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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Escrever em poesias é sempre bom...



... mesmo que não seja, mesmo se for só poeticamente, esta é a minha mente, curto o ritmo, gosto de rimas, lamentos e reclamações. Gosto desta música sem sinfonia, são as palavras os seus instrumentos musicais. Não é sempre bom, é sempre melhor rimar do que datilografar em pensamento. Palavra, palavra, palavra, ponto. Eu prefiro, palavra, bolacha, dilata e ponto, de exclamação ou de acento. Meu mundo é de metáforas e analogias. E nada mais correto do que musicar-lhe à rimas em meus textos poeticamente concretos. Não é fluido como emoções a brotar do inconsciente, é uma tentativa de misturas entre o intuitivo e o convergente. Dar uma ordem ao caos de beleza que se consiste este descompasso. Controlar a explosão de rimas desvairadas, soltas pelo ar, catá-las e fazê-las trabalhar, explicando ao invés de sentir. Quero explicar, mas fazendo bem aos ouvidos. Canso-me fácil, é minha ansiedade doce a me ninar, balança demais o berço, longo penso, não dá pra ler sem ter o que rimar, sem ritmo de música, sem este jogo de palavras, o tédio se tornará como o ar, soberano e totalitário. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A sabedoria é um sistema de fatos



A sabedoria é a construção constante/dinâmica de um sistema de fatos e não de crenças. É a anti-religião por natureza, porque renega qualquer forma de ilusão ou alienação da realidade . É a filosofia por primazia, em sua manifestação legítima, verdadeira, coerente com o seu conceito. Mas a sabedoria não é científica, porque enquanto que a primeira é essencialmente harmônica em sua utilidade, a segunda caminhou para se tornar pragmática e portanto pode servir tanto a santos quanto a demônios. A sabedoria plena nunca serve à maldade, por serem de naturezas completamente antagônicas.


Multitarefa e super-especificidade cognitiva



Eu não sou multitarefa, 
e por que seria**
se a minha mente gosta, gosta a beça mesmo,
então eu largo tudo para viver esta alegria,
me especializo sem perceber,
o tempo passa quando estamos com sorriso no rosto.

eu sei qual é o tamanho dos meus elásticos, 
evito a dor intelectual, de sair de minha zona de conforto,
mas dizem que a vida valorosa é sacrifício,
eu não acredito nisso,
o valor da vida é a  de ser indivíduo,
sem ser egoísta. 

sei do tamanho de minha pegada,
e sei que não não posso dançar um tango, borrando o chão de marcas de sapato,
se só posso olhar para um caminho e seguir direto, rumo à minha estrada.

Deus me deu pouco, 
mas o suficiente,
e o mais importante é ter olhos para saber onde pisar,
e ir em frente, sem se perguntar,
é o chamado da alma,
da irritação cá em minha mente,
que me faz levantar todos os dias e viver esta minha curiosidade,
sem cessar ou titubear.

é a maior certeza de minha vida,
de escrever poesias,
e de filosofar,
de usar meus olhos de criança e observar,
de analisar e pesar o existir,
sem balança ou números a lhe pedir.

A vida é simples,
quando  o caminho é conhecido,
transcender vira uma brincadeira,
tem de ter responsabilidade, mas sem carreira,
eu não quero me mostrar,
ainda que queira, 
porque este é o elixir da vida,
queria compartilhar esta fantasia rica de aprendizados,
ardente em sua paixão, serena em sua abrangência,
que nos acolhe e passa a mão nos fios dos cabelos,
faz redemoinhos e tranças, dá carinho, cafuné.

Eu não posso fazer duas coisas ao mesmo tempo,
e não quero,
não posso fazer aquilo que não gosta de mim,
tem de ser empático,
isto é sinceridade para consigo,
se a sociedade é mentirosa desde à intimidade dos seres,
o autoconsciente é aquele que será o mais verdadeiro,
se o interagir com os outros nasce dentro de nós como a um rio que brota de uma fonte íngreme e escondida,
se muitos mentem pra si sem perceberem, 
esta mentira se expandirá até remeter-se,
a teia social é um muro de inverdades,
fogueira de vaidades e seus espelhos quebrados,
se acham magros ou gordos demais,
veem-se como caricaturas, como deformidades, e as chamam de beleza ou de humildade,
exageram suas qualidades e escondem seus defeitos debaixo do tapete.

Multi eu não sou,
porque eu sei que sou uno,
tão ciente que não perco meu tempo como um impostor.





domingo, 29 de novembro de 2015

Um exemplo de pseudo-contradição



Recentemente me deparei com uma frase, no twitter, de uma ''moça'', oriunda de uma racinha pra lá de idiota e perigosa (uma força da natureza, semelhante às vespas parasitas, se me entendem!), demonstrando um misto de desonestidade, a marca registrada de ''sua inteligência superior'', com mal caratismo da pior espécie, que também poderia ser ''apenas'' entendido como estupidez. E pasmem amigos, porque esta ''moça'' ainda é, se define como uma ''cientista''. É pra odiar muito d'estes quase-albinos da Eurásia Ocidental não acham** Pois então, a tal ''moça'' resolveu se indagar do porquê dos ''esquerdistas ocidentais'' estarem prestando maior atenção na criação de banheiros públicos para pessoas de sexualidade inatamente alternativa do que para os 2,5 bilhões de pessoas que estão sob o espectro da fome, principalmente nos países mais pobres.

É contraditório não acham**

Não, não é, porque UMA COISA NÃO TEM QUE VER COM A OUTRA.

O fato de estar, ''por agora'', mais preocupado com uma coisa, não significa que não se estará preocupado com a outra em um futuro próximo ou ao mesmo tempo. Não se excluem automaticamente. No mais, é mais lógico tentar melhorar a qualidade de vida, mesmo nos mínimos detalhes, de uma parcela altamente vulnerável e discriminada da população, algo que está ao nosso alcance, do que de tentar por agora, ''resolver'' ou tentar resolver um problema de macro-escala que está anos luz mais distante de nós, soterrado sob as mais complicadas das variáveis geopolíticas, psicológicas, históricas etc. Eu só posso lamentar que tenhamos milhões de pessoas que ''ainda'' não tenham o básico para comer, e talvez muita coisa pudesse ser feita se o povo não fosse um ''gado feliz'' em termos de mobilização real. No mais, jogar uma coisa contra a outra, só poderia ter sido pensado por uma retardada psicopata de um certo povinho que pensa que é muito ''esperto'', mais um veneno grátis oriundo de uma ''nação'' sem fronteiras e sem limites de moralidade.

A diferença entre esforço e prática deliberada via motivação intrínseca



Esforço excessivo é anti-natural,
prática deliberada via disposição natural não é...


Quando estamos felizes deixamos o tempo passar sem se perceber,
O mesmo acontece quando esta alegria se traduz na leitura de um livro que te fascina,
ou se envolver na criação de uma estória, ou na pintura de um quadro, ou para pensar sobre as fronteiras mais externas de nossa capacidade perceptiva, tentando ver o que existe além das montanhas que cercam nossa visão,
pode haver suor mas será abençoado,
pode ser prática deliberada, mas será bem vinda, querida, perseguida,
não será uma obrigação para com o sistema,
não será como um serviçal atendendo à ansiedade da vida burguesa,
mas sim como uma fonte essencial de subsistência,
alimentar a própria alma,
não nos esforçamos quando estamos felizes,
todo o sacrifício vale apena se engrandece nossas vidas,
especialmente quando não for,
quando se consistir em uma brisa que nos faz perder a noção do espaço,
fechar os olhos e sentir em pequenos espasmos,
o soprar e o balanço de todas as cousas a enfeitar,
nosso lugar mais seguro, nosso conforto maior, 
atender ao chamado do Deus que habita em nós,
nosso maior gênio, e que poucos podem conversar,
ser assim não depende da dor ou de espinhos a sangrar pés descalços,
nem se precisa caminhar, basta ser, o mais intenso e consciente possível,
o fim não justifica o meio,
porque ambos são o mesmo, se fundem sem ter uma linha de chegada, quando já se chegou, 
é por isso que o gênio ultrapassa as fronteiras do ''impossível'',
porque o seu ponto de chegada é o seu ponto de saída,
ele não precisa de disputar ou competir,
apenas de sentir, de seguir a sua intuição e sucumbir,
ao delicioso chamado de sua sereia mais adorada,
sua mente a consumir-se por inteira, está tudo certo para gênios e sábios, porque o mais importante eles já fizeram ou farão, inevitavelmente, sua auto-procura e posterior auto-descoberta,
é como encontrar uma nova terra de vivência,
um novo continente ou planeta,
eles andam pra frente, sem precisar de sombras a lhes guiar,
porque se iluminam como a vagalumes em noites quentes de verão,
a tudo aquilo que é intrínseco virá, como uma torrente natural, 
a mente entendendo o cérebro e traçando o próprio destino,
não há nada de esforço, em ser a si mesmo, e principalmente, quando se entende tanto. 

Criatividade: genes ou ambiente** Pergunte a um criativo!!



Se pode aprender intuição**

O pensamento criativo (divergente e/ou lateral) é um estilo intrínseco de abordagem ideacional, isto é, o criativo, especialmente aquele que for conceitualmente coerente com a criatividade (que eu já expliquei neste texto), apresenta grande disposição para pensar de maneira divergente e/ou lateral, desde o início (a fecundação) de seu pensamento, que já será propenso a se dar de maneira singular. Esta breve conclusão por si só acaba com o mito de que a criatividade possa ser aprendida, isto é, que se consista em uma habilidade adquirida por aprendizado e prática.

Talvez, se possa demonstrar como que o pensamento criativo nasce e se desenvolve, mas será por deveras complicado ''ensinar'' intuição, que é basicamente o meio mais característico de se ter ideias novas e de qualidade.

Se a alma da criatividade é a intuição, então esqueça, ninguém poderá aprender a ser intuitivo se já não tiver esta disposição inata. Ideias criativas brotam de maneira subconsciente, a partir de um acúmulo diverso de vivências essenciais díspares. O criativo ''genuíno'' tem muitas ideias e pensamentos, convergentes e divergentes, em relação a vários aspectos da fenomenologia/vida. Algumas dessas ideias poderão ser de alta qualidade e lhe chamará a atenção (chamam a minha atenção) da mesma maneira que uma bela mulher ruiva chamará a atenção nas ruas de um país ''moreno''.


sábado, 28 de novembro de 2015

O pensamento racional (destituído do pensamento sábio ou completo) e a paralisia em relação à dinâmica da dominação e submissão social




Por que ''algumas'' pessoas 'muito'' inteligentes podem ser tão ingênuas** 

Um exemplo pessoal


Reciprocidade empático-racional mecânica


''eles vão parar de conversar alto e de brincar''

......

Eu não vou revelar muito sobre meu cotidiano, é claro, mas irei pincelar de leve um pouco do que vivo para que possa usar este exemplo de vivência pessoal neste texto. Em minha casa, são dadas aulas particulares e um grupo de colegas adolescentes, dia sim, dia não, tem ido para a cozinha, bem ao lado da sala de estar, para estudarem para as provas finais do colégio ou então para o vestibular. 

Estes adolescentes, tal como bons exemplares de sua espécie, são faladores quase compulsivos e muitas vezes ultrapassam o BOM SENSO ou ATITUDE RACIONAL em relação ao volume da conversa.

Pessoas mais racionais ou que estão sendo menos influenciadas pelos hormônios principalmente nesta fase complicada da vida, aprenderiam ao longo do tempo a reduzir o volume da voz, nesta ou em outra situação similar que exigisse esta tomada de atitude

É problemático para os mais racionais (que necessariamente não quer indicar sabedoria ou a sua expressão completa) ter de repetir a mesma coisa, várias vezes, até que os outros (da situação) possam acatar os seus conselhos ou pedidos.

Pois bem, agora o exemplo de vivência pessoal. Me sinto mal em ter de pedir educadamente (ou não), todos os dias, para que o grupelho de adolescentes que vem estudar na cozinha de minha casa converse baixinho, por duas razões, primeiro, a timidez (e medo que falem mal de mim pelas costas), segundo, a obviedade racional (isto é, parar de agir errado ou estupidamente) e terceiro a expectativa para reciprocidade empático-racional mecânica

É recíproco ou espera-se que seja porque se idealiza que, racionalmente falando, o outro entenda que não há melhor solução além da que tiver sido (gentilmente) proposta.

É empático porque se consiste em uma abordagem retida em confiança e busca pela harmonização do ambiente de interação social. 

E é mecânico porque vem de maneira natural e para a maioria daqueles que forem mais racionais, neste sentido, também será natural acreditar que... uma hora ou outra...o outro caia em si e retribua coerentemente ao pedido ou atitude, isto é, que a recíproca seja verdadeira.

Analogia com a situação atual da Europa deste início de ''século XXI''.

Estamos vendo milhares de pessoas na Europa gentilmente se organizando para ''receber'' os ''refugiados'' dos conflitos (propositalmente criados) no Oriente Médio porque:

- é o racional a se fazer, ''se somos todos iguais'', ''a cultura é o que mais influencia no comportamento'', ''eles não tem pra onde ir, nosso país é rico e pode oferecer um local para que possam se -restabelecer-'', '' a ''Europa'' é em boa parte, culpada pelos conflitos'', ''outros países já receberam milhares de ''refugiados'' '',

- é o empático a se fazer porque ''eu poderia estar no lugar deles'', ''eles são pobres e vulneráveis'', ''somos todos iguais, humanos e irmãos'' (amem irmão! ;) )...

Então depois de muito pedir com gentileza para que parassem de conversar em voz alta, eu praticamente desisti de continuar a tomar esta atitude com a relativa constância/consistência de antes. Mas ainda continuo acreditando que eles irão em um belo dia se conter por conta própria. Esta ''falsa esperança'' de que mais cedo ou mais tarde ''as pessoas cairão em si'' e modificarão seus comportamentos inapropriados é compartilhada com grande inconsciência por muitas outras pessoas, que não são sábias. 

Eles querem que os ''refugiados'' venham para a Europa e que retribuam esta 'gentileza'' ou melhor, ''obrigatoriedade moral'. Só que a maioria dos ''refugiados'' não vão ser empática-racionalmente recíprocos. 

O pensamento puramente racional não será completo como o pensamento sábio, principalmente porque neutralizará a dedução (lógico) instintiva, essencial para farejar psicopatas.

Os europeus que forem mais orientados por suas emoções, agirão ''semi-instintivamente'', compartilhando o seu ego, ou empatia primária e esperando a reciprocidade, não importa de que magnitude e em que momento. Mesmo a mais desapegada das ações ainda será feita na espera ou expectativa por uma reciprocidade mais coerente. Os europeus que forem mais racionalmente orientados, por sua vez, agirão exatamente como eu, na situação pessoal relatada, isto é, farão aquilo que gostariam que fizessem por eles além das racionalizações unilaterais e superficiais exemplificadas acima.




O pensamento racional será paralisante dentro de um contexto em que emoção e instinto também forem muito importantes. É completamente racional ser generoso/bondoso, mas desprezando a natureza humana, também será suicida e futuramente ruim porque ao se desprezar o mal, lhe será conivente e colaborador a longo prazo.