Segundo muitos conservadores.
E, de fato, o conceito oficial do conservadorismo, como ideologia, desenvolvido como contraponto às revoluções dos séculos XVII e XVIII, é de uma doutrina que prega por prudência, cuidado ou cautela com as mudanças sociais, buscando inclusive pela preservação das instituições tradicionais...
Cautela: excesso de cuidado que busca prever e evitar um mal, um dano, um perigo; prudência, precaução, cuidado.
Mas, por acaso, é cautela acreditar em crenças sem qualquer evidência, sem nem mesmo uma base lógica que corrobore indiretamente para a sua veracidade??
Em crenças extraordinárias sem evidências extraordinárias??
Por exemplo, na existência de Deus, vida eterna, milagres...
Por acaso é cautela apoiar o capitalismo de maneira incondicional ou acrítica, como a maioria dos autodeclarados conservadores faz, mesmo se esse sistema tem contribuído com a derrubada do patrimônio histórico e a destruição e poluição massivas do meio ambiente, por lucros, além de gerar desigualdades sociais absurdas??
Por acaso impor um regime de escravidão, uma prática extrema ou radical e substituível é cautela??
Imperialismos, colonialismos, guerras???
Por acaso apoiar a monarquia, um regime em que os governantes são escolhidos com base em sua consanguinidade e não por competência e caráter para governar, é cautela??
Pois a história tem mostrado que, de cauteloso: cuidadoso, prudente e sensato, o conservadorismo não tem nada ou bem menos do que seus seguidores o apregoam.
É fácil dizer que o conservadorismo é cauteloso ou prudente especialmente se tratado como status quo e se comparado com qualquer ideologia ou linha de pensamento que visa desafiá-lo. Mas se analisarmos o seu nível de cautela ou prudência a partir de suas bases históricas e atuais, como foi demonstrado nesse pequeno texto, conclui-se que tem sido muito impulsivo, descuidado e radical.
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