQ" tend to be more prone to social conformity, precisely because of the advantages associated with it. or the adaptive disadvantages associated with nonconformity, that is, because it is more adaptively efficient or primarily intelligent to conform to the rules or laws of the environment in which one lives. Although other underlying factors tend to be even more influential (which are not under full control), such as the presence of personality traits that predispose an individual to be more conformist, such as agreeableness, and the social structures of society themselves. "modern" that tend to facilitate the adaptation of those who are above average in quantitative cognitive abilities, superficially estimated by IQ tests, reinforcing the pressure for conformity. It is also interesting to realize that, while it is smarter to conform to a social environment than to fight against it, it may not be in the long term (but even in the short term), because it also depends on the quality of the environment, primarily in the general sense of stability. , and secondarily in the more human and ideal sense of progress or harmony. Because adapting fully to a dysfunctional environment may not be advantageous, especially in the long term. Just like the "modern" social environments in which we live, which reflect a progressive process of civilizational decline or entropy. So, in rational terms, in sub-optimized environments, the most appropriate response is to avoid full adaptation or even to prefer more consistent isolation, if it is more likely that it will end up replicating patterns of dysfunctionality, becoming more a prey to regressive tendencies, in evolutionary terms. It is even possible to conclude that high rational capacity can make the individual who possesses it perceive and establish himself through a more evolutionary perspective, with more holistic, long-term thinking, rather than just an adaptive, pragmatic, short-term one...
sábado, 15 de junho de 2024
A idade mental, de fato, não é "medida" ou refletida pelo QI.../Mental age, in fact, is not "measured" or reflected by IQ...
... mas a partir do nível de racionalidade de uma pessoa, que é estimado de maneira mais abrangente e precisa pela qualidade factual de seu sistema de crenças (e não por esses "testes de racionalidade" que comparam respostas de perguntas sobre situações hipotéticas e específicas), porque é por essa via que é possível saber o quão realista ou firmada em fatos/evidências ela está, isto é, o quão intelectualmente madura ou apta a aceitar fatos, mesmo se contradizem suas crenças e expectativas pessoais.
A idade mental dos testes de QI equivale ao nível de desenvolvimento cognitivo de um ser humano (não em relação a todos os aspectos cognitivos), mas diz pouco ou nada sobre o nível de desenvolvimento psicológico ou emocional, que faz toda diferença, mesmo em relação a aspectos que têm uma aparência puramente cognitiva, por exemplo, capacidades matemáticas, se também dependem do quão desenvolvido está o autoconhecimento, este, por sua vez, dependente da inteligência emocional, especialmente da intrapessoal, por ser primário aos outros conhecimentos, especialmente quando aplicados em nossos contextos diários e se, inevitavelmente, estamos sempre aplicando nossas capacidades contextualmente. Como resultado, se nossa compreensão sobre nós mesmos, limites e potenciais, estiver muito distorcida, existe um alto risco de abordarmos contextos de maneira equivocada. Portanto, a idade mental, em sua totalidade, cognitiva e psicológica, se expressa pela racionalidade, por ser a expressão de nossas inteligências em tempo real, funcionando integralmente, e não isoladamente e em contextos hipotéticos, como os dos testes cognitivos; também por ser a nossa capacidade de discernir fatos de distorções ou mentiras e de, consequentemente, basearmos nossos comportamentos e julgamentos em evidências, especialmente se alcançar os níveis mais altos de racionalidade; e se uma das capacidades mais básicas da inteligência, não apenas da humana, é a percepção da realidade, anterior à própria capacidade de adaptação...
Como conclusão, e repetindo o que já foi dito, a idade mental, em sua totalidade, se trata do quão realistas ou maduros, intelectualmente, nos aspectos cognitivos e psicológicos ou emocionais, estamos, isto é, sobre todos os aspectos envolvidos. Não apenas sobre o quão avançados, medianos ou atrasados estamos em nossos desenvolvimentos cognitivos (em relação ou comparação aos outros) e que, aliás, têm uma boa dose de relatividade, se não alcançamos os mesmos níveis de desenvolvimento.
...but from a person's level of rationality, which is most comprehensively and accurately estimated by the factual quality of their belief system (and not by those "rationality tests" that compare answers to questions about hypothetical and specific situations), because it is through this route that it is possible to know how realistic or grounded in facts/evidence she is, that is, how intellectually mature or able to accept facts, even if they contradict her personal beliefs and expectations.
The mental age of IQ tests is equivalent to the level of cognitive development of a human being (not in relation to all cognitive aspects), but it says little or nothing about the level of psychological or emotional development, which makes all the difference, even in relation to aspects that have a purely cognitive appearance, for example, mathematical abilities, if they also depend on how developed self-knowledge is, which, in turn, depends on emotional intelligence, especially intrapersonal, as it is primary to other knowledge, especially when applied in our daily contexts and whether, inevitably, we are always applying our capabilities contextually. As a result, if our understanding of ourselves, limits and potentials, is very distorted, there is a high risk of approaching contexts in the wrong way. Therefore, mental age, in its entirety, cognitive and psychological, is expressed by rationality, as it is the expression of our intelligence in real time, functioning fully, and not in isolation and in hypothetical contexts, such as those of cognitive tests; also because it is our ability to discern facts from distortions or lies and, consequently, base our behaviors and judgments on evidence, especially if it reaches the highest levels of rationality; and if one of the most basic capabilities of intelligence, not just human intelligence, is the perception of reality, prior to the ability to adapt...
As a conclusion, and repeating what has already been said, mental age, in its entirety, is about how realistic or mature, intellectually, in cognitive and psychological or emotional aspects, we are, that is, on all aspects involved. Not just about how advanced, average or delayed we are in our cognitive developments (in relation or comparison to others) and which have a good dose of relativity, if we do not reach the same levels of development.
Sobre hereditariedade, carga mutacional e recombinação fenotípica/About heredity, mutational load and phenotypic recombination
Eu já comentei sobre isso nesse texto: "Sobre hereditariedade, variação e a metáfora da massinha". Então, além de sempre herdarmos, variavelmente falando, recombinações dos materiais genéticos dos nossos pais biológicos, as mesmas também podem resultar em grande variação entre os descendentes, mesmos dos mesmos progenitores, especialmente se, junto a esses materiais, existir uma maior carga mutacional. Então, quando há mais mutações, discretas ou não, durante a transmissão hereditária e que resulta em recombinação, essas podem gerar fenótipos muito diferentes entre si e até mesmo únicos ou raros. E me refiro em especial aos que estão relacionados com características de personalidade e inteligência. E como eu disse no outro texto, essa variação pode explicar boa parte das diferenças psicológicas e cognitivas, sem que se apele para o meio como fator proeminente em potencial.
I have already commented on this in this text: "On heredity, variation and the clay metaphor". So, in addition to always inheriting, variably speaking, recombinations of genetic materials from our biological parents, they can also result in great variation between descendants, even from the same parents, especially if, together with these materials, there is a greater mutational load. So, when there are more mutations, discrete or not, during hereditary transmission and resulting in recombination, these can generate phenotypes that are very different from each other and even unique or rare. And I am referring in particular to those related to personality characteristics and intelligence. And as I said in the other text, this variation can explain a good part of the psychological and cognitive differences, without appealing to the environment as a potential prominent factor.
Sobre racionalidade e evolução/About rationality and evolution
Em termos evolutivos, a racionalidade é, possivelmente, a expressão mais direta das melhorias significativas de inteligência que têm caracterizado a evolução humana, de expansão do seu escopo perceptivo, muito além das demandas adaptativas imediatas, tornando possível prestar atenção a elementos, fenômenos e comportamentos que não são primariamente essenciais para a sobrevivência individual ou de grupo, em outras palavras, de ser capaz de olhar para o mundo em que se vive de maneira imparcial e objetiva e podendo ampliar esse olhar para além dele.
In evolutionary terms, rationality is possibly the most direct expression of the significant improvements in intelligence that have characterized human evolution, of expanding its perceptual scope, far beyond immediate adaptive demands, making it possible to pay attention to elements, phenomena and behaviors that are not primarily essential for individual or group survival, in other words, of being able to look at the world in which we live in an impartial and objective way and being able to expand this look beyond it.
sexta-feira, 14 de junho de 2024
Sobre familiarismo, humanismo, especismo e outras injustiças/ About familiarism, humanism, spesiecism and other injustices
O familiarismo é uma ideologia primariamente tradicionalista, de devoção fanática pela instituição da família tradicional, tradicionalmente adotada por uma maioria de indivíduos autodeclarados "conservadores", "de direita", e que é comumente usada como desculpa ou justificativa o especismo, o desprezo por seres vivos de outras espécies.
segunda-feira, 10 de junho de 2024
3 pontos para explicar similaridades geracionais e diferenças intergeracionais de comportamento /3 points to explain generational similarities and intergenerational differences in behavior
1. Gerações tendem a expressar aspectos estruturais ou socioeconômicos de suas épocas
O afrocentrismo é ainda mais insano que a supremacia branca/Afrocentrism is even more insane than white supremacy
Afirmação de supremacia racial ABSOLUTA de qualquer grupo é sempre insana. Um tipo de afirmação extraordinária sem evidências extraordinárias. Mas algumas são bem mais insanas que outras. Por exemplo, a "midiaticamente famosa" supremacia branca, uma ideologia em que povos de raça branca europeia são colocados em um pedestal de supremacia absoluta em relação à outras populações, está muito aquém de uma análise ponderada dos fatos, justamente por exagerar os feitos do "homem branco", desprezando ou racionalizando os "feitos negativos" (numerosos, profundos e de impacto global), e por também fazer pouco caso sobre os feitos históricos de povos de outras etnias ou raças. No entanto, a supremacia branca não se baseia em nada, se, de fato, os europeus e seus descendentes espalhados pelo mundo também têm sido historicamente responsáveis por grandes realizações em todas as áreas: artes, ciências, filosofia... E ainda mais específica e literalmente, sua classe de criativos geniais (ainda que, para manter uma sociedade complexa, exige-se uma classe obediente e eficiente de trabalhadores). Já o afrocentrismo, uma versão subsaariana e negra de supremacia racial, se baseia basicamente na apropriação desses e de outros feitos e, francamente falando, também em um exagero sobre os próprios feitos ou realizações civilizacionais, diga-se, muito mais tímidos do que se comparados com os de outros grupos raciais ou étnicos, como os indianos e os asiáticos do extremo oriente... No entanto, até temos visto a adoção de narrativas afrocentristas pela "mídia", por exemplo, pelo pseudo documentário "Cleópatra", da Netflix, que retrata a famosa rainha do Egito, grega nascida em terras egípcias, como uma mulher negra...
Afrocentrism is even more insane than white supremacy
Claims of ABSOLUTE racial supremacy by any group are always insane. A kind of extraordinary claim without extraordinary evidence. But some are much crazier than others. For example, the "media-famous" white supremacy, an ideology in which people of the white European race are placed on a pedestal of absolute supremacy in relation to other populations, falls far short of a considered analysis of the facts, precisely because it exaggerates the achievements of the "white man", disregarding or rationalizing the "negative ones" (numerous, profound and with global impact), and for also making light of the historical achievements of people of other ethnicities or races. However, white supremacy is not based on anything, if, in fact, Europeans and their descendants spread across the world have also historically been responsible for great achievements in all areas: arts, sciences, philosophy... And even more specific and literally, its class of creative geniuses (although to maintain a complex society requires an obedient and efficient class of workers). Afrocentrism, a sub-Saharan and black version of racial supremacy, is basically based on the appropriation of these and other achievements and, frankly speaking, also on an exaggeration of one's own civilizational achievements, let's say, much more timid than if compared to those of other racial or ethnic groups, such as Indians and Far Eastern Asians... However, we have even seen the adoption of Afrocentric narratives by the "media", for example, by the pseudo documentary "Cleopatra", on Netflix , which portrays the famous queen of Egypt, a Greek born in Egyptian lands, as a black woman...
sábado, 8 de junho de 2024
Em defesa de um estereótipo: nerds mais inteligentes?/In defense of a stereotype: smarter nerds?
Mas existem alguns estudos* sobre correlações entre QI, tipo de personalidade e tendências comportamentais que têm encontrado que, na escola e em outros ambientes sociais, os indivíduos mais populares tendem a pontuar mais alto em testes cognitivos que os indivíduos menos populares. Então, isso significa que o estereótipo do "nerd inteligente" foi refutado?? Não. Significa, primeiro, o que sempre falo sobre QI, de que os testes são bons, mas não são excepcionais para estimar a inteligência humana, por produzirem análises superficiais de desempenho, enfatizando capacidades técnicas e específicas, e desprezando algumas das capacidades mais importantes, particularmente a racionalidade e a criatividade. Segundo, sobre o quão mais "inteligentes" os mais "populares" tendem a ser, segundo esses estudos, também é discutível, afinal, comparações cognitivas entre grupos grandes costumam resultar em valores mais baixos, maiores apenas em um sentido comparativo. Tal como no caso de um estudo sobre aparência física e QI no Reino Unido em que foi encontrado que, aqueles de melhor aparência pontuaram, em média, em torno dos 105 pontos, enquanto que, os de pior aparência pontuaram em torno dos 90 pontos. Portanto, o ideal seria de estudar aqueles que pontuam mais alto, enfaticamente. Terceiro e, novamente, porque a qualidade também é muito importante, não basta ter um potencial cognitivo acima da média, mais geral ou específico, se não souber usá-lo, ou melhor, direcioná-lo. Então, pode ser que muitos desses indivíduos sociáveis e que pontuam alto em testes cognitivos usem as suas capacidades acima da média especialmente para se adaptarem socialmente, tal como um típico "normie", ou ainda pior, se especializando em pseudociências, enquanto que, parece ser indiscutível ou evidente que, dos indivíduos que mais se interessam pelo conhecimento, pelo seu valor intrínseco, e também aqueles que acabam se tornando cientistas, especialmente os mais capazes, tendem a apresentar um perfil tipicamente "nerd"**, até mesmo pela natureza praticamente causal desse tipo pelo interesse intelectual genuíno, a priori, como um "hobby" ou passatempo. Portanto, o mais importante, ainda não é pontuar alto em testes de QI, mas demonstrar proficiência no mundo real e um interesse genuíno pelo conhecimento, não apenas como um meio para um fim. E quarto que, não é todo "nerd" que é impopular ou nem todo popular que não é "nerd". Na verdade, existem nerds que são populares entre os da própria tribo. Portanto, também existe uma certa relatividade de perspectivas que deve ser levada em conta, se buscarmos por uma análise mais abrangente.
Mais e mais/More and more
"Idiotas" habitualmente confundem o tamanho do próprio ego com inteligência