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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

A diferença entre a descrença em deus e na vida

 Dizem "alguns' que a depressão e o suicídio são resultados da "falta de deus", "de fé".. Mas eu acredito que não sejam o mesmo tipo de descrença porque o ateísmo é em relação a deus e a depressao à vida. Se eu posso considerar o ateísmo como a possibilidade mais plausível, mas continuar buscando um sentido em viver, por exemplo, por experiências prazerosas (Ou de perceber que o sentido da vida está em si mesma). E eu posso ter uma crença inabalável em deus mas isso não impedir que fique muito deprimido e perca a vontade de viver, até mesmo desejando adiantar a minha "passagem" para a "eternidade". 


Depressão clínica versus existencial 


Também tem outro fator relacionado com essa discussão que pode confundir, a diferença entre a depressão clínica e a existencial. A primeira é causada por uma combinação de fatores: predisposição intrínseca a ser muito emocionalmente instável, que pode levar à depressão, mais gatilhos externos, como algum evento traumático. Já a existencial é a melancolia resultante do abraço ao hiperrealismo, ao nível mais alto de compreensão da realidade: de aceitar que só existe uma vida para viver, que somos todos iguais, essencialmente e/ou que somos criaturas sem importância diante da imensidão absurda do universo. 


Concluindo, a descrença em deus pode levar à descrença no próprio sentido de viver, mas não significa que sejam causais. Pois se assim fosse todo ateu seria depressivo ou nenhum religioso padeceria de depressão. Ainda assim, é possível especular que, para algumas ou muitas pessoas, a crença religiosa pode funcionar como uma proteção. Isso também depende de quais pessoas estamos falando. Tem aquelas percebem maiores benefícios emocionais sendo ateias. 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

A felicidade da sabedoria é a mais verdadeira de todas porque apesar de toda consciência existencial o sábio ainda consegue ser feliz

Felicidade pura, sem/com quase nenhum rastro de ilusão. 

Enquanto que a maioria das pessoas tendem a se tornarem deprimidas quando são super expostas ao realismo existencial, o sábio é dos poucos que ainda consegue ser feliz e mais, de maneira pura, pelo simples fato de viver e pelas pequenas ''coisas'' da vida, mesmo ou especialmente nessa condição. Aliás, o sábio é mais caracteristicamente sábio exatamente quando se torna mais e mais existencialmente realista porque é a partir daí que a sua labuta ou ''missão'' se fará mais explícita, primeiramente pra si mesmo, se já será um grande desafio pra ele de enfrentar as agruras da depressão existencial.


A sabedoria se consiste na felicidade racional, em partes porque é intrínseca ao ato de viver, isto é, dá-se sem a necessidade de qualquer outra razão a não ser a de que vive. É racional por não se basear em ilusões mundanas, por causa da hiper-certeza quanto ao ato especial de viver, ainda mais quando estiver aliado ao conhecimento da espinha dorsal da macro-realidade. O sábio substitui as mentiras dos sistemas de crenças humanos por fatos que são de extrema importância para a sua sobrevivência e segurança, resultando na construção de um pequeno porém verdadeiro castelo de certezas, que com certeza o ajuda a sobreviver à sua constante melancolia.