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terça-feira, 30 de julho de 2024

Sobre diferenças e semelhanças entre pseudociência e pseudofilosofia/About differences and similarities between pseudoscience and pseudophilosophy

 Uma diferença 


Diga-se, uma diferença elementar...

Só existe uma pseudofilosofia, que é qualquer ideologia que se passa como filosofia. Infelizmente, um hábito há muito enraizado, de considerar ideologia e filosofia como sinônimos intercambiáveis, enquanto a filosofia é uma ideologia por si mesma, de amor pela sabedoria, qualquer linha estruturada de pensamentos pode ser considerada uma ideologia, primariamente se distinguindo quanto ao seu conteúdo e segundo por sua qualidade factual e moral. Mas, então, se apenas uma ideologia que pode ser considerada uma filosofia (quando há uma sistematização do pensamento lógico-racional), qualquer outra ideologia que é considerada uma filosofia pode ser considerada uma pseudofilosofia. 

Já no caso da ciência, é o oposto, se existe uma pluralidade de áreas ou campos científicos, também acontece o mesmo com as pseudociências. 

Essa diferença comunga com as minhas observações sobre as suas respectivas naturezas: a filosofia como uma especialização na generalização (especialização no pensamento e no julgamento) e a ciência como uma generalização da especialização. 

Algumas pseudociências se assemelham mais a uma pseudofilosofia 

Como no caso das pseudociências "do bem", que tendem a ser política e ideologicamente enviesadas à esquerda, porque também se consistem em processos de moralização, de determinação de um certo e um errado, tal como, idealmente, também se consiste a prática filosófica. Porém, invertendo a ordem mais adequada desse processo, oposto ao da sabedoria e, portanto, da justiça, de determinar a moralidade, de certo e errado, sem fazê-lo a partir de uma análise ponderada e crítica, isto é, por uma busca objetiva e imparcial por fatos.

Uma semelhança 

Diga-se, uma semelhança elementar...

Ambas se assemelham bastante em um traço que lhes é muito básico e característico, a negação de uma busca sistemática pela verdade objetiva e imparcial. A maior diferença é que enquanto uma determina o que é a verdade, em um sentido mais geral, mas com base em critérios vagos e equivocados, como uma falsa sabedoria, a outra se passa como ciência falsificando seus aspectos teóricos e práticos ao estabelecer-se como uma verdade específica, se de causa e efeito (homeopatia cura doenças) ou como uma afirmação de verdade (o planeta Terra tem um formato plano).

 A difference

In other words, an elementary difference...

There is only one pseudo-philosophy, which is any ideology that passes as philosophy. Unfortunately, a long-rooted habit of considering ideology and philosophy as interchangeable synonyms, while philosophy is an ideology in itself, of love for wisdom, any structured line of thoughts can be considered an ideology, primarily distinguishing itself in terms of its content. and second by its factual and moral quality. But then, if only an ideology can be considered a philosophy (when there is a systematization of logical-rational thought), any other ideology that is considered a philosophy can be considered a pseudophilosophy.

In the case of science, it is the opposite, if there is a plurality of scientific areas or fields, the same also happens with pseudosciences.

This difference is in line with my observations about their respective natures: philosophy as a specialization in generalization (specialization in thought and judgment) and science as a generalization of specialization.

Some pseudosciences are more similar to pseudophilosophy

As in the case of "good" pseudosciences, which tend to be politically and ideologically biased to the left, because they also consist of processes of moralization, of determining right and wrong, just as, ideally, philosophical practice also consists of . However, reversing the most appropriate order of this process, opposite to that of wisdom and, therefore, justice, of determining morality, right and wrong, without doing so from a considered and critical analysis, that is, through a search objective and impartial by facts.

A similarity

In other words, an elementary similarity...

Both are very similar in a trait that is very basic and characteristic of them, the denial of a systematic search for objective and impartial truth. The biggest difference is that while one determines what the truth is, in a more general sense, but based on vague and mistaken criteria, such as false wisdom, the other passes as science, falsifying its theoretical and practical aspects when establishing itself. as a specific truth, whether of cause and effect (homeopathy cures diseases) or as a statement of truth (planet Earth has a flat shape).

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Um exemplo de empatia seletiva e falácia moral-histórica de ''esquerda'': política insensata de imigração em massa ou multiculturalismo/An example of selective empathy and moral-historical fallacy of the ''left'': senseless policy of mass immigration or multiculturalism

 Eles, os autodeclarados juízes da moralidade pós moderna, ensinam que devemos sempre ter empatia pelos "mais necessitados", diga-se, especialmente se eles são de uma certa raça, gênero, sexualidade ou classe social... Então, temos a situação da imigração em massa, uma política insensata que tem sido imposta por partidos centristas e "de esquerda" em vários países e que tem causado muitos problemas aos mesmos. Então, temos esses juízes da moralidade pós moderna "ensinando" que os nativos de 'primeiro mundo" devem sentir empatia pelos imigrantes de "terceiro mundo", de recebê-los com generosidade, de defender por essa política, afinal, temos que nos colocar nos lugares dos outros, ainda mais se forem de grupos historicamente (auto) marginalizados. No entanto, não é tão simples assim, já que muitos desses imigrantes e refugiados que têm desembarcado nas regiões costeiras e cidades de primeiro mundo, no mínimo, não estão bem intencionados. Ou são muçulmanos com desejo de impor suas crenças e colonizar novas terras. Ou são qualquer outro tipo com ficha criminal ou apresentando comportamentos reprováveis. E não são apenas suposições, mas estatísticas de criminalidade e percepção variavelmente anedótica de padrões de comportamentos. Mas isso os juízes da moralidade pós moderna omitem ao máximo, chegando até a culpar os nativos por "racismo" ou "xenofobia". Além disso, quem é que sentirá empatia pelos nativos?? E por que não sentir?? Afinal, eles estão recebendo ondas cada vez maiores de estrangeiros com culturas níveis cognitivos e tipos de personalidade, em média, diferentes, em suas próprias terras e sem terem escolhido ou aprovado se submeterem a isso. E são especialmente os mais pobres, a classe trabalhadora nativa, que está recebendo o grosso dessa imigração, já que ricos e classe média se encastelam em seus bairros seguros, sendo que são esses dois grupos os que mais defendem por essas políticas. Pois sentir empatia dentro de um contexto também significa sentir por todos os que estão envolvidos. Não apenas empatia, mas também associada a uma análise racional, ponderada, sensata... Então, se é verdade que se deve ser solidário com refugiados fugindo de conflitos armados, também é importante entender que sua cidade, estado ou país infelizmente não pode resolver todos os problemas do mundo. Que, se acontecem tais conflitos, a culpa definitivamente não é sua, apenas se tiver participação direta. Nem mesmo se o governo do seu país tiver participação, porque você não tem controle sobre o que os seus governantes decidem fazer. Portanto, por mais triste possa ser um conflito armado, como uma guerra civil, um país sozinho não é capaz de receber todos os refugiados que estiverem fugindo desse conflito. Além disso, o status de refugiado não deve conferir imunidade total de comportamento a ninguém. Pois ninguém deve ser absolvido pelo cometimento de crimes, como o estupro, só por ser um refugiado. Nem faz sentido que um indivíduo genuinamente fugindo de uma opressão a cometa com outras pessoas. E se fizer, deve ser exemplarmente punido. Também é importante saber diferenciar refugiados verdadeiros de tipos que estão se passando ou se aproveitando para obter os benefícios sociais que o status tende a conferir. Uma dica: refugiados verdadeiros tendem a vir acompanhados de suas famílias... Já em relação à imigração, nenhum país é obrigado a manter suas fronteiras abertas para grandes fluxos de imigrantes. Nenhum país deveria ser forçado ao multiculturalismo, como tem acontecido. Ainda mais sabendo que costuma causar mais problemas do que melhorar a qualidade de vida de uma cidade, região ou país. O histórico do multiculturalismo definitivamente não é favorável ao mesmo. 


"Mas vocês já foram imigrantes no passado. Não podem reclamar dos imigrantes atuais"

Um juiz da moralidade pós moderna pode usar esse argumento para convencer italianos ou irlandeses, por exemplo, a não oferecerem qualquer resistência à políticas de imigração em massa ou multiculturalismo. Porém, todavia, contudo, nenhum país deveria servir ou se tornar uma espécie de albergue permanente para o mundo. Nem mesmo países historicamente de imigrantes como os EUA ou o Canadá. Nem eles. Porque não existe nada de imoral ou irracional que os impossibilite de decretar moratória da imigração ou diminuição significativa da recepção de fluxos de estrangeiros. Eles podem. Não o fazem porque boa parte de suas classes políticas estão mancomunadas com esse projeto de destruir suas culturas e suas maiorias demográficas de brancos de origem europeia e não, não é por um mundo melhor, disso tenha certeza, porque, mais uma vez ou como sempre, é pelo poder. Uma nova maneira de continuar oprimindo e dividindo o povo, de continuar criando bodes expiatórios ao invés de se responsabilizarem por suas próprias ações de agora e também do passado, tal como de se responsabilizarem, as "elites" ocidentais, pelo colonialismo, sem responsabilizar "brancos" ou povos de origem europeia, se forem pessoas "de elite" que organizaram, patrocinaram e protagonizaram as grandes navegações e os projetos "colonialistas'... Mas isso os juízes pós modernos supostamente contrários à opressão não enxergam ou fingem que não está acontecendo. Talvez porque não são tão perfeitos assim como pensam para julgar moralmente os outros, mais do que a si próprios...



They, the self-declared judges of postmodern morality, teach that we should always have empathy for those "most in need", so to speak, especially if they are of a certain race, gender, sexuality or social class... So, we have the situation of mass immigration, a senseless policy that has been imposed by centrist and "left-wing" parties in several countries and has caused them many problems. So, we have these judges of postmodern morality "teaching" that natives of the 'first world' must feel empathy for immigrants from the 'third world', to welcome them with generosity, to defend this policy, after all, we have to put ourselves in other people's places, even more so if they are from historically (self) marginalized groups. However, it is not that simple, since many of these immigrants and refugees who have landed in coastal regions and first world cities do not have good intentions. They are Muslims with a desire to impose their beliefs and colonize new lands. Or they are any other type with a criminal record or exhibiting reprehensible behavior. And these are not just assumptions, but crime statistics and anecdotal perception of behavior patterns.
But the judges of postmodern morality omit this as much as possible, going so far as to blame the natives for "racism" or "xenophobia". Besides, who will feel empathy for the natives? And why not feel it?? After all, they are receiving increasing waves of foreigners with different cultures, cognitive levels and personality types, on average, into their own lands and without having chosen or approved to submit to it. And it is especially the poorest, the native working class, who are receiving the bulk of this immigration, as the rich and middle class are nestled in their safe neighborhoods, and these two groups are the ones who most defend these policies. Because feeling empathy within a context also means feeling for everyone involved. Not just empathy, but also associated with a rational, considered, sensible analysis... So, if it is true that one must show solidarity with refugees fleeing armed conflicts, it is also important to understand that your city, state or country unfortunately cannot resolve all the problems in the world. That, if such conflicts occur, it is definitely not your fault, only if you have direct participation. Not even if your country's government has participation, because you have no control over what your rulers decide to do. Therefore, no matter how sad an armed conflict, such as a civil war, may be, a country alone is not capable of receiving all the refugees fleeing that conflict. Furthermore, refugee status should not confer total behavioral immunity on anyone. Because no one should be absolved of committing crimes, such as rape, just because they are a refugee. Nor does it make sense for an individual genuinely fleeing oppression to commit it to other people. And if he does, he must be exemplarily punished. It is also important to know how to differentiate true refugees from types who are impersonating or taking advantage to obtain the social benefits that status tends to confer. A tip: real refugees tend to come with their families... Regarding immigration, no country is obliged to keep its borders open to large flows of immigrants. No country should be forced into multiculturalism, as has been the case. Even more so knowing that it usually causes more problems than improving the quality of life in a city, region or country. The history of multiculturalism is definitely not favorable to it.

"But you were immigrants in the past. You can't complain about current immigrants"

A judge of postmodern morality can use this argument to convince Italians or Irish, for example, not to offer any resistance to policies of mass immigration or multiculturalism. However, no country should serve or become a kind of permanent hostel for the world. Not even historically immigrant countries like the USA or Canada. Neither do they. Because there is nothing immoral or irrational that makes it impossible for them to declare a moratorium on immigration or a significant reduction in the reception of foreigners. They can. They don't do it because a good part of their political classes are in league with this project of destroying their cultures and their demographic majority of white people of European origin and no, it's not for a better world, that's for sure, because, once again or as always , it's for power. A new way of continuing to oppress and divide the people, of continuing to create scapegoats instead of taking responsibility for their own actions now and in the past, as well as holding Western "elites" responsible for colonialism, without holding them accountable." whites" or people of European origin, if
were/it has been the ''elites'' who organized, sponsored and led the great navigations and "colonialist" projects... But postmodern judges supposedly opposed to oppression do not see this or pretend that it is not happening. Maybe because they are not that perfect. how they think to morally judge others, more than themselves...


Mais um exemplo de pseudo jornalismo e como seria se fosse um verdadeiro jornalismo/Another example of pseudo journalism and what it would be like if it were true journalism

 "Mulheres negras são vítimas desproporcionais de estupro no Brasil"


PONTO.

Uma notícia que circulou durante um tempo na mídia brasileira. 

Pois se trata de um pseudo jornalismo, forjado partir de uma narrativa ideológica, baseada em uma falácia de evidência suprimida, se não diz qual é o grupo que mais estupra mulheres, incluindo as mulheres negras, por ser "politicamente incorreto"...


Agora, como seria o jornalismo verdadeiro nesse caso


"Mulheres negras são vítimas desproporcionais de estupro no Brasil... E são os homens negros os que mais estupram mulheres negras" (dedução lógica com base no padrão de relacionamentos em que os intrarraciais tendem a ser mais comuns que os interraciais, e potencialmente confirmável pelas estatísticas).

Aí sim, temos a informação completa, os fatos mais relevantes informados, sem distorções ou falácias ideologicamente induzidas, tal como essa, mostrada acima e que visa transmitir ou reforçar uma ideia de vitimização de mulheres negras e omissão do papel de protagonismo dos homens negros nesse processo de vitimização. 

Isso não é racismo ou preconceito, ainda que possa ser usado para se fazer generalizações de causalidade entre raça e comportamento (conceito mais objetivo para o racismo). Até porque não significa que todos os casos de estupro de mulheres negras no Brasil têm como perpetrador um homem negro ou que todos os homens negros são estupradores em potencial. 

"Black women are disproportionate victims of rape in Brazil"

POINT.

A piece of news that circulated for a while in the Brazilian media.

Because it is pseudo journalism, forged from an ideological narrative, based on a fallacy of suppressed evidence, if it does not say which group rapes women the most, including black women, because it is "politically incorrect"...


Now, what would true journalism look like in this case?


"Black women are disproportionate victims of rape in Brazil... And it is black men who rape black women the most" (logical deduction based on the pattern of relationships in which intraracial relationships tend to be more common than interracial relationships, and potentially confirmable by statistics).

So yes, we have complete information, the most relevant facts informed, without ideologically induced distortions or fallacies, such as the one shown above and which aims to convey or reinforce an idea of ​​victimization of black women and omission of the leading role of black men in this victimization process.

This is not racism or prejudice, although it can be used to make generalizations about causality between race and behavior (a more objective concept for racism). Because it does not mean that all cases of rape of black women in Brazil have a black man as the perpetrator or that all black men are potential rapists.

Dois exemplos da ginástica de como a mídia cria mitos e narrativas falsas/Two gymnastics examples of how the media creates myths and false narratives

 Nádia Comaneci e Simone Biles 


Simone Biles tem sido alçada ao posto de maior ginasta de todos os tempos pela mídia ocidental, especialmente pela mídia americana. No entanto, para um esporte complexo, como a ginástica, essa afirmação é muito improvável de ser verdadeira, se, ao longo da história desse esporte, tem surgido muitos nomes que o revolucionaram; se a sua evolução cronológica torna praticamente impossível comparar ginastas de outras eras, como as/os que competiram entre as décadas de 30 e 70 do século XX, com ginastas dos anos 80 em diante, e mesmo de comparar os atuais com os de três, quatro décadas atrás; se a ginástica não é como um esporte coletivo ou em que o desempenho é analisado e comparado apenas pela quantidade de medalhas, tal como nos casos de muitos atletas desse esporte que o revolucionaram, mas não chegaram sequer a competir em uma olimpíada. Além desses fatores, também pelo fator referente às qualidades de um ou de uma ginasta, a americana definitivamente não é excepcional em todos os aspectos relacionados para ser considerada a melhor de todas: particularmente no aspecto artístico e no de execução, se destacando de maneira desproporcional apenas ou especialmente na dificuldade. Então, é possível afirmar que ela se firmou como uma das maiores ginastas de todos os tempos, com base no número de conquistas no esporte e também por ser uma das que tem contribuído com a sua evolução. Mas não é possível afirmar que seja a maior de todas ou de deixar isso sugerido, como muitos da mídia têm feito, e por razões bem suspeitas, por exemplo, para passar uma narrativa "anti racista", de "triunfo da mulher negra" (que eu já denominei de "racismo positivo", um tipo de supremacia, de exagero ou distorção de natureza racial, só que a partir de um elogio ou  conotação 'positiva", de qualquer maneira consistindo em uma generalização por relação de causalidade entre raça e comportamento, semelhante a fazer afirmações igualmente generalistas em tons mais negativos). 

Pois Simone Biles não é o único nem o maior mito midiático na ginástica artística, já que, bem antes dela, apareceu uma romena, de nome Nádia Comaneci, nos anos 70, e que foi alçada a uma categoria semi-divina, como se tivesse, e apenas ela, determinado o começo de uma nova era no esporte e, claro, principalmente por causa das narrativas que têm sido criadas pela própria mídia para reforçar sua mitologia. Mas, infelizmente, a partir de uma análise mais sóbria, é possível concluir que Nádia representa muito menos ao esporte em termos objetivos do que a mídia tem afirmado. 

Vejamos... 

Primeiramente, existe a afirmação, que é elementar ao seu mito, plantada por jornalistas e replicada, mesmo por muitos profissionais do esporte, de que Nádia foi a primeira ginasta a conseguir uma nota perfeita pela execução de um exercício, nas olimpíadas de Montreal, em 1976. Em termos oficiais e aparentes, isso é verdade, pelo menos para uma competição olímpica. Mas, se analisarmos de perto, veremos que não é bem assim. Primeiro que, se antes nenhuma* ou nenhum*" ginasta havia conseguido um dez "perfeito" era porque o sistema de pontuação simplesmente não permitia. É que esse sistema muda de tempos em tempos, geralmente entre um ciclo olímpico e outro. Então, foi durante o ciclo olímpico de Montreal, depois das olimpíadas de Munique, que foi praticamente decidido que o dez perfeito seria possível de ser dado a um ou a uma atleta (no artigo da Wikipédia, é dito que os juízes, antes desse ciclo olímpico, não acreditavam que o dez perfeito seria possível. Mas pode-se deduzir que foi uma decisão por convenção que o dez perfeito passaria a ser possível e não que foi um processo natural, como o artigo parece ter deixado a entender). Calhou que coincidiu com o período em que Nádia Comaneci começou a participar das competições oficiais entre ginastas sêniores. Segundo que, o tal primeiro dez perfeito da Nádia Comaneci foi por um exercício compulsório e não por um exercício opcional, que é mais simples e igual para todos que estão competindo (exercícios compulsórios foram rotineiros em competições de ginástica artística até às olimpíadas de Atlanta, em 1996, antes de serem "aposentados" ou extintos). E terceiro que, mesmo se com base no código de pontuação da época, em que o dez perfeito passou a ser permitido, o seu exercício nas barras não mereceu uma pontuação perfeita, até pela saída em que, visivelmente, ela dá uma salto pequeno para frente durante a aterrissagem no solo. Além disso, um dos primeiros, se não o primeiro dez perfeito em uma olimpíada, acredito que foi da ginasta soviética Nelly Kim, no salto, também em Montreal, se também acredito que foi, de fato, um exercício mais merecedor de uma pontuação perfeita que o da Nádia, até pela maior facilidade de se alcançar execuções muito altas no salto, por ser um aparelho mais simples.

* Parece que os primeiros "dez perfeitos" conquistados entre as mulheres na ginástica e em competições oficiais foi pela tchecoslovaca Vera Caslavska no campeonato europeu de 1967.

** Entre os homens, alguns ginastas já haviam conseguido tirar pontuações "perfeitas" na década de 20. 

Continuando... 

Antes de Nádia, nas olimpíadas de Munique, quatro anos antes de Montreal, apareceu Olga Korbut, e que, na minha opinião, foi mais influente para o avanço do esporte, contribuindo pela primeira vez para torná-lo mais popular, deixando o seu status como "esporte de nicho". Sem falar de suas performances carismáticas, difíceis e inovadoras para a época, especialmente os seus exercícios de trave e barras, esse último, considerado espetacular. Então, mesmo na época em que a Nádia competiu, nem de longe dá para dizer que ela foi a única ou uma das poucas a revolucionarem o esporte. Não tiro o seu mérito, suas qualidades atléticas excepcionais e suas contribuições. Mas, ao menos para mim, está claro que ela foi transformada pela mídia em um mito imerecido. 

Esses são dois exemplos de como que a mídia fabrica narrativas e mitos.




Nádia Comaneci and Simone Biles

Simone Biles has been elevated to the position of greatest gymnast of all time by the Western media, especially the American media. However, for a complex sport such as gymnastics, this statement is very unlikely to be true, if, throughout the history of this sport, there have been many names that have revolutionized it; if its chronological evolution makes it practically impossible to compare gymnasts from other eras, such as those who competed between the 30s and 70s of the 20th century, with gymnasts from the 80s onwards, and even to compare current ones with those of three, four decades ago; if gymnastics is not like a team sport or in which performance is analyzed and compared only/mostly by the number of medals, as in the cases of many athletes in this sport who revolutionized it, but never even competed in an Olympics. In addition to these factors, also due to the factor referring to the qualities of a gymnast, the American is definitely not exceptional in all related aspects to be considered the best of all: particularly in the artistic and execution aspects, standing out disproportionately only or especially in difficulty. So, it is possible to say that she has established herself as one of the greatest gymnasts of all time, based on the number of achievements in the sport and also because she is one of those who has contributed to its evolution. But it is not possible to say that it is the biggest of all or to suggest it, as many in the media have done, and for very suspicious reasons, for example, to convey an "anti-racist" narrative, of "the triumph of black women" ( which I have already called "positive racism", a type of supremacy, exaggeration or distortion of a racial nature, but based on a compliment or 'positive' connotation, in any case consisting of a generalization by a causation between race and behavior, similar to making equally general statements in more negative tones).

Because Simone Biles is not the only or the biggest media myth in artistic gymnastics, since, well before her, a Romanian woman named Nadia Comaneci appeared in the 70s, and was elevated to a semi-divine category, as if she had , and only her, determined the beginning of a new era in sport and, of course, mainly because of the narratives that have been created by the media itself to reinforce its mythology. But, unfortunately, from a more sober analysis, it is possible to conclude that Nadia represents much less to the sport in objective terms than the media has claimed.

Let's see...

Firstly, there is the statement, which is elementary to her myth, planted by journalists and replicated, even by many sports professionals, that Nadia was the first gymnast to achieve a perfect score for performing an exercise, at the Montreal Olympics, in 1976. In official and apparent terms, this is true, at least for an Olympic competition. But, if we look closely, we will see that this is not the case. Firstly, if before any-female* or male**" gymnast had achieved a "perfect" ten, it was because the scoring system simply did not allow it. This system changes from time to time, generally between one Olympic cycle and another. So, it was during the Montreal Olympic cycle, after the Munich Olympics, it was practically decided that a perfect ten would be possible to be given to an athlete (in the Wikipedia article, it is said that the judges, before this Olympic cycle, did not believed that the perfect ten would be possible. But it can be deduced that it was a decision by convention that the perfect ten would become possible and not that it was a natural process, as the article seems to have implied);coinciding period in which Nádia Comaneci began to participate in official competitions among senior gymnasts. Secondly, Nadia Comaneci's first perfect ten was due to a compulsory exercise and not an optional exercise, which is simpler and more equal for everyone who is competing ( compulsory exercises were routine in artistic gymnastics competitions until the Atlanta Olympics in 1996, before being "retired" or extinguished). And thirdly, even if based on the scoring code of the time, in which a perfect ten became allowed, her exercise on the bars did not deserve a perfect score, even due to the dismount in which, visibly, she makes a small jump to forward during landing on the ground. Furthermore, one of the first, if not the first perfect ten at an Olympics, I believe was by Soviet gymnast Nelly Kim, on the vault, also in Montreal, if I also believe that it was, in fact, an exercise more deserving of a perfect score than Nadia's, especially because it is easier to achieve very high vault executions, as it is a simpler device.

* It seems that the first "perfect ten" achieved among women in gymnastics and in official competitions was by Czechoslovakian Vera Caslavska at the 1967 European Championships.

** Among men, some gymnasts had already achieved "perfect" scores in the 20s.

Continuing...

Before Nadia, at the Munich Olympics, four years before Montreal, Olga Korbut appeared, and who, in my opinion, was most influential in the advancement of the sport, contributing for the first time to making it more popular, leaving its status as a "niche sport". Not to mention her charismatic, difficult and innovative performances for the time, especially her beam and bars exercises, the latter considered spectacular. So, even at the time when Nadia competed, it's not even close to saying that she was the only one or one of the few to revolutionize the sport. I don't take away his merit, her exceptional athletic qualities and contributions. But, to me at least, it is clear that she has been turned into an undeserved myth by the media.

These are two examples of how the media manufactures narratives and myths.

Source: https://en.m.wikipedia.org/wiki/Perfect_10_(gymnastics)

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Sobre a relação entre autoconhecimento e racionalidade/About the relationship between self-knowledge and rationality

 Subestimar ou superestimar potenciais e limites é por si só irracional, um mal julgamento, uma insensatez que costuma repercutir seriamente em outras áreas, inclusive sobre a própria capacidade racional. Portanto, alguém que apresenta um autoconhecimento distorcido é provável que faça o mesmo em relação a outros conhecimentos, como a própria capacidade de pensar racionalmente. Por exemplo, uma pessoa que acredita que sabe mais matemática do que realmente sabe, ou que acredita ter um grande talento artístico que não tem, ou que acredita saber mais sobre geopolítica, história, comportamento, enfim, sobre ciências humanas, do que realmente sabe, enfim, o que está subentendido em todo mal julgamento, que é a dificuldade de discernir fatos de inverdades, consequência direta de uma dificuldade de pensar e julgar com ponderação: com objetividade e imparcialidade...


Underestimating or overestimating potentials and limits is in itself irrational, a bad judgment, a folly that usually has serious repercussions on other areas, including on one's own rational capacity. Therefore, someone who presents distorted self-knowledge is likely to do the same in relation to other knowledge, such as their own ability to think rationally. For example, a person who believes they know more mathematics than they actually do, or who believes they have great artistic talent that they don't have, or who believes they know more about geopolitics, history, behavior, in short, about human sciences, than they actually know. , finally, what is implied in every bad judgment, which is the difficulty of discerning facts from untruths, a direct consequence of a difficulty in thinking and judging thoughtfully: with objectivity and impartiality...


A filosofia, idealmente, moraliza a ciência /Philosophy, ideally, moralizes science

 Porque, sem a moralização da filosofia, isto é, sem a construção de uma consciência crítica, diga-se, da única e verdadeira filosofia, que é a sabedoria, a ciência inevitavelmente se torna antiética, se servindo como um meio para fins escusos (como tem acontecido, historicamente), mas mesmo se se expressasse como um mero passatempo de curiosidade, já que acabaria justificando a crueldade como necessária ou inevitável para a investigação científica.


Portanto, a filosofia atuaria como a base teórica e ideológica da ciência, mas também como um complemento necessário de direção ideal.

Pois se a ciência se especializa ou se divide em muitas áreas de investigação e expansão do conhecimento, a filosofia, idealmente, atua como um farol de sanidade máxima que sempre busca pelo julgamento mais sensato e que, em complemento à ciência, é vital para que não se perca do caminho da sabedoria (como tem feito, historicamente). E o pensamento ou julgamento mais sensato de todos é o de sempre apontar para as verdades mais importantes, que são as mais derradeiras, como a finitude e a igualdade essencial da vida e a ausência de um sentido que explique a existência de maneira que satisfaça as expectativas humanas; sempre lembrando à ciência que tudo o que se faz, no final, nada mais é do que "enxugar gelo".


 Because, without the moralization of philosophy, that is, without the construction of a critical consciousness, by the only and true philosophy, which is wisdom, science inevitably becomes unethical, serving as a means for hidden ends ( as has happened, historically), but even if it were expressed as a mere pastime of curiosity, as it would end up justifying cruelty as necessary or inevitable for scientific investigation.

Therefore, philosophy would act as the theoretical and ideological basis of science, but also as a necessary complement of ideal direction.

For if science specializes or is divided into many areas of investigation and expansion of knowledge, philosophy, ideally, acts as a beacon of maximum sanity that always seeks the most sensible judgment and which, in addition to science, is vital for do not lose its way from the path of wisdom (as it has historically done). And the most sensible thought or judgment of all is to always point to the most important truths, which are the most ultimate, such as the finitude and essential equality of life and the absence of a meaning that explains existence in a way that satisfies human expectations; always reminding science that everything we do, in the end, is nothing more than "wiping ice".

domingo, 21 de julho de 2024

Sobre racionalidade e impessoalidade/About rationality and impersonality

 A racionalidade é uma questão de imparcialidade e objetividade. Mas também é uma questão de impessoalidade, se para a sistematização do pensamento lógico-racional ou imparcial-objetivo é necessário neutralizar a autoprojeção de expectativas e crenças pessoais o máximo que se pode conseguir. Pois eu acredito que sou um exemplo relativamente bem sucedido desse processo de despersonalização visando uma maior racionalidade, porque se fosse me basear apenas em mim mesmo, em minha situação pessoal (dependência financeira e desempregabilidade, por enquanto, crônicas) e em algumas das minhas características (minha homobissexualidade) e crenças (ambientalismo e anti-capitalismo), eu acabaria me tornando muito mais enviesado à esquerda em meus posicionamentos político-ideológicos. Mas desde há um bom tempo, que eu nem sei exatamente quando, que eu fui aprendendo a ampliar minha visão de mundo para além da minha própria perspectiva, de auto-interesse, priorizando a verdade objetiva, independente se coaduna com a minha situação ou crenças, ao invés de fazer ou escolher por interpretações ou argumentos que satisfaçam o meu ego, amadurecendo intelectualmente. E é preciso dizer que esse processo, ao menos para mim, tem se dado de maneira não-linear; um aprendizado constante...


Rationality is a matter of impartiality and objectivity. But it is also a question of impersonality, whether for the systematization of logical-rational or impartial-objective thinking it is necessary to neutralize the self-projection of personal expectations and beliefs as much as possible. Because I believe that I am a relatively successful example of this depersonalization process aiming for greater rationality, because if I were to base myself only on myself, on my personal situation (financial dependence and unemployability, for now, chronic) and on some of my characteristics (my homobisexuality) and beliefs (environmentalism and anti-capitalism), I would end up becoming much more skewed to the left in my political-ideological positions. But for a long time now, I don't even know exactly when, I have been learning to expand my worldview beyond my own perspective, of self-interest, prioritizing objective truth, regardless of whether it fits with my situation or beliefs. , instead of making or choosing interpretations or arguments that satisfy my ego, maturing intellectually. And it must be said that this process, at least for me, has taken place in a non-linear way; constant learning...

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Hipótese: correlação interseccional entre má formação congênita discreta ou não-aparente e transtorno mental/Hypothesis: intersectional correlation between discrete or non-apparent congenital malformation and mental disorder

 Um desequilíbrio da mente tende a ser refletido no corpo?? Ou vice-versa...


Começando comigo mesmo, como exemplo.

Eu acredito que apresento excentricidades psicológicas que podem ser consideradas como transtornos mentais (mas mais do tipo "contextual", em que o contexto também é um fator que os desencadeia ou reforça). Muito provavelmente: déficit de atenção não-severa, ansiedade social não-severa (que poderia resultar em fobia social) ou transtorno de humor e, talvez, autismo de suporte 1 (antiga síndrome de Asperger). Eu também tenho assimetrias faciais e corporais: em relação à distribuição do peso no meu corpo; uma perna maior que a outra; um lado mais fraco do corpo; rosto avermelhado e muito sensível ao sol, que frequentemente descasca; desvio do septo e sei lá o quê mais...

Então, estou pensando se os desequilíbrios da mente e os do corpo tendem a se correlacionar de maneira interseccional (que não é apenas um paralelismo) e que eu não sou um caso à parte...que tendem a se refletir mutuamente, tal como consequências de um sistema mais irregular que foi composto desde a concepção, desde a fecundação de um óvulo por um espermatozóide, ou como resultados de eventos que aconteceram durante o período intrauterino (ainda que sempre penso que é a partir da concepção que muitas de nossas características ou tendências são determinadas).


 An imbalance of the mind tends to be reflected in the body? Or vice versa...

Starting with myself, as an example.

I believe that I present psychological eccentricities that can be considered as mental disorders (but more of the "contextual" type, in which the context is also a factor that triggers or reinforces them). Most likely: non-severe attention deficit, non-severe social anxiety (which could result in social phobia) or mood disorder, and perhaps moderate autism (formerly Asperger's syndrome). I also have facial and body asymmetries: in relation to weight distribution on my body; one leg longer than the other; a weaker side of the body; red face and very sensitive to the sun, which often peels; deviated septum and who knows what else...

So, I'm wondering if imbalances of the mind and those of the body tend to correlate in an intersectional way (which isn't just a parallelism) and that I'm not a case apart...that they tend to reflect each other, such as consequences of a more irregular system that was composed since conception, since the fertilization of an egg by a sperm, or as a result of events that happened during the intrauterine period (although I always think that it is from conception that many of our characteristics or trends are determined).

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Como os extremos do espectro político-ideológico repelem novos apoiadores e eleitores/How the extremes of the political-ideological spectrum repel new supporters and voters

 Além da defesa de pontos de vista falaciosos e que, para piorar ainda mais, podem se transformar em políticas públicas, também uma tendência que parece igual para ambos os extremos, da esquerda e da direita, de apresentarem uma atração irresistível por estratégias agressivas de ataque aos seus adversários e que, com frequência, acabam resvalando em outros grupos, uma espécie de "fogo-amigo" que eu já comentei em outro texto, especificamente sobre o fogo-amigo da esquerda. E que, no caso da extrema direita, por causa de sua insensibilidade ou truculência característica e gratuita, costuma ter repercussões ainda mais amplas, afastando o máximo de potenciais apoiadores e eleitores às suas ideias e causas. 


In addition to the defense of fallacious points of view, which, to make things even worse, can become public policies, there is also a tendency that appears to be the same for both extremes, on the left and on the right, to present an irresistible attraction to aggressive attack strategies. to their opponents and who often end up slipping into other groups, a kind of "friendly fire" that I have already commented on in another text, specifically about the friendly fire of the left. And that, in the case of the extreme right, because of its characteristic and gratuitous insensitivity or truculence, it tends to have even wider repercussions, alienating as many potential supporters and voters as possible from their ideas and causes.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Duas desinformações típicas sobre QI/Two typical misinformation about IQ

 "A maioria das pessoas pontuam na média, entre 90 e 110"


Realidade: populações diferentes tendem a apresentar médias diferentes. Por exemplo, a média de QI da população brasileira não é igual à média da população americana, se de acordo com os estudos que já foram feitos, inclusive em países próximos, até para serem usados como referências por aproximação, a primeira tem obtido médias em torno dos 85 pontos, enquanto a segunda tem obtido médias em torno dos 98 pontos. Aqui, acredita-se que a distribuição dos pontos em uma típica curva de sino é universal a todos os grupos e, portanto, indivíduos humanos. Só que não é bem assim que acontece...

"Todo indivíduo que pontua acima de 120-130 em testes cognitivos tradicionais é um gênio"

Um gênio... criativo?? 

Pontuar muito alto em testes de QI, a priori, é uma demonstração muito particular de excelência de desempenho. Até por existir uma tendência muito comum de se confundir excepcionalidade não-criativa de desempenho com genialidade, são muitos os que acreditam que uma pontuação elevada em testes de QI automaticamente também se configura em uma manifestação de genialidade. Isso poderia ser verdade, mas apenas se o conceito de genialidade fosse alterado para satisfazer essa tendência, que não parece muito apropriado, se isso o tornaria mais confuso ou descaracterizado, mais próximo de conceitos ainda mais expansivos, como o de inteligência e o de excepcionalidade, se o ideal na conceituação de termos abstratos é de especificá-los o máximo possível, para torná-los mais precisos e autênticos.

"Most people score on average, between 90 and 110"

Reality: different populations tend to have different averages. For example, the average IQ of the Brazilian population is not equal to the average of the American population, if according to studies that have already been carried out, including in nearby countries, even to be used as approximate references, the first has obtained averages in around 85 points, while the second has obtained averages around 98 points. Here, it is believed that the distribution of points on a typical bell curve is universal to all human groups and therefore individuals. But that's not quite how it happens...

"Every individual who scores above 120-130 on traditional cognitive tests is a genius"

A creative... genius??

Scoring very high on IQ tests, a priori, is a very particular demonstration of performance excellence. Even because there is a very common tendency to confuse exceptional non-creative performance with genius, there are many who believe that a high score on IQ tests automatically also constitutes a manifestation of genius. This could be true, but only if the concept of genius were changed to satisfy this tendency, which does not seem very appropriate, if that would make it more confusing or mischaracterized, closer to even more expansive concepts, such as intelligence and exceptionality. , if the ideal in conceptualizing abstract terms is to specify them as much as possible, to make them more precise and authentic.

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Sobre um certo "orgulho"/About a certain "pride"

Um mês inteiro para se ter orgulho de algo que é apenas parte da biologia de uma pessoa, de algo que não pedimos para ter ou ser, que não é produto de talento ou esforço. 


E, além disso, ter orgulho do quê, exatamente?? 


Da constante falta de empatia, solidariedade, tolerância e respeito entre aqueles do "vale do arco-íris"??? 


Ter orgulho de ativismos muito problemáticos, invasivos à população geral, que pregam tolerância forçada e pseudociências, e que falam por si mesmos como se falassem por todos dos grupos aos quais supostamente representam??


Da tal "comunidade" que, justamente por causa da hegemonia desses ativismos políticos, funciona mais como um culto ou seita, e mais literalmente como um "mercado de carne"?? 


Ter orgulho dos índices continuamente altos de solidão, transtornos mentais, violência doméstica e doenças venéreas entre os do "vale"?? 


Ter orgulho desse arco-íris em preto e branco?? 


About a certain "pride"


A whole month to be proud of something that is just part of a person's biology, something we didn't ask to have or be, that is not the product of talent or effort.


And furthermore, being proud of what, exactly??


The constant lack of empathy, solidarity, tolerance and respect among those from the "rainbow valley"???


Being proud of very problematic activisms, invasive to the general population, that preach forced tolerance and pseudoscience, and that speak for themselves as if they were speaking for all of the groups they supposedly represent??


This "community" that, precisely because of the hegemony of these political activisms, functions more like a cult or sect, and more literally like a "meat market"??


To be proud of the continually high rates of loneliness, mental illness, domestic violence and venereal disease among those in the "valley"??


Be proud of that black and white rainbow??

sexta-feira, 12 de julho de 2024

A diferença entre pseudociências "do bem" e a filosofia/The difference between pseudosciences of good and philosophy

 Uma pseudociência "do bem" ou "de esquerda" é uma categoria de pseudociência que eu identifiquei e determinei, de falsificação específica da prática científica em que ocorre o estabelecimento de um código moral, do que se considera certo ou errado, ao invés de, antes, priorizar a busca pelo conhecimento, do que é verdadeiro ou falso. E por isso também pode ser considerada uma pseudofilosofia, por estabelecer uma moralização, como também faz a filosofia, mas invertendo a ordem mais ideal da sabedoria e, portanto, da justiça, ao impor uma moralidade antes de buscar por uma análise imparcial e objetiva ou racional dos fatos, de ponderação no pensamento e no julgamento. Em outras palavras, impõe-se o certo e o errado sem ser estritamente com base no que é verdadeiro ou falso. Tal como, por exemplo, de se fazer uma afirmação sem evidência tratando-a como uma verdade absoluta ou desprezando a necessidade de confirmá-la se por meios empíricos ou por verificação comparativa entre o que se afirma e sobre o que se afirma. O certo e o errado impostos, sem evidência ou análise racional, como verdadeiro e falso. Então, a filosofia também visa estabelecer uma moralidade ou construir uma consciência crítica sobre o que se pensa e o que se faz. A diferença em relação à pseudociência do bem é que essa moralização só acontece a partir de uma análise racional.


Nesse sentido, as pseudociências do bem pouco se diferem das religiões tradicionais, por ambas se basearem nessa inversão da prática mais ideal da filosofia. Uma das únicas grandes diferenças entre elas, como já postulei em outros textos, é que as religiões tradicionais expressam um anti intelectualismo, uma crença a partir da fé ou suspensão do pensamento lógico-racional, enquanto que as ideologias políticas, especialmente as de esquerda, e que também podem ser categorizadas como pseudociências (que eu ainda acrescentei o complemento sarcástico "do bem"), expressam um pseudo intelectualismo, basicamente o mesmo que o anti intelectualismo, só que visando se passar como ciência ou filosofia, como uma espécie de falsificação da razão, não necessariamente como uma negação explícita da mesma. 


A pseudoscience of "good" or of the left is a category of pseudoscience that I have identified and determined, of specific falsification of scientific practice in which the establishment of a moral code occurs, of what is considered right or wrong, instead of, rather, prioritize the search for knowledge, of what is true or false. And for this reason it can also be considered a pseudophilosophy, as it establishes a moralization, as philosophy also does, but inverting the most ideal order of wisdom and, therefore, justice, by imposing a morality before seeking an impartial and objective analysis or rationality of facts, of weighting in thought and judgment. In other words, right and wrong are imposed without being strictly based on what is true or false. Such as, for example, making a statement without evidence, treating it as an absolute truth or disregarding the need to confirm it whether by empirical means or by comparative verification between what is stated and what is stated about. Right and wrong imposed, without evidence or rational analysis, as true and false. So, philosophy also aims to establish morality or build a critical consciousness about what one thinks and what one does. The difference in relation to the pseudoscience of good is that this moralization only occurs based on a rational analysis.

In this sense, the pseudosciences of good differ little from traditional religions, as both are based on this inversion of the most ideal practice of philosophy. One of the only major differences between them, as I have already postulated in other texts, is that traditional religions express an anti-intellectualism, a belief based on faith or suspension of logical-rational thinking, while political ideologies, especially those of left, and which can also be categorized as pseudosciences (which I also added the sarcastic complement "of good"), express a pseudo intellectualism, basically the same as anti-intellectualism, only aiming to pass itself off as science or philosophy, as a species of falsification of reason, not necessarily as an explicit denial of it.

Sistemas de cotas é um novo Q.I (quem indica)/Quota systems are a new ''nepotism''

 E que chega a ser até pior que o velho Q.I, porque, além de também ser um meio anti meritório de avaliação e seleção, coloca o critério anti meritório totalmente acima do mérito genuíno, isto é, sempre como o mais provável de ser escolhido ou usado como parâmetro "avaliativo' e seletivo, enquanto que, mesmo o velho "Quem Indica" nem sempre prioriza o anti mérito ou o critério subjetivo sobre o objetivo. Por exemplo, como nos casos de gênios, especialmente no mundo das artes, que só conseguiram se iniciar em seus ofícios por indicação de terceiros ou por apadrinhamento. 


And it is even worse than the old nepotism, because, in addition to also being an anti-meritorious means of evaluation and selection, it places the anti-meritorious criterion totally above genuine merit, that is, always as the most likely to be chosen or used as an "evaluative" and selective parameter, while even the old "nepotism'' does not always prioritize anti-merit or subjective criteria over the objective. For example, as in the cases of geniuses, especially in the world of arts, which only managed to get started in their professions through recommendation from third ones or through sponsorship.

terça-feira, 9 de julho de 2024

Problemática sobre as diferenças excessivamente sutis entre sinalização de virtude ou "lacração" e exposição de opinião moral ou política.../Problematic about the excessively subtle differences between virtue signaling and exposition of moral or political opinion..

 ... E consequente proposta de solução 



Protestar contra a matança cruel de palestinos pelo exército de Israel é sempre sinal de narcisismo e hipocrisia?? 

Superficialmente falando, tornar público um manifesto de revolta contra eventos ou situações de injustiça ou crueldade não pode ser imediatamente considerado sinalização de virtude ou lacração, isto é, um ato de narcisismo, de querer aparecer como mais virtuoso que os outros, simplesmente porque não é possível deduzir com certeza sobre a intenção ou o caráter de quem o faz, apenas se já tiver como base um acúmulo de evidências que corroboram para a tese acusatória. Pois as diferenças entre uma exposição de opinião moral ou política e uma sinalização de virtude são demasiado sutis para serem facilmente reconhecidas. Primeiro, é preciso problematizar o próprio termo de sinalização de virtude, muito vago para ser usado como marcador específico de comportamentos, especialmente de comportamento moralizados. Além disso, uma demonstração pública de indignação sobre eventos ou situações de crueldade (que também pode se dar a um grupo mais íntimo de pessoas), ainda mais se for por algo que legitimamente mereça essa reação, inevitavelmente sinaliza um estado primário e temporário de "virtude", mesmo se não for intencional, e até poderia ser substituído por outros termos como "sinalização de empatia", "de consciência" ou "de conhecimento".

Mas, então, o ideal seria que nunca nos indignássemos publicamente???

A resposta parece óbvia.

Segundo que, aqueles, de direita, que acusam outros, de esquerda, de sinalização de virtude, também costumam se engajar com frequência nesse comportamento, especialmente os que estão mais ativos em certos ativismos políticos, geralmente em redes sociais. No final das contas, mesmo a lacração ainda é, a priori, uma mera exposição de opinião moral ou política tal como qualquer outra forma de manifestação. Então, parece conclusivo que se trata de um termo que causa mais confusão por causa de sua opacidade do que de servir para definições específicas. E terceiro, se não é sempre possível identificar a intencionalidade de uma exposição de opinião moral ou política, é perfeitamente possível analisar a qualidade factual e moral do seu conteúdo, e é por aí que se pode finalmente diferenciar uma possível lacração (ou um moralismo de direita) de um manifesto primariamente legítimo. Interessante destacar que, mensagens de "lacração" costumam se basear em pensamentos curtos e falaciosos que expressam interpretações ideologicamente enviesadas "de esquerda" sobre eventos, situações... De qualquer maneira, enquanto não for possível identificar um padrão consistente da intenção de uma pessoa que está expondo sua opinião moral ou política, novamente, é possível analisar o seu conteúdo, inclusive se está ideologicamente enviesado, se existem discursos ou narrativas que são típicos de um lado ou grupo político-ideológico. Mas ainda haveria como manter o termo "sinalização de virtude" como sinônimo de lacração, desde que fosse especificado, particularmente por essa sugestão: sinalização narcisista e/ou intencional de virtude e com base em um conteúdo falacioso.Outro porém é que, a priori, mesmo um viés ideológico não é de todo condenável, até porque existem pontos de vista mais ponderados ou factualmente precisos que são adotados por grupos político-ideológicos específicos. Portanto, o mais importante em uma exposição de opinião moral ou política, além da intenção daquele que o faz, também é a qualidade intelectual do conteúdo de sua mensagem ou manifesto. 


... And consequent solution proposal


Is protesting against the cruel killing of Palestinians by the Israeli army always a sign of narcissism and hypocrisy?

Superficially speaking, making public a manifesto of revolt against events or situations of injustice or cruelty cannot immediately be considered virtue signaling , that is, an act of narcissism, of wanting to appear as more virtuous than others, simply because it is not It is possible to deduce with certainty about the intention or character of the person who does it, only if it is already based on an accumulation of evidence that corroborates the accusatory thesis. For the differences between an exposition of moral or political opinion and virtue signaling are too subtle to be easily recognized. First, we need to problematize the term virtue signaling itself, which is too vague to be used as a specific marker of behaviors, especially moralized behaviors. Furthermore, a public display of indignation over cruel events or situations (which can also occur towards a more intimate group of people), especially if it is over something that legitimately deserves this reaction, inevitably signals a primary and temporary state of " virtue", even if it is not intentional, and could even be replaced by other terms such as "signaling of empathy", "of conscience" or "of knowledge".

But then, ideally, we would never be publicly outraged???

The answer seems obvious.

Second, those on the right who accuse others on the left of virtue signaling also tend to frequently engage in this behavior, especially those who are more active in certain political activisms, usually on social media. In the end, even virtue signaling is still, a priori, a mere exhibition of moral or political opinion just like any other form of expression. So, it seems conclusive that it is a term that causes more confusion because of its opacity than because it serves for specific definitions. And third, if it is not always possible to identify the intentionality of a statement of moral or political opinion, it is perfectly possible to analyze the factual and moral quality of its content, and it is through this that one can finally differentiate a possible virtue signaling (or a right-wing moralism) of a primarily legitimate manifesto. It is interesting to highlight that virtue signaling messages are usually based on short and fallacious thoughts that express ideologically biased "left-wing" interpretations of events, situations... In any case, as long as it is not possible to identify a consistent pattern of a person's intention who is exposing his moral or political opinion, again, it is possible to analyze its content, including whether it is ideologically biased, whether there are speeches or narratives that are typical of a political-ideological side or group. But there would still be a way to keep the term "virtue signaling", as long as it was specified, particularly by this suggestion: narcissistic and/or intentional virtue signaling and based on fallacious content.Another point is that, a priori, even an ideological bias is not entirely reprehensible, especially because there are more considered or factually precise points of view that are adopted by specific political-ideological groups. Therefore, the most important thing in an exposition of moral or political opinion, in addition to the intention of the person who makes it, is also the intellectual quality of the content of his message or manifesto.

A mente está para o cérebro assim como o gênero está para o sexo/The mind is to the brain what gender is to sex

 Assim como a mente é a expressão do cérebro ou do sistema nervoso central e do sistema nervoso periférico em interação com o meio, o gênero é a expressão do sexo ou da sexualidade em interação com o(s) meio(s) (intrapessoal e cultural). Portanto, ambos são produtos abstratos e, ao mesmo tempo, químicos ou reativos de suas respectivas fontes "físicas' ou biológicas. Em outras palavras, não estão inteiramente separados, pois um é o efeito do outro. Pois, separá-los, tratando-os justamente como se fossem entidades paralelas, é uma falácia, mais especificamente um caso de semanticalismo, de dar uma importância excessiva à palavra do que ao elemento que simboliza, se esquecendo que, para ratificar sua existência como um elemento ou fenômeno do mundo real e não apenas como parte do mundo abstrato ou simbólico da linguagem humana, é redundante e estritamente necessário que corresponda a um elemento que existe na realidade. Nesse caso, a mente seria um estado do cérebro em interação constante com o meio, assim como o gênero também seria um estado da sexualidade. Ainda assim, para ambos, são nada mais do que extensões de suas fontes e não como realidades auto suficientes. E como repercussão desse pensamento sobre o gênero e uma "teoria' que o tem determinado como paralelo ao sexo, sua pluralidade identitária ou expressiva não ratificaria essa crença, mas a realidade relativamente plural da própria sexualidade, do seu espectro. Então, quanto à transexualidade, a realidade de que o gênero é a expressão ou o estado da sexualidade implica na negação da ideia inversa, central para os ativismos queer e trans, de que é o gênero que determina a identidade sexual de uma pessoa, validando essa condição como um transtorno psiquiátrico de identidade, a própria disforia, e não como uma condição não-patológica que só pode ser resolvida com cirurgias e outros procedimentos invasivos (e de eficácia muito duvidosa) que visam se aproximar ao sexo de identificação. 


Just as the mind is the expression of the brain or the central nervous system and the peripheral nervous system in interaction with the environment, gender is the expression of sex or sexuality in interaction with the environment(s) (intrapersonal and cultural ). Therefore, both are abstract and, at the same time, chemical or reactive products of their respective "physical" or biological sources. In other words, they are not entirely separate, if one is the effect of the other. Therefore, separating them, treating them precisely as if they were parallel entities, it is a fallacy, more specifically a case of semanticalism, of giving excessive importance to the word than to the element it symbolizes, forgetting that, to ratify its existence as an element or phenomenon of the real world and not just as part of the abstract or symbolic world of human language, it is redundant and strictly necessary that it corresponds to an element that exists in reality. In this case, the mind would be a state of the brain in constant interaction with the environment, as would gender as well. it would be a state of sexuality. Still, for both, they are nothing more than extensions of their sources and not as self-sufficient realities. And as a repercussion of this thinking about gender and a "theory" that has determined it as parallel to sex, its identity or expressive plurality would not ratify this belief, but the relatively plural reality of sexuality itself, of its spectrum. So, regarding transsexuality, the reality that gender is the expression or state of sexuality implies the denial of the inverse idea, central to queer and trans activism, that it is gender that determines a person's sexual identity, validating this condition as a psychiatric disorder of identity, dysphoria itself, and not as a non-pathological condition that can only be resolved with surgeries and other invasive procedures (and of very doubtful effectiveness) that aim to bring closer to the gender of identification.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Um problema (das esquerdas) de "confundir' justiça com igualdade/A problem (on the left) of "confusing" justice with equality

 A justiça é principalmente sobre a verdade, sua busca e sua prática sistemática, essencial para o melhor julgamento, e que pode ser ou não sobre igualdade, porque depende do contexto, se não é sempre que resultados iguais serão mais justos que os desiguais. Mas são muitos os "de esquerda" que acreditam que justiça e igualdade são sinônimos, que uma inevitavelmente leva à outra...


 Justice is mainly about the truth, its search and its systematic practice, essential for the best judgment, and which may or may not be about equality, because it depends on the context, if not, equal results will always be fairer than unequal ones. But there are many "left-wing" people who believe that justice and equality are synonymous, that one inevitably leads to the other...

"Fascistas não passarão" ??/"Fascists will not pass" ??

 Na novilíngua da "esquerda", o que seria e o que não seria um fascista?? 


Um extremista islâmico seria um fascista?? 

Um homem negro poderia ser um fascista?? 

Um imigrante criminoso poderia ser um fascista?? 

Criminosos de classe trabalhadora poderiam ser exemplos de fascistas?? 

Pedófilos?? Sionistas?? 

Defensores de Fidel Castro e Josef Stalin?? 

Ou, segundo essa gente, apenas pessoas como eu, que as criticam de maneira mais objetiva, e ou que também se encaixam com o suposto arquétipo de fascista: homem, branco... que seriam os tais "fascistas"?? 

O fascista, então, seria qualquer um que tem a audácia de criticar suas ideias, crenças ou pensamentos?? Não seria uma questão moral, mas política?? 

O fascista, então, seria qualquer um que eles não consideram suficientemente alinhados às suas colmeias de conformidade ideológica?? 

O fascista, talvez, seja um termo que usam em seus métodos doutrinários de repetição constante da palavra e como substituto de outras palavras com significados parecidos, como "mal", "cruel", "ruim"... Só que seria um termo que untaria a ideia de maldade à filiação política de direita ou não-alinhada à esquerda e que, na minha nada humilde opinião, parece ser uma ideia bem maquiavélica...

Não que a "direita" não mereça um bocado de reprovação por seu histórico de crueldades e que continuam a ser praticadas na atualidade por (muitos?) indivíduos e grupos que se identificam com ela. O problema não é ver maldade nesse lado do espectro político-ideológico, é só ver maldade nele e, estando no outro lado, sempre se abster de uma autocrítica adequada. E o mesmo para os "de direita" que também só vêem maldade no seu lado oposto. Porque isso inevitavelmente leva à distorções de julgamento, tal como o de se achar do "único lado certo da história" e, a partir daí, desprezar atrocidades cometidas pelo lado ou grupos de escolha, ou mesmo de justificá-las...



In the "left" newspeak, what would and wouldn't be a fascist?


Would an extremist Islamic be a fascist?

Could a black man be a fascist??

Could a criminal immigrant be a fascist?

Could working class criminals be examples of fascists?

Pedophiles?? Zionists??

Defenders of Fidel Castro and Josef Stalin??

Or, according to these people, just people like me, who criticize them in a more objective way, and/or who also fit into the supposed archetype of fascist: male, white... who would be those "fascists"??

A fascist, then, would be anyone who has the audacity to criticize their ideas, beliefs or thoughts? It wouldn't be a moral issue, but a political one??

The fascist, then, would be anyone who they do not consider sufficiently aligned with their hives of ideological conformity?

Fascist, perhaps, is a term they use in their doctrinal methods of constantly repeating the word and as a substitute for other words with similar meanings, such as "evil", "cruel", "bad"... But it would be a term that I would attach the idea of ​​evil to right-wing or non-left-aligned political affiliation and which, in my less than humble opinion, seems to be a very Machiavellian idea...

Not that the "right" doesn't deserve a lot of reproach for its history of cruelties, which continue to be practiced today by (many?) individuals and groups who identify with it. The problem is not seeing evil on this side of the political-ideological spectrum, it is just seeing evil in it and, being on the other side, always refraining from adequate self-criticism. And the same for those "on the right" who also only see evil on their opposite side. Because this inevitably leads to distortions of judgment, such as finding oneself on the "only right side of history" and, from then on, despising atrocities committed by the side or groups of choice, or even justifying them...