O sonhador nunca sabe
se continua alimentando a sua imaginação
Ou se esvazia a sua mente
Se interrompe a cadência da ilusão
Ou se continua com os mesmos devaneios conscientes
Se sai pra rua, decisivo e prático, pra ação
Ou se continua evitando o mundo dos inconsequentes
Se desce ao chão frio e se mistura à multidão
Ou se permanece no alto das nuvens
Contando os segundos como gotas de versos transparentes
Se coloca uma gravata e um nariz de palhaço
E se torna mais um pião
Ou se continua sua rebelião contra as correntes
Se fica em paz em sua confusa abstração
Ou se silencia a sua paixão ardente
pela vida
pra sempre
(Algumas vezes, ele sabe)
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