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segunda-feira, 24 de julho de 2017
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Vamos a um re-exemplo (talvez) para explicar a tendência à fobia social daquele que é muito autoconsciente....
Você é bom em matemática* Vamos supor que sim. Você ficaria nervoso se tivesse que conviver com pessoas que são ruins em matemática* Muito provável que sim, né*
Então vamos imaginar exatamente este cenário em que você é muito bom em matemática mas a grande maioria das pessoas que te rodeiam não são e você precisa trabalhar com elas..... com matemática. A todo momento você percebe: erros crassos por parte dessas pessoas; auto-convencimentos equivocados quanto ao nível de habilidade, quando se pensa que é melhor em certa atividade, mas não é; tomadas estúpidas de atitudes que tem impactos grandes no meio social e econômico... enfim, a todo momento você percebe aquilo que os outros estão fazendo de errado, muitas vezes tenta consertar mas percebe que é um grão de areia, digamos, diferente, e que ''os outros'' são uma maré sempre dominante, demograficamente triunfante. O que provavelmente aconteceria contigo*
O mais provável é que, independente do seu tipo de personalidade ''ou' mesmo de nível de resiliência psicológica, você acabaria desenvolvendo uma espécie de ''personalidade defensiva'' ou ''plano B'' para sobreviver em um ambiente que está aquém de seu conforto existencial. É possível que parasse de se relacionar com os outros/ ou com a maioria, se tornasse mais antropofóbico, especialmente se tivesse sido realocado pra este cenário subjetivamente/pessoalmente distópico, porque perceberia como infrutífero, infértil e/ou desnecessário continuar tentando ter o controle de um mundo [consertá-lo] que desde a muito lhe escapou das mãos e como não consegue se adaptar a ele então prefere se refugiar em si mesmo.
Agora substitua a palavra matemática por: autoconhecimento. Esta é a labuta diária de muitos se não da grande maioria daqueles que são prodigiosos naquilo que eu estou pensando que se consiste no verdadeiro fator g da inteligência, o nível de autoconhecimento.
A fobia social de tipos como o meu é mais intrínseca, isto é, uma ação psico-cognitiva espontânea/primária, ou será que é mais uma conjugação de fatores intrínsecos e extrínsecos/ reação secundária*
Novamente volto à ideia de que, sim, o ambiente importa, sim, o ambiente pode influenciar em como que expressamos e sentimos nossas personalidades, e em ambientes sub-ótimos, como o que descrevi, tenderemos a nos tornar mais defensivos, do que em ambientes em que o nível de compreensão constante ou de longo prazo, de diálogo, enfim, de espelhamento/empatia/cumplicidade for muito maior. Se o grau de encaixe entre a sua pessoa e o ambiente em que está, de preferência o social, for baixo, então ao invés de expressar o ótimo de sua personalidade, caminhará para pisar em ovos e ao longo do tempo se for mais autoconsciente buscará evitar fazê-lo, isto é, se repetir em seus erros de conduta contextual, seja por meio de tentativas forçadas de re-adaptação ou auto-ostracismo. Não estou com isso advogando que a personalidade humana seja totalmente maleável, mas que existe um limite de maleabilidade, parece óbvio que tem, e em ambientes ''ameaçadores' nos tornaremos mais: neuróticos, psicoticistas, e mesmo, mais propensos a comportamentos ''anti-sociais' ou hiper-egoístas, ainda que, todos nós nasçamos com uma base comportamental instintiva herdada ou ''herdada' (via ambiente pré-natal) ou epicentro de tendências comportamentais, sendo que alguns estarão mais deslocados para comportamentos (''serra pilheira comportamental'') anti-sociais, que podem se manifestar desde a tenra idade, outros estarão mais deslocados para o epicentro de comportamentos ''pró-sociais', e mesmo para tendências neuróticas, e todas essas tendências basais, em como que tendemos a nos comportar, de modo primordial, eu tenho denominado de ''ação primária'', se sabemos que a ação tende a se dar primeiro à reação, que se consiste exatamente em uma resposta à primeira.
Herdamos tendências de comportamento ou de ações primárias e ao sermos constantemente expostos aos ambientes de interação, vamos reagindo aos mesmos, e nossas bases de operacionalidade comportamental ou ações primárias tenderão a determinar nossos ritmos reativos, ainda que como eu disse, a qualidade de encaixe, de adaptabilidade, entre nós e o ambiente em que estamos, influencie de sobremaneira seja para uma conjugação mais positiva, que promove nosso bem estar pessoal, mediana, ou mais negativa, que promove maior estresse.
Então vamos imaginar exatamente este cenário em que você é muito bom em matemática mas a grande maioria das pessoas que te rodeiam não são e você precisa trabalhar com elas..... com matemática. A todo momento você percebe: erros crassos por parte dessas pessoas; auto-convencimentos equivocados quanto ao nível de habilidade, quando se pensa que é melhor em certa atividade, mas não é; tomadas estúpidas de atitudes que tem impactos grandes no meio social e econômico... enfim, a todo momento você percebe aquilo que os outros estão fazendo de errado, muitas vezes tenta consertar mas percebe que é um grão de areia, digamos, diferente, e que ''os outros'' são uma maré sempre dominante, demograficamente triunfante. O que provavelmente aconteceria contigo*
O mais provável é que, independente do seu tipo de personalidade ''ou' mesmo de nível de resiliência psicológica, você acabaria desenvolvendo uma espécie de ''personalidade defensiva'' ou ''plano B'' para sobreviver em um ambiente que está aquém de seu conforto existencial. É possível que parasse de se relacionar com os outros/ ou com a maioria, se tornasse mais antropofóbico, especialmente se tivesse sido realocado pra este cenário subjetivamente/pessoalmente distópico, porque perceberia como infrutífero, infértil e/ou desnecessário continuar tentando ter o controle de um mundo [consertá-lo] que desde a muito lhe escapou das mãos e como não consegue se adaptar a ele então prefere se refugiar em si mesmo.
Agora substitua a palavra matemática por: autoconhecimento. Esta é a labuta diária de muitos se não da grande maioria daqueles que são prodigiosos naquilo que eu estou pensando que se consiste no verdadeiro fator g da inteligência, o nível de autoconhecimento.
A fobia social de tipos como o meu é mais intrínseca, isto é, uma ação psico-cognitiva espontânea/primária, ou será que é mais uma conjugação de fatores intrínsecos e extrínsecos/ reação secundária*
Novamente volto à ideia de que, sim, o ambiente importa, sim, o ambiente pode influenciar em como que expressamos e sentimos nossas personalidades, e em ambientes sub-ótimos, como o que descrevi, tenderemos a nos tornar mais defensivos, do que em ambientes em que o nível de compreensão constante ou de longo prazo, de diálogo, enfim, de espelhamento/empatia/cumplicidade for muito maior. Se o grau de encaixe entre a sua pessoa e o ambiente em que está, de preferência o social, for baixo, então ao invés de expressar o ótimo de sua personalidade, caminhará para pisar em ovos e ao longo do tempo se for mais autoconsciente buscará evitar fazê-lo, isto é, se repetir em seus erros de conduta contextual, seja por meio de tentativas forçadas de re-adaptação ou auto-ostracismo. Não estou com isso advogando que a personalidade humana seja totalmente maleável, mas que existe um limite de maleabilidade, parece óbvio que tem, e em ambientes ''ameaçadores' nos tornaremos mais: neuróticos, psicoticistas, e mesmo, mais propensos a comportamentos ''anti-sociais' ou hiper-egoístas, ainda que, todos nós nasçamos com uma base comportamental instintiva herdada ou ''herdada' (via ambiente pré-natal) ou epicentro de tendências comportamentais, sendo que alguns estarão mais deslocados para comportamentos (''serra pilheira comportamental'') anti-sociais, que podem se manifestar desde a tenra idade, outros estarão mais deslocados para o epicentro de comportamentos ''pró-sociais', e mesmo para tendências neuróticas, e todas essas tendências basais, em como que tendemos a nos comportar, de modo primordial, eu tenho denominado de ''ação primária'', se sabemos que a ação tende a se dar primeiro à reação, que se consiste exatamente em uma resposta à primeira.
Herdamos tendências de comportamento ou de ações primárias e ao sermos constantemente expostos aos ambientes de interação, vamos reagindo aos mesmos, e nossas bases de operacionalidade comportamental ou ações primárias tenderão a determinar nossos ritmos reativos, ainda que como eu disse, a qualidade de encaixe, de adaptabilidade, entre nós e o ambiente em que estamos, influencie de sobremaneira seja para uma conjugação mais positiva, que promove nosso bem estar pessoal, mediana, ou mais negativa, que promove maior estresse.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2016
O paradoxo da racionalidade: Refletir demais pode te deixar louco? Fobia social/ autoconsciência elevada... Autoconsciência e Racionalidade
Falando sozinho...
Nosso cérebro se vicia por nós mesmo antes de sabermos. A ignorância ou a fluidez ideacional/comportamental/subconsciente é uma benção porque não precisamos lutar contra nós mesmos, e a partir disso agimos muito mais do que pensamos de modo reflexivo. Mas começamos a usar a segunda consciência em demasia e por ainda estar em seus primórdios de desenvolvimento, estamos em risco de 'racionalizar' equivocadamente nos direcionando para becos sem saída ou para provocar conflitos entre a primeira consciência que é geralmente dominante e a segunda consciência, onde reside a racionalidade.
Eu acredito que me tornei exageradamente autoconsciente durante a minha adolescência resultando em uma vida hipo-social (e também causado pelo meu narcisismo intra-pessoal) e recentemente eu me esbarrei novamente nesta situação, durante dois períodos em que não consegui dormir, a partir de um pico de atividade ideacional (hiperatividade mental). A partir do momento em que deixei ''derramar'' o limite do meu cérebro em seu trabalho diário de ideias e pensamentos, acabei entrando em uma espécie de ''gagueira mental'' de tentar dormir usando ''o modo manual'', enquanto que dormimos de maneira ''automática/instintiva'', de maneira invariavelmente lenta porém instintiva. Aquele que pensam pra si mesmo ''pronto, agora eu vou dormir'' e põe o seu cérebro para executar tal ação, dificilmente conseguirá fazê-lo. Esta ansiedade é causada quando desligamos o piloto automático, nosso relógio biológico, que nos faz dormir ''sem sabermos'', e passamos a usar o piloto manual. E como não temos qualquer potente controle sobre o nosso cérebro, ''ele'' dificilmente acatará este tipo de ordem, em especial quando a quisermos ''pra ontem''.
Seguir em demasia para o caminho de uma suposta purificação racional pode ter o resultado oposto ao desejado, em que ao invés de nos levar definitivamente para a razão, nos direcionar para o caminho da loucura, da racionalidade patológica, do uso exagerado do ''piloto manual'', enquanto que continuamos seres predominantemente instintivos.
Insonia é o exemplo de quando, sem querer querendo, desligamos o piloto automático para funções essenciais de nossos organismos.
Autoconsciência, paranoia e neuroticismo
Eu já comentei que vivenciei períodos de "auto-neuroticismo" ou baixa autoestima e que costuma ter como resultado a paranoia.
Neuroticismo e paranoia são excessos da autoconsciência, quando tentamos controlar cada naco de nosso mundo circundante, resultando em óbvia decepção.
Fobia social e autoconsciência elevada...
....em especial em relação à (verdadeira) hipocrisia da sociedade
A maioria das pessoas são falsas e estúpidas em termos intra e interpessoais. isto é elas sabem menos sobre si mesmas do que o ideal e também sobre as outras pessoas. Como resultado as suas naturezas mais dualistas tendem a forçá-las a escolher entre dois caminhos: mentir para não ofender os outros ou ser inconvenientemente sincero ou grosseiro.
Mentem por exemplo quando elogiam a aparência de uma pessoa mesmo quando ela não é logicamente merecedora do elogio. É comum que tipos menos empáticos e mais frios sejam mais sinceros...do que deveriam. Mesmo que seja mais factualmente correto ou próximo da verdade do que "mentir' por razões nobres, ambos apresentam as suas respectivas doses de verdade e de mentira porque a realidade que percebemos não se limita à concretude daquilo que vemos ou percebemos diretamente, por exemplo, ao contemplar a aparência de uma pessoa mas também em relação àquilo que é indiretamente percebido e mesmo assim expressa verdade e beleza, isto é, que apesar de uma aparência ruim vista sob uma perspectiva, de ainda exibir outras qualidades.
No entanto o ser humano comum não é perfeccionista em suas interações interpessoais nem em seu autoconhecimento e como resultado mentiras e estupidez são constantes em seu cotidiano.
Aquele que é detido de uma grande autoconsciência e que portanto tende a sentir o mundo de modo mais ruidoso, intenso, também tende a perceber com certa facilidade o jogo subjetivamente confuso que caracteriza as relações sociais humanas.
Mais consciente dos próprios defeitos e qualidades, aquele que for mais autoconsciente também será mais perceptivo em relação ao que as outras pessoas pensam sobre si. Tendo maior conhecimento quanto a esta falsidade habitual e esperando por uma maior franqueza o mais autoconsciente pode se tornar mais vulnerável à fobia social porque tal como uma pessoa autista, ele também terá grandes dificuldades para compreender, aceitar e se adaptar a este estado mal cuidado de coisas.
Ele, geralmente, experiencia durante um tempo a irracionalidade prevalente nas relações humanas, onde predomina a lógica, que é pragmática e moralmente subjetiva, para depois, que se conseguir sair deste labirinto chegar (ou não) à conclusão de que o mínimo de contato interpessoal possível com essas massas será menos doloroso do que se arriscar. Porque para os mais racionais/autoconscientes o contato com o típico humano tende a se consistir em uma espécie de comportamento de alto risco do que a norma, o hábito do cotidiano.
Autoconsciência e Racionalidade
O que é ser mais autoconsciente*
Como o próprio nome já está dizendo ser mais autoconsciente é ter uma maior/melhor compreensão sobre si mesmo, basicamente a inteligência intrapessoal/autoconhecimento. Se se conhece melhor então terá uma maior facilidade para expressar-se de modo menos equivocado, isto é, pensando e repensando mais sobre as próprias ações, os próprios pensamentos e isso expressa claramente que ter uma maior inteligência intrapessoal também tenderá a resultar em uma maior disponibilidade e constância para o pensamento racional.
Como eu tenho por hábito dizer ''principiamos por nós mesmos enquanto epicentros de nossas ações'' e quando este princípio do raciocínio autoconsciente falha então como lógica acreditar-se-á que a expressão se fará filha deste déficit inicial e fundamental.
Isso explica o porquê de uma pessoa, por exemplo, acreditar que é muito apta para certa atividade, enquanto que na verdade demonstra ser muito menos do que imagina. E eu tenho usado o exemplo daqueles que pensam ser cantores excepcionais... mas que não são.
Nosso cérebro se vicia por nós mesmo antes de sabermos. A ignorância ou a fluidez ideacional/comportamental/subconsciente é uma benção porque não precisamos lutar contra nós mesmos, e a partir disso agimos muito mais do que pensamos de modo reflexivo. Mas começamos a usar a segunda consciência em demasia e por ainda estar em seus primórdios de desenvolvimento, estamos em risco de 'racionalizar' equivocadamente nos direcionando para becos sem saída ou para provocar conflitos entre a primeira consciência que é geralmente dominante e a segunda consciência, onde reside a racionalidade.
Eu acredito que me tornei exageradamente autoconsciente durante a minha adolescência resultando em uma vida hipo-social (e também causado pelo meu narcisismo intra-pessoal) e recentemente eu me esbarrei novamente nesta situação, durante dois períodos em que não consegui dormir, a partir de um pico de atividade ideacional (hiperatividade mental). A partir do momento em que deixei ''derramar'' o limite do meu cérebro em seu trabalho diário de ideias e pensamentos, acabei entrando em uma espécie de ''gagueira mental'' de tentar dormir usando ''o modo manual'', enquanto que dormimos de maneira ''automática/instintiva'', de maneira invariavelmente lenta porém instintiva. Aquele que pensam pra si mesmo ''pronto, agora eu vou dormir'' e põe o seu cérebro para executar tal ação, dificilmente conseguirá fazê-lo. Esta ansiedade é causada quando desligamos o piloto automático, nosso relógio biológico, que nos faz dormir ''sem sabermos'', e passamos a usar o piloto manual. E como não temos qualquer potente controle sobre o nosso cérebro, ''ele'' dificilmente acatará este tipo de ordem, em especial quando a quisermos ''pra ontem''.
Seguir em demasia para o caminho de uma suposta purificação racional pode ter o resultado oposto ao desejado, em que ao invés de nos levar definitivamente para a razão, nos direcionar para o caminho da loucura, da racionalidade patológica, do uso exagerado do ''piloto manual'', enquanto que continuamos seres predominantemente instintivos.
Insonia é o exemplo de quando, sem querer querendo, desligamos o piloto automático para funções essenciais de nossos organismos.
Autoconsciência, paranoia e neuroticismo
Eu já comentei que vivenciei períodos de "auto-neuroticismo" ou baixa autoestima e que costuma ter como resultado a paranoia.
Neuroticismo e paranoia são excessos da autoconsciência, quando tentamos controlar cada naco de nosso mundo circundante, resultando em óbvia decepção.
Fobia social e autoconsciência elevada...
....em especial em relação à (verdadeira) hipocrisia da sociedade
A maioria das pessoas são falsas e estúpidas em termos intra e interpessoais. isto é elas sabem menos sobre si mesmas do que o ideal e também sobre as outras pessoas. Como resultado as suas naturezas mais dualistas tendem a forçá-las a escolher entre dois caminhos: mentir para não ofender os outros ou ser inconvenientemente sincero ou grosseiro.
Mentem por exemplo quando elogiam a aparência de uma pessoa mesmo quando ela não é logicamente merecedora do elogio. É comum que tipos menos empáticos e mais frios sejam mais sinceros...do que deveriam. Mesmo que seja mais factualmente correto ou próximo da verdade do que "mentir' por razões nobres, ambos apresentam as suas respectivas doses de verdade e de mentira porque a realidade que percebemos não se limita à concretude daquilo que vemos ou percebemos diretamente, por exemplo, ao contemplar a aparência de uma pessoa mas também em relação àquilo que é indiretamente percebido e mesmo assim expressa verdade e beleza, isto é, que apesar de uma aparência ruim vista sob uma perspectiva, de ainda exibir outras qualidades.
No entanto o ser humano comum não é perfeccionista em suas interações interpessoais nem em seu autoconhecimento e como resultado mentiras e estupidez são constantes em seu cotidiano.
Aquele que é detido de uma grande autoconsciência e que portanto tende a sentir o mundo de modo mais ruidoso, intenso, também tende a perceber com certa facilidade o jogo subjetivamente confuso que caracteriza as relações sociais humanas.
Mais consciente dos próprios defeitos e qualidades, aquele que for mais autoconsciente também será mais perceptivo em relação ao que as outras pessoas pensam sobre si. Tendo maior conhecimento quanto a esta falsidade habitual e esperando por uma maior franqueza o mais autoconsciente pode se tornar mais vulnerável à fobia social porque tal como uma pessoa autista, ele também terá grandes dificuldades para compreender, aceitar e se adaptar a este estado mal cuidado de coisas.
Ele, geralmente, experiencia durante um tempo a irracionalidade prevalente nas relações humanas, onde predomina a lógica, que é pragmática e moralmente subjetiva, para depois, que se conseguir sair deste labirinto chegar (ou não) à conclusão de que o mínimo de contato interpessoal possível com essas massas será menos doloroso do que se arriscar. Porque para os mais racionais/autoconscientes o contato com o típico humano tende a se consistir em uma espécie de comportamento de alto risco do que a norma, o hábito do cotidiano.
Autoconsciência e Racionalidade
O que é ser mais autoconsciente*
Como o próprio nome já está dizendo ser mais autoconsciente é ter uma maior/melhor compreensão sobre si mesmo, basicamente a inteligência intrapessoal/autoconhecimento. Se se conhece melhor então terá uma maior facilidade para expressar-se de modo menos equivocado, isto é, pensando e repensando mais sobre as próprias ações, os próprios pensamentos e isso expressa claramente que ter uma maior inteligência intrapessoal também tenderá a resultar em uma maior disponibilidade e constância para o pensamento racional.
Como eu tenho por hábito dizer ''principiamos por nós mesmos enquanto epicentros de nossas ações'' e quando este princípio do raciocínio autoconsciente falha então como lógica acreditar-se-á que a expressão se fará filha deste déficit inicial e fundamental.
Isso explica o porquê de uma pessoa, por exemplo, acreditar que é muito apta para certa atividade, enquanto que na verdade demonstra ser muito menos do que imagina. E eu tenho usado o exemplo daqueles que pensam ser cantores excepcionais... mas que não são.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Heterozigoto para mentira patológica?? Da não série: O legado psicogênico do meu tio materno

O meu tio materno, que é um mentiroso patológico, apresenta uma série de características psicológicas que se assemelham a muitas das minhas, como eu já falei em alguns textos anteriores. E é engraçado perceber que tenhamos muitos assuntos em comum pra conversar. Eu me vejo mais claramente como uma versão amalgamada e mais equilibrada do meu tio. Em outras palavras, aquilo que ele tem de características psicológicas atreladas ao seu transtorno (fobia social e mentira patológica), eu também tenho. Só que essas características estão muito mais evoluídas ou ao "menos" equilibradas em mim.
Somos dois outsiders, observadores perspicazes do mundo e somos propensos a chegar a conclusões parecidas sobre aquilo que nos causa interesse e ou que nos prende a atenção.
Certa vez o meu tio veio me perguntar o porquê "dos negros serem assim"..
Assim como ele eu também tenho apreço pela qualidade, o que nos torna críticos ácidos em relação a republiqueta em que vivemos. Justamente por isso que o meu tio tem um fascínio por tudo o que é de fora assim como eu, ainda que com o avançar de minha maturidade, tenha me tornado muito menos entusiasmado em relação aos outros países.
O meu tio entende instintivamente como que funciona a realidade, via reconhecimento de padrões e justamente por isso tem demonstrado excelente capacidade de manipulação, ainda que não tenha chegado ao nível de gênio (se não estaríamos em mais apuros). Ele é muito talentoso não restam dúvidas e como sempre acontece com estes tipos o seu Calcanhar de Aquiles é justamente a sua megalomania.
Como eu já relatei, ele deu pra inventar que tem uma namorada inglesa. Só que se não bastasse ela ser estrangeira, ainda é também uma celebridade internacional. A sua mentira é espalhafatosa. Se estivesse no lugar dele eu reduziria as "excepcionalidades" de seu "amor verdadeiro" porque a melhor mentira sempre tem um bocado de verdade. Visualmente falando, a sua mentira parece estar muito remotamente correlativa com a verdade. Faria mais sentido se ele tirasse estes "pormenores", isto é, que namora uma estrangeira, linda e atriz de cinema. É neste ponto que a capacidade de convencimento do meu tio começa a definhar e é ai que outros observadores em contato quase que diário com ele começam a desconstruir o seu castelo de devaneios sofisticadamente estruturados.
Meu tio assim como eu está provido de uma grande inteligência emocional e sabe usa-la até muito melhor porque instintivamente ele entende que o mundo social humano funciona na base da subjetividade e portanto de constantes doses de mentira. As pessoas mais simpáticas conquistam mais corações do que os verdadeiramente empáticos. Como eu já comentei ele é do tipo que entende que elogiar em demasia é uma ótima maneira de se fazer amizades e de estabelecer laços de confiança. Lhe falta umas doses de autismo que estão presentes em mim pra ser mais honesto, sincero e portanto menos querido pelas outras pessoas.
Apesar do meu conhecimento superficial sobre genética eu me atrevo a pensar se não seria mais como um ''heterozigoto'' para a mentira patológica e a fobia social que encontra-se excessiva em meus tios maternos (uma tia que cometeu suicídio alguns anos atrás).
Talvez não me repita mais neste assunto ( meu tio interessante e muito psicologicamente familiar), por estar sendo muito repetitivo e por ter concluído que não tenha mais o que falar sobre ele.
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