Felicidade pura, sem/com quase nenhum rastro de ilusão.
Enquanto que a maioria das pessoas tendem a se tornarem deprimidas quando são super expostas ao realismo existencial, o sábio é dos poucos que ainda consegue ser feliz e mais, de maneira pura, pelo simples fato de viver e pelas pequenas ''coisas'' da vida, mesmo ou especialmente nessa condição. Aliás, o sábio é mais caracteristicamente sábio exatamente quando se torna mais e mais existencialmente realista porque é a partir daí que a sua labuta ou ''missão'' se fará mais explícita, primeiramente pra si mesmo, se já será um grande desafio pra ele de enfrentar as agruras da depressão existencial.
A sabedoria se consiste na felicidade racional, em partes porque é intrínseca ao ato de viver, isto é, dá-se sem a necessidade de qualquer outra razão a não ser a de que vive. É racional por não se basear em ilusões mundanas, por causa da hiper-certeza quanto ao ato especial de viver, ainda mais quando estiver aliado ao conhecimento da espinha dorsal da macro-realidade. O sábio substitui as mentiras dos sistemas de crenças humanos por fatos que são de extrema importância para a sua sobrevivência e segurança, resultando na construção de um pequeno porém verdadeiro castelo de certezas, que com certeza o ajuda a sobreviver à sua constante melancolia.
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