Minha lista de blogs
Mostrando postagens com marcador sistema de fatos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sistema de fatos. Mostrar todas as postagens
sábado, 25 de março de 2017
Sistema de valores morais versus sistema de crenças: e o diferencial do sábio...
A moralidade subjetiva se baseia em um sistema de crenças para construir o seu sistema de valores morais, e isso pode se dar tanto a nível pessoal quanto a nível coletivo.
A moralidade objetiva se baseia diretamente em um sistema de fatos morais para construir o seu sistema de valores morais, partindo da ideia de que fatos e valores são praticamente a mesma coisa ou que se complementam, se o valor é a atribuição qualitativa que é dada a um fato [mas que também pode ser dada a um factoide].
Por exemplo:
É moralmente errado, sob a ótica da moralidade objetiva, matar animais não-humanos por puro deleite OU por qualquer outra razão que não seja para se alimentar, especialmente em situações que tornam totalmente necessária esta ação, isto é, quando não há como escapar dela.
Os valores morais ou fatos morais que são embasados na moralidade objetiva ou universal extraem de si mesmos a verdade e o valor de uma ação ou projeto de ação.
Em compensação os valores morais que são retidos de um sistema de crenças, pessoalmente incompleto [o que você ACHA que é o certo] ou coletivo (religião, ideologia, cultura), isto é, que são baseados na moralidade subjetiva, em média não são fatos, especialmente porque tendem a se basear em crenças... que são potenciais ou pré-fatos.
Neste caso temos uma confusão entre pré-fatos e valores morais, em que, a partir dos pré-fatos ou de uma predominância deles, são construídos os valores ou a maioria deles, isto é, que partem da justificativa ou argumentação de sua suposta imprescindibilidade até à própria consumação do ato.
Exemplo: ''Deus'' ''criou'' os animais para nos servir.
Isso é um pré-fato, de natureza bizarra e portanto pouco provável de ser verdade, porque, Deus ''não existe'', ao menos de modo antropomórfico, e portanto ''ele'' não criou os animais para nos servir. O que de FATO aconteceu é que ''nossa' inteligência 'superior'', que se consiste em uma grande vantagem, nos colocou no topo da cadeia alimentar [que os ativistas veganos e pró-animais me perdoem].
Portanto a crença é um pré-fato, um fato em potencial. Ela pode ser bizarra e portanto improvável de ser verdadeira, como no caso da suposta ressurreição de Jesus e de seu suposto retorno 'à Terra'... depois de morto, que ''já faz'' alguns milhares de anos. E ela pode ser mais lógica, por exemplo, a possibilidade de existência de vida inteligente em outros planetas.
A crença em extraterrestres também é um sistema de crenças, evidentemente, só que é mais factualmente provável do que a crença em Jesus Cristo ou no cristianismo. Ambos são pré-fatos ou fatos em potencial, e novamente, o primeiro tem boas chances de se tornar factual, ao menos pra nós, terráqueos, enquanto que para o segundo as chances são quase nulas, se já não pudermos anulá-las por definitivo.
O primeiro se baseia na lógica, o segundo em uma psicose coletivizada ou culturalizada.
A moralidade subjetiva constrói valores com base em distorções primordiais da realidade. A moralidade objetiva constrói valores com base na realidade, pois se consiste em uma relação direta com fatos e em especial com os fatos morais ou de comportamento.
A moralidade objetiva não é apenas UM ideal mas O ideal por ser extremamente perfeccionista e/ou justa e não apenas com os seres humanos.
A moralidade subjetiva, que tem sido a regra dos seres humanos, surpreendentemente também emula o mundo natural, apesar de seu caráter ilusório e predominante. A moralidade subjetiva mistura um pouco da frieza do mundo natural, ainda que o mesmo também esteja populado por comportamentos positivos, sem falar que muitas espécies não-humanas não são de comportamento parasitário nem de predador, com o mundo anti-natural das psicoses humanas, que o rejeita, que lhe vira as costas, se atomiza de sua realidade que é geralmente bruta, a luta instintiva pela sobrevivência. Em outras palavras, a moralidade subjetiva também pode ser entendida como uma moralidade internamente desintegrada mediante este caráter de ''dupla personalidade'', fria como o mundo natural e pretensamente boa como o mundo anti-natural humano.
A moralidade objetiva deriva diretamente do mundo natural, só que, ao invés de submeter-se às suas leis não-escritas [ou 'não-leis'], supostamente realistas, como os ''naturalistas'' tendem a pensar, as melhora, maximizando o valor da vida individual mas buscando também conciliá-lo com a necessidade da coletividade, especialmente em espécies sociais. Também percebam que tanto na moralidade subjetiva humana quanto na moralidade do mundo natural, existe uma clara tendência generalizada de desprezo ao indivíduo e ênfase desequilibrada no coletivo.
O sábio é aquele que colhe os seus valores direto da moralidade objetiva, construindo ao longo de sua vida um sistema de valores morais e dificilmente tendo como complemento dominante um sistema de crenças. O sábio não crê que o seu valor esteja correto, ele sabe que está, porque não foi baseado em uma crença, mas em um fato moral ou de comportamento, muito bem analisado e transformado em um valor.
Para o sábio o seu sistema de crenças, porque ele também crê, jamais se sobrepõe ao seu sistema de valores, enquanto que é a regra humana que a crença determine o valor.
E novamente, a racionalidade, que é uma ferramenta de uso fundamental para o sábio, nos mostra que os fatos não são apenas ou especialmente gélidos de emoção, porque a mesma será de grande importância para completá-lo, se ela existe justamente enquanto reação à realidade, como um eco da percepção, percebendo e reagindo, vendo e dando valor ou atribuindo, com base na emoção. A emoção é a crítica, porque julga o fato, dando-lhe valor. Portanto ela é essencial para a acuidade ou justiça do pensamento.
Por exemplo, ao vermos um ente ou amigo que é muito querido, e que não vínhamos a muito tempo, por força da distância, primeiro, o reconheceremos: a sua fisionomia [se não mudou muito ''de cara''), os seus trejeitos não-verbais, o seu tom de voz, as suas características físicas gerais, roupas. ''Puxaremos pela memória'' pra ver se nos lembramos dele de maneira nítida ou mais embaçada.
Tudo isso se consiste em um reconhecimento de padrões, e de fatos. Nosso amigo ou ente distante e querido, é um fato, porque é um ser real, de carne e osso, que apresenta padrões de constituição física e psicológica particulares e gerais. Se gostamos muito dele, por ele já ser muito querido por nós, então tenderemos a reagir com grande alegria, entusiasmo, talvez também com certa desconfiança, tentando descobrir se ele irá reagir do mesmo modo, se nutre os mesmos sentimentos. Nossas reações são claramente emocionais, denotando o papel auxiliar ou melhor, complementar, que a emoção tem sobre a compreensão factual, sobre os fatos que compilamos.
Outro exemplo. Ao reconhecermos uma situação evidente de injustiça, caminharemos para reagir de maneira emocionalmente proporcional, com revolta, tristeza, que em condições normais de temperatura e pressão, seríamos todos excepcionais nesta capacidade de reconhecer e/ou diferenciar justiça de injustiça...
A emoção complementa o fato, lhe dá valor estético, e portanto moral.
Ao nos tornamos conscientes que milhões de animais domesticados estão sendo literalmente assassinados em massa, e pararmos para pensar que eles também sentem dor, que também são vidas, de nos colocarmos no lugar deles [empatia], primeiro, tomaremos essa realidade como um conjunto de fatos, que obviamente são, e reagiremos a eles, via emoção. Pessoas tolas, de qualquer estirpe, em estado permanente de ignorância ou que ainda não despertaram e que portanto apresentam algum potencial para a sabedoria [particularizada ou generalizada], tenderão a: analisar de maneira fria, compilando os mesmos fatos iniciais, geralmente capturáveis via verdade objetiva, isto é, pelo simples reconhecimento via sentidos, e em especial pelo sentido mais importante nesta tarefa, que é a visão. Tentarão lutar contra os fatos que lhes forem mais inconvenientes, por exemplo, que os animais também sentem, tentando justificar o tratamento aterradoramente tirano que os humanos dão a eles, tal como algumas desculpas analfabetas que são rotineiramente usadas que eu usei como exemplo de ''pré-fato''.
Suas reações emotivas serão aquém do ideal, até mesmo porque já começarão patinando na lógica generalizada ou racionalidade.
Animais não-humanos domesticados ou dóceis, fato.
São vidas, fato.
Sentem, fato.
Estão sendo trucidados ou tratados da pior maneira possível, fato.
... dentre outros fatos, menos conhecidos, por exemplo,
Animais não-humanos variam de personalidade, fato.
Isto é, estão sendo tratados de maneira generalizada, como se fossem todos desgraçadamente iguais pra serem destroçados pela besta humana.
Vemos no entanto que podemos e que tendemos a ser solapados por nossos instintos e que dependendo de nossos graus de empatia ou de espelhamento de similaridades em relação ao ''objeto'' de ênfase, é possível que esta esperada reação recíproca, racional ou correta, não se fará de maneira ''perfeita'' ou mesmo, que sequer aconteça.
Percebam que as nossas memórias também tendem a influir nisso, juntamente com as nossas formas ou disposições/e similaridades. Por exemplo, pode-se ter maior empatia ''por'' um grupo do que por outro, e tudo isso parece ser mediado pelo nível de similaridade mas também pelo nível de deliberação analítica e completa [lógica + emoção} em relação ao objeto de escrutínio, isto é, o pensar antes do agir. Mas especialmente, o agir/emocional também depois do pensar correto.
No fim o que também diferencia sábios de tolos é o nível de objetividade moral, em que não tão surpreendentemente a velha ''leia de Talião'', aparecerá como importante base para o desenvolvimento da moralidade objetiva, eu disse ''como base'', porque este conjunto de leis de reciprocidade comportamental é demasiadamente direta ou crua, enquanto que também é de vital importância nos apegarmos aos detalhes, às minúcias, antes de julgar.
Lei da proporcionalidade, comportamental e analítica
O sistema de crenças se esbarra logo de cara na lei da proporcionalidade, ao tomar como verídico aquilo que para os mais mentalmente saudáveis não passa de um devaneio estruturalizado.
A lei da proporcionalidade é uma das regras fundamentais da moralidade objetiva, que pesa/balança todas as variáveis possíveis de serem capturadas enquanto que a moralidade subjetiva [e também a naturalista, que toma o instinto como se representasse a verdade total dos fatos, especialmente dos fatos morais ou de comportamento] ao invés de analisar primeiro, os padrões, mas tendo o mundo real das interações, das ações e reações, da justiça de tratamento, de reciprocidade, ao seu dispor, criticar, geralmente com base em um aumento exponencial da emoção, mas de preferência sob controle e bom uso, e por fim julgar, fazem aquilo que eu já falei em outro texto: criticam e julgam a própria crítica, isto é, e neste caso, criam valores com base em crenças, e não com base em fatos.
''Eu vou comer carne porque Deus criou/inventou os outros animais para nos servir''
Valor em cima de uma crença.
Falácia psicótico-cultural
''Eu vou comer carne porque na natureza todos os outros seres vivos fazem o mesmo, por causa da cadeia alimentar''
Falácia racional-naturalista [e que na verdade é lógico-naturalista]
''Eu sei que 'Deus' não inventou os outros animais para nos servirem.'' Também é factual desmanchar este tipo primitivo e simplório de pensamento.
''Eu sei que quase todas as outras espécies também precisam matar para se alimentar'' fato.
Falácia ''racional-naturalista'' = ... porque eles são mais realistas do que nós, porque são menos emocionais, por isso é ''racionalmente'' correto imitá-los... porque nós também somos animais...
Só que como eu comentei no texto que deixei lincado, os seres vivos não-humanos não são mais realistas que nós, pelo contrário, por serem ainda mais instintivos eles são menos realistas. Eles não tem escolha e o caminho da racionalidade, da razão, é o caminho, da escolha, porque sem a dominância beligerante do instinto, nós nos tornamos e nos tornaremos mais e mais abertos ou perceptivos à outras perspectivas, além da perspectiva egocentrada imediata. O caminho da razão é basicamente o caminho da expansão da percepção, que antes, metaforicamente exemplificando, tínhamos um túnel de luz chamado instinto nos guiando, agora temos a percepção de todo ambiente, ampliando as nossas possibilidades de escolhas.
Portanto, apesar do forte argumento naturalista, que apela para a lógica ''somos animais e precisamos agir como eles'', esta tende a basear-se, a meu ver, especialmente, na falácia ''instinto = realismo'', enquanto que, apesar da grande proporção de seres humanos que são esquizoformes, isto é, que apresentam fraquezas psico-intelectuais bem expressadas por suas crenças [confusões de racionalidade], isso não significa que não existirão seres humanos muito mais realistas, e como eu já falei várias vezes, o mais realista de todos é o sábio, e isso pode ser entendido como uma bênção e uma cruz, porque é sempre bom ter o ego bem alimentado, de se estar mais certo do que a grande maioria, mas ao mesmo tempo, isso vale pouco, porque essa grande maioria geralmente pouco se importará com isso, muitas vezes fazendo do sábio um observador passivo da realidade alucinógena e moralmente embotada que tem caracterizado a experiência humana.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
A alegoria do coletivo zumbi e do indivíduo
O sentido da vida repousa nas mãos e na mente do indivíduo, isto é, aquele que de fato compreende que sua existência, se faz com base em sua clausura essencial, sua constituição carnal e única, que prende a energia concentrada que se consiste na essência de seu ser.
O coletivo se confunde com a cooperação, mistura público e privado, segue-se sem se perguntar o que poderia estar ou dar errado. Como uma enevoada de pássaros ou massa de gados, tristes ou comedidamente histéricos, se lançam em danças sem improviso ou criatividade.
Há tantos filmes sobre eles, os zumbis, que nada mais são do que destruir, enquanto ação. Consomem sem pudor, sem pensar que o produto irá cair, n'algum terreno baldio, obstruir algo ou entupir, enfeiar o solo, exalar mal cheiro. Os índios é que são os verdadeiros sábios, neste sentido, porque o homem consumista, branco, de olhos curtos ou um equilibrista, este se transformou num lixão voluntário, num porcalhão, otário, estúpido, a níveis nunca dantes imaginados. Se ama a humanidade, se a idealiza, será o mais iludido de todos, um pobre deísta. As melhores atitudes são as mais simples, porque todo agir tem uma origem. Se sábia desde o início, desde o seu primeiro respirar, se expandirá harmônica, correta e viverá seu ciclo de existência, indefinido, pra sempre se puder ou breve enquanto durar.
Da esquerda ou da direita, zumbidos destes coletivos espantam-nos cada vez mais. Todos eles, cheios de razão, polímatas perfeitos, sábios sem serem. Espumando em suas bocas, lábias, olhos de psicóticos, algumas vezes de moribundos, de bichanos, dos mais preguiçosos, só que sem a medida de suas curvas, de seus narizes, de suas medidas. Não medem passos, mas ações, e reagem instintivos, por emoção. E sem a razão para dar sentido, não será bela esta expressão, o mais provável é que se dê de maneira desmedida, até monstruosa.
O apocalipse está sempre acontecendo, porque quando se mata a verdade, cortam-na, fatiam-na em mil pedaços, fazem uma mistura heterogênea de premissas falsas, tendo alguns nacos factuais, um pouco de concreto, de chão, mas para sustentá-lo, deve ter mais esforço e emoção, e não será aquela que nos faz mais felizes, mais honestos, mas o esforço de escravos, suores que serão justificados, foi ''deus'' quem quis.
Mate a verdade e matará a evolução. Evoluímos pela moralidade, mas muitos pensam apenas na cognição e chamam-na de inteligência. Faça grupos e não tenha indivíduos, selecione os mais abertos para o vento da verdadeira mudança, sem esperanças ou rezas. Se realmente deseja acabar ou começar a lutar contra este baile de máscaras de sanidade, então comece a entender-nos, humanos, animais com roupas de pano, construções de palavras, culturas e sonhos, ou motivações intrínsecas. Ao nos entender de fato, inevitavelmente cairemos no mundo da reprodução. Se quer bonobos, se isole e faça paz e amor. Se quer chimpanzés, clame por guerreiros em lebensraum de pelos e dominância masculina. Bebês já nascem de olhos desafiadores ou doces.
Por um ou dois motivos, mal compreendidos, tomados enquanto o ar que se respira, tentam impor sua revelação, não é luz natural, mas é artificial, inventada, é uma ilusão de naturalidade, de verdade, da realidade encarnada em palavras fáceis de serem digeridas, fáceis demais, porque são tendenciosas, são consumíveis, é para alimentar o monstro ego e não para iluminar. A filosofia, o próprio entender da vida, não pode ser consumida por quem não se reconhece por inteiro, que o faz apenas pela metade de um terço, tudo o que toca, a fé transforma em desespero, e o mal se torna bom, e o bom se torna um inferno, para estes ouvidos carentes, querem ouvir aquilo que querem, não aquilo que é, a realidade permanece ali do seu lado, mesmo que não queira papo com ela, mesmo que lhe pareça feia ou mesmo uma inimiga, que te odeia, mas ela não liga, lhe é indiferente, porque não precisa de ti pra existir.
O coletivo precisa de quantidade para ver-se enquanto qualidade. Mas esta, só se manifesta em indivíduos, sábios e/ou talentosos, ou mesmo em menos prodigiosos, que podem melhorar suas atuações na cena da vida, podem mudar o curso do defeito e fazê-lo perfeito. O coletivo é covarde, age sempre em bando, se esconde em ombros, não se vê como um corpo, mas parte de outro, muito maior, em que se apoia, se aquenta, se sente mais gente do que é. O coletivo é sua ilusão, lhe dá músculos, os que não tem, lhe dá beleza, que não tem, lhe dá certezas, que não sabe o que são.
O zumbido das colmeias humanas são torturantes aos ouvidos mais apurados. Vem em peso, com toda sua conformidade, de formas e pensares. Se espalham, apropriam, tomam pra si, ocupam territorialidades, esfacelam o indivíduo, o mais indefeso de todos, aquele que grita enquanto que todos estão ali, do lado, mas não estão, porque suas atenções estão direcionadas, ouvindo sermões ou dogmas.
A democracia é o poder do povo, tal qual um apocalipse zumbi é o poder dos tolos. Dominam ruas, delimitam atitudes, nos mantém, nós os indivíduos, presos em nossas casas, com medo, mesmo da própria sombra, são ameaçadores, tem tolerância zero, porque não sabem o que é ser tolerante. Estão a procura de cérebros, querem converter à força, na base do estupro mental, que não é comedido, que não é um diálogo, nem mesmo um convencer. Fazem todo o tipo de chantagem e assim é o fanático. Ele precisa de muita força, porque o esforço em excesso não é natural, mas uma aberração, humor negro da verdade. Não é alegria, não é o contato com Deus, com a realidade, mas o contato com a confusão, com a ilusão, incontáveis vezes em que fomos arrasados por estes soldados de pouca reflexão. Parece tão simples, vê-se o problema, tão pouco, basta um caminhar a mais, está parado em frente ao dogma, a lhe hipnotizar, a ''grande revelação'', na verdade, a verdade nunca é grande, quase sempre é óbvia, muitas vezes é chata, muitos brilhos de gênio não são nada mais do que olhar em frente, com franqueza e dizer:
'' - Eu estou vendo o que está em frente aos meus olhos e vou lhes descrever o que é''
Os olhos moribundos, até mesmo tristes, esboçando emoções sem substância, para quem foi criado na crença, ao percebê-la se dissipando diante de ti, se torna um crente melancólico a vagar por aí, exatamente como a um zumbi, a lamentar por compreensão, ao evitar a luz da razão, como sempre faz. Quer convencer na lamentação, quer colo mas também quer atenção e uma oportunidade de impor o seu mundo ocre, monocromático, sem diversidade. Estão sempre pisando na verdade, estão sempre pisando em ti, mas também neles mesmos. Se não podem reconhecer o indivíduo, não poderão ver valor na vida, porque não existe o coletivo, é a sua maior ilusão. Ainda assim, evoluímos pelo coletivo, não somos nossos próprios produtos, mas uma continuação, somos herdeiros sem ter tido escolha do que gostaríamos de ter herdado, e estamos totalmente dependentes dele. Negar a importância do coletivo é como negar a força das massas diante de um único elemento, da correria ou de mil abraços, de uma torcida em polvorosa, d'um trânsito cheio de carros, manadas. O chão chega a tremer. Não podemos negá-lo porque estaríamos negando não apenas a realidade, mas também o seu maior inimigo, o mais poderoso.
O coletivo zumbi da 'esquerda''
e da ''direita'
Marcadores:
coletivo,
criatividade,
evolução,
filosofia,
indivíduo,
motivação intrínseca,
sabedoria,
sistema de fatos,
verdade
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
A sabedoria é um sistema de fatos
A sabedoria é a construção constante/dinâmica de um sistema de fatos e não de crenças. É a anti-religião por natureza, porque renega qualquer forma de ilusão ou alienação da realidade . É a filosofia por primazia, em sua manifestação legítima, verdadeira, coerente com o seu conceito. Mas a sabedoria não é científica, porque enquanto que a primeira é essencialmente harmônica em sua utilidade, a segunda caminhou para se tornar pragmática e portanto pode servir tanto a santos quanto a demônios. A sabedoria plena nunca serve à maldade, por serem de naturezas completamente antagônicas.
Marcadores:
filosofia,
religião,
sabedoria,
sistema de fatos
Assinar:
Postagens (Atom)