De fato, a priore, racionalidade e sabedoria não são nada mais nada menos que palavras ou termos sem contexto e valor moral, como eu tenho falado, e sim, elas podem ser usadas tanto para o bem quanto para o mal.
No entanto a racionalidade pende para o pensamento balanceado, de qualquer maneira, que pode resultar em ações de mesma natureza.
Maior é a razoabilidade do pensamento, mais racional, e mais próximo da sabedoria, se, de acordo com a minha interpretação deste termo, se consiste em um caminho intermediário que se principia, incompleto, pela lógica. Inevitavelmente a racionalidade, uma hora ou outra, acabará esbarrando nas questões morais, porque se consistem apenas em um dos fatos óbvios que compõem a nossa realidade e em especial o alcance perceptivo humano, via auto-consciência. A autoconsciência inexoravelmente leva ao pensamento moral, que em sua completude perceptiva leva à benignidade comportamental proporcional, o neo-termo que eu estou propondo, não necessariamente para substituir a moralidade objetiva, mas para especificar ainda mais, isto é, caminhando ainda mais em direção à sabedoria e ao seu modelo moral mais provável.
E a sabedoria, já em sua etiologia [busca pelo conhecimento], pende para o inexorável caminho da completude, em que, ao contrário de uma abordagem lógica ou proto-psicopática, que suprime a empatia afetiva para entender o mundo, usa os ''dois'' tipos essenciais de abordagem, afetiva e cognitiva, para fazê-lo.
A partir do aprendizado ou do conhecimento, e claro, quando este já estiver bem fixado ou ao menos internalizado, pressupõe-se que as chances para que se possa cometer equívocos diretamente relacionados a este conhecimento, serão reduzidas drasticamente, se, já sabe, tem o conhecimento, então ao vivenciar uma situação em que este for requerido, a possibilidade de cometer erros será muito menor do que quando não era ''conhecedor''.
Esta supressão progressiva da repetição nos mesmos erros se consistiria em uma das manifestações mais características da sabedoria. Não apenas a busca pelo conhecimento mas também da supressão progressiva e perfeccionista de seus erros.
Lógica essencial da existência: harmonia, generalizada, parcial ou insular. Como eu tenho falado, nada existe sem ter alguma harmonia embutida. Uma pedra não existiria se não fosse um elemento inanimado internamente harmônico. Por causa de uma sobreposição de harmonias a vida complexa tem sido possível em ''nosso'' planeta. Tudo aquilo que existe e que se sustenta por longo tempo está sob a força da harmonia dos elementos. Portanto, negar essa lógica, que é basal/fator g para qualquer conhecimento, já se consiste em um claro sinal de estupidez.
Portanto por mais que racionalidade e sabedoria se consistam em conceitos amorais, inevitavelmente se moralizarão, porque, sim, existem fatos morais, especialmente a partir do ''alcance perceptivo humano''. Não é a toa que eu gosto de dizer ''os mais sábios'' ou ''os mais racionais'', porque em doses qualitativamente altas, ambos inevitavelmente se tornarão mais benignos, ou tendo a benignidade como ímpeto inicial, do que a malignidade, ainda que eu também costume falar muito sobre ''os sábios'', e talvez seja de bom tom evitar falar deste grupo como se todo sábio fosse como ''os mais'', isto é, indiscutivelmente benignos.
Se a Terra nos fosse maligna, e portanto menos harmoniosa, não haveria chances para a vida brotar em si mesma, muito menos a vida complexa. A harmonia não é apenas uma atitude contemplativa mas também prática no sentido que, é muito mais útil para se buscar pelos maiores mistérios da Terra, do que a sua falta. Não é a toa que os países que ainda são dos mais racionais em suas constituições sócio-econômicas, estejam muito mais próximos de iniciar esta missão do que aqueles que sempre estiveram chafurdados na lama da ignorância, estupidez e portanto, falta de harmonia, ainda que os primeiros não sejam predominantemente racionais [longe disso], e bem, pra falar a verdade estão até piorando e muito em suas conquistas, e que as essas conquistas tenham se dado justamente com base na falta de racionalidade no lido diplomático com os outros povos. Imaginemos o quão evoluída a humanidade estaria se a sabedoria substituísse totalmente essas psicoses que chamamos de: ideologia, cultura ou religião*
Em termos evolutivos, a harmonia via sabedoria, se plenamente introduzida, ainda proporcionará a maximização do bem estar social e da segurança biológica, isto é, da evolução e da sobrevivência da espécie.
Maior é o nível de autenticidade [intensidade qualitativa] e de intrinsecabilidade [intensidade expressiva], maior será a expressão geral de certo elemento: traço/comportamento ou ser. Maior é o nível de autenticidade e intrinsecabilidade [manifestação super-característica] da racionalidade ''e/ou da' sabedoria em um indivíduo hipotético, mais racional ou sábio ele será, e maior será a verdade de sua expressão. Tal como a intensidade das cores, um vermelho característico versus um vermelho vinho, versus um vermelho claro quase rosa.
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