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quinta-feira, 20 de abril de 2017

A felicidade da sabedoria é a mais verdadeira de todas porque apesar de toda consciência existencial o sábio ainda consegue ser feliz

Felicidade pura, sem/com quase nenhum rastro de ilusão. 

Enquanto que a maioria das pessoas tendem a se tornarem deprimidas quando são super expostas ao realismo existencial, o sábio é dos poucos que ainda consegue ser feliz e mais, de maneira pura, pelo simples fato de viver e pelas pequenas ''coisas'' da vida, mesmo ou especialmente nessa condição. Aliás, o sábio é mais caracteristicamente sábio exatamente quando se torna mais e mais existencialmente realista porque é a partir daí que a sua labuta ou ''missão'' se fará mais explícita, primeiramente pra si mesmo, se já será um grande desafio pra ele de enfrentar as agruras da depressão existencial.


A sabedoria se consiste na felicidade racional, em partes porque é intrínseca ao ato de viver, isto é, dá-se sem a necessidade de qualquer outra razão a não ser a de que vive. É racional por não se basear em ilusões mundanas, por causa da hiper-certeza quanto ao ato especial de viver, ainda mais quando estiver aliado ao conhecimento da espinha dorsal da macro-realidade. O sábio substitui as mentiras dos sistemas de crenças humanos por fatos que são de extrema importância para a sua sobrevivência e segurança, resultando na construção de um pequeno porém verdadeiro castelo de certezas, que com certeza o ajuda a sobreviver à sua constante melancolia.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Eu vivo mais no presente (alegria, entusiasmo) e no passado (melancolia)

E percebam que não existe tal coisa, literalmente falando, que ''viver no futuro'', se apenas podemos viver no presente e o fazemos evidentemente, mas também podemos relembrar o passado e ''re-vivê-lo''. Nada mais sábio do que esta complementaridade entre o passado e o presente, que são os únicos responsáveis pelo futuro. Este equilíbrio entre o ''instinto do presente'', do agora, com todo o seu entusiasmo, com toda sua ''suspensão'' tanto das lembranças melancólicas quanto das ansiedades futurísticas, e a melancolia bela e fria de nossos passados acumulados, que apaga um pouco este fogo do instinto-presente, me parece se consistir na fórmula ideal para se produzir sabedoria, e não apenas em relação ao psicológico/emocional, mas também ao cognitivo, usando a criatividade que desbrava o presente e sonha com o seu futuro, e a experiência do passado-memória, se só podemos raciocinar com base, isso mesmo, com a base, naquilo que já temos em nossos domínios. Não se pode viver ou mesmo reviver de maneira simulada aquilo que não se tem, e portanto não se pode viver no futuro, apenas de ansiá-lo queimando rápido o fogo do presente. Ainda que necessária para a criatividade, a ansiedade vê-se menos instrumental para a sabedoria, que necessita tanto da alegria subconsciente do ''viver no/pelo presente'' quanto da sobre-consciência existencial da melancolia do ''relembrar o passado'', e é por nossos acúmulos que construímos as nossas identidades auto-conscientes. 

domingo, 29 de novembro de 2015

A diferença entre esforço e prática deliberada via motivação intrínseca



Esforço excessivo é anti-natural,
prática deliberada via disposição natural não é...


Quando estamos felizes deixamos o tempo passar sem se perceber,
O mesmo acontece quando esta alegria se traduz na leitura de um livro que te fascina,
ou se envolver na criação de uma estória, ou na pintura de um quadro, ou para pensar sobre as fronteiras mais externas de nossa capacidade perceptiva, tentando ver o que existe além das montanhas que cercam nossa visão,
pode haver suor mas será abençoado,
pode ser prática deliberada, mas será bem vinda, querida, perseguida,
não será uma obrigação para com o sistema,
não será como um serviçal atendendo à ansiedade da vida burguesa,
mas sim como uma fonte essencial de subsistência,
alimentar a própria alma,
não nos esforçamos quando estamos felizes,
todo o sacrifício vale apena se engrandece nossas vidas,
especialmente quando não for,
quando se consistir em uma brisa que nos faz perder a noção do espaço,
fechar os olhos e sentir em pequenos espasmos,
o soprar e o balanço de todas as cousas a enfeitar,
nosso lugar mais seguro, nosso conforto maior, 
atender ao chamado do Deus que habita em nós,
nosso maior gênio, e que poucos podem conversar,
ser assim não depende da dor ou de espinhos a sangrar pés descalços,
nem se precisa caminhar, basta ser, o mais intenso e consciente possível,
o fim não justifica o meio,
porque ambos são o mesmo, se fundem sem ter uma linha de chegada, quando já se chegou, 
é por isso que o gênio ultrapassa as fronteiras do ''impossível'',
porque o seu ponto de chegada é o seu ponto de saída,
ele não precisa de disputar ou competir,
apenas de sentir, de seguir a sua intuição e sucumbir,
ao delicioso chamado de sua sereia mais adorada,
sua mente a consumir-se por inteira, está tudo certo para gênios e sábios, porque o mais importante eles já fizeram ou farão, inevitavelmente, sua auto-procura e posterior auto-descoberta,
é como encontrar uma nova terra de vivência,
um novo continente ou planeta,
eles andam pra frente, sem precisar de sombras a lhes guiar,
porque se iluminam como a vagalumes em noites quentes de verão,
a tudo aquilo que é intrínseco virá, como uma torrente natural, 
a mente entendendo o cérebro e traçando o próprio destino,
não há nada de esforço, em ser a si mesmo, e principalmente, quando se entende tanto. 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A simplicidade da alegria



Dinheiro nenhum compra a alegria,
Que em sua simplicidade 
Floresce inócua, virgem como água de nascente,
Razões são poucas e estão suspensas pelo ar,
A essência da vida, 
O encontro de almas genuínas,
A emoção de cada partida, de cada despedida,
Porque cada momento é digno,
Calma e constante, 
Como a um vento de chuva cortando o torpor do verão,
A alegria não é sentida, se respira,
A paz paira pelo cheiro, a perfeição é vivida,
Esta é a finalidade da sensação, da sensação da vida,
Sem pressa nem demora,
Estando no lugar e no tempo certos,
A precisão da alegria não é matemática,
É a chegada de uma longa procura,
Pelo amor em sua forma mais pura, mais zelosa.