E busco a alma
Eu olho profundo, mesmo distante ou rápido
Com doçura ou desprezo
Eu olho pra todos eles, com calma
E torço por eles, quero que estejam bem
Que façam o bem
Mesmo sabendo que muitos não fazem
São poucos que olham pra mim
São poucos os que sorriem pra mim
Mas eu os encaro com coragem
Nas ruas grandes e pequenas das cidades
Entre multidões e indivíduos
Eu nunca vejo ninguém
Se são os pássaros no céu
Livres da loucura e ignorantes de saudades
Se são cachorros perdidos, sem dono e sem culpa
Pedintes de carinho e lealdade
Eu olho pra todos eles, sempre
Eu não posso evitar
É uma força intensa e pura
De uma alma que procura
Apenas almas encontrar
Sem roupas ou identidades
Que procura um igual em todos
E só encontra todos eles
Diferentes e indiferentes
Mas eu também sou assim:
Por querer mais dos outros o que não posso dar
Também sou um desprezível egoísta
Como um chão frio que esquenta com o calor do sol
Mas eu continuo apaixonado por todos eles
Mesmo que os odeie pelo que são
Eu queria ter todos em abraços, carinho, beijos, sexo
Queria ser corpo a corpo e cansaço
Pra esquentar minha tristeza e esquecer um pouco do meu reflexo
Eu continuo procurando e não irei parar
Até que um dia isso acabe
E nunca irei encontrar
(À alma é proibida)
Até que a morte me encontre
E com um sopro, me separe
das minhas feridas
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