... e das gerações subsequentes de "intelectuais' que os defenderam/defendem
Se você for classe média alta ou rico, do tipo que passa férias em Paris, que não tem que lidar com o grosso da humanidade diariamente, se está seguro em seu ciclo social exclusivo, em seu bairro de "elite", em sua escola particular, dentro do seu carro de luxo, sem ter que trabalhar exaustivamente para ganhar pouco ou em risco de ser assaltado ou morto por bandidos "de periferia", então, você pode se dar ao luxo de se sentir acima do bem e do mal, do certo e do errado, da verdade e da moralidade, supostamente, é claro. Você também pode demonizar apenas os brancos burgueses e idealizar pretos e pardos pobres. Essa maneira de pensar pode lhe cair perfeitamente e atender suas conveniências pessoais.
O mesmo padrão para o relativismo cultural defendido por "intelectuais' pós-modernos já que é muito cômodo defendê-lo quando se é um ocidental de classe média alta e não uma mulher muçulmana que mora em uma comunidade rural, sujeita à toda sorte de abuso em nome do islamismo.
Mas não apenas isso, porque uma disposição para o pensamento abstrato, geralmente relacionado com maior escolaridade, QI, especialmente o verbal e renda, também é provável de ser uma outra causa.
Uma incapacidade de discernir o cenário pessoal de um cenário mais holístico, extrapolando-o ao segundo, que é uma manifestação típica de padrão irracional de pensamento, é o que estaria implícito à relativização da moralidade e da verdade a partir de uma condição socioeconômica privilegiada, isto é, de abstratizar a realidade humana em demasia até por não precisar lidar pessoalmente com os seus aspectos mais problemáticos.
Tipo de personalidade e estilo cognitivo também são fatores importantes que explicam preferências político-ideológicas. Mas a posição social que se encontra e, dependendo da capacidade racional, também pode contribuir com a geração de pensamentos e ideias que refletem auto-projeção de contextos pessoais a contextos mais holísticos, disfarçados como observações ou teorizações imparciais.
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