Para acordar em algum sonho obscuro
Ou perder a consciência em um transe profundoImitando o antes e o depois da vida
Hoje eu vou dormir outra vez
Pra me desligar do constante absoluto
E das lembranças de um tempo distante e oculto
Pra me esquecer que o amanhã é o futuro
E despertar em uma manhã igual à todas as outras
Para renovar meu coração imaturo
Com as velhas esperanças
E os mesmos pedidos impossíveis
E fingir que o ódio nunca floresce, fecundo
E que a ganância nunca germina
E hoje eu vou dormir outra vez
E amanhã
E depois de amanhã
Até onde ou quando
Eu não sei
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